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SEU M A i z \ A S T R A !
Um guia conciso das técnicas básicas
de análise e interpretação do mapa astral.
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2» EDIÇÃO
EDITORA
NOVA
FRONTEIRA
Martin Freeman
COMO INTERPRETAR
SEU MAPA ASTRAL
Tradução de
MARIA DA CONCEIÇÃO PENAFORT QUEIRÓS
EDITORA
NOVA
FRONTEIRA
SUMÁRIO
Introdução 7
Capítulos
1. O Horóscopo 11
2. Abordagens à Interpretação 15
3. Os Planetas 19
4. Os Signos 34
5. Mais sobre os Signos 54
(5. As Casas 63
7. Planetas nos Signos e nas Casas 73
8. Os Aspectos 102
P. Miscelânea 126
10. Palavras Finais 131
7
dele, abrangendo todos os símbolos normalmente usados, como tam-
bém de voltar-se para uma síntese do seu significado, uma compreen-
são mais profunda do que está por trás das interpretações convencio-
nais do manual.
Porém, nenhum livro sozinho — muito menos um deste tamanho
— pode fornecer todas as respostas à interpretação astrológica — e a
arte da síntese é uma habilidade que não pode ser alcançada imediata-
mente através do estudo específico ou pelo aprendizado de certas fór-
mulas. Ela cresce com a experiência e a maturidade -— mas há certas
atitudes mentais, sugestões e caminhos, que levarão mais rapida-
mente àquela direção. São estas propostas que este livro espera indi-
car, dando palpites aqui, esclarecendo ali e, onde possível, apresen-
tando uma informação astrológica padrão de forma sintética, em vez
de fragmentada.
Meu único interesse na astrologia é utilizá-la como instrumento
para a autocompreensão e o desenvolvimento psicológico. O mapa
mostra, potencialmente, todos os tipos de caráter à disposição do in-
divíduo. Nem todos, porém, parecem ser conscientes e há diversas
formas de utilizar esse material, mas o estudo e a compreensão do
que o mapa representa ajudarão sempre qualquer pessoa a conhecer-
se melhor. Pode ajudar a trazer à consciência o que está inconsciente
e, à medida que este processo se desenvolve, o indivíduo começará a
revelar sua própria realidade, aprendendo a aceitar que ele é o que é,
e descobrindo como usar seu potencial de maneira eficaz. A leitura de
mapa mais importante feita por qualquer astrólogo será sempre a sua
própria e será sempre a mais longa, durando toda uma vida.
Não acredito que a astrologia funcione porque um complexo de
raios cósmicos se imprima na cabeça de um bebê assim que ele vem
ao mundo, criando um modelo de caráter e desenvolvimento vital.
Talvez quando a pesquisa científica voltar-se adequadamente à para-
ciência, serão descobertas forças sutis que poderão mostrar que há
uma resposta desta natureza, mas no momento não estamos prepara-
dos para entendê-la em tal nível, se é que ela existe. Minha própria
compreensão da astrologia cai na áréa do simbolismo holístico — o
princípio da sincronicidade de C. G.Jung é a maneira mais satisfatória
de explicá-lo. O que quer que aconteça num momento do tempo leva
em conta a qualidade daquele momento. Se pudermos entender o
significado simbólico do modo pelo qual os céus estavam configura-
dos num determinado momento, então poderemos entender poten-
8
cialmente o significado do que quer que haja acontecido naquele mo-
mento — e um dos mais complexos de todos os acontecimentos é o
início da vida de um ser humano.
Muitos astrólogos (inclusive eu mesmo) acreditam na reencarna-
ção. Embora possa não ser uma crença aceitável por todos, ela merece
consideração pois os dois assuntos se adaptam bem um ao outro. Se a
alma é essa constante unidade imortal dentro de cada indivíduo, en-
tão cada vida é apenas uma pequena parte de um processo muito
maior. Acredita-se que nas vidas passadas a alma experimentou mui-
tas coisas, desenvolveu certas habilidades e, sem dúvida, cometeu al-
guns erros. Esta alma é mais antiga e mais sábia do que uma pessoa
pode ser numa só vida e graças a esta sabedoria lhe é dito para esco-
lher a próxima vida a ser vivida. Então, se esse é o caso, cada pessoa
escolhe, na verdade, o meio social e econômico para nascer, o sexo,
os pais, as características herdadas e o momento do nascimento, esco-
lhendo assim também o mapa como um potencial para aquela vida.
(Isto é válido para um nascimento natural, mas há discussão no caso
de nascimentos induzidos. Ou a carta não é tão escolhida ou a alma
decidiu-se por uma vida com a complicação adicional de uma in-
dução.)
A crença na reencarnação encoraja atitudes muito mais tolerantes
para com o próximo, pois é difícil julgar se uma pessoa está fazendo
um bom trabalho numa vida difícil ou uma confusão numa vida tran-
qüila. Além disso, o destino e o livre-arbítrio são colocados de algum
modo em proporção — a alma escolhe a vida (destino), mas aquela
vida pode se desdobrar em muitas formas diferentes (livre-arbítrio).
Por exemplo, numa carta fortemente sagitariana, o indivíduo pode es-
tar destinado a não ser nada canceriano, mas ele tem livre-arbítrio no
modo pelo qual expressa suas qualidades sagitarianas.
Qualquer estudo sério de astrologia, que pretenda não permane-
cer superficial, lançará muito rápido o aluno em domínios profunda-
mente filosóficos e misteriosos, mas o assunto sempre permanece fir-
memente baseado na realidade da estrutura do sistema solar. Assim, a
astrologia tem a posição singular de ser uma ponte entre o técnico e o
simbólico, entre a realidade concreta e a não-racional, e, finalmente,
talvez entre a ciência e a religião. É um assunto antiqüíssimo, que
pode ter tido seus altos e baixos na história, mas é algo que decidida-
mente nega-se a desaparecer.
Assim, a astrologia está bem plantada na consciência da raça hu-
9
mana e profundamente enraizada no inconsciente coletivo — e, para
continuar com a terminologia jungiana, adquire a qualidade de um
arquétipo. O estudo da astrologia nos possibilita fazer contato com
este antigo depósito de energia e conhecimento em muitos níveis, al-
guns conscientes, outros inconscientes. Ao ler um horóscopo no jor-
nal, uma pessoa toca-o sem saber, mas o aluno sério, numa jornada
astrológica mais longa, poderá pesquisar profundamente esta fonte, e
descobrirá muitos tesouros de valor inestimável.
>
10
1
O HORÓSCOPO
/
11
termos muito simples, o sistema solar é um fenômeno bidimensional,
achatado, assim refletido em nosso horóscopo ou mapa.
12
Figura 2. Horóscopo simplificado ou mapa dos céus
(como no nascimento do Príncipe Charles)
*No Hemisfério Norte, o início da primavera coincide com a entrada do Sol em Áries.
(N. da T.)
13
provavelmente Câncer, está subindo no horizonte. Ao anoitecer, Áries
também se põe no horizonte ocidental e o signo oposto (Libra) estará
subindo no leste. Na madrugada do dia seguinte, o Sol e Áries nova-
mente parecem subir, mas o Sol moveu-se uma pequena distância
(cerca de um grau) através do signo. Os outros planetas e a Lua tam-
bém terão se movimentado distâncias diferentes através do zodíaco.
O Ascendente é um aspecto importante do horóscopo, tanto na in-
terpretação quanto por ser o ponto a partir do qual são contadas as
doze casas. Será analisado detalhadamente mais adiante neste livro.
Mas neste estágio apenas é relevante saber que há sempre dois-movi-
mentos acontecendo dentro do horóscopo — os planetas através dos
signos e a aparente rotação diária em volta da Terra.
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2
ABORDAGENS À INTERPRETAÇÃO
Os Planetas
Princípios básicos de experiência ou energias de vida. Todos os
planetas aparecem no mapa de cada um de nós, mas se manifestam de
modos diferentes e com forças variáveis.
Os Signos
Estilos ou modos de expressão. Estas são as lentes através das quais
as energias planetárias se filtram e brilham, adquirindo sombras e in-
tensidades variáveis. Todos os signos estão em cada mapa, mas com
diferentes graus de importância.
* Estes são tratados num outro livro desta série, Natal Charting, de John Filbey.
15
As Casas
Campos de atividade ou áreas de experiência. As casas cobrem
tudo aquilo que se relaciona com a vida, mas cada casa adquire níveis
diferentes de importância em mapas diferentes.
Os Aspectos
Forças que se unem entre os planetas. Os aspectos criam uma es-
trutura dinâmica dentro do mapa.
16
as áreas de experiência, mas também tem a capacidade de criar um
sistema de união entre elas. Ela lida essencialmente com seres huma-
nos, oferecendo um vislumbre de seu verdadeiro caráter, seus para-
doxos e suas possibilidades de vida. A interpretação astrológica sensí-
vel e útil é fluida e coordenada. Há muita gente que acha mais fácil
olhar a si mesma como sendo feita de compartimentos estanques, mas
isto é inconveniente, já que contribui para uma falta de integração
dentro de suas psiques e limita seu potencial. O exagerado apego ao
sistema de palavras-chave agrava esta tendência, tanto no cliente
quanto no astrólogo.
Para alguém cuja forma de avaliar e experimentar a vida é baseada
no sentimento e na intuição, o sistema de palavras-chave pode ser
apenas uma estrutura temporária — um meio para atingir um fim. E
ele não será mais necessário quando as habilidades estiverem desen-
volvidas, possibilitando a interpretação unificada que fluirá suave e
prontamente após o estudo do mapa. A experiência e a prática muito
contribuirão para esta maturidade de interpretação, acoplada à ati-
tude em relação ao conhecimento astrológico, que um astrólogo
sério jamais deixa de adquirir, impregnando-se de informação, utili-
zando-se dela e aplicando-a no mundo.
A mera análise de uma carta natal é comparativamente fácil e qual-
quer um, talvez até mesmo um computador, pode fazer dela um traba-
lho razoável. A síntese, unindo todos os fios multicores numa única
trama, é uma habilidade mais imprecisa e é citada em várias partes
deste livro. No momento, deixemos o aluno concentrar o estudo não
só na simples astrologia, apesar de sua importância, mas em duas ou-
tras áreas também. A primeira é a observação das pessoas, pois os
seres humanos e suas experiências de vida fazem 90% da astrologia. A
observação consciente e a percepção de como as pessoas vivem suas
vidas, por que agem daquela maneira e quais são suas motivações,
tudo isso desenvolve habilidades interpretativas. A segunda é o exame
de si mesmo. Quanto maior a autoconsciência de uma pessoa, mais
em sintonia ela estará com sua própria realidade e propósito. Isto a
equipará melhor para a interpretação com discernimento, para fugir
daqueles pontos obscuros que fazem uma pessoa não ver nos outros
o que não pode ver em si mesma, evitando a armadilha de introduzir
julgamentos de valor pessoal à interpretação do mapa de um outro ser
humano, diferente, particular.
Mas embora a interpretação seja desenvolvida, o aluno deve lem-
17
brar-se que o mapa astral é um mapa do potencial. As possibilidades
latentes no mapa não ocorrem automaticamente: elas têm de ser ex-
traídas e utilizadas completamente, do mesmo modo que uma sim-
ples mão de cartas pode ser jogada com diversos graus de sucesso.
Porque a mais simples realidade do mapa astral é ser apenas um mapa
dos céus num determinado momento do tempo, então sua simbolo-
gia pode aplicar-se a qualquer criação que tenha ocorrido naquele
momento: um ser humano, uma escrivaninha, um gato siamês, um ne-
gócio ou o que quer que seja. Um gato siamês, sem dúvida, tem uma
oportunidade maior de manifestar o potencial de seu mapa do que
uma escrivaninha, mas tem potencial muito menor do que um ser hu-
mano. O negócio terá um potencial dissimulado ou diferente e sua
'consciência' pode se dar em vários níveis. Um pragmático argumen-
taria, sem dúvida, que a escrivaninha não tem potencial e o negócio
não teria consciência; um esotérico sustentaria que tudo vive, mesmo
objetos aparentemente 'inanimados'. Mas o ponto importante é que,
considerando-se seres humanos, eles estão todos em diversos níveis
de consciência e têm, portanto, oportunidades diferentes para reali-
zar o potencial de seus mapas. Não há maneira de se saber qual é esse
nível apenas pelo horóscopo, portanto a interpretação tem de ser
apresentada com a consciência deste fato aliada à habilidade e à sensi-
bilidade.
18
3
OS PLANETAS
19
brilhante à noite, com a textura das nuvens de dia e sempre mudando
a aparência durante cada mês. Ela é uma deusa—feminina, receptiva,
misteriosa, influenciando as massas aquáticas da Terra na cheia e na
vazante das marés.
