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Sionismo - Final do século XIX

- Movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e a criação de


um Estado nacional judaico

- Motivado pelo antissemitismo estrutural da Europa central e oriental e pelo surgimento de


movimentos nacionalistas pela Europa – Judeus não só como religião, mas como um povo,
uma nação com direito a um Estado.

- Judeus começaram a colonizar a região da Palestina, que já era ocupada por árabes e
cristãos, e estava sob o domínio do Império Turco-Otomano.

Mandato Britânico na Palestina – Depois da Primeira Guerra mundial

- Império Otomano foi destruído na guerra e seus territórios foram divididos entre França e
Inglaterra.

- Palestina se tornou um mandato Britânico (tipo uma colônia)

- Britânicos prometiam criar um Estado Palestino (Árabes tinham ajudado a Inglaterra na


guerra contra os turcos)

- Judeus continuavam a migrar para a Palestina, causando conflitos com os árabes (compravam
terras dos árabes, que eram mais pobres) e com os Britânicos. Os Britânicos tentavam
restringir a migração dos judeus, porque eles já tinham se comprometido com os árabes.

Partilha da ONU e criação do Estado de Israel – 1947-48

- Após a segunda guerra mundial, a comunidade internacional e a ONU decidiram apoiar a


criação de um Estado judeu na Palestina e, para isso, fizeram o Plano de Partição da Palestina
em 1947.

- Os árabes não aceitaram esse plano, eles não queriam um Estado judeu na Palestina. Além
disso, os árabes, incluindo de outros Estados do oriente médio, viam o plano da ONU como
uma atitude Imperialista dos europeus tentando mexer na terra que lhes pertencia.

- Em 1948 o mandato britânico acabou e Israel declarou sua Independência.

- Em seguida, cinco países da Liga Árabe (Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque) invadiram o
território da Palestina, iniciando a Guerra Árabe-Israelense de 1948.

Guerra Árabe-Israelense de 1948

- A guerra acabou com um cessar-fogo e com o estabelecimento de uma fronteira temporária


entre os territórios árabes e judeus – a linha verde. Israel se apropriou de mais terras que não
estavam previstas no Plano de Partição da ONU.

- Jerusalém ocidental foi anexada por Israel (O plano da ONU previa que Jerusalém seria um
território “neutro”, controlando pela ONU).
- Muitos palestinos que viviam dentro da área que foi anexada por Israel precisaram fugir,
formando uma grande população de refugiados nos países árabes vizinhos.

- Cisjordânia foi anexada pela Jordânia e a Faixa de Gaza ficou sendo controlado Egito. Ou seja,
não havia um Estado Palestino ainda.

Guerra dos Seis Dias – 1967

- Entre Israel e Estados árabes (Líbano, Jordânia, Síria, Egito)

- Israel iniciou a guerra alegando que os países árabes estavam se preparando para invadir
Israel (mobilizando militares e comprando armas)

- Vitória de Israel, que anexou os territórios da Cisjordânia, da Faixa de Gaza, da Península do


Sinai e das Colinas de Golã. Ou seja, Israel passou a controlar todo o território que seria dos
Palestinos.

- Israel começa a fundar assentamentos nas terras palestinas.

Guerra do Yom Kippur (Dia do perdão) – 1973

- Ataque de países árabes no território israelense, que acaba vencendo a guerra em pouco
tempo. Territórios da Cisjordânia, de Gaza e das Colinas de Golã continuam sob domínio
israelense.

Acordo de Camp David – 1978

- Entre Israel e Egito: Israel estabeleceu um acordo de paz com o Egito (um dos Estados árabes
mais poderosos da região) e devolveu a Península do Sinai.

- Nos anos seguintes, os outros Estados árabes também “fizeram as pazes” com Israel. A partir
de então, o conflito se limitou a Palestinos e Israelenses.

- Israel continuou ocupando os territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

- Organização para a Libertação da Palestina (OLP): organização e política e militar criada em


1964 como representante do povo palestino. Lutou com o Estado de Israel por vários anos,
com atos de terrorismo.

Intifada – 1987-88

- Revolta popular dos palestinos contra a ocupação israelense em seus territórios

- Protestos violentos, causando mortes nos dois lados.

Fundação do HAMAS em 1987

- Palestinos que achavam a OLP fraca demais. Grupo político e militar.


- Grupo extremista dedicado à destruição do Estado de Israel.

Acordo de OSLO – 1993

- Tentativa de estabelecer paz entre palestinos e israelenses

- Estabelecimento da Autoridade Palestina – os palestinos teriam o direito de governar alguns


(não todos) de seus territórios na Cisjordânia que estavam sob o controle de Israel.

 A Cisjordânia foi dividida em 3 áreas descontínuas: A – controle da Autoridade


Palestina; B – governo da Autoridade Palestina mas com a ocupação do exército
israelense; C – controle total israelense.

- HAMAS fez ataques terroristas para sabotar o acordo de Oslo e Israelenses extremistas
fizeram protestos contra o acordo. O primeiro-ministro israelense foi assassinado por um
judeu de extrema direita. O Hamas não aceitava nenhum tipo de relação com o Estado de
Israel, pois seu objetivo principal era destruí-lo.

