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Ministério Público Federal

Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20220019060

Dados Manifestante SIGILOSO

Representação

Data do Fato 04/06/1994


Município do Fato BRASÍLIA
UF do Fato DF

Descrição
Ok
Solicitação
Ok

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Ministério Público Federal
Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

09/03/2022 14:53 Assume manifestação MARIA SILVA

09/03/2022 00:41 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

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Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro do Supremo Tribunal
Federal André Luiz de Almeida Mendonça

Urgente

CARLOS EDUARDO RUIZ MARTINS, brasileiro,


Jornalista, Bacharel em Direito, portador da RG n.º 18.295.781- 0 e CPF/MF n.º
107.660.208-86, com endereço eletrônico: dr.carlosermartins@gmail.com,
residente e domiciliado na rua Joaquim borges Bernardes, n.º 27, Centro – Itu -
SP, CEP: 13300-025, vem mui respeitosamente na presença de Vossa Excelência,
propor a presente:

Denúncia de Crimes Federal

em face de Chefe de Estado Presidente da República Federativa do


Brasil Excelentíssimo Senhor Jair Messias Bolsonaro, residente na
Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Anexo I, Ala B, sala 107. Câmara
dos Deputados, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ n.º
00.530.352/0001-59, Palácio do congresso Nacional, localizada na Praça dos Três
Poderes – distrito Federal – DF – Brasil, CEP: 70160-900, Senado Federal,
localizado na Praça dos Três Poderes s/n, DF, 70165-900; Ministério da
Educação, localizada na Esplanada dos Ministérios Ed. Sede e Anexos, BL L -
Brasília, DF, 70047-900; Ministério da Justiça e Segurança Pública,
localizado na Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça, Bloco T, Edifício
sede. CEP: 70064-900 / Brasília-DF, Procuradoria Geral da República –
PGR, localizada na SAF Sul Quadra 4, Conjunto - C, Brasília/DF – CEP 70050-
900, Ministério da Economia, localizado n Setor de Administração Federal
Sul Q 1 - Asa Sul, Brasília - DF, 70297-400; Ministério Da Mulher, Da
Família E Dos Direitos Humanos, localizada na Esplanada dos Ministérios
Bloco, s/NR, Bloco a Andar 5- Sala 529, Zona Cívico-Administrativa, Brasília-DF;
Receita Federal do Brasil, pessoa jurídica de direito público, inscrita no
CNPJ n.º 00.394.460/0058-87, localizada na SAUS Q. 3 - Asa Sul, Brasília - DF, 70297-400;
pelos fato e de direito a seguir expostos:

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Da Extinção da Ordem dos Advogados do Brasil

OAB - Uma autarquia que foi extinta em 1991

O povo brasileiro tem sido tratado como criança pelos diversos governos que se
sucederam ao antigo regime militar que teve fim no ano de 1985. Embora esta
prática não seja uma novidade em nossa história, nos dias atuais ela atingiu o seu
ápice. O governo socialista emprega táticas de convencimento que insuflam, nas
pessoas mais esclarecidas, um surto de indignação. Como pode nossos próprios
governantes terem a convicção de que somos completamente desprovidos de
inteligência? As leis de um país, para que sejam válidas, precisam,
obrigatoriamente, estar escritas no idioma pátrio e de modo que até o mais
simples dos homens possa entendê-la; ou, como seria possível admitir-se que
todos têm ciência dela e devam cumpri-la?

Para que se compreenda a lei, basta que o cidadão seja alfabetizado e dotado de
uma inteligência normal. A compreensão de um texto legal não requer que o
cidadão seja provido de dons mediúnicos e metafísicos, tal que somente uma
minoria de escolhidos saiba interpretar tais “escrituras”. Uma lei que assim fosse
não teria a menor validade em uma sociedade Republicana e Democrática.

Isto posto: podemos afirmar sem medo de errar, que quando uma lei assegura
que um determinado decreto fica extinto com a publicação desta lei nova, nada
há a ser interpretado. O decreto antigo deixa de existir e junto com ele tudo aquilo
que dele dependia. Foi o que ocorreu quando o DECRETO No 11, DE 18 DE
JANEIRO DE 1991 determinou que ficava definitivamente extinta a ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL.

No entanto, o Congresso Nacional, o Poder Executivo, a OAB, o Ministério


Público, a Polícia Federal e, lamentavelmente, também o Poder Judiciário,
decidiram tratar os brasileiros como pessoas sem a menor capacidade intelectual
e nos fazer crer que nada aconteceu. E que a OAB continua de uma maneira “sui
generis” existindo. Ela passou desta vida para uma outra, mas continua
habitando entre nós. Este tipo de argumentação é uma afronta à inteligência da
população brasileira.

DA EXTINTA ORDEM DOS ADVOGADOS

A Ordem dos Advogados do Brasil, autarquia vinculada ao judiciário,


responsável por fiscalizar o exercício da profissão de advogado no Brasil foi
extinta pelo DECRETO n.º 11, DE 18 DE JANEIRO DE 1991 que revogou o

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DECRETO n.º 19.408, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1930 criador da Ordem dos
Advogados do Brasil.

O reconhecimento deste fato não requer do cidadão nenhum conhecimento


específico além da alfabetização, basta ler os referidos decretos.

DA REPRISTINAÇÃO

Quando uma lei é extinta, os efeitos que ela provocava só voltam a valer se
houver repristinação. Consequentemente, a autarquia OAB somente poderia ser
ressuscitada pela repristinação.

A repristinação ocorre quando a lei que revoga a norma revogadora deixa, de


forma nítida e expressa, em seu texto que está restabelecendo os efeitos da norma
outrora revogada, como se depreende da leitura da Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro.

O DECRETO-LEI n.º 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 é específico ao


afirmar que salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
a lei revogadora perdido a vigência.

Temos então, de forma transparente e clara, que o DECRETO n.º 761, DE 19 DE


FEVEREIRO DE 1993, ao revogar o decreto de 1991, acima mencionado, não fez
qualquer menção quanto a restabelecer o artigo 17 do Decreto nº 19.408, de 18 de
novembro de 1930 que criou a OAB.