Se usarmos a analogia de uma família, o Sol e a Lua são como pai e
mãe na nossa ordem planetária. Entre os dois, no espaço, estão as ór-
bitas de Mercúrio e Vénus, o filho e a filha. Mercúrio, o rapaz, ansioso
por aprender, possui a qualidade de um azougue, conquistando para
si o trabalho de mensageiro dos deuses. Vénus é Afrodite, a linda filha,
desejosa de amor e relacionamento.
Além da órbita da Terra está Marte, o planeta vermelho. Ele é o filho
mais velho que saiu pelo mundo em busca de seu destino, levando
sua espada na mão. Estes cinco formam a família planetária mais pró-
xima e podemos considerá-los como os que têm a influência mais
pessoal no mapa astral. Nenhum deles leva mais de dois meses para
passar através de um signo zodiacal (a Lua leva apenas alguns dias), e
todos eles mudam rapidamente suas posições no mapa, criando di-
ferenciação contínua à medida que passam as semanas.
Além de Marte estão os asteróides, fragmentos de rocha que algum
dia podem ter sido um planeta sólido, e além dos asteróides estão Jú-
piter e Saturno. Estes dois corpos, planetas maiores do nosso sistema
solar, são os mais distantes que podem ser vistos a olho nu. Na família
planetária, Júpiter é o tio jovial, sempre otimista e muito divertido. Ele
gosta de trazer presentes, mesmo se ele não pode pagá-los e embora
as crianças o adorem, se ficar tempo demais, sua exuberância pode
ser cansativa. Saturno é o avô, um professor que nunca se aposentou;
rígido e crítico para com a geração jovem, ele parece formidável aos
jovens e imaturos. Mas ele tem muita sabedoria que partilhará quando
for abordado com respeito.
Saturno e Júpiter são como duas grandes forças sociais equilibra-
das: a preservação e a expansão. Eles agem como um traço-de-união
entre o mundo ocupado da família planetária — os planetas pessoais
— e as questões mais amplas do coletivo—o destino da raça humana
— simbolizado pelos planetas exteriores.
Estes planetas, Urano, Netuno e Plutão, foram descobertos depois
da invenção do telescópio e provavelmente John Keats estava pen-
sando em Urano, visto pela primeira vez pouco antes de seu nasci-
mento, quando escreveu (do "Homero" de Chapman): "Então senti-
me como um observador dos céus/ Quando um novo planeta penetra
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no seu conhecimento." A conscientização fascinante cie que Saturno
não era o limite do sistema solar, deve ter fascinado muitas mentes
criativas daquela época. Esses planetas exteriores estão além de qual-
quer analogia com uma família planetária, representando mais uma
Trindade da iNova Era para a raça humana—Magi oferecendo dons de
esclarecimento, inspiração e transformação.
Agora vamos considerar cada um dos planetas individualmente e
com mais detalhes.
O Sol
O Sol representa a necessidade básica de auto-expressão consciente
no mapa. É a célula de energia solar no caráter de uma pessoa — o
senhor e o doador da vida — e simboliza a maneira pela qual aquele
indivíduo vai brilhar para o mundo. O Sol é o senso de identidade de
uma pessoa. A facilidade ou segurança com a qual ele será capaz de
projetar sua individualidade dependerá da harmonia dos aspectos
para com o Sol e o grau no qual a sua colocação equilibra ou conflita
com outros fatores no mapa.
O Sol é um princípio masculino e tem a ver com a coragem, poder,
autoconfiança e vontade. Ele simboliza a autoridade e o propósito, o
que dita as regras, pai e marido. Seu potencial é o pico da maturidade
construtiva. A generosidade, vitalidade e a criatividade nascem de sua
fonte. O Sol é a auto-suficiência em abundância, com bastante energia
para irradiar calor e vida à sua volta.
O símbolo do Sol © é como um diagrama do sistema solar, uma
célula ou um átomo, insinuando o poder e a criatividade que o Sol
representa no mapa. O pontinho no centro é a semente, a primeira
centelha de vida, a única essência dimensional de onde nasce toda a
vida. O círculo é a totalidade, o fluxo interminável de energia que
oferece a meta do eu individualizado como uma possibilidade para
todos. O próprio círculo muitas vezes é mencionado como espírito.
Toda criação pode ser vista neste único símbolo, lembrando-nos da
unidade divina que promete a cada um de nós ser Deus em potencial.
Os antigos adoravam o Sol e atribuíam numerosas divindades ao
poderoso astro dourado no céu. Tais deuses como Ra, Apolo, Helios,
Shakuru, Shamash e Osíris têm nomes de poder mágico. À medida
que os sons são pronunciados, nós liberamos o poder dos arquétipos.
Podemos ver Khepri, o Deus-Escaravelho, empurrando a bola do Sol
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diante dele, ou temos visões de carruagens de fogo passando veloz-
mente no céu enquanto os deuses do Sol fazem suas inevitáveis via-
gens diárias.
A Lua
A Lua brilha no céu com a luz refletida do Sol. Na astrologia corres-
ponde á maneira pela qual nós refletimos e reagimos ao que está
acontecendo à nossa volta. Tem a ver com nossos sentimentos, emo-
ções e instintos e, da mesma forma que a Lua influencia as marés de
nosso planeta, assim ela simboliza a cheia e a vazante de nossa nature-
za emocional, nossas melancolias e mutabilidade. É o arquétipo da
mãe que está dentro de todos nós, homem ou mulher, se nos preocu-
parmos em buscá-lo, pois é através da Lua que expressamos instintos
maternais — cuidado, proteção e sensibilidade. Diz-se que a Lua tem
ligação com o passado e é desta fonte primitiva que fluem nossas res-
postas a instintos naturais. A Lua é um princípio feminino e associa-se
à personalidade interior, à receptividade, à passividade. Ela pode
atuar como guia interno ao mais profundo inconsciente, uma imagem
disfarçada em mistério, ligando o sombrio mundo pessoal do incons-
ciente ao mundo mais claro da consciência pessoal.
O símbolo para a Lua )) é a representação do seu quarto crescente
na transição de nova a cheia. Mas também pode ser vista como dois
meios-círculos. Eles tomam a forma de uma tigela, um recipiente femi-
nino dando forma a tudo que é posto nele. O meio-círculo, diversa-
mente do círculo fechado, é finito e incompleto, quase como se esti-
vesse lutando pela totalidade. É freqüentemente descrito como repre-
sentante da alma — uma afirmação que não deve ser interpretada ao
pé da letra, mas que mostra simbolicamente mais uma vez a qualidade
de união da Lua, aqui entre o potencial solar do espírito e os elemen-
tos mais extrovertidos e básicos do mapa.
Na mitologia, a Lua é associada a divindades tanto masculinas
quanto femininas, mas são as deusas da Lua que simbolizam mais ade-
quadamente os princípios astrológicos lunares e o arquétipo femi-
nino — ísis, deusa-mãe; Ártemis, associada à natureza; Parvati, uma
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deusa hindu da fertilidade e do poder feminino; e Hécate, mistério,
magia e trevas.
Mercúrio
Mercúrio representa a comunicação em todas as suas formas — fala-
da, lida, escrita, ensinada e pensada. O processo de união favorecido
pelo envio de mensagens é simbolizado por Mercúrio e 'estar ocu-
pado' é a marca mais autêntica do planeta. Na verdade sua simples pas-
sagem pelo zodíaco reflete sua qualidade de corpo-ocupado — Mer-
cúrio ora está à frente, ora atrás de seu Sol, em cuja órbita se destaca,
como seu satélite mais próximo, mas nunca está a mais de 28° de dis-
tância. No mapa astral, Mercúrio indica a mentalidade e a capacidade
intelectual do indivíduo, como ele fala, como pensa e o modo como
sua mente funciona. Evidencia as habilidades de raciocínio, a capaci-
dade de ensinar e de aprender e, em manifestação evoluída, a trans-
formação de energias espirituais em matéria. A versatilidade e nature-
za inquisidora de Mercúrio reporta-nos à idéia da criança na nossa fa-
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mília planetária — ela está ansiosa por aprender e está interessada em
tudo. Mas do mesmo modo que uma criança antes da puberdade tem
um interesse apenas insignificante na identidade sexual, assim Mer-
cúrio é considerado neutro e hermafrodita e suas qualidades tendem
a ser especialmente tingidas, não apenas por seu signo e colocação na
casa, mas também por qualquer outro planeta formando um aspecto
com ele.
Visualmente, o símbolo de Mercúrio ^ quase se parece com um
pequeno manequim com orelhas levantadas — alerta e ansioso em
passar informação. Simbolicamente consiste no círculo do espírito
sobre a cruz da matéria, sobreposto pelo semicírculo da alma — uma
combinação aberta a várias interpretações, todas elas podendo ajudar
a ampliar nossa compreensão dos princípios do planeta. Talvez o es-
pírito esteja baseado na matéria através da qualidade intuitiva da alma;
talvez a acumulação de lembranças das várias encarnações que uma
alma possui seja suprema, tanto sobre o espírito quanto sobre a ma-
téria, no que se refere à qualidade mercurial da inteligência ativa. O
símbolo também pode ser visto como uma representação do cadu-
ceu, o bastão mágico com duas cobras enroscadas em volta da haste,
algumas vezes encimada por um símbolo alado. O caduceu é um sím-
bolo complexo que merece estudo mais profundo, mas em termos
simples ele representa o poder da sabedoria que pode trazer a felici-
dade e a boa sorte. Ele protege os mensageiros, que sempre o por-
taram, e também tem ligações importantes com a cura, sendo usado
até hoje como um emblema da profissão médica.
O deus Mercúrio era romano, mas o seu correspondente no Pan-
teon grego era Hermes. Ele tinha um capacete alado, usava sandálias e
atuava como mensageiro dos deuses. Cuidava de todos os viajantes e
era o deus do comércio, dos jogos e da trapaça. O Vótan teutônico
(Odin, na mitologia nórdica), embora um deus da guerra, é associado
a Mercúrio, como Thoth no antigo Egito.
Vénus
Vénus é um planeta do relacionamento, harmonia e beleza. Sua colo-
cação no mapa mostra o anseio por uma ligação pessoal íntima, a ca-
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pacidade de amar e de ser amado. Também indica apreciação da arte e
da beleza e é um dos indicadores da criatividade no mapa. A atração é
uma força poderosa e Vénus a utiliza com sentimento e energia. Em-
bora o planeta seja um princípio feminino, não é necessariamente
passivo — lembrem-se do ardor de uma jovem apaixonada. Vénus
pode se manifestar de forma apaixonada, sensual e extravagante, mas
também com charme e beleza. Astrólogos antigos referiam-se a Vénus
como o 'menor benéfico'.
O símbolo $ sugere que há um equilíbrio entre a cruz da matéria e
o círculo do espírito, mas que o espírito é supremo. De um modo
mais prosaico, pode-se ver o símbolo como o espelho de mão no qual
a jovem se admira. É também o símbolo biológico para a mulher.
A Vénus romana era Afrodite para os gregos e governava o amor, os
prazeres sensuais, a fertilidade e a beleza. Ela nasceu no mar onde ha-
viam caído os órgãos genitais decepados de Urano. Outras deusas do
amor incluem Ishtar (assírio-babilônia) e Frija, Freva ou Frig (celta-
teutônica). Esta última gostava tanto de lindos colares que era capaz
de passar uma noite com cada um de seus vários ourives anões, a fim
de obter o colar que ela admirava especialmente.
Marte
Marte é o símbolo da energia, do vigor, da positividade e da agressão.
Por ser um planeta tão poderoso, a energia pode freqüentemente es-
tar polarizada na sua manifestação. O guerreiro pode se tornar selva-
gem, atacando indiscriminadamente, saqueando e estuprando cruel-
mente, enquanto num exército bem treinado o poder está sob contro-
le e pode ser direcionado com eficiência e disciplina. A energia canali-
zada do planeta destaca o aspecto corajoso e determinado do princí-
pio masculino — a confrontação é direta e confiante, a ação é forte e
eficaz. Marte impõe o respeito quando utilizado com harmonia, mas
basta uma ligeira perda de controle para que esta energia provoque o
medo, o ressentimento e o ódio. A iniciativa e a independência vêm
de Marte, atos que freqüentemente implicam um corte indefinido
para com os padrões antigos e as comodidades restritivas. Na verdade,
Marte está associado a todos os objetos cortantes, não apenas espadas
de guerreiros, mas facas, escalpos e outros instrumentos afiados.
25
O símbolo para Marte foi inicialmente concebido para ser o contrá-
rio de Vénus e foi desenhado como a cruz acima do círculo ò . Este foi
modificado para o símbolo fálico e agressivo utilizado até hoje O", re-
presentando o masculino na biologia e o ferro na física. O símbolo
mais antigo coloca as considerações materiais (a cruz) acima do es-
pírito (o círculo) — assuntos espirituais podem ser completamente
esquecidos na busca por realizações materiais ou, por outro lado,
pode demonstrar que a vida espiritual ainda tem de ser vivida no
mundo material, onde o viajante precisa de coragem e determinação
para a sobrevivência e o progresso.