- A partir dos anos 2000, ao ver que a paz não aconteceria tão cedo, Israel começou a construir
muros e checkpoints na Cisjordânia, em Jerusalém e na Faixa de Gaza para controlar a
circulação de palestinos, com a justificativa de impedir possíveis ataques terroristas.

- Em 2005, Israel desocupou a Faixa de Gaza (estava sob o controle israelense desde 1967)
que ficou sendo controlada pelo HAMAS. Ou seja, os Palestinos da Faixa de Gaza eram
governados pelo HAMAS e os palestinos da Cisjordânia pela Autoridade Palestina e por Israel.

- Por causa do controle do HAMAS na Faixa de Gaza, Israel declarou um bloqueio militar a esse
território. Ou seja, ele é todo cercado por militares israelenses que controlam a saída e
entrada de pessoas e mercadorias, o que prejudica a economia local e causa revolta entre os
palestinos, alimentando o sentimento de ódio e fortalecendo grupos extremistas como o
HAMAS.

Assentamentos – a partir da guerra dos seis dias em 1967 até hoje

- Cisjordânia: população de 3 milhões de pessoas, sendo 86% palestinos e 14% judeus (425
mil).

- O que são os Assentamentos judeus: Ocupação de terras palestinas (Cisjordânia) pelos


judeus. São como bairros cercados por muros, cercas e protegidos pelo exército israelense na
terra que seria destinada aos Palestinos. Não são considerados “legais” pela comunidade
internacional. Os palestinos vivem em cidades e aldeias ao redor dos assentamentos. Os
palestinos não podem entrar nos assentamentos.

- A circulação dos palestinos pela Cisjordânia é limitada, pois eles precisam passar por vários
Checkpoints do exército israelense para ir de uma cidade a outra.

- As terras da Cisjordânia e da Faixa de Gaza haviam sido “destinadas” aos palestinos para que
eles formassem seu Estado independente.

- Israel alega que as terras da Cisjordânia são terras ancestrais do povo Judeu e, por isso,
podem ocupá-las. Além disso, é uma área estratégica para a defesa militar israelense.
- A continuidade dos assentamentos é vista como um impedimento para a concretização de
um acordo de paz entre árabes e israelenses e uma barreira para a criação do Estado Palestino.

- O plano de Israel é anexar definitivamente esses territórios, para que eles façam parte do
Estado de Israel, mas existe uma forte oposição da comunidade internacional a esse plano.
Muitos querem que os assentamentos sejam desocupados e as terras devolvidas aos
palestinos.

Guerra da Síria (2011-Hoje)

- Síria também fazia parte do Império Otomano. Depois da primeira guerra mundial, ficou sob
o controle da França.

- Depois da segunda guerra mundial, em 1945-46: Independência da Síria.

- Processo turbulento de independência, com pouca estabilidade, golpes políticos e trocas de


governo. Só a partir dos anos 60 que a Síria conseguiu uma certa estabilidade política.

- A partir de 1963: Síria teve um governo nacionalista, que defendia os interesses árabes e era
contra interferência dos países ocidentais (imperialistas) no oriente médio. Era um governo
mais próximo dos socialistas (lembrar do contexto de Guerra Fria!). Esse governo era
controlado pelo pai do atual presidente Sírio Bashar al-Assad, que o sucedeu em 2000. Ou seja,
desde 1963, a mesma família controla o poder na Síria.

- Os EUA começaram a apoiar esses governos ditatoriais depois da Revolução Iraniana (1979),
que colocou um líder religioso no poder de um dos países mais poderosos do oriente médio.
Para os EUA, era melhor ter um ditador “laico” do que um líder religioso que combatia os
valores ocidentais.

- Primavera Árabe 2011 – onda de manifestações populares pelo oriente médio pedindo o fim
dos governos autoritários e o estabelecimento de governos democráticos.

- Na Síria, houve muita manifestação e protesto. Bashar al-Assad (presidente do país desde
2000, antes, seu pai governou a Síria por 30 anos) reprimiu com muita violência os
manifestantes sírios. Surgiram muitos grupos rebeldes que se armaram para combater as
forças de Assad.

- Assad aumentou ainda mais a violência, dando origem a uma guerra civil. Ele se justificava
dizendo que estava combatendo grupos fundamentalistas islâmicos e terroristas, para
conseguir apoio do Ocidente.

- Em 2013 o Estado Islâmico começou a se expandir pelo Iraque e pela Síria, aproveitando as
fraquezas causadas pela guerra civil (o país estava desorganizado, com muitos “vácuos” de
poder pelo interior). Foi aí que os Americanos e Russos interferiram na guerra, dando armas,
treinamentos e até lançando ataques militares diretos na Síria.

- Rússia e Irã: apoiam Bashar al-Assad.

- Estados Unidos apoiam grupos rebeldes “democráticos” que lutam contra Assad, como os
Curdos.
- Hoje: guerra continua, Estado Islâmico foi derrotado. Assad controla a maior parte do
território sírio, com algumas regiões ao norte do país sendo controladas por rebeldes sírios ou
curdos.

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