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LEI Nº 9.074, DE 7 DE JULHO DE 1995.

Estabelece normas para outorga e


prorrogações das concessões e permissões
de serviços públicos e dá outras
providências.

(...)

Capítulo II
DOS SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA

Seção I
Das Concessões, Permissões e Autorizações

Art. 4o As concessões, permissões e autorizações de exploração de serviços e instalações de


energia elétrica e de aproveitamento energético dos cursos de água serão contratadas,
prorrogadas ou outorgadas nos termos desta e da Lei no 8.987, e das demais.

§ 1º As contratações, outorgas e prorrogações de que trata este artigo poderão ser feitas a
título oneroso em favor da União.

§ 2º As concessões de geração de energia elétrica anteriores a 11 de dezembro de 2003


terão o prazo necessário à amortização dos investimentos, limitado a 35 (trinta e cinco) anos,
contado da data de assinatura do imprescindível contrato, podendo ser prorrogado por até 20
(vinte) anos, a critério do Poder Concedente, observadas as condições estabelecidas nos
contratos. (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)

§ 3º As concessões de transmissão e de distribuição de energia elétrica, contratadas a partir


desta Lei, terão o prazo necessário à amortização dos investimentos, limitado a trinta anos,
contado da data de assinatura do imprescindível contrato, podendo ser prorrogado no máximo
por igual período, a critério do poder concedente, nas condições estabelecidas no contrato.

§ 4º As prorrogações referidas neste artigo deverão ser requeridas pelo concessionário ou


permissionário, no prazo de até trinta e seis meses anteriores à data final do respectivo contrato,
devendo o poder concedente manifestar-se sobre o requerimento até dezoito meses antes dessa
data.

§ 5º As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço público de


distribuição de energia elétrica que atuem no Sistema Interligado Nacional – SIN não poderão
desenvolver atividades: (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

I - de geração de energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

II - de transmissão de energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

III - de venda de energia a consumidores de que tratam os arts. 15 e 16 desta Lei, exceto às
unidades consumidoras localizadas na área de concessão ou permissão da empresa distribuidora,
sob as mesmas condições reguladas aplicáveis aos demais consumidores não abrangidos por
aqueles artigos, inclusive tarifas e prazos; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
IV - de participação em outras sociedades de forma direta ou indireta, ressalvado o
disposto no art. 31, inciso VIII, da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nos respectivos
contratos de concessão; ou (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

V - estranhas ao objeto da concessão, permissão ou autorização, exceto nos casos previstos


em lei e nos respectivos contratos de concessão. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

§ 6o Não se aplica o disposto no § 5o deste artigo às concessionárias, permissionárias e


autorizadas de distribuição e às cooperativas de eletrificação rural: (Redação dada pela Lei nº
11.192, de 2006)

I - no atendimento a sistemas elétricos isolados; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

II – no atendimento ao seu mercado próprio, desde que seja inferior a 500 (quinhentos)
GWh/ano e a totalidade da energia gerada seja a ele destinada; (Redação dada pela Lei nº
11.192, de 2006)

III - na captação, aplicação ou empréstimo de recursos financeiros destinados ao próprio


agente ou a sociedade coligada, controlada, controladora ou vinculada a controladora comum,
desde que destinados ao serviço público de energia elétrica, mediante anuência prévia da
ANEEL, observado o disposto no inciso XIII do art. 3o da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de
1996, com redação dada pelo art. 17 da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, garantida a
modicidade tarifária e atendido ao disposto na Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
(Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

§ 7º As concessionárias e as autorizadas de geração de energia elétrica que atuem no


Sistema Interligado Nacional – SIN não poderão ser coligadas ou controladoras de sociedades
que desenvolvam atividades de distribuição de energia elétrica no SIN. (Incluído pela Lei nº
10.848, de 2004)

§ 8º A regulamentação deverá prever sanções para o descumprimento do disposto nos §§


5o, 6o e 7o deste artigo após o período estabelecido para a desverticalização. (Incluído pela Lei nº
10.848, de 2004)

§ 9º As concessões de geração de energia elétrica, contratadas a partir da Medida


Provisória no 144, de 11 de dezembro de 2003, terão o prazo necessário à amortização dos
investimentos, limitado a 35 (trinta e cinco) anos, contado da data de assinatura do
imprescindível contrato. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