As divindades associadas ao princípio de Marte são os heróis e os
deuses da guerra. Marte, o deus guerreiro, foi mais importante para os
romanos conquistadores do que seu equivalente Ares foi para os gre-
gos. Foi Marte que apadrinhou Rómulo e Remo, fundadores de Roma.
Odin (Voden ou Vótan) era o deus da guerra nórdico, e Hércules, um
herói arquetípico, também simboliza o princípio de Marte no horós-
copo.
Júpiter
Júpiter é o maior planeta do sistema solar. Ele leva cerca de um ano
para viajar através de um só signo e, portanto, cerca de doze anos para
fazer uma volta completa no zodíaco. Ele gira rápido no seu eixo, ro-
dopiando uma vez a cada dez horas e é formado quase totalmente por
substâncias gasosas — também fisicamente irradia energia, ao contrá-
rio da maioria dos outros planetas que a absorvem. Adequadamente, a
evolução numa escala grandiosa é o princípio de Júpiter no horós-
copo. É o planeta do otimismo, de infinitas possibilidades e de vastos
horizontes —- mundos novos a explorar, novas filosofias para enri-
quecer a mente e compreensão mais ampla da consciência espiritual
que leva à sabedoria. Júpiter costuma ser conhecido como 'o grande
benfeitor' e freqüentemente confere benevolência e boa sorte a to-
dos os seus contatos. Certamente tende a trazer à tona o melhor do
signo e da casa nos quais está colocado, pois o prazer, a preservação e
a felicidade são suas qualidades. Mas algumas vezes Júpiter traz coisas
boas demais para ser verdade — o excessivo prazer pela comida con-
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duz ao alargamento da cintura, o zelo religioso exagerado gera não
somente longos sermões mas também fanatismo. Entusiasmo e
oportunismo excessivos podem provocar desapontamentos ou
mesmo a desgraça. Canalizar a energia é muito importante indepen-
dente do fator astrológico. Onde Júpiter não está especialmente bem
colocado no mapa, sua energia pode fugir alegremente do controle. É
com paciência e maturidade que uma existência de prazeres torna-se
a estrada para a sabedoria.
O próprio símbolo é otimista2|.— o semicírculo da alma sobe um
pouco por sobre a cruz da matéria e sugere uma sabedoria maior para
com as coisas materiais.
Na mitologia, o deus romano Júpiter, Zeus para os gregos e as di-
vindades paralelas nas outras culturas, algumas vezes parecem mais
poderosas até mesmo que os deuses do Sol — talvez porque estes
seres nunca são retratados como longínquos. A sabedoria, o aprendi-
zado e a justiça eram seus atributos; o trovão e o raio, seu poder visível.
Thor-Donar (teutônico) e Indra (hindu) são deuses extrovertidos,
poderosos, governando os trovões, enquanto Vishnu, o guardião, re-
presenta a mais profunda sabedoria de Júpiter.
Saturno
A limitação é um dos princípios de Saturno. É o 2? maior planeta e
representa o limite do sistema solar visível a olho nu. O planeta é cir-
cundado por seus anéis, um cinturão de poeira de rocha gelada e frag-
mentos — uma contenção simbólica adequada aos princípios astroló-
gicos do planeta. Ele leva cerca de dois anos e meio para passar de um
signo a outro e em média 29 anos e meio para completar a volta pelo
zodíaco. Saturno é um dos planetas mais importantes da carta e ape-
sar disso um dos menos compreendidos. Os astróligos medievais co-
nheciam-no como 'o grande nefasto' e, de fato, seus princípios podem
ser considerados em parte como disciplina, dificuldade, limitação,
responsabilidade e trabalho árduo. Mas Saturno é também o profes-
sor, aquele que parece ter o hábito de marcar exames antes que o alu-
no tenha aprendido a lição. Isto parece impiedoso, mas na realidade
os ensinamentos estão sempre à disposição do aluno que procura por
27
eles. E se ele procura com cuidado e os encontra, então Saturno será
visto como um velho sábio.
Cada um de nós tem uma alma que escolheu combater a dificul-
dade de expressar o espírito através do material básico de um corpo
humano. Saturno representa aquele campo de batalha; mas as dificul-
dades que podem ser inicialmente experimentadas não raro se trans-
formam em qualidades que são, apesar de sérias, valiosas — dever,
controle, conservação, estabilidade e paciência. Porém, há um lado
mais profundo em Saturno que precisa ser compreendido. Seu efeito
se faz sentir ao dificultar a manifestação das qualidades de seu signo,
nos assuntos de sua casa e em quaisquer aspectos planetários. A difi-
culdade é um sentimento de desconfiança ou mesmo medo, uma in-
quietação mal definida, limitando assim a expressão do signo, casa e
aspecto. O indivíduo, então, ou se encolhe amedrontado ou anula os
sentimentos negativos compensando-os com atitudes positivas. A in-
quietação não pode ser ignorada ou varrida para debaixo do tapete;
tem de ser aceita, confrontada, compreendida e elaborada a fim de
que a energia saturnina na carta possa ser transformada na força que
ela promete.
O símbolo!"? é quase exatamente o contrário do de Júpiter — refle-
tindo os opostos dos dois princípios do planeta. A cruz da matéria se
sobrepõe ao semicírculo da alma, mostrando a disciplina do mundo
material que a alma escolheu experimentar.
Na mitologia, Saturno é Cronos, um dos muitos frutos da união en-
tre Gea, a mãe-terra, e Urano, o céu estrelado, que foi também seu
primeiro filho. Cronos, mancomunado com sua mãe, castrou seu meio-
irmão e depois tomou de seus pais a supervisão da criação do
mundo. Ele engoliu cada um de seus próprios filhos até que caiu na
armadilha de engolir uma pedra em vez da criança Zeus. A velha pro-
fecia foi cumprida quando Cronos foi destronado por seu filho, for-
çado a vomitar seus outros filhos e então banido para o exílio além da
terra e do mar. Lá ele tornou-se o Senhor do Tempo.
28
exteriores, os indicadores do coletivo, que se movem lentamente. Jú-
piter pode enaltecer as qualidades mais brandas do signo e da casa em
que está colocado, enquanto Saturno produz a seriedade e as dores
crescentes que precedem a maturidade. Saturno é o mais forte, a in-
fluência mais notória dos dois, tanto no mapa astral quanto, especial-
mente, pelo trânsito. Mas se as lições de Saturno são abordadas com
consciência e compreensão, então as oportunidades oferecidas por
Júpiter tornam-se mais atingíveis.
Os três planetas exteriores, freqüentemente citados como a oitava
mais alta', não têm tanta influência pessoal como os sete planetas in-
teriores, visíveis a olho nu — suas posições e aspectos mútuos são os
mesmos para todas as pessoas nascidas há um longo período de
tempo. Por isso, eles se relacionam com gerações inteiras e com ener-
gias coletivas que afetam a sociedade como um todo. Mas a maneira
pela qual eles se integram com o resto da carta, paradoxalmente, tem
uma forte influência. Seus aspectos para com os planetas pessoais e
sua possível angulosidade são particularmente importantes. Quando
isto acontece o indivíduo tem uma oportunidade potencial de experi-
mentar e trabalhar com as energias coletivas, alargando seus horizon-
tes e sua esfera de influência. Isto poderia ser feito através de alguma
contribuição especial à sociedade ou talvez em termos de evolução
pessoal — mas a escolha a ser feita tem que ser consciente e agarrada
a oportunidade. Os planetas pessoais fundem-se mais com o signo no
qual estão colocados e permitem a manifestação da influência daque-
le signo; enquanto os planetas exteriores, quando fortes numa carta,
trazem consigo mais de sua própria energia, direta e pura, para o cará-
ter do indivíduo.
Urano
O primeiro dos planetas exteriores, Urano, foi descoberto em 1781 —
por acaso, pois tanto astrônomos quanto astrólogos naquela época
acreditavam que nada havia além de Saturno. Visível apenas por teles-
cópio (a não ser em raras circunstâncias quando pode ser visto a olho
nu), Urano leva cerca de sete anos em cada signo e uma média de 84
anos para circundar o zodíaco. Astronomicamente, o planeta é excên
tricô, seu eixo de rotação pendendo levemente do horizontal, resul-
tando que cada pólo experimenta alternadamente uma estação
quente outra fria, a cada quarenta e dois anos do nosso tempo. Sua
29
descoberta se deu na época da Revolução Francesa, da Revolução In-
dustrial e da Guerra da Independência Americana. Na astrologia os
princípios de Urano são mudança revolucionária, inventividade,
acontecimentos inesperados e excentricidade. Muitos se perguntam
se sua descoberta 'causou' os acontecimentos históricos da época ou
se, ao contrário, os astrólogos determinaram as influências dele de-
vido ao que estava acontecendo no mundo. A resposta não é nenhuma
destas. É um caso de sincronicidade — os acontecimentos foram sig-
nificativamente coincidentes. A humanidade tinha evoluído a ponto
de poder tomar em sua percepção consciente a energia de Urano; ao
mesmo tempo, os acontecimentos uranianos foram acontecendo no
mundo à volta dela. O planeta esteve sempre ali, porém, anterior-
mente, sua influência estava latente.
A revolução pode nascer de várias raízes — um desejo anárquico
de expulsar o velho regime, uma reação petulante contra o status
quo ou um ideal humanitário querendo acelerar a evolução. Urano
olha sempre para o futuro, sentindo intuitivamente as possibilidades,
sintonizando-se com comunicações de freqüência mais alta. Real-
mente, Urano é muitas vezes descrito como a oitava mais alta de Mer-
cúrio. Thomas Edison definiu um gênio como "um por cento de ins-
piração e 99 por cento de transpiração" — Urano é este um por cento:
o raio precisando sempre daquele fio condutor que o traz são e salvo
à terra. A progressividade do planeta também produz excentricidade,
divergências e rebelião, muitas vezes expressas de maneiras muito in-
tensas, nervosas e imprevisíveis.
O símbolo $ parece uma complexa antena de televisão em cima
de um globo, mas algumas interpretações chamam a atenção somente
para o H maiúsculo de Herschel, o descobridor do planeta. Talvez es-
tas sejam fugas à complexidade da construção do próprio símbolo. A
cruz da matéria localiza-se no círculo do espírito como o velho glifo
de Marte, mas há também dois semicírculos separados, voltados para
fora. Estes podem ser dois receptores da alma acrescentando um co-
nhecimento superior à cruz material elevada no espírito. Ou talvez os
semicírculos da alma estejam voltados parajanus, sugerindo a entrada
de uma porta sagrada para novos e inesperados níveis de compreen-
são. Não há uma explicação correta única, mas a meditação nas possili-
dades pode levar à percepção intuitiva de compreensão mais pro-
funda.
Como um deus, Urano era o céu estrelado e não era cultuado na
30
Grécia antiga. Mas na Rig-Veda o céu e a terra eram conhecidos como
o casal imortal' ou 'os avós do mundo'. A união de Urano com Gea,
sua mãe, não só criou o mundo, mas também começou a linhagem
dos deuses. Mesmo seus genitais castrados, ao caírem no mar fizeram
Afrodite nascer das espumas, e as Fúrias se ergueram do chão no qual
seu sangue foi derramado.
Netuno
Netuno liga-nos às energias místicas de um outro mundo. Ele propor-
ciona o contato com a intangibilidade de tal modo que a inspiração, a
espiritualidade, os poderes físicos e outros extremos de sensibilidade
ficam disponíveis a qualquer um que se liberte de seus laços e per-
mita que ocorra o misterioso processo. O refinamento é parte deste
processo, mas o equilíbrio é superior. Além disso, a natureza rarefeita
das energias de Netuno torna-se facilmente distorcida e abusada. Tra-
ga essa intangibilidade ao mundo cotidiano e a fraude, a ilusão, o idea-
lismo e a fantasia aparecerão. Enganosa e sedutoramente ela nos em-
bala na confiança renovada de Lethe — lembrando-nos que Netuno
também está associado às drogas, álcool, anestesia e escapismo. Ne-
tuno é um par de óculos cor-de-rosa, um castelo no ar ou sete véus
escondendo uma sedutora odalisca que se transforma apenas num
outro fantasma depois que a dança acaba. A magia do mundo material
pode ser tão facilmente substituída pela magia muitas vezes mais trai-
• çoeira do mundo espiritual — mas se a pessoa se agarra rapidamente
à réstia de luz prateada, como um 'sutratma' guiando através da névoa,
ela será capaz de se ligar à realidade mais altamente refinada prome-
tida por Netuno: amor universal, a manifestação superior de Vénus.