Assim, temos por certo que: por repristinação a OAB não renasceu quando o
DECRETO n.º 11, DE 18 DE JANEIRO DE 1991 foi revogado no ano de 1993.

Conclui-se do que foi exposto; que ficou definitivamente extinta a autarquia


responsável por regulamentar o exercício da profissão de advogado no Brasil a
partir de 18 de janeiro de 1991.

FALÁCIAS

São técnicas empregadas para induzir a mente humana a erro e tomar um


pensamento falso como verdadeiro. Em algumas circunstâncias podemos aceitar
quando se induz uma criança a acreditar em um ser inexistente, porém, quando
se engana um adulto, geralmente há nisto uma má-fé inaceitável.

A Ordem dos Advogados do Brasil, embora tenha sido oficialmente extinta,


continuou atuando como se nada tivesse acontecido. E com a complacência de

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todos os poderes da República, o que agrava ainda mais nossa crise de
credibilidade nas instituições do país.

Quando uma autarquia é extinta deve-se dar baixa em todos os seus registros
oficiais, como o CNPJ, por exemplo. Todo o seu patrimônio deve ser devolvido à
União e uma prestação de contas deve ser apresentada. Nada disto foi feito! E
isto viola diversas leis, inclusive as leis penais, mas nenhuma providência foi
tomada pela Receita Federal ou pelo Ministério Público.

O Supremo Tribunal Federal deste país, que tem a missão de guardar a


Constituição, foi dos primeiros a sair em socorro desta entidade que sequer podia
ser chamada de moribunda, pois há muito estava falecida.

E desenvolveu um argumento totalmente falacioso para compactuar com as


violações das leis de nosso país. O STF desenvolveu a proposição de que a OAB
seria uma pessoa fictícia de “natureza sui generis” e que, portanto, ora era uma
entidade pública, ora era uma entidade privada, usufruindo assim de privilégios
e eximindo-se dos deveres comuns às demais pessoas jurídicas.

Como ser constituída conforme a lei, por exemplo. Uma pessoa jurídica ou é
criada por lei, ou é criada por um estatuto registrado em cartório com as demais
formalidades que a lei impõe.

Ainda que esta nova entidade adotasse o mesmo nome, não seria mais a mesma
pessoa jurídica, seria uma nova pessoa com o mesmo nome, mas com distinto
CNPJ. Portanto, carecedora de nova formalidade para sua criação, carecedora de
novo registro e nova documentação conforme requisitos da lei para a criação de
pessoas jurídicas. Seja ela pública ou privada.

Assim como ocorre com os cidadãos, para cada João que nasce um novo registro
deve ser feito, não se admite que um João recém-nascido se utilize dos
documentos de um João falecido, a regra também se aplica para as pessoas
jurídicas. E o uso de documento alheio, pelos dirigentes da extinta autarquia, é
um crime que foi ignorado pelo Ministério Público Federal. E continua sendo!

Não há como negar que no período entre 18 de janeiro de 1991 e 4 de julho de


1994, e a partir desta data inclusive, houve um vácuo onde nenhuma entidade
existia com a aptidão jurídica necessária para regulamentar ou fiscalizar o
exercício da profissão de advogado, aplicar o Exame de Ordem, ou mesmo cobrar
anuidades dos profissionais da Advocacia.

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Nenhuma pessoa jurídica de direito público ou privado foi criada por lei ou em
conformidade com a lei para assumir o lugar da extinta autarquia.

Por esta razão, temos como líquido e certo, que:


Todos os atos praticados pelos ex-dirigentes desta extinta autarquia, naquele
período e a partir dele, foram à revelia da lei, houve uma manifesta usurpação
do poder público jamais questionada pelas autoridades.
Com a extinção da autarquia, todos os registros de advogados também foram
automaticamente extintos.

Ocorreu a obrigatoriedade de prestação de contas dos antigos dirigentes da


autarquia e a devolução de bens e valores ao poder público e isto não foi feito.
A revogação do decreto de criação da OAB extinguiu o vínculo entre os bacharéis
e o órgão fiscalizador da profissão. É sabido que, naquilo que couber, a pessoa
jurídica se equipara à natural, temos então que a regra: “Actio personalis moritur
cum persona” também se aplica à pessoa jurídica extinta. O direito de agir, que
seja personalíssimo, morre com a pessoa, seja ela jurídica ou natural.

Fica evidente que não existe relação jurídica entre o bacharel em direito e o
extinto órgão fiscalizador da profissão de advogado.
Nenhuma providência foi tomada pelas autoridades competentes, pelo contrário,
aceitaram que um grupo, que deveriam ser os liquidantes da extinta instituição
continuas se a operá-la como se ativa estivesse.

PESSOA JURÍDICA: TIPOS ADMITIDOS

A lei brasileira, no artigo 40 do Código Civil, admite apenas os seguintes tipos de


pessoas jurídicas: pessoa jurídica de direito público interno, pessoa jurídica de
direito público externo e pessoa jurídica de direito privado.

E o artigo 44 do Código Civil dispõe que são pessoas jurídicas de direito privado:
as associações; as sociedades; as fundações; as organizações religiosas; os
partidos políticos; e as empresas individuais de responsabilidade limitada.

O Artigo 41 do Código Civil esclarece que são pessoas jurídicas de direito público
interno: a União; os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; as
autarquias, inclusive as associações públicas e as demais entidades de caráter
público criadas por lei.

O artigo 42 do Código Civil que são pessoas jurídicas de direito público externo
os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito

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internacional público e a OAB não se enquadra em nenhuma destas situações
acima.

ADIN 3026: A NATUREZA “SUI GENERIS”

Difundiu-se a falsa ideia de que o STF, na ADIN 3026, teria definido que a OAB
é uma pessoa jurídica sui generis. Esta afirmação não procede, pois a natureza
jurídica da OAB não era o objeto da questão em debate.

Alguns Ministros, nem todos, incluíram este conceito bizarro em suas


dissertações para eximir a OAB de submeter seus empregados a concursos
públicos, uma vez que ela é uma entidade privada. Mas a natureza jurídica da
OAB sequer foi tema do debate, mas ainda assim, esta mera suposição foi
contestada por outros ministros.

