Você está na página 1de 9

Administrando o Elogio

Capitulo VI
Este texto foi tirado do livro de Dale Carnegie “Como Fazer Amigos e Influenciar
Pessoas”

Como estimular as pessoas para o sucesso

Pete Barlow era um velho amigo meu. Pete fazia um número variado com
cachorros e cavalos e passou toda a vida viajando com circos e companhias de
vaudevilles. Era um prazer ver Pete treinando novos cachorros para a sua apresentação.
No momento exato em que o cãozinho fazia o menor progresso, Pete afagava-o, dava-lhe
comida e cercava tudo de uma grande auréola de sucesso.
Nisto, aliás, nada há de novo. Treinadores de animais vêm usando a mesma técnica
há séculos.
Fico verdadeiramente admirado por que não empregamos técnica idêntica, o
mesmo senso prático quando tentamos modificar as pessoas. O processo usado para os
cães não daria resultado na sua aplicação humana? Por que não usar o alimento ao invés
do chicote? Por que não usar o elogio, o estímulo, em lugar da censura, da condenação?
Elogiemos mesmo os menores progressos. Isto fará com que a pessoa continue
melhorando cada vez mais.
No seu livro I Ain't Much, Baby - But 1'm All I Got (Não sou grande coisa – mas
sou tudo o que pude), o psicólogo Jess Lair comenta: "O elogio é como a luz do sol para
o ardente espírito humano; sem ele, não florescemos e crescemos. Mas, enquanto muitos
de nós estamos preparados para soprar contra os outros o frio vento da crítica, de algum
modo relutamos a dar ao próximo o aquecedor raio de sol do elogio”.
Olho para alguns momentos atrás de minha vida e posso ver que umas poucas
palavras elogiosas bastaram para transformá-la até aqui. Você não pode dizer o mesmo a
respeito da sua vida? A História está repleta de ilustrações surpreendentes da feitiçaria do
elogio.

Por exemplo: há meio século passado, trabalhava numa fábrica, em Nápoles, um


menino de dez anos. Desejava ser cantor, mas seu primeiro professor o desencorajou:
"Você não pode cantar. Ademais, não tem voz. Quando canta parece o sibilar do vento
nas venezianas".
Mas sua mãe, uma pobre camponesa, enlaçou-o com os braços, elogiou-o e disse-
lhe que sabia que ele podia cantar. Descobriu o seu progresso, e chegou a andar descalça
para economizar dinheiro para pagar suas lições de canto. O incentivo desta mãe
camponesa e o seu encorajamento mudaram inteiramente a vida do filho. Você por certo
já ouviu falar dele. Chamava-se Erico Caruso e tornou-se o maior cantor de ópera de sua
época.

Nos primeiros anos do século XIX, em Londres, um rapazinho sonhava ser um


escritor. Mas tudo parecia conspirar contra seu desejo. Não pôde permanecer na escola
mais de quatro anos. Seu pai foi encarcerado por não poder saldar seus débitos, e o nosso
rapazola, por vezes, experimentou as agruras da fome. Finalmente, conseguiu um
emprego. Emprego para pregar rótulos em potes de graxa, num armazém infeto e cheio
de ratos; dormia, com mais dois outros companheiros, num quarto de atmosfera
irrespirável, quase junto à tesoura que sustentava o telhado, de um dos cortiços de
Londres. Tinha tão pouca confiança em sua habilidade no escrever que, durante a noite,
foi às escondidas colocar no correio seu primeiro manuscrito, para que ninguém risse
dele. Contos após contos foram recusados. Finalmente chegou o grande dia. Um conto
foi aceito. Não recebeu um real pelo mesmo, mas o editor o elogiou, deu-lhe
consideração. Ficou tão contente que vagou pelas ruas com lágrimas correndo pela face.
O elogio, o incentivo que recebeu por ver um conto seu prestes a ser publicado,
mudou toda sua carreira, e, não fosse isto, talvez passasse toda a vida naquele infecto
armazém, pregando rótulos... Por certo já ouviu falar deste rapaz, muitas vezes. Seu nome
era Charles Dickens.