O planeta foi descoberto em 1846 sob circunstâncias confusas e
mal compreendidas. Perderam-se os cálculos, as comunicações não
tinham data e, na noite clara em que pretendiam vê-lo pela primeira
vez, uma nuvem misteriosa apareceu obscurecendo o céu. Netuno le-
va 165 anos para viajar pelo zodíaco e passa cerca de 14 anos em cada
signo. A história da música popular e a indústria cinematográfica (am-
bas regidas por Netuno) podem ser seguidas através dos ciclos de mu-
danças do signo.
31
Na mitologia, Netuno era deus do mar com deveres um tanto inde-
finidos, talvez porque os romanos fossem meio desinteressados do
mundo marítimo. Os gregos reconheciam Poséidon como um deus
poderoso rivalizando com Zeus, deus dos céus e Hades, deus do sub-
mundo. Este deus das águas era tão irascível e licencioso como todos
os outros do Olimpo e não como o Netuno da astrologia. Talvez ainda
haja mitos mais profundos a serem desvendados, mas a simbologia
dos domínios de Poséidon permanece. A água está em toda parte. Ela
toma várias formas: líquido claro, espuma opaca, neve, gelo, vapor,
nuvem. Ela refresca e dá vida ou corrói e destrói mesmo a rocha mais
sólida, imperceptível mais inevitavelmente. Ela lava e purifica, mas
pode também afogar.
O símbolo se assemelha ao tridente de um deus marinho, mas
pode ser visto também como o cadinho da alma com a cruz da matéria
atravessada mas suspensa.
Plutão
Plutão é o princípio da transformação no mapa astral e ele acrescenta
uma dimensão mais profunda e intensa a tudo que toca. Onde Urano é
a destruição e a mudança das estruturas externas, Plutão é a transfor-
mação interior—o terremoto, o vulcão e a semente que possui poder
suficiente para forçar o seu crescimento, mesmo que eventualmente
através do concreto. Plutão promete o potencial da fénix — aquele
pássaro mitológico que entra no fogo, morre e renasce, ascendendo
com plumagem maravilhosamente renovada. Assim há também uma
conexão com a morte, literal e simbolicamente. Antes de qualquer
coisa nascer novamente, o velho deve morrer e embora a purgação do
fogo não seja sempre fácil, a substância regenerada torna-se aço tem-
perado. Temos de entender a natureza da crise. Não é a tragédia que
pode parecer, mas uma oportunidade para novo crescimento — em
chinês o caracter para 'crise' é idêntico ao de 'perigo e oportunidade'
— um desafio excitante. Plutão é geralmente considerado como
sendo a mais alta expressão de Marte, mas algumas fontes sugerem
Mercúrio. Certamente há um elo com a comunicação mais complexa
na qual Plutão se associa à psicologia, explorando profundezas pes-
32
soais, os drenos do inconsciente. Também confronta a morte em to-
das as suas formas — o orgasmo sexual da besta de duas costas, que os
elisabetanos chamavam de 'a pequena morte', a morte da velha perso-
nalidade e talvez a preparação para a morte do corpo, liberando o veí-
culo físico da alma.
O planeta foi conhecido por volta de 1905, os primeiros anos da
psicologia profunda, mas se manteve escondido até sua verdadeira vi-
são em 1930. Esta foi a época dos nazistas na Alemanha e os sindicatos
do crime na América. Foi também quando os meios de libertar o
imenso poder do átomo infinitesimal tornaram-se uma realidade para
a humanidade.
Plutão leva 248 anos para se movimentar à volta do zodíaco, e pode
levar algo em torno de 13 a 32 anos para mover-se num único signo.
Isto se dá graças à sua singular órbita oblíqua, que também o faz entrar
na órbita de Netuno de vez em quando durante seu ciclo de dois sé-
culos e meio. Isto aconteceu no final de 1978 e permanecerá assim até
março de 1999. Está mais próximo em 1989. Plutão também estará em
seu próprio signo de Escorpião de 1983 a 1995. O período de agora
até o final do milênio será certamente um período especialmente plu-
tônico, uma renovada purgação para o planeta Terra e para a raça hu-
mana.
Dois símbolos são usados para Plutão. E é um monograma das
iniciais tanto do seu descobridor Percival Lowell quanto de seu nome
(parece que o nome foi sugerido por uma menina de onze anos que
estava pensando no cachorro de Disney e não no deus do submundo.
Estranhas são as formas de sincronicidade). O outro símbolo Ç* su-
gere que o espírito está pairando no semicírculo da alma acima da
cruz da matéria. É quase como se um átomo permanente de criação
estivesse passando por um processo alquímico, sendo aquecido pela
existência e experiência no mundo material.
Todas as culturas antigas tinham seus deuses do submundo (Orcus,
Dis, Supai, Yawa, Osíris, Anúbis, Hei) mas foi para os gregos que Plu-
tão ou Hades imperavam. Ele raptou Perséfone para seu reino das tre-
vas e freqüentemente usava um capacete que o tornava invisível. Mas
ele era também o deus das fortunas enterradas e da riqueza mineral e
foi ele que fez as colheitas crescerem do fundo da terra.
33
4
OS SIGNOS
Dualidade
Os doze signos podem ser divididos mais simplesmente em dois gru-
pos — positivo/negativo, masculino/feminino. O último não se refere
ao gênero sexual tanto quanto arquétipo masculino ou princípios fe-
mininos. Quer estejamos num corpo de homem ou de mulher, todos
temos a dualidade dentro de nós, o yin-yang, o ativo-passivo, as vibra-
ções alternadas de energia como na corrente elétrica. Parte do nosso
autoconhecimento e de nossa capacidade para interpretar um horós-
34
copo individual é relacionada ao grau em que podemos equilibrar e
utilizar estas duas influências opostas mas complementares.
35
Elementos
Na astrologia há quatro elementos — Fogo, Terra, Ar e Água — e os
diagramas mostrarão que seus signos formam triângulos dentro da
roda do zodíaco. Os signos do Fogo e do Ar têm em comum o fato de
serem todos yang/masculinos e os da Terra e da Água são yin/femi-
ninos.
SAGITARIO
Figura 4
Os três signos do Fogo manifestam sua polaridade positiva-ativa
através da vibração e entusiasmo. Verdadeiramente fogosos, eles pro-
duzem energia, calor e aquela figura criativa que pode algumas vezes
ser vista nas chamas flamejantes ou nas brasas quentes da lareira. Mas
o fogo também se consome e se reduz a cinzas se lhe é permitido sair
36
do controle. A excitação e um sopro da visão que abrange todas as
possibilidades podem ter uma certa magia, mas os signos do fogo
geralmente falham ao transportar suas idéias visionárias para a reali-
dade. O espírito de aventura é forte, algumas vezes a ponto de prolon-
gar uma pausa para uma carícia suave ou um momento de meiguice.
Os três signos da Terra manifestam a polaridade passiva-yin no
pragmatismo e no cuidado. A qualidade bem enraizada deste ele-
mento concede uma habilidade natural para lidar sensível e eficiente-
mente com o mundo material. Infelizmente, os signos da Terra adqui-
riram uma imagem monótona e nada aventureira. Injustificada,
porém, já que todo crescimento físico necessita de raízes e o espírito
precisa da matéria para sua manifestação. A aventura da semente em-
baixo da terra à medida que ela começa a crescer é um dos mais exci-
tantes e criativos atos da natureza.
37
Os três signos do Ar expressam a polaridade positiva-masculina em
seu desejo comum de se comunicar, externando uma energia baseada
na mente. O ar é um meio invisível de união comum a toda a humani-
dade, fundamental à vida e à carreira de Prana. A natureza humana
destes três signos pode ser na verdade uma corrente de ar fresco e sua
inteligência e clareza no lidar com idéias, palavras e conceitos esti-
mula e revigora. Mas uma brisa mais fria também pode soprar, pois
quando o intelecto reina supremo, o sentimento e a emoção são silen-
ciados pela mente racional e seu código de realidade finita.
Os três signos aquáticos manifestam sua polaridade negativa-passi-
va na sensibilidade e impressionabilidade, do mesmo modo que um
líquido precisa de um recipiente e toma a sua forma. As emoções vêm
e vão como a maré; os sentimentos são tranqüilos, encrespados ou
turbulentos como o mar — mas há sempre nas profundezas muitas
correntes em redemoinho. Tal sensibilidade concede aos signos da
Água uma compaixão que burla os outros elementos, mas embora a
água possa limpar e refrescar, ela também pode inundar, molhar e
afogar. Estes signos podem ser instáveis e covardes, de modo que al-
gumas vezes a iniciativa e o propósito evaporam ou desaparecem.
Qualidades
As três qualidades são Cardinais, Fixos e Mutáveis, formando cruzes
na roda do zodíaco. Cada uma é composta de um signo de cada ele-
mento.
39
possa detê-la: ela é persistente e digna de confiança. As manifestações
menos desejáveis desta energia fixa são a teimosia, a intolerância e
uma incapacidade de lidar com a mudança ou aceitá-la, quando ela
ocorre.
40
também reforça o elo entre a teoria astrológica e aqueles seres reais
no mundo, lutando mais ou menos com sucesso por suas vidas. Ex-
perimente este joguinho a qualquer hora dessas — no trem, numa
festa, no trabalho ou onde quer que outros seres humanos estejam
reunidos. Observe as pessoas por alguns minutos e então decida se
elas são predominantemente Fogo, Terra, Ar ou Água; Cardinais, Fi-
xos ou Mutáveis. Isto é melhor do que 'adivinhe qual é o signo dele'
ou traduzir a combinação Elemento-Qualidade para um signo, pois, a
menos que você possa calcular o mapa completo deles, não poderá
saber se captou o signo solar, o lunar, o Ascendente, ou um signo com
um 'stellium', um agrupamento de vários outros planetas.
41
Tendo examinado os agrupamentos de dois, três ou quatro signos, e
tomado nota dos significados dos Elementos e das Qualidades, esta-
mos agora em condições de elaborar uma interpretação de cada
signo. Sobre esta estrutura podemos então construir características
individuais de signo, terminando com uma compreensão simétrica da
natureza de nossas doze lentes do zodíaco. Três grupos de pala-
vras-chave são oferecidos. Estas demonstram a manifestação positiva
ou natural, a expressão menos construtiva ou distorcida e as palavras
que caem entre as duas. É dado também um princípio fundamental
para ajudar a compreensão intuitiva do signo.
42
egoísta, uma filosofia simples da centralidade do indivíduo, ingênuo e
insensível. A energia de Áries' vibra com o poder, mas, uma vez tomada
a iniciativa, geralmente o entusiasmo diminui e a falta de continui-
dade resulta num fracasso da outrora orgulhosa tentativa.
Palavras-chave:
43
Tônica: "Meu alimento cresce naturalmente da Terra."
Palavras-chave:
Palairas-chave:
44
perto para realizar o seu intento, a superficialidade torna-se seu mé-
todo de variar cada vez mais e a amoralidade mantém a consciência
neutralizada. A comunicação em todas as suas formas é essencial —
lendo, escrevendo e conversando. Mesmo na velhice, a desenvoltura,
a sagacidade e a destreza mental da juventude são aparentes — Gê-
meos é o Peter Pan do zodíaco.
Palavras-chave:
45
signo, que pode se manifestar com emoções de profundo desvelo e
sensibilidade, mas pode também sufocar e envolver. O caranguejo
anda de lado e isto simboliza a obliqüidade e o jeito indireto que o
canceriano geralmente usa como meio de resolver o paradoxo ati-
vo-passivo do signo. Em casos extremos isto pode transformar-se em
extravio ou chantagem emocional.
Palairas-chave-,
46
perando nas asas, pois o semideus pode facilmente tornar-se uma
prima-dona. Acima de tudo, os leoninos têm total confiança na sua in-
dividualidade, em seu direito de ser quem eles são e estar onde estão
— parece que nada pode destituí-los de seus tronos.
Palavras-chave:
47
LIBRA: Positivo — Cardinal - Ar =2=
As qualidades empreendedora (Cardinal) e intelectual (Ar) de Libra
são geralmente camufladas pelo símbolo da balança e sua representa-
ção no glifo — equilíbrio, harmonia e neutralidade. Este é o único
símbolo inanimado no zodíaco e, apesar disso, o relacionamento é
um dos princípios mais importantes do signo. Os librianos precisam
de uma outra pessoa com quem ficar em equilíbrio e procuram a har-
monia e a beleza em tudo, a ponto até de abominar a feiúra e a mi-
séria. A diplomacia é o seu forte e o charme lhes é natural. Acham fácil
persuadir outras pessoas a executar tarefas e pequenos trabalhos para
eles, fazendo com que algumas vezes pareçam indolentes e lângui-
dos. Mas se não houver nenhum servo disposto por perto, eles mes-
mos farão prontamente o trabalho. A cardinalidade de Libra muitas
vezes se manifesta como uma mão forte na luva de veludo. A harmonia
do relacionamento e da arte e beleza é mais um conceito ou um ideal
do que um envolvimento total para um libriano. Certamente o quadro
será pintado, a galeria de arte apreciada e a sociedade estabelecida,
mas tudo é feito com tranqüilidade em lugar de paixão.