§ 10. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL autorizada a celebrar aditivos
aos contratos de concessão de uso de bem público de aproveitamentos de potenciais hidráulicos
feitos a título oneroso em favor da União, mediante solicitação do respectivo titular, com a
finalidade de permitir que o início do pagamento pelo uso de bem público coincida com uma
das seguintes situações, a que ocorrer primeiro: (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007)

I - o início da entrega da energia objeto de Contratos de Comercialização de Energia no


Ambiente Regulado - CCEAR; ou (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007)

II - a efetiva entrada em operação comercial do aproveitamento. (Incluído pela Lei nº


11.488, de 2007)

§ 11. Quando da solicitação de que trata o § 10 deste artigo resultar postergação do início
de pagamento pelo uso de bem público, a celebração do aditivo contratual estará condicionada à
análise e à aceitação pela ANEEL das justificativas apresentadas pelo titular da concessão para a
postergação solicitada. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007)

§ 12. No caso de postergação do início do pagamento, sobre o valor não pago incidirá
apenas atualização monetária mediante a aplicação do índice previsto no contrato de concessão.
(Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007)

Art. 5º São objeto de concessão, mediante licitação:

I - o aproveitamento de potenciais hidráulicos de potência superior a 1.000 kW e a


implantação de usinas termelétricas de potência superior a 5.000 kW, destinados a execução de
serviço público;

II - o aproveitamento de potenciais hidráulicos de potência superior a 1.000 kW, destinados


à produção independente de energia elétrica;

III - de uso de bem público, o aproveitamento de potenciais hidráulicos de potência


superior a 10.000 kW, destinados ao uso exclusivo de autoprodutor, resguardado direito
adquirido relativo às concessões existentes.

§ 1o Nas licitações previstas neste e no artigo seguinte, o poder concedente deverá


especificar as finalidades do aproveitamento ou da implantação das usinas.

§ 2o Nenhum aproveitamento hidrelétrico poderá ser licitado sem a definição do


"aproveitamento ótimo" pelo poder concedente, podendo ser atribuída ao licitante vencedor a
responsabilidade pelo desenvolvimento dos projetos básico e executivo.

§ 3o Considera-se "aproveitamento ótimo", todo potencial definido em sua concepção


global pelo melhor eixo do barramento, arranjo físico geral, níveis d’água operativos,
reservatório e potência, integrante da alternativa escolhida para divisão de quedas de uma bacia
hidrográfica.
LEI Nº 10.438, DE 26 DE ABRIL DE 2002.

Dispõe sobre a expansão da oferta de energia


elétrica emergencial, recomposição tarifária
extraordinária, cria o Programa de Incentivo
às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa), a Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE), dispõe sobre a
universalização do serviço público de energia
elétrica, dá nova redação às Leis no 9.427, de
26 de dezembro de 1996, no 9.648, de 27 de
maio de 1998, no 3.890-A, de 25 de abril de
1961, no 5.655, de 20 de maio de 1971, no
5.899, de 5 de julho de 1973, no 9.991, de 24
de julho de 2000, e dá outras providências.

(...)

Art. 13. Fica criada a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, visando o


desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de
fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional,
nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, promover a universalização do serviço de
energia elétrica em todo o território nacional e garantir recursos para atendimento à subvenção
econômica destinada à modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos
consumidores finais integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, devendo seus recursos
se destinar às seguintes utilizações: (Redação dada pela Lei nº 10.762, de 11.11.2003)
(Regulamento)

I - para a cobertura do custo de combustível de empreendimentos termelétricos que


utilizem apenas carvão mineral nacional, em operação até 6 de fevereiro de 1998, e de usinas
enquadradas no § 2o do art. 11 da Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, situados nas regiões
abrangidas pelos sistemas elétricos interligados e do custo das instalações de transporte de gás
natural a serem implantados para os Estados onde, até o final de 2002, não exista o
fornecimento de gás natural canalizado, observadas as seguintes limitações:

a) no pagamento do custo das instalações de transporte de gás natural, devem ser


deduzidos os valores que forem pagos a título de aplicação do § 7o deste artigo;