Há meio século passado, um outro rapaz, também em Londres, estava trabalhando


como caixeiro de uma casa de secos e molhados. Tinha que levantar-se às cinco da manhã,
varrer todo o estabelecimento e, como um escravo, trabalhar diariamente catorze horas.
Isto o aborrecia e o rapaz sentia verdadeira revolta. Depois de dois anos, não pôde mais
suportar. Levantou-se uma manhã e, sem esperar sequer o café, percorreu 15 milhas a pé
para falar com a sua genitora que trabalhava como arrumadeira numa casa particular.
Estava furioso. Discutiu com ela. Chorou. Jurou que se mataria se fosse obrigado a
permanecer por mais tempo naquela casa comercial. Escreveu, então, uma longa e
patética carta ao seu antigo professor, dizendo-lhe que estava desiludido, que não sentia
mais vontade de viver. O velho mestre mandou-lhe algumas palavras de incentivo,
afirmou-lhe que ele era muito inteligente e tinha vocação para coisas mais elevadas.
Terminou oferecendo-lhe um lugar de professor.
O elogio mudou inteiramente o futuro deste rapaz e conseguiu torná-lo uma das
grandes figuras da literatura inglesa. O caixeiro de secos e molhados, transformado,
escreveu desde então inúmeros livros e ganhou mais de um milhão de dólares com a pena.
Por certo também já ouviu falar dele. Seu nome é H. G. Wells.

Elogiar, mas não criticar, este é o conceito básico dos ensinamentos de B. F.


Skinner. Esse grande psicólogo contemporâneo demonstrou, através de experimentos
com animais e seres humanos, que, quando se diminui a crítica e se enfatiza o elogio, as
coisas boas que as pessoas fazem recebem reforço e as coisas más são atrofiadas por falta
de atenção.
John Ringelspaugh, de Rocky Mount, Carolina do Norte, usava esse ensinamento
ao lidar com crianças. Ao que parecia, como acontece em tantas famílias, a forma
principal de comunicação empregada pela mãe e pelo pai era o grito. E, como em tantos
casos, a cada sessão as crianças pioravam em vez de melhorar. O mesmo sucedia com os
pais. Parecia não haver fim à vista para tal problema.
O Sr. Ringelspaugh decidiu empregar alguns dos princípios que vinha aprendendo
no nosso curso para resolver essa situação. Ele relatou: "Resolvemos utilizar o elogio, em
vez de acentuar as faltas. Não era nada fácil, uma vez que só conseguíamos enxergar as
coisas negativas; era realmente difícil encontrar coisas dignas de elogio. Conseguimos
encontrar algumas e, no primeiro ou no segundo dia, deixaram de fazer algumas das
coisas mais desagradáveis. Logo, algumas de suas faltas desapareceram. Começaram a se
concentrar nos elogios que lhes fazíamos. Chegaram mesmo a se empenhar em fazer
coisas corretas. Ninguém pôde acreditar. Naturalmente, isso não durou para sempre, mas
a norma de comportamento alcançada após o nivelamento das ações mostrou-se bem
melhor. Abandonamos as reações que tínhamos. As crianças praticavam mais ações boas
que más”. Tudo isso resultou do elogio ao menor sinal de desenvolvimento das crianças,
e não da crítica enfática aos seus erros.
Essa atitude obtém resultados também no âmbito do trabalho. Keith Roper, de
Woodland Hills, Califórnia, aplicou tal princípio a uma situação na sua empresa. Chegou-
lhe às mãos um trabalho de estamparia de qualidade excepcional. O trabalho fora
realizado por um impressor que vinha encontrando dificuldade de se adaptar ao sistema
da companhia, visto que tinha sido contratado recentemente. O seu supervisor aborreceu-
se com o que considerou uma atitude negativa e pensou seriamente em dispensá-lo.
Quando o Sr. Roper foi informado da situação, dirigiu-se à estamparia e conversou
com o jovem empregado. Disse-lhe o quanto se sentia satisfeito com o trabalho que tinha
recebido e qualificou-o como o melhor já realizado na estamparia naqueles tempos.
Apontou o que exatamente lhe parecia de alta qualidade e enfatizou a importância do
jovem para a empresa.
Você acha que isso alterou a atitude do jovem impressor para com a companhia?
Em poucos dias, houve uma reviravolta completa. O rapaz contou a vários de seus colegas
o que tinha ouvido e como a companhia realmente aprecia seu trabalho. A partir desse
dia, tornou-se um trabalhador leal e dedicado.
O sr. Roper simplesmente destacou a superioridade de seu trabalho. Como havia
se referido a uma realização especifica, em vez de fazer elogios generalizados, foi sincero
ao elogiar e tornou ainda mais significativo para o empregado. Todos gostamos de receber
elogios, mas quando específicos e sinceros, não algo que se diga apenas para que o outro
se sinta bem. Todos nós necessitamos de valorização e de reconhecimento, e por eles
faremos qualquer coisa. Mas ninguém quer falta de sinceridade, ninguém quer bajulação.
Claro que estes princípios só terão resultados se forem praticados de coração. Não
estou advogando uns punhados de truques, mas sim de uma maneira de viver.
Falo sobre mudança de pessoas! Se você e eu incentivarmos as pessoas com as
quais estamos em contato para a compreensão de todos os tesouros que trazem latentes,
nós podemos mais do que mudá-las.
Exagero? Ouça as palavras de Willian James, um dos mais notáveis psicólogo e
filosofo que os EUA já produziram:

