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O Gótico (SXII-XV) caracteriza-se principalmente por ser uma arte baseada em temas e figuras
religiosas. Estava principalmente centrado na construção de igrejas e decoração das mesmas. As
construções das igrejas eram altas e pontiagudas, com grandes e coloridos vitrais para encher de
luz os seus interiores e para dar essa sensação de ascensão ao divino. Estavam construídas sobre
pilares finos e “costelas” finas nas arestas para que se utilizara menos material de construção. Se
utilizavam arcos transversais para dar suporte à abóboda e colocam-se por fora os arcobotantes
para reforçar e complementar a estrutura da abobada de cruzaria de ogivas e do edifício. O plano
era de cruz latina e as suas fachadas estão muito decoradas com arcos ogivais no tímpano e com
várias esculturas. Podemos observar essa construção na Catedral de Notre Dame (Paris).
Renascimento (XIV -XVII) a sociedade já não gira ao redor da religião, Deus. A sociedade
renascentista é mais intelectual (humanista) e centra-se no valor do homem (antropocentrismo),
procurando os ideais do mundo clássico. É o renascer da arte e do mundo (época dos
descobrimentos). A arquitetura deixa de ser só religiosa e começa-se a projetar também nas
cidades com a arquitetura civil. Procuram a beleza com a proporção matemática (simetria) e
utilizam a perspetiva. Inspiram-se na arquitetura clássica com a construção de colunas de ordem
clássico, na simplicidade na construção dos edifícios, arcos de volta perfeita e dão importância às
cúpulas (Sta.Maria Dei Fiori). No exterior utilizavam pilastras, cornijamentos e frisos que faziam
lembrar os templos clássicos. Os arquitetos preocupavam-se mais pelas proporções e a grandeza
do edifício que pela funcionalidade. Ao contrário do gótico, as construções eram mais horizontais
e menos verticais e os arquitectos são conhecidos e não anónimos como no gótico. Os principais
arquitetos no renascimento foi Brunelleschi com a cúpula da catedral de Florença e a Capela
Pazzi; Alberti com o seu tratado arquitectonico “ De Re AEDIFICATORIA” e as suas
construções civis o palácio da família Rucellai.
Outra das diferenças importantes com o Gótico, é que no gótico o que mais destaca na arte é a
arquitetura e no renascimento será a pintura e a escultura com artistas como Michelangelo com a
pintura da capilla Sistina e a sua escultura David
2.1 - Tendo em conta o que estudou sobre o a arte no final do século XVIII,
caracterize a arte da pintura francesa e espanhola legada por Jacques-Louis David e
Francisco Goya, destacando o contexto histórico e obras do período. (6 pts)
Com a Revolução Francesa a ideia da arte começa a mudar, e aparece um novo movimento
artístico chamado Neoclassico. Na pintura não destaca por técnicas diferentes, mas sim
pelo tipo de temática que se representam nelas, começam a representar factos históricos. O
representante principal nesta época é o pintor Jacques-Louis David (1748-1825), que deixa
a um lado o estilo de teatralidade do Barroco para recuperar os ideias clássicos. Utilizará
técnicas realistas como
O pintor Jacques Louis David (1748-1825), foi um dos mais importantes artistas do estilo
neoclássico, que recuperava os ideais greco-romanos e deixando o drama e a teatralidade do
estilo “barroco”. Quando um dos líderes da Revolução Francesa foi assassinado, David pintou-o
como um mártir que morrera por uma causa, no seu célebre quadro “A Morte de Marat”. David
conseguiu exaltar o ato como heroico, não só através dos contrastes de luz e sombra, avocando,
também, a influência de Caravaggio. A maneira como David vê o corpo é uma inspiração na
obra escultórica. O estudo da arte clássica, vão ajudá-lo na simetria dos corpos, privilegiando a
beleza, tal como o deixar de fora todos os detalhes que não são essenciais, ao efeito principal, e
a procurar a simplicidade.
Francisco Goya (1746-1828), irá romper com o romantismo e marcar o início da pintura
contemporânea, sendo o precursor de uma formidável visão satírica, inovadora, com novas
técnicas, irão marcar as novas vanguardas pictóricas do século XX. Goya irá inspirar-se nos
horrores da Guerra que irá relatar através de corpos nus, torturados, etc.. Era bem versado na
melhor tradição da pintura espanhola e o seu quadro “Grupo à varanda”. As figuras de Goya
pertencem a um mundo diferente, as duas mulheres olham provocantemente os transeuntes,
enquanto dois estranhos galanteadores se posicionam em segundo plano como que escondidos,
o que faz a pintura se assemelhar ao estilo pictórico de Hogarth; o brilho intenso da seda e do
ouro faz lembrar Ticiano ou Velázquez.
Não foi apenas como pintor que Goya afirmou a sua independência das convenções do passado,
foi também como gravador, tendo produzido grande número de gravuras, muitas delas numa
nova técnica chamada água-tinta, que permite não só traçar as linhas características da água-
forte, como também criar manchas sombreadas. As gravuras de Goya são, a maioria delas,
visões fantásticas de bruxas e aparições sobrenaturais e mesmo algumas são acusações contra os
poderes da estupidez e da reação, da crueldade e da opressão.