Deste debate nasceu a falsa ideia de que o Poder Judiciário brasileiro teria
atribuído à nova Ordem dos Advogados esta qualificação, sem previsão legal, de
“sui generis” com os argumentos acima citados para que ela fosse aceita pela
sociedade como existente.

Ainda que este debate nunca tenha acontecido de fato no STF, circula entre os
operadores do direito, o conceito de que a OAB seja de fato uma entidade sui
generis. Este é mais um engodo, outra falácia para iludir a população, por isto
vale a pena discorrer sobre este tema.

A INCOMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO PARA CRIAR PESSOAS


JURÍDICAS

Ao poder judiciário compete julgar em consonância com as leis do país. As


pessoas jurídicas previstas pela legislação brasileira ou são públicas ou são
privadas. Uma pessoa jurídica só existe se tiver cumprido todas as formalidades
legais para a sua criação. Sem isto ela é inexistente.

Das considerações acima decorre naturalmente que não há vínculo normatizado


que crie uma relação jurídica entre os bacharéis em direito e esta sociedade não
personificada que se intitula a nova OAB.

Nesta condição, o bacharel em direito é o sujeito ativo titular do direito subjetivo


de fazer o que a norma jurídica não proíbe.

E a nova OAB é o sujeito passivo que tem o dever jurídico de respeitar o direito
do sujeito ativo de exercer livremente a sua profissão.

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Nunca é demais lembrar que no Brasil temos outras entidades que existem a
margem da lei, como é o caso das facções criminosas. No entanto, estes grupos,
por força de lei, não podem ser considerados pessoas jurídicas de espécie alguma.
E o mesmo se dá com um grupo que se reúna para usurpar o Poder Público da
nação.

O direito brasileiro não consagrou em nenhuma lei a existência de uma pessoa


jurídica do tipo camaleão que se adapta ao ambiente de acordo com as
conveniências. A Pessoa Jurídica IMPAR ou de Natureza Jurídica Sui
Generis postulada pela OAB e defendida pelo Poder Judiciário não existe no
direito brasileiro.

A base desta argumentação, engendrada pela OAB e pelo Poder Judiciário,


especialmente o STF, está na alegação de que o advogado presta serviço público,
exerce função social e seus atos constituem múnus público.

Múnus é o encargo, o emprego, a função que o indivíduo tem que exercer, por
esta ótica cada um de nós tem um múnus a cumprir. Múnus Público é a
obrigação que o Estado tem que executar, aquilo que é dever do Estado para com
o cidadão, serviço, obrigação, dever, trabalho típico do Estado.

A OAB alega que a lei, ao determinar que o advogado é indispensável à


administração da justiça, atribuiu a ele um múnus público. Então, como pessoa
jurídica ou física de caráter privado, passa a exercer uma função típica do estado,
vem daí a razão de ser da sua natureza jurídica “sui generis”.

“Sui Generis” pode ser traduzido por único de sua espécie ou gênero, singular,
sem igual, impar. O termo é empregado na biologia quando se encontra um
espécime novo, e completamente distinto dos demais e que pode dar origem a
uma nova classificação, um novo gênero, uma nova espécie. Na arte, o termo sui
generis, pode ser atribuído a um determinado pintor como meio para destacar
sua técnica única e exclusiva. No direito pode ser usado para descrever o sistema
único e exclusivo de aplicação da justiça de uma determinada tribo.

Sob esta justificativa, a Ordem dos Advogados não é única, impar ou “sui
generis”, pois, também o médico, o bombeiro, o professor e o policial exercem
um múnus público, uma função típica do Estado brasileiro, de modo que cai por
terra a exclusividade, deixa de ser a única, deixa de ser “sui generis”.

Para que algo possa ser classificado como “sui generis” precisa ser exclusivo,
sem igual, impar, único em sua espécie.

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Porém, a exclusividade inconstitucional que caracteriza a OAB foi a
transformação de uma simples autarquia em um Poder da República, através de
uma simples lei infraconstitucional.

A única característica IMPAR e Sui Generis e exclusiva da OAB é ter a pretensão


de ser um Poder da República sem que se tenha feito uma nova Constituição, e
sem que se tenha notificado o povo brasileiro de que ele tem um novo Senhor,
faltou a publicidade para a validade do ato.

Houve a criação ilícita de uma instituição privada, constituída por pessoas não
eleitas pelo povo, sem mandato, mas que se julgam no mesmo patamar de
Governo que o Presidente da República, os Senadores e os Ministros do STF,
constituindo-se num falso poder autônomo e paralelo. Trata-se de um estelionato
intelectual, nada mais que isto.

A Constituição promulgada em 1988 diz, em seu artigo segundo: “São Poderes


da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário”.

Isto basta para que se verifique que a LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994, que
cria um estatuto para uma autarquia extinta, ao caracterizar a OAB, entidade
privada, como um ente federativo que não se submete ao controle da nação
brasileira, nem de qualquer outro poder da República é completamente
inconstitucional por qualquer ângulo que se veja a questão. O estatuto de uma
entidade privada deve ser feito por seus associados, nunca pelo estado, portanto,
a atual OAB, apropria-se ilegalmente, de algo que não foi feito para ela, mas para
uma entidade extinta. Isto configura usurpação de poder.

Finalizando: não é competência do judiciário estabelecer a natureza jurídica das


pessoas fictícias: Existe um órgão competente para isto.

A Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), órgão do IBGE, criado por lei,


e que inclui na sua composição todos os ministérios, inclusive o Ministério da
Fazenda, é o responsável dentre outras atividades, pela classificação da natureza
jurídica das pessoas fictícias atribuindo a elas códigos que as definem e que são
usados pela Receita Federal ao se cadastrar uma pessoa jurídica, inclusive as de
personalidade pública como as autarquias. E dentre os seus códigos não existe
um código atribuído e definido para classificar pessoa jurídica “sui generis”,
portanto, pessoa jurídica “sui generis” não existe.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL: SOCIEDADE NÃO


PERSONIFICADA.

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A única pessoa jurídica que nasce a partir da publicação da lei que a criou é a
pessoa jurídica de direito público, as demais só têm existência após o registro no
órgão competente: Cartório e Receita Federal.