“Comparados com o que deviemos ser, estamos apenas


meio acordados. Usamos só uma pequena parte de nossas
reservas física e mental. Ou, dizendo isso de um modo mais
claro, o indivíduo humano vive dentro dos seus limites.
Possui vários poderes que habitualmente deixa de usar”.

Certamente o elogio nos encoraja, estimula e nos sentimos valorizados, cria em


nós uma segurança, necessário e fundamental em nossas vidas.
Contudo temos que saber administra-lo, nos dias atuais percebemos uma
excessiva carência do reconhecimento, de quantas visualizações teve minha foto, vídeo,
comentários ao ponto de pessoas fraudar estes status para se sentir valorizadas, muito já
se falou do narcisista, devemos nos policiar e tomar cuidado para não morrermos
afogados com nossa vaidade.
Os traumas familiares e sua desestrutura gerou uma geração muito desequilibrada,
principalmente a parte emocional.
Vemos em muitos comportamentos em que os pais superprotegem seus filhos,
dando lhes elogios para que a criança não se sinta mal ou desmotivada, dando a ela um
elogio não verdadeiro, mas sim demagogo. Deixo abaixo um artigo que fala um pouco
deste tema, apesar de ser voltado para a criança o contexto pode ser muito bem aplicado
para nos “criança crescida”.

Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado
pelos elogios que recebe.
Provérbios 27:21

O Problema dos Elogios


Abril de 2014

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante[1].


Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam
sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em
seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que
esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” … e outros
elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se
dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência
você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” … e outros elogios
relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos
dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se
queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A


simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro
lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos
alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças
“inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma
tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir,
eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de
tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de
muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto
aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua
capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não
tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram
mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das
disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam
aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o
preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue
nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam
incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos
ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um
bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo…
você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao
invés de tê-la excluído como alguns colegas fizeram… você é solidária”, “isso mesmo
filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom
amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o
comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo
real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”,
“acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus
olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em
comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos.
Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e
“charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a
fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem
nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles.
São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram
da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante.

Seus textos encontram-se no site www.marcosmeier.com.br e seus livros


no www.kapok.com.br.

[1] Notícia veiculada na revista Galileu de jan de 2011.