Tanto no lugar de amante quanto no de marido ou mulher, os libria-
nos demonstram grande afeição e gostam de mostrar seu relaciona-
mento num cenário social ou como um gracioso anfitrião ou anfitriã.
A discussão, o debate e a negociação são apreciados à medida que os
pratos da balança se movimentam lentamente para cima e para baixo.
Alguns librianos acham difícil decidir e sua neutralidade pode gerar
uma fraqueza de caráter, enquanto outros deixarão os pratos balançar
mais violentamente na discussão. Todos têm habilidades em mano-
bras estratégicas, estudam os prós e os contras antes da ação, mas
geralmente têm dificuldade em tomar uma decisão final.
Palairas-chave:
48
ESCORPIÃO: Negativo - Fixo - Água xr\
Tecnicamente, a única maneira de a 'água' ser 'fixa' é quando ela é
gelo. Certamente o iceberg, como Escorpião, revela pouco de si
mesmo, já que a maior parte está submersa e é traiçoeira. Pessoas com
Escorpião forte no mapa podem ser frias e insensíveis, mas há outras
interpretações deÁgua-Fixo. O sentimento e a emoção são firmes, de-
terminados e intensos. Uma grande força está implícita — como uma
onda gigantesca é descrita como uma parede de água. Escorpião cos-
tumava ser representado por uma cobra escondendo-se perigosa-
mente na grama, tentando Eva, ou por uma criatura sagrada comendo
sua própria cauda como Ouroborus, símbolo da unidade. O escor-
pião tem um ferrão mortalmente venenoso em sua cauda ao qual ele
próprio é virtualmente imune, mas que pode liberar, em doses cal-
culadas para acalmar e paralisar uma presa se debatendo. E, apesar
disso, a mãe-escorpião leva cuidadosamente seu filhote nas costas em
vez de deixá-lo arranjar-se sozinho após o nascimento. Entretanto, um
outro símbolo é a águia ou fénix mostrando como Escorpião pode su-
bir às alturas ou renascer.
Escorpião abrange extremos. É o signo das alturas e das profunde-
zas. Tudo deve ser penetrado, examinado e experimentado, mesmo ao
fundo dos esgotos e cavernas subterrâneas de todos os aspectos da ex-
periência humana. Só quando o excremento for esmiuçado é que a
águia se sente qualificada para voar. Há paixão e sentimento intenso em
Escorpião — ele será um amigo fiel ou um inimigo vingativo, mas há
sempre um forte senso de justiça idiossincrático. O uso e o abuso do po-
der são uma luta contínua para os escorpiões e a tentação é tentar con-
trolar os outros — através do sexo, mágica, hipnotismo ou apenas nos
campos de batalha quotidianos. A sexualidade é uma energia podero-
Palavras-chave:
49
sa e Escorpião está especialmente imerso nela. O glifo para o signo
tem o ferrão na cauda, mas é também desavergonhadamente fálico.
'M' é novamente a raiz do glifo, mas aqui representando a moeda, ou-
tra energia poderosa associada ao signo.
Palavras-chave-,
Entusiástico e Jovial Independente Exagero
Otimista Viajante Embotado e Agitado
Sincero Franco e Aberto Hipócrita
Professor de Sabedoria Imprudente e Irresponsável
50
CAPRICÓRNIO: Negativo — Cardinal — Terra
A Terra traz pragmatismo e cuidado, enquanto a cardinalidade apre-
senta iniciativa e atividade empreendedoras. Por isso há uma paciência
determinada em Capricórnio, o conhecimento de que a realização
acontecerá na plenitude dos tempos. O símbolo é o bode, subindo dili-
gentemente rumo ao pico da sua ambição. Mas geralmente se usa um
bode com a cauda de um animal marinho, simbolizando o mais pro-
fundo potencial do signo. Este 'Bode-marinho' pode ainda galgar a
montanha escarpada, mas ele tem a sabedoria coletiva e a sensibilidade
das águas que é também capaz de utilizar. Este é o único signo com dois
glifos, ambos tendo a sensação de ossos austeros ou um chifre retor-
cido de um bode. Há a força e a permanência que existem na madeira
resistente ou numa planta trepadeira madura, mas ambos os glifos
também sugerem a cauda do Bode-marinho.
As pessoas com Capricórnio forte no mapa estarão sempre envolvi-
das com o mundo material—realizando e organizando construções. O
sucesso material é importante e ele é geralmente alcançado, mas algu-
mas-vezes à custa da adoração do deus Mammon. A riqueza e o status
são necessários para que o mundo possa ver as conquistas, mas quando
em direção à meta, o lado seriíssimo, ambicioso erigidamenteautoritário
do capricorniano pode se manifestar. A estrutura que é tão habilmente
construída torna-se uma prisão. Mas Capricórnio pode elevar-se acima
disto e tornar-se aquele elo vital entre o espírito e a matéria, Ele pode
fundamentar a visão utilizando o mundo material para o bem mais am-
plo em vez de ser usado por ele, permitindo que a visão se torne obs-
cura. Esta última tentação está sempre presente, mas assim também está
o potencial para alcançar o mais alto dos picos.
Palavras-chave:
51
AQUÁRIO: Positivo — F i x o — A r =
Uma abordagem determinada (Fixo) e intelectual (Ar) caracteriza
Aquário. As pessoas com este signo forte geralmente parecem ter uma
inteligência acima da média, acentuada por uma atitude inventiva e de
quem olha sempre para a frente — cientistas, inventores e outros pen-
sadores progressistas, por exemplo. A frieza dos signos do Ar aqui se
manifesta como imparcialidade e falta de profundo envolvimento pes-
soal, que permite ao aquariano ser indulgente com suas excentricida-
des sem bater uma pestana. Na verdade ele não vê a si próprio como ex-
cêntrico, apenas um pouco à frente de seu tempo e mal compreendido
pelos membros menos conscientes da raça humana. Alguns aquarianos
tornam-se revolucionários ou marginais se forem mal compreendidos,
pois são os grandes ideais que importam e é a sociedade que deve ser
censurada se eles forem rejeitados. O grupo é mais importante, para
um aquariano, do que o individuo e a amizade vem mais naturalmente
do que o envolvimento pessoal profundo. Em geral, quando um rela-
cionamento amoroso está causando problemas, a reação será cortá-lo e
defender-se com fria indiferença, em vez de envolver-se com os senti-
mentos um do outro. Humanidade, sociedade, as massas esfomeadas e
as minorias oprimidas têm sempre preferência sobre qualquer indiví-
duo e portanto o aquariano é um dedicado campeão da causa, rosto vol-
tado para seus ideais e procurando a verdade. O glifo representa linhas
de comunicação e energia elétrica no ar, o símbolo é o homem derra-
mando a água do conhecimento pela humanidade.
Palavras-chave:
52
moldável, tomando a forma do recipiente que a contém. Peixes é sim-
bolizado por peixes nadando na água, mas unidos e apontando em
direções opostas. Algumas vezes eles nadam na confusão, algumas ve-
zes lutam contra a tensão do homem como Deus e homem como ho-
mem. O glifo também reflete isso, os dois semicírculos voltados para
fora mantidos juntos por uma linha de união. Os primeiros cristãos
usaram o peixe como seu símbolo, sendo Jesus conhecido como Ik-
thos, o peixe. Ele pregava a doutrina pisciana do amor e do auto-
sacrifício.
A pessoa que tem Peixes forte no mapa é sensível a ponto de quase
não ter fronteiras—ela se fundirá ao meio como uma esponja absorve
água, fisicamente consciente de outros níveis de existência, mas tam-
bém vulnerável aos aspectos mais ásperos da existência terrena. Isto dá
oportunidade a extremos de experiência espiritual e mística, mas tam-
bém faz o pisciano propenso à dor e à confusão, decepção e ilusão. O
escapismo é também necessário, mas canalizado de preferência para
áreas de inspiração, música e arte, evitando o apelo sedutor da bebida,
drogas e libertinagem. O auto-sacrifício é forte em Peixes, dando-lhe a
capacidade de compreender a vida e permitir uma unificação com toda
a criação — 'não a minha vontade, mas a Vossa seja feita'. Mas ele pode
ser facilmente comovido por uma estória de sofrimento que evoque
sua compaixão.
Palavras-chave:
53
5
MAIS SOBRE OS SIGNOS
Regências Planetárias
Diz-se que cada signo tem um 'planeta regente'. Isto significa que
há uma qualidade sincrônica ou semelhança entre certos planetas e
certos signos e é importante estar familiarizado com estes relaciona-
mentos. Um planeta não pode, de forma alguma, substituir um signo
ou vice-versa, mas um planeta que está fortemente colocado no
mapa (próximo ao Ascendente, por exemplo) imprimirá ao caráter
da pessoa as qualidades do signo que ele governa, quase tantas
quantas do planeta. A consciência ativa deste tipo de correlação é um
dos fatores na interpretação da carta que ajudará a síntese a se desen-
volver a partir da análise.
A Figura 11 mostra as regências e é também um modo útil de lem-
brar-se delas. O Sol e a Lua regem os signos adjacentes, Leão e Cân-
cer respectivamente. Depois os planetas, em ordem astronômica do
Regências planetárias
54 Figura 11
Sol para Saturno regem dois signos cada, trabalhando a partir de
Câncer e Leão. Estas regências datam de muito antes da invenção do
telescópio. Quando os três planetas exteriores (Urano, Netuno e Plu-
tão) foram descobertos, atribuíram-lhes a regência dos signos que
regiam Saturno, Júpiter e Marte respectivamente. Mercúrio e Vénus
ainda são os únicos regentes de dois signos cada um, mas muitos
astrólogos acreditam que ainda há mais dois planetas a serem desco-
bertos de modo que, em algum ponto do futuro, não haverá regên-
cias duplas.
55
Áries-Marte, Fscorpião-Marte: A energia masculina de Marte, seu im-
pulso, atividade e sexualidade confirmam a determinação de Áries e
o poder de Escorpião. Áries é o signo do guerreiro, gladiador e via-
jante solitário — lutando como indivíduo, ganhando as esporas de
cavaleiro da sua maturidade. Escorpião luta por razões diversas —
para obter poder, para se vingar, para ver o cumprimento da justiça
ou simplesmente para destruir. O Escorpião age secretamente —
uma faca nas sombras ou uma cópula apaixonada sob o abrigo das
trevas.
56
gresso não conhece convenção em Aquário e as possibilidades para
a raça humana são agora ilimitadas, além mesmo do mais bizarro
dos antigos sonhos. A visão de Aquário para o futuro e o mundo utó-
pico pelo qual eles se empenham parecem estar ao seu alcance. Se a
evolução for demasiado lenta, então a revolução pode ser necessária
para derrubar a madeira velha e o crescimento cristalizado das ve-
lhas estruturas e dos sistemas obsoletos.
Os Signos em Seqüência
A roda do zodíaco pode ser observada como um processo cíclico
dinâmico do qual nós podemos aprender mais sobre cada signo exa-
minando-os em seqüência. Não se tem, com isso, a intenção de ne-
nhum sentido interpretativo literal, mas antes de desenvolver um co-
nhecimento mais amplo dos signos e mais adiante encorajar a habili-
dade de sintetizar os fatores interpretativos distintos do mapa. Os
57
signos podem ser divididos em três grupos seqüenciais — Elemen-
tais (Áries a Câncer), Individuais (Leão a Escorpião), Universais (Sa-
gitário a Peixes),e cada um pode ser visto como um subciclo dentro
do zodíaco.
58
to de harmonia, relacionamento, arte e beleza. O equilíbrio e a apre-
ciação dos valores humanos e das necessidades dos outros suavizam a
austeridade de Virgem. E então Escorpião leva o processo um pouco
mais adiante. Se o equilíbrio libriano é imutável e deixado aos seus
próprios caprichos, ele pode absorver uma qualidade de Jardim do
Éden que tem pouco a ver com a vida real — o que era a humanidade
torna-se uma linda reprodução, friamente apreciada como se estives-
se em exposição numa galeria de arte. Escorpião lança esta perfeição
libriano-virginiana nas correntes espirais subterrâneas das emoções
humanas. Ele afeta o equilíbrio e não permite a paz, forçando a ser
enfrentado até mesmo aquilo que estava profundamente escondido.
O que era um casamento virgem é iniciado nos extremos do envolvi-
mento sexual, de onde nasce uma nova consciência.
59
sempre pronto a apoiar uma nova causa, mas a amplitude de seus ob-
jetivos pode levar a uma atitude impessoal, quase andróide.