Compete-nos agora averiguar a situação jurídica do Grupo de Pessoas que se


intitula a nova Ordem dos Advogados do Brasil e assumiu, sem permissão legal,
as funções do Estado brasileiro.

Podemos começar constatando aquilo que ela não é. Ela não é uma pessoa
jurídica de direito público, pois não houve lei especial, lei específica que a criasse
conforme requer o artigo 37, inciso XIX, da Constituição brasileira.

Deste artigo, depreende-se que criação de uma pessoa jurídica de direito público
não pode ser através de lei genérica e vaga. Não pode ser um “jabuti”.

Este grupo de pessoas ou unidade de pessoas que se intitula a nova OAB, para
que fosse legalmente reconhecido como uma pessoa jurídica de direito privado e
possuísse capacidade jurídica precisaria cumprir as exigências do artigo 45 do
Código Civil.

Como o registro dos atos constitutivos no registro competente e a necessária


autorização do poder executivo para fiscalizar o exercício da profissão de
advogado de seus associados, fato que também não ocorreu.

E mesmo que tivesse ocorrido, não lhe daria legitimidade para atribuir a si
mesma as prerrogativas da LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994 que foi criada
para atender a uma pessoa jurídica de direito público, uma vez que não compete
ao poder público estabelecer o estatuto de uma associação privada.

Temos, então, que esta unidade de pessoas que se intitula Ordem dos
Advogados, quanto à classificação de sua “personalidade jurídica”, ou é
uma Sociedade de Fato, pois não possui atos constitutivos, ou é uma Sociedade
Irregular, pois não os registrou e, rege-se pelo artigo 986 do Código Civil, por ser
uma sociedade não personificada. Disto decorre que as suas normas internas não
se aplicam a terceiros, mas tão somente aos seus associados.

DA CAPACIDADE DA PESSOA JURÍDICA

A capacidade da pessoa jurídica decorre da personalidade que a ordem jurídica


lhe reconhece por ocasião de seu registro. Não se tem conhecimento de que esta
unidade de pessoas que se intitula a nova OAB tenha registrado seus atos
constitutivos, quando da extinção da autarquia OAB, consequentemente:

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1. Não tem direito à personalidade, a identificar-se como a nova Ordem dos
Advogados ou à própria existência.

2. Caso tenha dado continuidade às operações da antiga OAB na condição de


administrador do espólio, é nada mais que uma pessoa jurídica sem
personalidade jurídica.

LICITUDE DE PROPÓSITOS E FINS LÍCITOS

A partir da data de publicação do decreto que extinguiu a Ordem dos


Advogados, seus dirigentes deveriam ter tomado as providências necessárias
para a completa dissolução da pessoa jurídica; assumiram, nesta ocasião, uma
condição equivalente à de administradores de um espólio, administradores de
uma massa falida, assumiram a posição equivalente à dos responsáveis pelo
encerramento de uma empresa.

E deveriam ter tomado as providências necessárias para a efetivação desta


medida de encerramento das atividades da OAB, como o cancelamento de
registros públicos, como CNPJ, dentre outras, além da elaboração de uma
prestação de contas à União, com a devolução de bens e valores pertencentes à
antiga autarquia.

Mas, em vez disto, deram continuidade às atividades de uma entidade extinta


pela lei. Apropriaram-se dos bens e funções da extinta autarquia, sem permissão
legal, o que nos leva a questionar a licitude de seus propósitos, condição
necessária para a constituição de uma nova pessoa jurídica.

DA ILICITUDE

A lei não admite que uma unidade de pessoas reunidas para a prática de atos
ilícitos adquira personalidade jurídica, o que põe por terra a validade de todos os
atos praticados por este grupo de pessoas em nome desta nova OAB, inclusive a
capacidade para fiscalizar o exercício de qualquer tipo de profissão.

Das considerações acima decorre naturalmente que não há vínculo normatizado


que crie uma relação jurídica entre os bacharéis em direito e esta sociedade não
personificada que se intitula a nova OAB.

Nesta condição, o bacharel em direito é o sujeito ativo titular do direito subjetivo


de fazer o que a norma jurídica não proíbe.

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E a nova OAB é o sujeito passivo que tem o dever jurídico de respeitar o direito
do sujeito ativo de exercer livremente a sua profissão.

Nunca é demais lembrar que no Brasil temos outras entidades que existem a
margem da lei, como é o caso das facções criminosas. No entanto, estes grupos,
por força de lei, não podem ser considerados pessoas jurídicas de espécie alguma.
E o mesmo se dá com um grupo que se reúna para usurpar o Poder Público da
nação.

Vídeos a Respeito da Fraude da Extinta OAB Antro de Comunistas

 https://www.youtube.com/watch?v=v8uD2wkV878&t=647s

 https://www.youtube.com/watch?v=WQzx38rjMV8&t=95s

Vídeo que mostra o Laudo Pericial que prova a Falsificação da Assinatura do


Presidente Itamar Franco:

 https://www.youtube.com/watch?v=QnZZzh-iJtQ&t=1224s

Em Seguida a Fraude do Projeto de Lei n.º 2.938/1992 que criou a Falecida Lei
natimorta > Lei n.º 8.906/1994 > segue Link >
https://drive.google.com/file/d/1b2sijD_kakpm5MsIM7K2h9UP1ZLDkEZ5/view
?usp=sharing

Em seguida Uma Certidão do Registro Civil das Pessoas Naturais localizado CRS
504, Bloco “A”, Lojas 07/08 – Av. W-3 Sul) Brasília – Distrito Federal, Informa que
revendo os Livros e Arquivos de “Pessoas Jurídicas” Informou que não existe
nenhum Registro do “CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

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DO BRASIL” com Certidão logo abaixo.