Fonte: http://www.marcosmeier.com.br/colunas.php?id=19
Carta escrita no século 19 por John Nelson Darby ao
Editor de um de seus livros
"Meu caro amigo e irmão em Jesus Cristo,

"Deu-me muita satisfação ver sua tradução de meu livro. Tive o grato prazer de lê-la, ou
melhor dizendo, de ter alguém que a lesse para mim, naqueles momentos dos quais o
Senhor nos diz, como disse aos apóstolos, "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto,
e repousai um pouco" (Mc. 6:31). Mas não posso deixar de dizer-lhe, meu caro amigo,
que o prazer que a aparência do seu trabalho me trouxe foi, em certa medida, abatido pela
opinião demasiado favorável que você expressou a meu respeito no prefácio. Antes que
tivesse lido uma palavra sequer de sua tradução, presenteei a um mui querido e sincero
amigo com um exemplar, e ele mencionou o que você escreveu em seu prefácio louvando
minha piedade. O texto produziu em meu amigo o mesmo efeito que viria a produzir em
mim, mais tarde, quando o pude ler. Espero, entretanto, que você não leve a mal o que
vou dizer a respeito do assunto, o que é fruto de uma experiência razoavelmente longa.

"O orgulho é o maior de todos os males que nos afligem, e de todos os nossos inimigos,
não apenas é o mais difícil de morrer, como também o que tem a morte mais lenta; mesmo
os filhos deste mundo são capazes de discernir isto. Madame De Stael disse, em seu leito
de morte, “Sabe qual é a última coisa que morre em uma pessoa? É o seu amor-próprio.
” Deus abomina o orgulho mais do que qualquer coisa, pois o orgulho dá ao homem o
lugar que pertence a Deus que está acima de tudo. O orgulho interrompe a comunhão com
Deus, e atrai Sua repreensão pois "Deus resiste aos soberbos" (I Pd. 5:5). Ele irá destruir
o nome do soberbo, pois nos é dito que "a altivez do homem será humilhada, e a altivez
dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is. 2:17). Como você
mesmo irá sentir, meu caro amigo, estou certo de que não há maior mal que uma pessoa
possa fazer a outra do que louvá-la e alimentar seu orgulho. "O homem que lisonjeia a
seu próximo, arma uma rede aos seus passos" (Pv. 29:5) e "a boca lisonjeira obra a
ruína" (Pv. 26:28). Você pode estar certo, além do mais, que nossa vista é muito curta
para sermos capazes de julgar o grau de piedade de nosso irmão; não somos capazes de
julgar corretamente sem a balança do santuário, e ela está nas mãos daquEle que sonda o
coração. Não julgue nada antes do tempo, até que o Senhor venha, e torne manifesto os
conselhos do coração, e renda a cada um o devido louvor. Até então, não julguemos
nossos irmãos, seja para bem seja para mal, senão com a moderação que convém, e
lembremo-nos que o melhor e mais certo juízo é aquele que temos de nós mesmos quando
consideramos aos outros melhores do que nós.

"Se eu fosse lhe perguntar como sabe que eu sou "um dos mais avançados na carreira
cristã, e um eminente servo de Deus", sem dúvida você iria ficar sem saber o que
responder. Talvez você viesse a mencionar minhas obras publicadas; mas será que você
não sabe, querido amigo e irmão -- você que pode pregar um sermão edificante tanto
quanto eu -- que os olhos vêem mais do que os pés alcançam? E que, infelizmente, nem
sempre somos o que são os nossos sermões? "Temos, porém, este tesouro em vasos de
barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (II Co. 4:7). Não
lhe direi a opinião que tenho de mim mesmo, pois se o fizer, é provável que enquanto o
faça procure minha própria glória, e, enquanto estiver buscando minha própria glória,
possa parecer humilde, o que não sou. Prefiro dizer-lhe o que o nosso Mestre pensa de
mim -- Ele que sonda o coração e fala a verdade, que é "o Amém e a fiel Testemunha",
e que tem falado frequentemente no mais íntimo do meu ser, pelo que agradeço a Ele.
Creia-me, Ele nunca me disse que sou um "eminente Cristão e avançado nos caminhos
da piedade." Ao contrário, Ele me diz bem claramente que se eu procurasse o meu próprio
lugar, iria encontrá-lo como sendo o do maior dos pecadores, pelo menos dentre os que
são santificados. E devo dar mais crédito ao julgamento que Ele faz de mim, meu caro
amigo, do que aquilo que você pensa a meu respeito.