b) para garantir até cem por cento do valor do combustível ao seu correspondente produtor,
incluído o valor do combustível secundário necessário para assegurar a operação da usina,
mantida a obrigatoriedade de compra mínima de combustível estipulada nos contratos vigentes
na data de publicação desta Lei, a partir de 1o de janeiro de 2004, destinado às usinas
termelétricas a carvão mineral nacional, desde que estas participem da otimização dos sistemas
elétricos interligados, compensando-se, os valores a serem recebidos a título da sistemática de
rateio de ônus e vantagens para as usinas termelétricas de que tratam os §§ 1o e 2o do art. 11 da
Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, podendo a ANEEL ajustar o percentual do reembolso ao
gerador, segundo critérios que considerem sua rentabilidade competitiva e preservem o atual
nível de produção da indústria produtora do combustível; (Redação dada pela Lei nº 10.762, de
11.11.2003)
II - para pagamento ao agente produtor de energia elétrica a partir de fontes eólica,
térmicas a gás natural, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, cujos empreendimentos
entrem em operação a partir da publicação desta Lei, da diferença entre o valor econômico
correspondente à tecnologia específica de cada fonte e o valor econômico correspondente a
energia competitiva, quando a compra e venda se fizer com consumidor final;

III - para pagamento do crédito de que trata a alínea d do inciso II do art. 3o;

IV - até 15% (quinze por cento) do montante previsto no § 2o, para pagamento da diferença
entre o valor econômico correspondente à geração termelétrica a carvão mineral nacional que
utilize tecnologia limpa, de instalações que entrarem em operação a partir de 2003, e o valor
econômico correspondente a energia competitiva.

V – para a promoção da universalização do serviço de energia elétrica em todo o território


nacional e para garantir recursos à subvenção econômica destinada à modicidade tarifária para a
subclasse baixa renda, assegurado, nos anos de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008 percentuais
mínimos da receita anual da CDE de quinze por cento, dezessete por cento, vinte por cento,
vinte e cinco por cento e trinta por cento, respectivamente, para utilização na instalação de
transporte de gás natural previsto no inciso I deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.762, de
11.11.2003)

§ 1o Os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE serão provenientes dos


pagamentos anuais realizados a título de uso de bem público, das multas aplicadas pela ANEEL
a concessionários, permissionários e autorizados e, a partir de 2003, das quotas anuais pagas por
todos os agentes que comercializem energia com consumidor final, mediante encargo tarifário, a
ser incluído a partir da data de publicação desta Lei nas tarifas de uso dos sistemas de
transmissão ou de distribuição. (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)

§ 2o As quotas a que se refere o § 1o terão valor idêntico àquelas estipuladas para o ano de
2001 mediante aplicação do mecanismo estabelecido no § 1o do art. 11 da Lei no 9.648, de 27 de
maio de 1998, deduzidas em 2003, 2004 e 2005, dos valores a serem recolhidos a título da
sistemática de rateio de ônus e vantagens para as usinas termelétricas, situadas nas regiões
atendidas pelos sistemas elétricos interligados.

§ 3o As quotas de que trata o § 1o serão reajustadas anualmente, a partir do ano de 2002, na


proporção do crescimento do mercado de cada agente e, a partir do ano 2004, também
atualizadas monetariamente por índice a ser definido pelo Poder Executivo. (Redação dada pela
Lei nº 10.762, de 11.11.2003)

§ 4o A nenhuma das fontes eólica, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, gás natural e
carvão mineral nacional, poderão ser destinados anualmente recursos cujo valor total ultrapasse
a 30% (trinta por cento) do recolhimento anual da CDE, condicionando-se o enquadramento de
projetos e contratos à prévia verificação, junto à Eletrobrás, de disponibilidade de recursos.

§ 5o Os empreendimentos a gás natural referidos no inciso I do caput e a partir de fontes


eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa que iniciarem a operação comercial até o final
de 2006, poderão solicitar que os recursos do CDE sejam antecipados para os 5 (cinco)
primeiros anos de funcionamento, observando-se que o atendimento do pleito ficará
condicionado à existência de saldos positivos em cada exercício da CDE e à não cumulatividade
com os programas Proinfa e PPT.

§ 6o A CDE terá a duração de 25 (vinte e cinco) anos, será regulamentada pelo Poder
Executivo e movimentada pela Eletrobrás.
§ 7o Para fins de definição das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição de
energia elétrica, considerar-se-á integrante da rede básica de que trata o art. 17 da Lei no 9.074,
de 7 de julho de 1995, as instalações de transporte de gás natural necessárias ao suprimento de
centrais termelétricas nos Estados onde, até o final de 2002, não exista fornecimento de gás
natural canalizado, até o limite do investimento em subestações e linhas de transmissão
equivalentes que seria necessário construir para transportar, do campo de produção de gás ou da
fronteira internacional até a localização da central, a mesma energia que ela é capaz de produzir
no centro de carga, na forma da regulamentação da Aneel.