DOS

Parte do laudo Pericial que comprovou a falsificação da assinatura do Presidente


Itamar Franco essa é a verdadeira assinatura do Presidente Itamar Franco:
https://2abcjuridico.wordpress.com/2020/12/04/fraude-oab-assinatura-falsificada-
envolvendo-o-ato-que-estabeleceu-o-estatuto-da-oab/

12
Outra parte do Laudo da assinatura falsificada:

13
Do Crime do Ministério da Educação (MEC) pelo não cumprimento da Lei Federal n.º
12.605/2012.

Digníssimo Ministro, o Ministério da Educação ignora o cumprimento desta Lei desde


que entrou em vigor desde 3 de abril de 2012, pois atendeu os seus Artigos 1º, 2º e 3º
senão vejamos:

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

14
LEI Nº 12.605, DE 3 DE ABRIL DE 2012.

Determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau


em diplomas.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados


com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a
profissão e o grau obtido.

Art. 2º As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1º a


reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do
respectivo sistema de ensino.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de abril de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF

Aloizio Mercadante

Eleonora Menicucci de Oliveira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.4.2012

 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12605.htm

Ora Excelência funcionários públicos independentemente da posição


do seu cargo não cumprir uma Lei Federal é crime, devendo ser punido na forma da
Lei, sem prejuízo das sanções Administrativas e Crime de improbidade administrativa,
e o Governo Federal (executivo) não pode se omitir sob pena de sofrer as mesmas
sansões, vale destacar que essa Lei já está em vigor a 10 (dez) anos e não é cumprida,
estando assim o Estado Brasileiro a uma década omisso nesse sentido.

“Data Vênia” a Fraude e inquestionável e se tratando de autoridades


da República Federativa do Brasil, qualquer Deputado, Senador e principalmente o
Presidente do Brasil, Ministros, membros do Judiciário, Ministério Público, tendo
conhecimento destes crimes federais pode muito bem receber a denúncia crime, e usar
suas prerrogativas para que seja iniciado o processo de oficio, nesta seara não entendo
a dificuldade, se falarmos no aspecto jurídico quando uma autoridade tem

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conhecimento de crime, fraude, etc....e se omitir a mesma está praticando crime de
prevaricação passível também de improbidade administrativa.

DAS AUTORIDADES QUE IGNORAM ESSE CRIMES FEDERAL

O Presidente da República Jair Messias Bolsonaro na qualidade de chefe de


Estado tem ciência das fraudes aqui descritas, teve da extinção d OAB pelo Decreto
Presidencial 11/91 - Anexo - IV, sabe também da Fraude da Lei 8.906/94 e sua tramitação
fraudulenta, bem como a falsificação da assinatura do Presidente Itamar Franco na
sanção da Lei fraudulenta. Vale destacar que o mesmo incorre no crime de prevaricação:

Código Penal - Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Art. 319 -


Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

pois sabe ou sabia do crime e em momento algum fez a denúncia para a respectiva
apuração sem prejuízo da improbidade administrativa LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE
1992.

DA CAMARA DOS DEPUTADOS

A fraude da criação da Lei 8.906/94 nasceu nesta casa legislativa em todos os


Deputados tiveram e receberam o Dossiê da Fraude do Projeto de Lei e até os dias de
hoje não tomaram nenhuma das providências para apurar as ditas ilegalidades, vale
destacar que no projeto de Lei da Lei 8.906/94 quem apresentou o projeto da Lei já
pronto foi o próprio Conselho Federal da OAB.

Do Ministério da Educação

Também tem conhecimento da fraude d OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) senão
bastasse existe uma agravante a mesma ignora em cumprir Lei Federal:

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.605, DE 3 DE ABRIL DE 2012.

Determina o emprego obrigatório da flexão


de gênero para nomear profissão ou grau em
diplomas.

16
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:

Art. 1º As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados


com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão
e o grau obtido.

Art. 2º As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1º a


reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do respectivo
sistema de ensino.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de abril de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF
Aloizio Mercadante
Eleonora Menicucci de Oliveira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.4.2012

Vale destacar que esta lei encontrasse em pleno vigor mas jamais foi cumprida
pelo Ministério da Educação (MEC) pois o mesmo tem conluio com a extinta OAB,
devendo ser apurado e os responsáveis pela ilicitude punidos na forma da Lei.

Do Ministério da Justiça

Também tem conhecimento do Decreto Presidencial - 11/91 - anexo – IV, tem


conhecimento da fraude e da tramitação da Criação fraudulenta da Lei 8.906/94 que
encontra-se em vigor e também nada fez praticando também o crime de prevaricação.

Resumindo todos arrolados no polo passivo sabiam e sabem da irregularidades exceto


a Receita Federal, todos foram informados através de Dossiês e na fizeram, nesta seara
todos praticaram crime de prevaricação, sem prejuízos da dita improbidade
administrativa.

DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL E OS CNPJ DA OAB NO DISTRITO


FEDERAL (Conselho Federal) e DOS ESTADOS SUAS SECCIONAIS:

Ora Digníssimos Representantes do Ministério Público Federal como pode a OAB


(Ordem dos Advogados do Brasil) possuir vários CNPJs como autarquia federal até os
dias atuais? Já em outras Seccionais seus CNPJs contam como associação.

Precisamos de explicações da Receita Federal do Brasil como isso é possível?

17
Em seguida alguns CNPJ da Extinta OAB:

18
19
20
21
22
23
Segue link > http://cnpj.info/OAB-ORDEM-ADVOGADOS-BRASIL-SC/1

A OAB a cada CNPJ é mutante, ora continua como autarquia federal no


qual sabemos que já não é mais a muito tempo nos Registros da Receita Federal, hora é
apenas uma associação privada.

Ora Nobres Doutores Representantes do Ministério Público Federal


(MPF), que alienígena e a extinta Ordem dos Advogados do Brasil? E o suposto conluio
com a Receita Federal do Brasil?

Assim destacou julgado do STF (Supremo Tribunal Federal)

O STF no julgamento da ADIN 3026 julgou improcedente a ação proposta pelo Exmo.
Sr. procurador-geral da República, visando à exigência de concurso público para o
provimento de cargos de servidores da OAB (art. 79 da Lei. n.º 8.906/1994), em
08/06/2006, vencidos apenas os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, sendo
vencedor o argumento de que a OAB não é pessoa jurídica de direito público, nem
mesmo autarquia (nem autarquia de regime especial, como os demais Conselhos
Profissionais), não tendo qualquer vinculação com a administração pública direta, nem
indireta, logo não precisa fazer concurso para selecionar os seus servidores.