Ele precisa de compaixão e precisa, afinal, ser capaz de controlar
seus mecanismos a fim de que ocorra um fluxo natural, finalizando
numa união com o Criador. A sociedade, grupos, causas são apenas
veículos temporários para membros individuais da raça humana
usarem na sua jornada cíclica de volta à fonte de todo o ser. Peixes
preenche esta necessidade, representando a dissolução final de iden-
tidade. Em tais domínios místicos é possível haver desorientação; o
rebelde aquariano marginal pode unir-se ao desajustado pisciano e a
eletricidade se perde num úmido curto-circuito. Mas o potencial de
Peixes é uma união com a origem da criação — perdendo o pequeno
ser a fim de encontrar o verdadeiro Ser. O derradeiro sacrifício é rea-
lizado e entretanto o ciclo completo recomeça, pois há sempre o novo
começo de Áries que se seguirá, com as primeiras criaturas, arrastan-
do-se de dentro do oceano para a terra para uma outra jornada de
evolução — semente, crescimento, experiência, aplicação e unifi-
cação.
Os Signos em Polaridade
As polaridades não deveriam ser vistas como dois signos em conflito
um com o outro — sua expressão positiva é para criar um equilíbrio e
neutralidade naturais. Cada signo tem algo a aprender com seu
oposto, mas também tem uma contribuição a dar à expressão mais
evoluída do outro signo.
60
Touro-Escorpião: Esta polaridade está relacionada com o desejo, sen-
timento e posse. É uma relação Vênus-Marte, suavemente feminina e
duramente masculina, mas é também Vênus-Plutão, harmonia e im-
plosão. Touro se exprime com uma simplicidade terrena, mas Escor-
pião pode ensinar-lhe o valor da experiência mais profunda — o pra-
zer e a criatividade tornam-se paixão; a simples associação pode trans-
formar-se num aspecto do poder e a reprodução é apenas uma peque-
na parte das complexidades da sexualidade. Mas para toda essa
aparente evolução, o intenso redemoinho de Escorpião tem muito a
aprender com Touro—estabilidade, paciência e crescimento natural,
como os tranqüilos ciclos regulares das estações.
61
tista, o indivíduo e o grupo, o autocrata e o democrata. Leão é autocen-
trado e irradia autoconfiança como o Sol irradia calor, enquanto o
puro aquariano é só um dente da engrenagem num vasto sistema
operacional, se bem que um componente crucial. O extremo do culto
da personalidade de Leão cria um ditador arrogante que pode esque-
cer-se da existência de seus súditos considerando-os nada mais que
seres exploráveis. Aquário cuida dos direitos dos homens, tanto atra-
vés de uma legislação saturnina quanto através de progressivas inova-
ções uranianas, defendendo a causa e os ideais. Mas o aquariano pode
perder tão facilmente sua identidade pessoal enfatizando em excesso
as necessidades do grupo, que deve observar a criativa individuali-
dade de Leão a fim de apoiar-se.
62
(5
AS CASAS
63
casa certo?" A irritante resposta é que todos podem ser, mas que diver-
sos astrólogos acham mais fácil trabalhar com sistemas diferentes. Su-
gere-se que o aluno escolha um sistema para conhecer, experimen-
tando mais tarde os outros e então decidindo qual ele prefere. Alguns
astrólogos até elaboram todos os seus mapas usando mais de um sis-
tema de casas.
Porém, as observações seguintes podem auxiiiar tanto na compre-
ensão quanto na aceitação do problema de divisão das casas. O sis-
tema mais simples é o de Casas Iguais, onde todas as casas têm 30° e
não há relação com quaisquer dos complexos argumentos astrológi-
cos e filosóficos envolvendo os outros sistemas. Mas o Meio-do-Céu, o
grau culminante do zodíaco, também é um ponto importante no
mapa e o sistema de Casas Iguais permite que ele caia onde cair. To-
dos os outros sistemas de casas convencionais usam o Meio-do-Céu
(M.C.)como cúspide da décima casa e,uma vez que o M.C. geralmente
não está a exatos 90" do Ascendente, isto significa que as casas inter-
mediárias têm mais ou menos que 30°. Estes Sistemas de Casas Qua-
drantes, como são conhecidos, incluem Placidus, Campanus, Koch e
Topocentric. Em termos muito simples: os diversos cálculos astronô-
micos são baseados tanto em divisões no espaço quanto em períodos
de tempo. Devido à íntima ligação da astrologia com o tempo, prefiro
os sistemas baseados no tempo, e destes, as tabelas de Placidus são as
mais prontamente disponíveis. Mas qualquer que seja o sistema utili-
zado, quase sempre haverá dúvida no mapa, porque poucas pessoas
sabem com precisão a hora de seu nascimento. Isto significa que o
Ascendente pode ser, digamos, 5°-10° mais cedo ou mais tarde e as
diferenças correspondentes existirão nas cúspides das casas intermediá-
rias.
É crença geral que os planetas nos primeiros graus de uma casa
sofrem a influência mais forte desta casa, e que os planetas mais para o
fim de uma casa podem ser adicionalmente interpretados como es-
tando na casa seguinte. Mas segundo uma visão mais cética, o planeta
no meio de uma casa é a única posição da qual se pode estar certo,
entre horários de nascimento incertos e tão diferentes sistemas de ca-
sas! Certamente, os esquimós nascidos no inverno talvez não tenham
Ascendente algum, já que, durante muitos meses do ano, o sol fica
abaixo do horizonte.
Tudo isso serve para nos lembrar, quando estamos interpretando o
mapa, que, embora sejamos felizes de ter essa ciência cósmica da as-
64
trologia ao nosso alcance, existem ainda muitas áreas não resolvidas.
Devemos estar sempre buscando aprender mais, achar respostas às
perguntas e aumentar nosso conhecimento. Mas também precisamos
lembrar que há muita coisa que nunca se poderá saber. Sou favorável
a que se aborde nosso tema com reverência e humildade, pois sere-
mos culpados de orgulho se pensarmos que podemos saber todas as
respostas.
As próprias casas representam áreas da vida ou campos de experi-
ência que recebem um foco particular dos planetas naquela casa. Em
todo mapa haverá sempre casas que não terão planetas. Isto não signi-
fica que os assuntos daquela casa sejam inexistentes para o indivíduo,
mas que não haverá ênfase significativa naquela área. No que tange
àquela casa, a pessoa pode quase 'pegar ou largar'. Mas se alguém qui-
ser saber mais sobre os assuntos daquela casa, a colocação do regente
dela ajudará na interpretação. Regente é o planeta que governa o
signo na cúspide da casa ou que está de outra forma associado àquela
casa — e é bem possível que uma casa tenha mais de um regente. (Fi-
gura 12, p. 66, explica isto mais claramente.)
Por exemplo, se a casa do casamento está vazia, não significa que a
pessoa não vá se casar, nem que haverá necessariamente felicidade ou
dificuldade extraordinárias em relacionamentos pessoais íntimos,
mas a sugestão é, antes, que a alma talvez queira centralizar sua aten-
ção em outras áreas da vida, nesta encarnação.
O sentido das casas é o seguinte:
65
O Ascendente é Leão, portanto o regente do mapa e da primeira casa é o Sol.
Algumas casas têm mais de um regente. A quinta casa tem Escorpião na cús-
pide e é regida por Plutão e Marte, porém diz-se que Sagitário esta 'intercep-
tado' na quinta casa e portanto Júpiter também é um regente. Saturno, regente
de Capricórnio no final da casa, também pode ter uma influência nesta casa.
Onde há uma cúspide da casa,por exemplo, 29" Áries (não demonstrada no
mapa do Príncipe Charles), tecnicamente o regente da casa é Marte, o regente
daquele signo, mas o signo subseqüente, Touro, terá uma ligação adicional
forte com a casa e Vénus será também um regente.
•
•
ASPECTOS © 1 VI
Lua J
<P *
•
A A d
Mercúrio y L. * A c f
Vénus
$* Q d * Q
Marte A Q A
c?
Júpiter
2 1 A cP Q. A
Saturno V A
b
Urano L.
Netuno * cP
Plutão A
A.SC.M.C
66
Assim, os regentes da casa são os seguintes:
1. Sol
2. Sol, (Mercúrio)
3. Mercúrio, (Vénus)
4. Vénus, (Plutão, Marte)
5. Plutão, Marte, Júpiter, (Saturno?)
6. Saturno, (Urano?)
7. Urano, Saturno
8. Urano, Saturno, (Netuno, Júpiter)
9. Netuno, Júpiter, (Marte)
10. Marte, (Vénus)
11. Vénus, Mercúrio, (Lua?)
12. Lua, (Sol?)
67
12a Casa-, Trabalho solitário e sacrificado. Misticismo e psiquismo.
Contemplação e nutrição interiores. Lições cármicas. Sofrimentos
profundos. Relacionamentos escondidos. Repressões e neuroses. Ins-
tituições — hospitais, prisões e asilos.
Angular
As casas angulares (1, 4, 7 e 10) representam aquelas áreas da vida
onde nós nos manifestamos ativamente e têm importante auto-
identificação. A energia do caráter não pode permanecer passiva nes-
tas casas. As casas angulares correspondem aos signos cardinais.
4" e 10? Casas: A quarta casa representa atividade dirigida para o in-
terior e impulsos motivacionais decorrentes da vida doméstica e edu-
cação, enquanto a décima casa é a manifestação desses impulsos vol-
tada para fora. A carreira, realizações e aquilo pelo qual o mundo lem-
bra de uma pessoa (10? Casa), são todas manifestações externas de in-
dependência e maturidade, mas eles também têm um elo forte com a
educação e o lar (4? Casa). Estas duas casas representam os pais que
são sempre psicológica e emocionalmente importantes a todo indiví-
duo. Eles podem muito mais encorajar, ajudar e não interferir ao invés
de podar e manipular. (Veja Capítulo 9 ) Os planetas nestas casas, os
signos nas cúspides e seus regentes indicarão a importância do lare
da carreira e o equilíbrio entre os dois.
68
Sucedente
As casas sucedentes (2, 5, 8 e 11) mostram os recursos pessoais e ma-
teriais do indivíduo e como ele mantém, conserva e desenvolve suas
energias. Há uma estabilidade nas casas sucedentes; planetas e signos
envolvidos com elas indicam a utilização prática das energias pes-
soais. Estas casas correspondem aos signos fixos.
Cadente
As casas cadentes (3, 6, 9 e 12) demonstram como e onde a energia
será distribuída pelo indivíduo. Os planetas relacionados com estas
casas integrar-se-ão com o meio e com as pessoas contratadas na vida
quotidiana. Há uma qualidade transicional adaptável à cerca das casas
e elas correspondem aos signos Mutáveis.
69
balho pelo bem coletivo; permite-se ao ego individual retirar-se para
um papel subordinado.
70
ção terrena e posição; o I.C.(Imum Coeli ou fundo do céu)é envolvi-
mento com o lar e a família, a base de onde é lançada a realização.
Forças Planetárias
Quando um planeta é colocado em seu próprio signo diz-se que está
em dignidade. Há uma harmonia entre o princípio do planeta e a ma-
nifestação do signo. O planeta é, então, capaz de operar fortemente,
dum modo direto e simples — mas modificado, é claro, pelos outros
fatores do mapa. Um planeta está em detrimento quando está no signo
oposto à sua dignidade (Lua em Capricórnio,Vénus em Escorpião etc.)
e esta colocação tende a restringir a expressão fácil da energia plane-
tária.
Há outras colocações planetárias de signo que são conhecidas
como exaltação. Estes signos parecem não permitir que um planeta se
manifeste fortemente, mas também imprimir um componente extra
àquele planeta, a possibilidade de uma criatividade mais profunda
que pode ser uma expressão mais evoluída do seu potencial. Quando
ele está no signo oposto à exaltação, o planeta está em queda, uma
condição inibidora que pode simbolicamente empurrar aquele pla-
71
neta para o inconsciente e distorcer a manifestação benéfica de sua
energia.
Muitos astrólogos modernos desprezam a exaltação, os detrimen-
tos e as quedas como conceitos antiquados, sem lugar na teoria astro-
lógica progressiva. Certamente eles não devem ser vistos como consi-
derações interpretativas diretas, mas têm sobrevivido na maioria dos
manuais com uma persistência fantástica. É provável que tenham um
significado mais profundo do que se sabe de um modo geral e que
nos levem a uma compreensão mais sensível tanto do signo quanto do
planeta envolvido. A apreciação dessas inter-relações ajudará mais
tarde com a arte da síntese.
Abaixo, uma tabela de forças planetárias. Exaltações alternativas ou
duvidosas e quedas estão demonstradas entre parênteses:
Signo
Planeta Detrimento Exaltação Queda
Regido
72
7
PLANEIAS NOS SIGNOS
E NAS CASAS
O Sol ou o Ascendente
Aries: O Ascendente em Áries tem uma urgência maior que o Sol em
73
Áries. Há mais desassossego e confiança extrovertida que algumas ve-
zes parecem ser excessivamente exageradas. O Sol em Áries tem um
pouco mais de maturidade na expressão do signo.