"O mais eminente Cristão é um daqueles de quem nunca se ouviu falar, algum pobre
trabalhador ou servo, para quem Cristo é tudo, e que faz tudo para ser visto por Ele, e
somente por Ele. O primeiro deve ser o último. Fiquemos convencidos, meu caro amigo,
de louvar somente o Senhor. Só Ele é digno de ser louvado, reverenciado e adorado. A
Sua bondade nunca é demasiadamente celebrada. O cântico dos abençoados (Apocalipse
5) não louva a ninguém senão `Aquele que os redimiu com o Seu sangue. Não há no
cântico uma única palavra de louvor a qualquer dos redimidos -- nenhuma palavra que
diga que são eminentes, ou que não são eminentes -- todas as distinções estão perdidas
no título comum, "os redimidos", que expressa a alegria e glória de todo o Corpo.
Empenhemo-nos em trazer nossos corações em uníssono com aquele cântico, ao qual
todos esperamos que nossas débeis vozes venham se unir. Esta será a razão da nossa
alegria, mesmo enquanto estivermos aqui, e contribuirá para a glória de Deus, a qual é
lesada pelo louvor que os Cristãos frequentemente prestam uns aos outros. Não podemos
ter duas bocas -- uma para louvar a Deus e outra para louvar o homem. Possamos, então,
conhecer o que os serafins fazem (Isaías 6:2,3), quando com duas asas cobrem suas faces,
como um sinal de sua confusão diante da sagrada presença do Senhor; com outras duas
asas cobrem seus pés, como se tentassem esconder de si mesmos os seus próprios passos;
e com as duas asas restantes voam para executar a vontade do Senhor, enquanto
proclamam, "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos: toda a terra está cheia da
Sua glória".

"Perdoe-me por estas poucas linhas de exortação Cristã, as quais tenho certeza, irão, cedo
ou tarde, se tornar úteis para você, passando a fazer parte da sua própria experiência.
Lembre-se de mim em suas orações, enquanto rogo para que a bênção do Senhor possa
pousar sobre você e seu trabalho. Se você porventura vier a imprimir uma outra edição -
- como espero que aconteça -- por gentileza, exclua as duas frases para as quais chamei
sua atenção; e me chame simplesmente "um irmão e ministro no Senhor." Isto já é honra
bastante, e não é preciso mais." J. N. Darby
Versículos Sobre Orgulho

Precisamos ter cuidado com o orgulho. O Portanto, quem se faz humilde como esta
orgulho nos faz pensar que somos criança, este é o maior no Reino dos
melhores que outras pessoas. O céus.
orgulhoso não se submete a Deus porque Mateus 18:4
acha que seu próprio caminho é melhor.
Mas no fim descobrirá que o caminho de Pois todo aquele que a si mesmo se
Deus é perfeito e será humilhado. exaltar será humilhado, e todo aquele
que a si mesmo se humilhar será
Nosso orgulho deve estar em Deus. É exaltado.
Deus quem nos ajuda a ter sucesso; é Mateus 23:12
Deus quem nos dá talentos e sabedoria.
Quando entendemos que tudo vem de Não se enganem. Se algum de vocês
Deus, teremos uma visão equilibrada de pensam que é sábio segundo os padrões
nossos sucessos, sem orgulho excessivo. desta era, deve tornar-se "louco" para
Orgulho na Bíblia. que se torne sábio.
1 Coríntios 3:18
O orgulho do homem o humilha, mas o
de espírito humilde obtém honra. Se devo orgulhar-me, que seja nas coisas
Provérbios 29:23 que mostram a minha fraqueza.
2 Coríntios 11:30
O orgulho vem antes da destruição; o
espírito altivo, antes da queda. Tenham uma mesma atitude uns para
Provérbios 16:18 com os outros. Não sejam orgulhosos,
mas estejam dispostos a associar-se a
Pois do interior do coração dos homens pessoas de posição inferior. Não sejam
vêm os maus pensamentos, as sábios aos seus próprios olhos.
imoralidades sexuais, os roubos, os Romanos 12:16
homicídios, os adultérios, as cobiças, as
maldades, o engano, a devassidão, a Tenho grande confiança em vocês, e de
inveja, a calúnia, a arrogância e a vocês tenho muito orgulho. Sinto-me
insensatez. Todos esses males vêm de bastante encorajado; minha alegria
dentro e tornam o homem impuro". transborda em todas as tribulações.
Marcos 7:21-23 2 Coríntios 7:4