Contudo, embora tenha sido improcedente constou do dispositivo do acórdão que a


OAB não é mais autarquia especial, então também não pode ser julgada pelo Judiciário
Federal, pois não preenche a exigência do art. 109 da Constituição Federal. O aspecto
vinculante da ADIN vale tanto para quando julga procedente, como para improcedente,
e abrange todas as matérias ventiladas no dispositivo do acórdão.

Logo, como a OAB não é mais autarquia especial, vincula-se pela ADIN que também
não tem mais foro federal.

Nem mesmo as sociedades de economia mista com capital majoritário da União são
julgadas pelo Judiciário Federal, como é o caso do Banco do Brasil, mas apenas as
autarquias e as empresas públicas.

Oportuno transcrever trecho do art. 109 da CF:

Art. 109 - Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União,
entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho
e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

24
O acórdão foi publicado no Diário Oficial da União de 29/09/2006, e transcreve trecho
da ementa:

EMENTA:....... 1. ..... 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos ditames
impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da
Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente,
categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.
4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido
como "autarquias especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das
hoje chamadas "agências". 5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração
Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas
partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A
OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função
constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à
administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a
atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou
dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7...

Portanto, não mais existe respaldo legal e constitucional para que a OAB tenha foro na
Justiça Federal, pois, não sendo entidade autárquica federal, nem qualquer outro tipo
de pessoa jurídica de direito público integrante da administração pública federal, com
bem afirmou o STF, não se enquadra na competência cível ratione personae da Justiça
Federal, preconizada no art. 109, inc. I, da Constituição.

Nesse sentido o brilhante artigo do juiz federal substituto do Paraná Vicente de Paula
Ataide Junior, em que ressalta o fim do foro federal da OAB e ainda cita outros julgados
disponível no qual consta alguns julgados:

Embora a manifestação do Supremo Tribunal Federal venha agora a lançar uma pá de


cal sobre o assunto, é verdade que o Superior Tribunal de Justiça já vinha sinalizando
nesse sentido, conforme se vê pelo seguinte julgado:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA - AÇAO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA PELA ORDEM


DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SECCIONAL DO TOCANTINS, E PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL - CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE
JUIZ SUBSTITUTO

- COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

1. Inexiste entre a Ordem dos Advogados do Brasil e a Administração Pública Federal


Direta vínculo de coordenação ou subordinação hierárquica e funcional.

25
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem afastado a competência da
Justiça Federal, quando não houver interesse direto e manifesto da União.

3. Em Ação Civil Pública, a regra para a fixação da competência é territorial e funcional,


definindo-se pelo local onde ocorreu o dano e, sobretudo, pela função exercida pela
autoridade pública, a quem se atribui a responsabilidade do dano ocorrido (Lei nº
7.347/85, art. 2º).

4. Ação Civil Pública proposta contra concurso público, para o provimento de cargo de
Juiz Substituto do Estado do Tocantins, deve ser processada e julgada na Justiça
Estadual, devido à obrigação do Poder Judiciário de zelar pela intangibilidade do Pacto
Federativo e pela garantia da autonomia dos entes federados.

5. Conflito conhecido, para declarar a competência da Justiça Estadual.

(STJ, 3ª Seção, CC 47613-TO, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, Rel. p/ acórdão Min.
Paulo Medina, j. 22/6/2005, DJU 22/8/2005).

Da mesma forma, os dirigentes da OAB não podem ser considerados autoridades


federais para fins de mandado de segurança, pois não recebem qualquer delegação ou
derivação de poder de qualquer entidade federal e as consequências de ordem
patrimonial do ato da OAB contra o qual se requer mandado de segurança não serão
suportados pela União ou pelas entidades autárquicas federais, conforme exige o art. 2º
da Lei n.º 1533/1951.

Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - MANDADO DE SEGURANÇA - ATO


DE PRESIDENTE DE SUBSEÇAO DA OAB - COMPETÊNCIA - PROCESSO
DISCIPLINAR - QUEBRA DE SIGILO - IMPOSSIBILIDADE.

1. A Justiça estadual é competente para processar e julgar mandado de segurança contra


ato de Presidente de Subseção da OAB restrito à esfera de sua competência, que não se
projeta no âmbito federal.

2. Inadmissível a divulgação ostensiva dos nomes dos indiciados em processo


disciplinar, quando inexiste decisão definitiva do órgão competente sobre presumível
infração à ética profissional pelos implicados.

3. Recurso conhecido, porém, improvido.

(STJ, 2ª Turma, REsp 235723, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, j. 19/2/2002, DJU
04/11/2002, RSTJ 161/190)

26
Portanto, seja ação ordinária, seja mandado de segurança, a competência para processá-
los e julgá-los passa, definitivamente, à Justiça dos Estados, ante a não incidência das
hipóteses preconizadas no art. 1099, incs. I e VIII, da Constituiçãoo.

Podemos concluir que como a OAB não se insere na Administração Direta, nem Indireta
da Administração Federal, então não pode ser julgada pelo Judiciário Federal, pois o
art. 109 da CF, tem rol taxativo de matérias que podem ser julgadas pela seara federal e
não pode ser interpretado extensivamente.

Esta decisão do STF amplia o acesso judicial da própria OAB para questionar atos,
inclusive de prefeitos, sem necessariamente federalizar a demanda. Também amplia a
oportunidade das pessoas e advogados questionarem os atos da OAB, pois a OAB atua
em praticamente em todas as Comarcas e com notório papel junto à esfera judicial
estadual.

Esta medida do STF foi um avanço, pois como a OAB vem sendo considerada como
entidades para também proteger os interesses sociais, então é importante que se possa
haver controle de seus atos na área estadual e não apenas na esfera federal, pois há mais
cidades com Judiciário Estadual do que Judiciário Federal.

Os demais Conselhos Profissionais continuam sendo autarquias especiais, pois não


houve mudança pelo STF. Afinal, a OAB sempre teve tratamento diferenciado inclusive
não presta contas ao TCU e não faz concurso para seleção de seus servidores e não se
aplica as regras que combatem o nepotismo nas contratações de servidores.