§ 8o Os recursos provenientes do pagamento pelo uso de bem público e das multas


impostas aos agentes do Setor serão aplicados, exclusivamente, no desenvolvimento da
universalização do serviço público de energia elétrica, enquanto requerido, na forma da
regulamentação da ANEEL. (Redação dada pela Lei nº 10.762, de 11.11.2003)

§ 9o O saldo dos recursos da CDE eventualmente não utilizados em cada ano no custo das
instalações de transporte de gás natural será destinado à mesma utilização no ano seguinte,
somando-se à receita anual do exercício. (Incluído pela Lei nº 10.762, de 11.11.2003)
LEI No 10.848, DE 15 DE MARÇO DE 2004.

Dispõe sobre a comercialização de energia


elétrica, altera as Leis nos 5.655, de 20 de maio
de 1971, 8.631, de 4 de março de 1993, 9.074,
de 7 de julho de 1995, 9.427, de 26 de
dezembro de 1996, 9.478, de 6 de agosto de
1997, 9.648, de 27 de maio de 1998, 9.991, de
24 de julho de 2000, 10.438, de 26 de abril de
2002, e dá outras providências.

(...)

Art. 2o As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço público de


distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN deverão garantir o
atendimento à totalidade de seu mercado, mediante contratação regulada, por meio de licitação,
conforme regulamento, o qual, observadas as diretrizes estabelecidas nos parágrafos deste
artigo, disporá sobre:

I - mecanismos de incentivo à contratação que favoreça a modicidade tarifária;

II - garantias;

III - prazos de antecedência de contratação e de sua vigência;

IV - mecanismos para cumprimento do disposto no inciso VI do art. 2o da Lei no 9.478, de


6 de agosto de 1997, acrescido por esta Lei;

V - condições e limites para repasse do custo de aquisição de energia elétrica para os


consumidores finais;

VI - mecanismos para a aplicação do disposto no art. 3o, inciso X, da Lei no 9.427, de 26 de


dezembro de 1996, por descumprimento do previsto neste artigo.

§ 1o Na contratação regulada, os riscos hidrológicos serão assumidos conforme as


seguintes modalidades contratuais:

I - pelos geradores, nos Contratos de Quantidade de Energia;

II - pelos compradores, com direito de repasse às tarifas dos consumidores finais, nos
Contratos de Disponibilidade de Energia.

§ 2o A contratação regulada de que trata o caput deste artigo deverá ser formalizada por
meio de contratos bilaterais denominados Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente
Regulado – CCEAR, celebrados entre cada concessionária ou autorizada de geração e todas as
concessionárias, permissionárias e autorizadas do serviço público de distribuição, devendo ser
observado o seguinte:

I - as distribuidoras serão obrigadas a oferecer garantias;


II - para a energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes, início de
entrega no ano subseqüente ao da licitação e prazo de suprimento de no mínimo 3 (três) e no
máximo 15 (quinze) anos;

III - para a energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, início de


entrega no 3o (terceiro) ou no 5o (quinto) ano após a licitação e prazo de suprimento de no
mínimo 15 (quinze) e no máximo 35 (trinta e cinco) anos.

IV - o início da entrega da energia objeto dos CCEARs poderá ser antecipado, mantido o
preço e os respectivos critérios de reajuste, com vistas no atendimento à quantidade demandada
pelos compradores, cabendo à ANEEL disciplinar os ajustes nos contratos, de acordo com
diretrizes do Ministério de Minas e Energia. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007)

§ 3o Excetuam-se do disposto no § 2o deste artigo as licitações de compra das


distribuidoras para ajustes, em percentuais a serem definidos pelo Poder Concedente, que não
poderão ser superiores a 5% (cinco por cento) de suas cargas, cujo prazo máximo de suprimento
será de 2 (dois) anos.

§ 4o Com vistas em assegurar a modicidade tarifária, o repasse às tarifas para o consumidor


final será função do custo de aquisição de energia elétrica, acrescido de encargos e tributos, e
estabelecido com base nos preços e quantidades de energia resultantes das licitações de que trata
o § 2o deste artigo, ressalvada a aquisição de energia realizada na forma do § 8o deste artigo.

§ 5o Os processos licitatórios necessários para o atendimento ao disposto neste artigo


deverão contemplar, dentre outros, tratamento para:

I - energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes;

II - energia proveniente de novos empreendimentos de geração; e

III - fontes alternativas.