Mas ele nos concede graça maior. Por Nós, porém, não nos gloriaremos além
isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos do limite adequado, mas limitaremos
orgulhosos, mas concede graça aos nosso orgulho à esfera de ação que Deus
humildes". nos confiou, a qual alcança vocês
Tiago 4:6 inclusive.
2 Coríntios 10:13
Da mesma forma, jovens, sujeitem-se
aos mais velhos. Sejam todos humildes Se alguém se considera alguma coisa,
uns para com os outros, porque "Deus se não sendo nada, engana-se a si mesmo.
opõe aos orgulhosos, mas concede graça Cada um examine os próprios atos, e
aos humildes". Portanto, humilhem-se então poderá orgulhar-se de si mesmo,
debaixo da poderosa mão de Deus, para sem se comparar com ninguém, pois
que ele os exalte no tempo devido. cada um deverá levar a própria carga.
1 Pedro 5:5-6 Gálatas 6:3-5
Assim diz o Senhor: "Não se glorie o entende. Esse tal mostra um interesse
sábio em sua sabedoria nem o forte em doentio por controvérsias e contendas
sua força nem o rico em sua riqueza, mas acerca de palavras, que resultam em
quem se gloriar, glorie-se nisto: em inveja, brigas, difamações, suspeitas
compreender-me e conhecer-me, pois eu malignas
sou o Senhor e ajo com lealdade, com 1 Timóteo 6:3-4
justiça e com retidão sobre a terra, pois é
dessas coisas que me agrado", declara o Comer mel demais não é bom, nem é
Senhor. honroso buscar a própria honra.
Jeremias 9:23-24 Provérbios 25:27

"Filho do homem, diga ao governante de O vaidoso e arrogante chama-se


Tiro: Assim diz o Soberano, o Senhor: zombador; ele age com extremo orgulho.
"No orgulho do seu coração você diz: Provérbios 21:24
'Sou um deus; sento-me no trono de um
deus no coração dos mares'. Mas você é Quando vem o orgulho, chega a
um homem, e não um deus, embora se desgraça, mas a sabedoria está com os
considere tão sábio quanto Deus. humildes.
Ezequiel 28:2 Provérbios 11:2

"Não falem tão orgulhosamente, nem O orgulho só gera discussões, mas a


saia de sua boca tal arrogância, pois o sabedoria está com os que tomam
Senhor é Deus sábio; é ele quem julga os conselho.
atos dos homens. Provérbios 13:10
1 Samuel 2:3
O Senhor dos Exércitos o planejou para
Temer o Senhor é odiar o mal; odeio o abater todo orgulho e vaidade e humilhar
orgulho e a arrogância, o mau todos os que têm fama na terra.
comportamento e o falar perverso. Isaías 23:9
Provérbios 8:13
A vida de pecado dos ímpios se vê no
O fim das coisas é melhor que o seu olhar orgulhoso e no coração arrogante.
início, e o paciente é melhor que o Provérbios 21:4
orgulhoso.
Eclesiastes 7:8

A arrogância do seu coração o tem


enganado, você que vive nas cavidades
das rochas e constrói sua morada no alto
dos mon-tes; que diz a você mesmo:
'Quem pode me derrubar?'
Obadias 1:3

Pois tudo o que há no mundo - a cobiça


da carne, a cobiça dos olhos e a
ostentação dos bens - não provém do Pai,
mas do mundo.
1 João 2:16

Se alguém ensina falsas doutrinas e não


concorda com a sã doutrina de nosso
Senhor Jesus Cristo e com o ensino que
é segundo a piedade, é orgulhoso e nada

Você também pode gostar