74
Libra-, A preocupação com a retidão social, diplomacia e charme é
mais forte quando Libra está em ascensão — o signo das aparências
externas na parte mais pessoalmente externada do mapa. Quando o
Sol está em Libra, um Ascendente diferente ameniza estas qualidades
do signo e permite uma manifestação mais harmoniosa.
75
como um mecanismo de sobrevivência. O Ascendente Peixes muitas
vezes tem a ver com olhos grandes e salientes.
76
interação emocional com o parceiro. O indivíduo será particular-
mente suscetível à beleza e à harmonia.
Tl
destes laços emocionais não será apenas necessária mas também
apreciada e desfrutada.
78
direta e positiva de se comunicar. A falta de tato é possível. Os julga-
mentos e as decisões são feitos rápida e intuitivamente.
79
Princípios amplos são entendidos e os assuntos filosóficos aprecia-
dos, mas isto é muitas vezes o detrimento das coisas práticas.
80
tais desempenharão um papel importante numa vida que estará ocu-
pada com a atividade e viagem local.
81
são preservados e introspectivos, em parte por causa da dificuldade
de compreensão clara num nível mental. Esta é uma boa colocação
para envolvimento com a comunicação psíquica.
82
ções afetivas. Podem ocorrer desapontamentos e insatisfações. Esta
colocação dá um crítico de arte melhor do que um artista.
83
gência escapista na sensualidade, mas o amor está sempre lá. A música
e a dança são geralmente interesses artísticos.
84
mar as pessoas envolvidas. O instinto comercial é provavelmente bom
e o benefício financeiro pode vir dos sócios e heranças.
85
alcançar seus objetivos de modo oblíquo ou manipulador. Isso pode
resultar em indecisão ou confusão. Uma insegurança latente pode
gerar falta de confiança sexual ou preguiça.
86
ciais ou inspirar os outros a fazê-lo, ou pode precisar expressar sua
inventividade de uma maneira mais individualizada—progressiva ou
excêntrica.
87
pode manifestar-se como dominação ou, mais proveitosamente,
como cooperação.
88
Júpiter em Gêmeos (Detrimento): Muito prazer é experimentado na
atividade mental e na conversa, mas a colocação encoraja a verbosi-
dade e a superficialidade. Princípios gerais e filosofias mais profundas
não se adaptam ao circuito computadorizado rápido e astuto do gemi-
niano. Mas em potencial, a colocação pode tornar idéias abstratas mais
concisas.
89
inquieto, despendendo energia de um modo muito amplo para alcan-
çar o foco.
Júpiter na 4f: Uma vida familiar e um lar felizes são sugeridos. Benefí-
cios podem advir dos pais ou talvez muito mais tarde na vida. Muitas
vezes é experimentado um senso de segurança interior e bem-estar.
90
vezes também 'boa sorte'. O prazer e algumas vezes benefícios vêm
das crianças.
91
Saturno nos Signos e nas Casas
Saturno em Áries (Queda): O indivíduo tem dificuldade com a auto-
afirmação e provavelmente lhe faltará autoconfiança. Ou bem ele será
relutante em impulsionar-se para adiante ou ele tentará e imporá uma
dura disciplina aos outros. A lição é aprender a manifestação harmo-
niosa tanto da autodisciplina quanto da auto-afirmação.
92
lha. O indivíduo pode ficar preocupado com suas deficiências pes-
soais e pode precisar obsessivamente de empenhar-se para compen-
sar isto. A moderação precisa ser aprendida e a discriminação desen-
volvida, enquanto confia que o trabalho que tem em mãos será reali-
zado de maneira eficaz.
93
Saturno em Aquário (Dignidade): Uma suspeita de idéias novas e pro-
gressistas pode levar a uma atitude obstinada e a um desejo de impor
disciplina e estrutura aos outros. Pode haver o medo de ficar envol-
vido demais com riscos idealistas e a iniciativa pode ser contida. A pes-
soa precisa cultivar uma abordagem mais humanitária e aceitar o valor
da originalidade e da inventividade. Esta vontade permitirá aos ideais
aquarianos e às idéias progressistas terem uma base e serem trazidos
à manifestação prática.
94
de perder o lar ou a base na vida. As responsabilidades domésticas são
levadas seriamente. Algumas vezes pode haver uma ab-reação* e a
vida familiar é evitada — esta é uma proteção mal colocada contra a
perda daquela segurança. O indivíduo tem de aprender a desenvolver
uma atitude equilibrada de responsabilidade para com a família e
compreender que as lições podem ser aprendidas da experiência dos
relacionamentos com os pais e outros membros da família.
* Termo psicanalítico que significa descarga de emoção ligada a uma experiência pre-
viamente rígida. (N. da T.)
95
medo da morte e do desconhecido também é possível. As lições são
aprendidas através da experiência das relações emocionais mais pro-
fundas e do envolvimento com os recursos dos outros. Pode ser ne-
cessário enfrentar implicações sexuais.
Os Planetas Exteriores
Urano, Netuno e Plutão passam tantos anos em cada signo que sua
influência por signo se aplica mais às gerações e a grandes grupos de
96
pessoas e é menos relevante aos indivíduos (mas atente para os co-
mentários na página 29). Assim, apenas as colocações das casas desses
planetas exteriores estão aqui incluídas.
97
ocultismo e nos mistérios profundos. Os relacionamentos emocio-
nais com os outros serão extravagantes e imprevisíveis e os desejos
sexuais podem não ser convencionais. Benefícios financeiros ines-
perados são possíveis.
Urano na .9": As atitudes para com a filosofia e a religião não são con-
formistas e iconoclastas. Pode ocorrer viagem inesperada e repentina.
Urano na 12.': O indivíduo pode ter uma vida íntima estranha e tur-
bulenta ou experiências psíquicas incomuns, mas provavelmente as
guardará para si, talvez devido à incerteza sobre seu significado.
98
certamente pode haver auto-sacrifício. São prováveis a confusão so-
bre a segurança emocional ou um sentimento de incerteza íntima,
mas a inspiração e o refinamento podem ser desenvolvidos dentro do
ambiente familiar.
99
zada para uma vida de trabalho e sacrifício, mas pode haver uma ima-
ginação superativa, que pode levar a medos irracionais, muitas vezes
sobre o isolamento.
100
Os envolvimentos podem ser compulsivos, mas geralmente há uma
oportunidade vital para o crescimento pessoal através do parceiro.
101
8
OS ASPECTOS
Abordagem à Interpretação
Na astrologia, os aspectos são as relações angulares entre os planetas
no mapa astral. Eles imprimem o conceito de simbolismo numérico
diretamente na interpretação do mapa e representam um padrão di-
nâmico de energia que pode concatenar o mapa. Os planetas que es-
tão muito próximos na longitude zodiacal do mapa astral, ou que são
opostos, ou que estão a 90° de distância, ou a outras distâncias críticas
uns dos outros, mais ou menos um certo fator lícito, diz-se que estão
'em aspecto'. Isto significa que as energias dos planetas envolvidos es-
tão fundidas e a combinação torna-se acessível ao indivíduo para utili-
zação na manifestação do caráter e no desenvolvimento da vida.
Os livros tradicionais de astrologia são categóricos em afirmar que
há aspectos 'bons' e 'maus'. Um bom aspecto, acreditam os tradicio-
nalistas, sempre trará boa sorte e felicidade, enquanto diz-se que os
maus aspectos geram apenas dificuldades, provação e miséria — a
conseqüência é que a praga, a pestilência e a fome são os únicos resul-
tados possíveis. Felizmente, a interpretação dos aspectos não precisa
ser absolutamente rígida. Tal atitude representa uma visão doentia e
fatalista da astrologia e implica que cada indivíduo está aprisionado
pelas correntes de seu mapa. Mas a advertência sobre o portão de en-
trada do templo na antiga Delfos, 'Conhece-te a ti mesmo', indica a
chave com a qual podemos destrancar as correntes. Desenvolvimento
psicológico pessoal, auto-exame e consciência permitem-nos utilizar
as energias no mapa positivamente e elevar-nos por sobre limitações
e dificuldades — tais como aquelas que são sugeridas pelos chamados
'maus' aspectos.
Com a evolução da compreensão astrológica, a incorporação de
102
conhecimento psicológico e o reconhecimento da necessidade de
responsabilidade pessoal, a abordagem moderna à interpretação dos
aspectos é que não há aspectos totalmente 'bons' nem totalmente
'maus'. Qualquer aspecto é a combinação de energias dos dois plane-
tas envolvidos e esta combinação pode ser usada de forma construtiva
ou negativa. Algumas combinações de energia fluem mais harmonio-
samente dentro do indivíduo e são mais fáceis de se aplicar no mundo
vantajosamente, enquanto outras precisarão de mais trabalho e es-
forço para encontrar a expressão positiva. Os aspectos menos harmo-
niosos (ou num aspecto mais suave entre dois planetas incompatíveis,
como Marte e Saturno) têm uma linha de menor resistência que pode
levar a dificuldades, problemas e resultados prejudiciais. Se for dei-
xado a seus caprichos e se o indivíduo fizer vista grossa para esse lado
de seu caráter e tentar varrê-lo para baixo do tapete (o que um psi-
cólogo chamaria repressão), então o efeito do aspecto não é benéfico.
Estas são as circunstâncias onde os tradicionalistas fariam seus prog-
nósticos sobre 'as influências maléficas'.
Mas se os tradicionalistas tivessem aberto um pouco sua consciên-
cia e levado o processo um passo adiante, eles teriam percebido que
com trabalho pessoal e auto-exame qualquer energia de aspecto pode
ser transformada numa força positiva. Tal trabalho não é sempre sim-
ples e o esforço pode ter de ser mantido durante muitos anos ou rea-
plicado em vários períodos importantes da vida, mas há sempre um
potencial positivo no que parece ser o mais difícil dos padrões de as-
pecto. E relevante aqui reiterar a atitude da reencarnação para com a
astrologia. Se a alma escolhe o mapa astral então ela também escolhe
quaisquer padrões de aspecto difíceis e, por conseguinte, deve haver
uma razão para isso. Na sua sabedoria, a alma quis experimentar uma
vida simbolizada por um mapa com tais padrões de aspecto, apren-
dendo a crescer e evoluir através desta experiência. É possível que
pouca vantagem possa advir em termos de evolução da alma, se aque-
les aspectos foram ignorados e levados inconscientemente a in-
fluenciar a vida e o caráter de várias maneiras desvantajosas e não-
construtivas.
Os chamados aspectos difíceis agem também como desafio e in-
centivo. Num mapa onde todos os aspectos são harmoniosos, o indiví-
duo será tentado a deixar a vida fluir suavemente. Não há nada no
mapa que estimule a ação. No conjunto, a vida é bastante agradável e
os talentos e dons representados pelos aspectos podem não vir a ser
103
completamente realizados. Vale a pena meditar sobre a parábola dos
talentos na Bíblia com relação à interpretação astrológica. Os talentos
que não são investidos a um bom juro e que permanecem enterrados
são, não só desperdiçados, mas muitas vezes também contribuem
para 'choros e lamúrias e ranger de dentes'.
Num mapa onde os aspectos não são tão fáceis, o indivíduo precisa
comparar as questões envolvidas. Se ele não o fizer, então a vida lhe
jogará confrontações como vingança e, se ele ainda insistir em fazer
vista grossa, pode ocorrer uma viciosa espiral descendente de dificul-
dades. Aspectos desconfortáveis num mapa proporcionam o incentivo
e o desafio para estimular o indivíduo à realização — não necessaria-
mente o sucesso material, mas a realização medida numa referência
pessoal íntima.
Portanto, mesmo o aspecto aparentemente mais difícil pode trazer
vantagem e o aparentemente benevolente pode escoar e diluir-se
num oceano apático.
Conjunção
O aspecto mais fácil de entender e encontrar é a conjunção. Dois pla-
netas que estejam no mesmo grau do zodíaco ou algo até oito graus de
separação estão conjuntos. Este aspecto tem o simbolismo numeroló-
gico da unidade, o ponto único, o zero e o infinito ao mesmo tempo, e
104
O grau de facilidade ou dificuldade dependerá da natureza dos pla-
netas envolvidos. Geralmente os dois planetas estarão no mesmo
signo. O símbolo para a conjunção é d.
Muitos astrólogos acham que as linhas desenhadas entre os plane-
tas em aspecto criam um padrão visual que auxilia a interpretação e a
síntese. (Veja exemplo de mapa na página 66.)
Oposição
Dois planetas distantes 180° estão em oposição. Este aspecto divide o
círculo do zodíaco em dois e implica dualidade — positivo-negativo,
masculino-feminino, yin-yang.