§ 6o Entendem-se como novos empreendimentos de geração aqueles que até o início de


processo público licitatório para a expansão e comercialização da oferta de energia elétrica:
(Redação dada pela Lei nº 11.943, de 2009)

I - não sejam detentores de outorga de concessão, permissão ou autorização; ou

II - sejam parte de empreendimento existente que venha a ser objeto de ampliação, restrito
ao acréscimo de capacidade.

§ 7o A licitação para a expansão da oferta de energia prevista no inciso II do § 5o deste


artigo deverá ser específica para novos empreendimentos ou ampliações, sendo vedada a
participação de empreendimentos de geração existentes, ressalvado o disposto no § 7o-
A. (Redação dada pela Lei nº 11.943, de 2009)

§ 7o-A. Poderão participar das licitações, para expansão da oferta de energia, os


empreendimentos de geração que tenham obtido outorga de autorização da Aneel ou de
concessão oriunda de sistema isolado, desde que atendam aos seguintes requisitos:

I – não tenham entrado em operação comercial; ou

II - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.943, de 2009)


§ 8o No atendimento à obrigação referida no caput deste artigo de contratação da
totalidade do mercado dos agentes, deverá ser considerada a energia elétrica:

I - contratada pelas concessionárias, pelas permissionárias e pelas autorizadas de


distribuição de energia elétrica até a data de publicação desta Lei; e

II - proveniente de:

a) geração distribuída, observados os limites de contratação e de repasse às tarifas,


baseados no valor de referência do mercado regulado e nas respectivas condições técnicas;

b) usinas que produzam energia elétrica a partir de fontes eólicas, pequenas centrais
hidrelétricas e biomassa, enquadradas na primeira etapa do Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA; ou

c) Itaipu Binacional; ou (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)

d) Angra 1 e 2, a partir de 1o de janeiro de 2013. (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)

§ 9o No processo de licitação pública de geração, as instalações de transmissão de uso


exclusivo das usinas a serem licitadas devem ser consideradas como parte dos projetos de
geração, não podendo os seus custos ser cobertos pela tarifa de transmissão.

§ 10. A energia elétrica proveniente dos empreendimentos referidos no inciso II do § 8o


deste artigo não estará sujeita aos procedimentos licitatórios para contratação regulada previstos
neste artigo.

§ 11. As licitações para contratação de energia elétrica de que trata este artigo serão
reguladas e realizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, observado o
disposto no art. 3o-A da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com a redação dada por esta
Lei, que poderá promovê-las diretamente ou por intermédio da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica - CCEE.

§ 12. As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço público de


distribuição de energia elétrica que tenham mercado próprio inferior a 500 (quinhentos)
GWh/ano ficam autorizadas a adquirir energia elétrica do atual agente supridor, com tarifa
regulada, ou mediante processo de licitação pública por elas promovido ou na forma prevista
neste artigo, sendo que na licitação pública poderão participar concessionárias, permissionárias,
autorizadas de geração e comercializadoras. (Redação dada pela Lei nº 11.075, de 2004)

§ 13. Nas licitações definidas no § 3o deste artigo poderão participar os concessionários,


permissionários e autorizados de geração e comercialização.

§ 14. A ANEEL deverá garantir publicidade aos dados referentes à contratação de que trata
este artigo.

§ 15. No exercício do poder regulamentar das matérias deste art. 2o, será observado o
disposto no art. 1o desta Lei.

§ 16. Caberá à Aneel dirimir conflitos entre compradores e vendedores de energia elétrica,
que tenham celebrado CCEARs, utilizando lastro em contratos de importação de energia elétrica
ou à base de gás natural, cujas obrigações tenham sido alteradas em face de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, decorrentes de eventos alheios à vontade do vendedor, nos
termos do inciso V do art. 3o da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996. (Incluído pela Lei nº
11.943, de 2009)

§ 17. No exercício da competência de que trata o § 16 deste artigo, a Aneel, reconhecendo


a extraordinariedade e a imprevisibilidade dos acontecimentos, poderá garantir neutralidade aos
agentes envolvidos, no limite de suas responsabilidades. (Incluído pela Lei nº 11.943, de 2009)

§ 18. Caberá à Aneel, em um prazo de 180 (cento e oitenta) dias, decidir de ofício, ou por
provocação das partes, acerca das questões de que trata o § 16 deste artigo. (Incluído pela Lei nº
12.111, de 2009)

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