Afinal, é necessário que o Judiciário comece a julgar esta situação com a nova
interpretação, não podendo mais apenas repetir os julgados anteriores que se baseavam
na situação de que a OAB era uma autarquia especial.

Ante o exposto, se alguém ajuizar uma Ação contra a OAB na esfera estadual e tiver sua
demanda remetida para a federal pode ajuizar uma Reclamação Constitucional
diretamente no STF. Ou se a OAB ajuizar uma ação no Judiciário Federal a parte
prejudicada pode também fazer a Reclamação ao STF por descumprimento de julgado
em ADIN com efeito vinculante.

Portanto não há que estar constando nos assentos da Receita Federal do Brasil que a
Extinta OAB seja Autarquia Federal, nesta seara a própria receita é participe do crime
aqui demostrado, devendo ser denunciado e apurado por este Ministério Público
Federal (MPF).

DO PEDIDO

Requer seja usadas as atribuições da CCJ :

27
Apuração da Presente fraude dos Crimes Federal aqui elencados:

a) Assuntos relacionados aos direitos e garantias fundamentais, ou seja, garantia ao


Trabalho, uma vez que os Bacharéis em Direito foram habilitados no momento
que receberam os seus Diplomas e não podem trabalhar em virtude da Lei
8.906/94 que não foi votada no Congresso Nacional a sua Sanção falsificaram a
assinatura do Presidente da República Itamar Franco, todos proibidos de
trabalhar, ferindo de morte direitos e garantias fundamentais, ou
seja, Dignidade Humana e o Sagrado Direito ao Trabalho.

b) Pedir informações ao MEC e questiona-los o porquê do não cumprimento da Lei


Federal n.º 12.605/2012, em vigor? A Denúncia pelo não cumprimento da Lei
Federal em vigor.

c) A investigação a respeito do não cumprimento do Decreto Presidencial 11/91


anexo - IV, a Extinção e a Declaração da Extinção da Ordem dos Advogados do
Brasil, que seja declarada uma organização primava como é, e não mais uma
autarquia Federal como era no passado.

d) A Falsificação da assinatura do Presidente Itamar Franco na Sanção da Lei


8.906/94, e se encontra ilegalmente em vigor com erros materiais e formais.

e) A possível sugestão e Alternativas: Os Bacharéis em Direito poderiam ser


inscritos no Ministério da Economia através pelo Ministro Paulo Guedes,
inscrevendo todos os Bacharéis em Direito no SIRPWEB, desta maneira os
próprios Bacharéis em direito vai ter duas opções, em se inscrever no Ministério
da Economia pagando uma taxa a título de anuidade, ou presta o Exame na
extinta e atual organização criminosa.

Esta decisão de se inscrever no Ministério da Economia no Sistema SIRPWEB


basta o Ministro Paulo Guedes baixar um decreto.

Cabe ressaltar que uma medida desta iria estimular a economia brasileira pois
surgiria mas pessoas na ativa ganhando o dinheiro do seu trabalho e
dignificando a família.

Termos em que
P. Deferimento.

Itu, 07 de março de 2002

28
Carlos Eduardo Ruiz Martins

Bel. Direito

Rio, 07 de março de 2022

Lívio Campos
Bel. Direito

Nova Advocacia do Brasil

29
PR-DF-00028906/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA - DISTRITO FEDERAL

Assinado com login e senha por MARIA DA ANUNCIACAO SANTOS SILVA, em 09/03/2022 14:54. Para verificar a autenticidade acesse
SEÇÃO DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO DA PR/DF

Despacho nº 9761/2022
Referência: PR-DF-00028905/2022
Assunto: Registrar

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Para pesquisa de correlatos e confecção de despacho.

Brasília, 9 de março de 2022.

MARIA DA ANUNCIACAO SANTOS SILVA


TÉCNICA DO MPU/ADMINISTRACAO

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PR-DF-00029144/2022

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PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL
NÚCLEO CRIMINAL EXTRAJUDICIAL DA PR-DF

Assinado com login e senha por CARLOS ROBERTO DE ARAUJO, em 09/03/2022 18:11. Para verificar a autenticidade acesse
PESQUISA DE PREVENÇÃO Nº 1068/2022

Referência: PR-DF-00028905/2022

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Certifico que, nesta data, foi efetuada pesquisa no Sistema Único, (menu Consultas -
Correlatos - autos adm/judiciais / menu Documento - Consultar), utilizando como
parâmetros:

Representante(s): identidade preservada por sigilo.


Pessoa(s) Envolvida(s):
Documentos Referidos: Manifestação nº 20220019060/2022 - SAC/MPF. PR-
DF-00028905/2022.
Texto: Representação em face de Jair Messias Bolsonaro, Câmara dos
Deputados, Senado Federal, Ministério da Educação, Ministério da Justiça e
Segurança Pública, Procuradoria Geral da República – PGR, Ministério Da
Mulher, Da Família E Dos Direitos Humanos, Receita Federal do Brasil, pela
existência da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, a qual deveria deixa de
existir com o Decreto nº 11, de 18 de janeiro de 1991, que, na visão do
Representante, revogou o Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930, que
criou a Ordem. Denuncia como inconstitucional a Lei nº 8.906/94, que dispõe
sobre o Estatuto da OAB.
Local de pesquisa: SISTEMA ÚNICO.
Filtros: 1. (“Ordem dos Advogados do Brasil” OR OAB) AND 8.906/94*; 2.
Bolsonaro AND ("Ordem dos Advogados do Brasil" OR OAB) AND decreto

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AND (revoga* OR exist* OR ileg*); 3. (“Ordem dos Advogados do Brasil” OR
OAB) AND (Câmara OR Senado) AND (revoga* OR exist*); 4. (“Ordem dos
Advogados do Brasil” OR OAB) AND ministéri* AND (revoga* OR exist*); 5.
Decreto AND 19.408*; Decreto AND 11* AND (“Ordem dos Advogados do
Brasil” OR OAB).

Com os argumentos pesquisados foi encontrada a NF 1.16.000.000893/2022-


91, distribuída ao 30º Ofício.

Assinado com login e senha por CARLOS ROBERTO DE ARAUJO, em 09/03/2022 18:11. Para verificar a autenticidade acesse
Brasília, 9 de março de 2022

CARLOS ROBERTO DE ARAUJO

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TÉCNICO DO MPU/ADMINISTRAÇÃO

Observações:

1. NF 1.16.000.003184/2017-09, distribuída ao PRDF - 20º OFÍCIO (4º Ofício de Atos Administrativos) ,


encerrada em 30/11/2017. Resumo: “Ordem dos Advogados do Brasil. OAB. Suposto funcionamento ilegal da
OAB em decorrência de eventual extinção da autarquia em 1991. Possível inconstitucionalidade da Lei 8.906,
de 04/09/1994, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a OAB.
2. NF 1.16.000.000915/2019-18, distribuída ao 13º OFÍCIO, encerrada em 10/06/2019.
Resumo: ESTELIONATO. “Denúncia em face da Ordem dos Advogados do Brasil ¿ OAB,
que, mesmo extinta pelo Decreto Presidencial nº 11, editado em 18 de janeiro de 1991 e que
revogou os decretos que criaram a entidade, números 19.408/30 e 20.78431, continua a
cobrar anuidades dos advogados.”

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PR-DF-00031117/2022

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30º OFÍCIO - NÚCLEO DE COMBATE AO CRIME E À IMPROBIDADE

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ADMINISTRATIVA

Despacho n.º 10387/2022


Referência: PR-DF-00028905/2022
Assunto: Indefere autuação de Notícia de Fato.

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Trata-se de manifestação formulada por CARLOS EDUARDO RUIZ
MARTINS (CPF n.º 107.660.208-86).
Questiona-se, na espécie, a legalidade da natureza sui generis da Ordem dos
Advogados do Brasil e sua própria existência como “sociedade não personificada”:
“A Ordem dos Advogados do Brasil, embora tenha sido oficialmente
extinta, continuou atuando como se nada tivesse acontecido. E com a
complacência de todos os poderes da República, o que agrava ainda mais
nossa crise de credibilidade nas instituições do país.”
O representante argumenta que as autoridades constituídas acabaram por
aceitar que “liquidantes da extinta instituição (OAB)” continuassem a geri-la irregularmente.
Defende o representante que a alegada irregularidade na criação da Ordem dos
Advogados do Brasil advém de suposta falsificação da assinatura do ex-presidente Itamar
Franco, quando da promulgação da Lei n.º 8.906, de 4 de julho de 1994.

É o relatório do necessário.

A manifestação ora verificada indaga pela adoção de medidas jurídicas para


investigar a criação da Ordem dos Advogados do Brasil.
O representante relata a ocorrência de fraude durante a criação da Ordem dos
Advogados do Brasil e reitera problemáticas na ausência de prestação de contas ao longo de
sua atuação.
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É importante dizer que o mesmo objeto já fora apreciado por este Ofício de
Procuradoria sob as etiquetas PR-DF-00014839/2022 e PR-DF-00029693/2022. E que os
autos aqui se encontram em razão da prevenção com o objeto da Notícia de Fato n.º
1.16.000.000893/2022-91.
O referido objeto, inclusive, fora arquivado em razão de suas tortuosas
ponderações sobre a existência ilegal e a defesa da extinção da Ordem de Advogados do

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Brasil.
A Procuradoria-Geral da República demonstra, em arquivamento de pleito
similar, a importância da Ordem dos Advogados do Brasil para o ordenamento jurídico
brasileiro, levando em conta sua atuação como defensora da Constituição Federal de 1988 e
dos direitos humanos.
"Desde já, conclui-se que a própria existência desse conselho profissional
está solidificada em texto constitucional e dele extrai seu fundamento de

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validade. A propósito da relevância da autarquia e de seus objetivos
institucionais, importa salientar passagem do voto do Ministro Ayres Britto,
nos autos do Recurso Extraordinário 603583, que remarca a existência de
quarenta e duas referências textuais à realidade do advogado, da
advocacia, da OAB e do Conselho Federal da OAB, tanto na parte
permanente quanto na transitória, o que evidencia, a mais não poder, a
existência e o protagonismo da Ordem dos Advogados do Brasil o
controle jurídico político das instituições republicanas. Por óbvio, apenas
a incorporação do tema no texto constitucional já evidencia o suporte
normativo para a autarquia e, por consequência, a improcedência do pleito.
Mas não é só. Observa-se que a revogação do Decreto 19.408/30 não é
suficiente para pôr termo à pessoa jurídica de direito público. Isso porque a
Constituição de 1988 - plenamente aplicável ao tema, já que a autora alude
ao decreto revogador editado em 1991 - ao disciplinar sobre a organização
da Administração Pública e a criação de entidades descentralizadas, exige
que o procedimento seja deflagrado por lei específica, tal como observa o
art. 37–XIX. E, ainda que a norma constitucional mencione apenas a forma
de criação, compreende-se que a extinção da pessoa jurídica submete-se ao
mesmo modo e procedimento da respectiva criação. Trata-se da aplicação da
teoria do paralelismo das formas ou similitude procedimental. Por outro
lado, não se deve olvidar que se a criação ou a extinção de órgãos - setores
da própria administração centralizada - exige lei prévia de iniciativa do
Presidente da República no âmbito federal (art. 61–§ 1º–II–e da
Constituição) e não pode se submeter à sua mera aquiescência, na dicção
constitucional do art. 84–VI, com razão a criação/extinção de entidade
descentralizada - dotada de regramento, competência, orçamento, bens e
servidores próprios - deve submeter-se à prévia regulação legal". [nossos
grifos] (PGR 00341567/2018).

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Ante o exposto, indefiro a autuação do procedimento como Notícia de Fato,
forte no art. 4º, § 4º, da Resolução n.º 174, de 4 de julho de 2017 do Conselho Nacional do
Ministério Público.
Cientifique-se o representante da promoção de arquivamento, bem como do
prazo recursal de 10 (dez) dias, preferencialmente por e-mail, conforme estabelecido pelo art.
4º, §1º, da Resolução nº 174/2017 do CNMP.

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[assinado com certificado digital]


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(Em substituição)

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