Figura 14
Trígono
Os planetas com 120° de distância estão em trígono um com o outro.
Esta é a divisão em três partes do zodíaco e representa uma trindade
dinâmica de energia harmoniosa.
105
Figura 15
Quadratura
Planetas distantes 90° estão em quadratura um com o outro. Isto re-
presenta uma divisão no círculo do Zodíaco em quatro e pode ser
visto como uma forte estrutura em forma de cruz, sobre a qual muitos
dos testes da vida são fixados dentro do caráter do indivíduo.
106
É um aspecto ao qual não se pode fugir, pois atua como um agui-
lhão afiado e barulhento aplicado ao cavalo que anda na estrada prin-
cipal. Geralmente os dois planetas em quadratura estarão em signos
da mesma qualidade mas com polaridades diferentes e portanto ele-
mentos conflitantes — fogo e água, terra e ar; água e ar, terra e fogo.
Isto simboliza a frustração experimentada na quadratura, mas tam-
bém aponta para as lições essenciais a serem aprendidas de modo que
os efeitos construtivos da combinação planetária possam ser realiza-
dos. A órbita permitida é de 8" e o símbolo é • .
Sextil
Planetas separados por 60" estão em aspectos sextis. A divisão em 6
partes tem a qualidade do hexagrama ou da estrela de seis pontas. A
última é formada por dois triângulos eqüiláteros, um apontando para
cima, como o homem tentando alcançar os céus e o outro apontando
para baixo, como o espírito buscando manifestação no mundo físico.
Os dois triângulos estão harmoniosamente integrados.
Figura 17
107
Semiquadratura e Sesquiquadratura
Se a cruz do aspecto quadratura for subdividida em oito, dois aspectos
menores discordantes são revelados.
Figura 18
Quincunx ou Inconjunção
Diz-se que dois planetas distantes 150° estão em aspecto quincunx,
muitas vezes também conhecido como inconjunção. Freqüentemente
subestimado, este aspecto traz mais testes e lições a serem aprendidas
na vida e no caráter. Sua tensão e conflito podem ser observados
quando os dois planetas estão geralmente em signos de polaridades,
elementos e qualidades conflitantes. A órbita permitida é 2° e o sím-
bolo é 7V.
108
Quintil. A divisão do zodíaco em cinco, o número do Homem — os
planetas estão 72° distantes, ± 2°. A influência é especialmente harmo-
niosa, mas delicada e sutil, assim grande sensibilidade é necessária
para delinear o potencial e o talento oferecidos. O símbolo é Q.
Considerações Adicionais:
1. Orbes ou Órbitas: Não há regras rígidas no tocante a orbes. Dois pla-
netas em aspecto exato têm sempre uma intensidade e compulsivi-
dade em seu efeito, mas não é possível dizer a que grau de distância
pára o efeito. É como perguntar em que momento acaba o som do
gongo — isso depende da força da batida, da sensibilidade do ouvido,
da quantidade de barulho de fundo e da acústica do ambiente. É con-
veniente para cada indivíduo decidir sobre as orbes com as quais ele
ou ela se sente à vontade depois de ler as opiniões de vários autores
— mas permitir a flexibilidade. Por exemplo: o Sol e Júpiter estão em
quadratura, mas Júpiter e Vénus estão bem do lado de fora da orbe
para a quadratura. Se o Sol e Vénus estão conjuntos, talvez possa ser
relevante, naquele mapa particular, permitir uma quadratura entre
Vénus e Júpiter.
Alguns astrólogos permitem orbes de 10° ou mesmo de 12° para
aspectos envolvendo o Sol, a Lua ou planetas regentes e orbes para
âmbitos sêxteis de 4° a 6°. Deve-se também lembrar que quanto mais
estreitas as orbes utilizadas, menos aspectos haverá para considerar
— mas eles serão talvez os mais importantes. Quando se preferir as
orbes mais amplas, mais aspectos precisam ser considerados; mas em
certos casos poderia ser possível os mesmos dois planetas estarem
unidos por dois aspectos de influência diversa.O extremo ridículo é
que tudo acaba por ser aspecto para quase tudoo mais, tornando im-
possível a interpretação.
109
estão em receptividade mútua. Este relacionamento pode ser tratado
como um contato menor, tanto harmonioso quanto desarmonioso,
mas se os planetas também estão em aspecto (por ex. Lua em quadra-
tura com Marte), o último tem preferência.
110
eles estão em paralelo, um contato harmonioso menor. Onde eles es-
tão em declinações iguais mas opostas (por ex. 5° ao norte e 5° ao sul)
eles são contraparalelos, um contato desarmonioso menor. Nem to-
dos os astrólogos usam paralelos de declinação, mas vale a pena notar
que onde há também um aspecto na longitude zodiacal, então a in-
fluência daquele aspecto é fortalecida pelo paralelo de declinação.
111
guio isóscele pequeno e simples — e isto pode ser considerado um
padrão mais benevolente do que um Grande Trígono. Uma combina-
ção não tão fácil mas mais construtiva é uma triangulação do sextil,
trígono e oposição — os dois aspectos mais simples dão uma contri-
buição valiosa à elaboração positiva da oposição. (Fig. 20)
112
Figura 20
Figura 21 Figura 22
113
Encontrando os Aspectos
Inicialmente, muitos alunos ficam abatidos pela perspectiva de contar
distâncias em graus entre os planetas, acrescentando ou subtraindo
órbitas, a fim de encontrar cada aspecto. A habilidade vem rapida-
mente com a experiência, mas há certos atalhos e sinais que são úteis:
Tabela de Aspectos
Todos os aspectos representam uma fusão de energia dos dois plane-
tas envolvidos. Isto tanto pode ser usado de modo benéfico quanto
permitir influências não-construtivas.
114
Distância
Aspecto Símbolo Orbe
eni Graus
Conjunção o
Oposição c? 180
•
Quadratura 90 Aspectos
Semiquadratura < 45 y mais
Sesquiquadratura ~K 135 desafiadores
Quincunx 150
Trígono A 120
*
Sextil 60 Aspectos
Semi-sextil SL 30 > mais
Quintil Q 72 fáceis
Septil s 51 3/7
115
mapa como uma tapeçaria completa em vez de um monte de diversos
fios multicoloridos.
Os comentários sobre cada ligação sugerem tanto as manifestações
mais positivas quanto as menos construtivas. Mas tenha sempre em
mente que qualquer aspecto entre dois planetas tem o potencial para
a manifestação benéfica. Os aspectos desarmoniosos representam
mais uma luta árdua e necessitam mais trabalho de caráter e de vida
para serem aplicados pelo indivíduo.
116
Sol-Júpiter: Generosidade, benevolência e boa sorte estão indicadas.
Toda a vida será conduzida com entusiasmo e numa grande escala —
um otimismo contagioso tinge tudo qüe é tocado. O indivíduo está
sempre pronto para qualquer oportunidade, olhando em direção aos
horizontes longínquos que representam múltiplas possibilidades da
vida — filosofias, viagem e expansão. Os aspectos harmoniosos po-
dem geralmente trazer boa sorte, enquanto os contatos desarmonio-
sos permitem extravagância ostentosa, riquezas excessivamente au-
mentadas, auto-indulgência e desperdício. Estes geralmente resultam
de uma atitude muito desprendida em relação à vida. A especulação é
uma grande tentação, mas o mau julgamento pode causar-lhe um fim
desastroso.
117
Sol-Netuno: O indivíduo é levado ao contato com forças intangíveis,
com outros níveis de percepção e espiritualidade. A sensibilidade é
aumentada, trazendo com ela impressionabilidade, um estar à von-
tade com o estilo, apreciação artística e inspiração. Uma natureza so-
nhadora é normal e haverá interesse no misticismo e na ilusão, po-
dendo-se deparar com experiências psíquicas. Os aspectos desarmo-
niosos são difíceis de se lidar por causa da natureza nebulosa do con-
tato. Decepção, escapismo e idealismo excessivo podem seduzir o
indivíduo levando-o a um mal ordenado senso de segurança que
gera nova confusão e diluição da realidade. Sentimentos de inferiori-
dade podem acarretar uma necessidade exagerada de agradar aos ou-
tros e o indivíduo freqüentemente se comporta como um camaleão.
118
mais e, onde os aspectos são desarmoniosos, isso pode acarretar difi-
culdades nos relacionamentos. Uma exagerada busca de prazer pode
não só trazer extravagância e um amor pelo luxo, como também pode
resultar em submissão e uma avidez em agradar à custa do auto-
respeito.
119
ção. O indivíduo é provavelmente criativo e artístico. Abertura, quase
ao ponto da vulnerabilidade, dá uma natureza compreensiva e geral-
mente resulta em experiências místicas ou psíquicas. Os aspectos me-
nos fáceis são particularmente ilusórios e tornam difícil ao indivíduo
separar a ilusão da realidade. Seus humores variáveis enevoam suas
sensibilidades de modo que ele seja não apenas um mau juiz dos ou-
tros, mas também de suas próprias reações. Tendências escapistas
precisam ser tratadas com cuidado e pode haver dificuldades com
mulheres — ou mais amplamente com o 'princípio feminino'.
120
Mercúrio-Júpiter: Potencialmente a mente pode abranger áreas am-
plas e apresentar ao mundo informação e conhecimento de modo
perceptivo e entusiástico. Mas a tolerância pode facilmente tornar-se
exagero e fraco julgamento. Se se permitir que a natureza indiscrimi-
nada da ligação opere muito livremente, os fatos podem ser usados
como uma cortina de fumaça ao invés de servir de comunicação da
informação e podem ocorrer incompreensões.
121
obsessiva e explosiva, muitas vezes manifestando-se em comentários
cáusticos ou comportamento ditatorial. Mas a ligação sempre dá po-
tencial para transcender e transformar-se através da atividade mental.
122
Vênus-Netuno: A relação entre Vénus e sua oitava mais alta indica sen-
sibilidade artística e inspiração, geralmente revelando-se como um
talento musical. Os relacionamentos podem atingir um nível de ex-
pressão mais alto, quase espiritual, onde o amor é terno e refinado.
Mas Netuno pode transformar insidiosamente os ideais deslumbran-
tes em ilusão romântica e fraqueza emocional, gerando o desaponta-
mento ou deixando as decepções minarem o relacionamento.
123
equilíbrio é delicado e ele pode facilmente descambar para o com-
portamento obstinado ou a violência. A tensão e a irritabilidade tam-
bém estão sugeridas e os acidentes repentinos são possíveis.
124
Saturno-Urano: Transformação de tradição, progressividade efi-
ciente. Anarquia e suscetibilidade.
125
9
MISCELÂNEA
Os Nodos da Lua
Os Nodos da Lua são pontos no espaço onde a órbita da Terra atraves-
sa a órbita da Lua. Estes dois pontos estão sempre opostos um ao outro
e são normalmente conhecidos como os Nodos Norte e Sul, mas seus
outros nomes possuem sons antigos e mágicos que talvez reflitam a
fascinação que os astrólogos têm por eles — Cabeça de Dragão ou
Caput Draconis; Cauda de Dragão, Cauda Draconis ou Katababazon.
Os Nodos retrocedem através do zodíaco mais rápido do que Saturno,
mas mais lento do que Júpiter e levam cerca de 18 anos e meio para
completar um ciclo. Os símbolos são respectivamente í l e l j .
Os astrólogos não são de modo algum unânimes na sua interpreta-
ção dos Nodos mas a maioria reconhece que estes pontos têm uma
certa importância. Na minha experiência os Nodos podem contribuir
para uma compreensão adicional do mapa, sutil e algumas vezes ilu-
sória, mas apesar disso útil, se se puder captar o sentido intuitiva-
mente. Muito freqüentemente o significado dos Nodos corresponde a
um outro ponto interpretativo no mapa dando-lhe uma ênfase suave e
uma importância mais profunda.
O Nodo Norte parece ser um ponto de desempenho potencial no
mapa, por signo e casa e através de qualquer planeta que estiver em
aspecto próximo a ele. Mas a promessa do Nodo Norte não pode ser
completamente realizada sem que se preste atenção ao ponto oposto,
o Nodo Sul. Portanto, o valor da compreensão dos significados das
polaridades de casa e do signo são óbvias, pois esta é a base da inter-
pretação do Nodo. Qualquer planeta em aspecto próximo ao Nodo
Norte estará também, é claro, em aspecto com o Nodo Sul.
Em alguns casos, ajuda-nos pensar no Nodo Sul como uma versão
126
menos exigente de Saturno. Ela oferece lições a serem aprendidas,
mas não ameaça punição se se faz uma escolha concentrando-se em
outras características do mapa. Usar os nodos ativamente é tirar algo
mais do mapa astral. É uma pena ignorá-los, pois isto seria não tirar
total vantagem do potencial do mapa, mas não é grave. Realmente é
importante concentrar-se nas bases do mapa e em Saturno, tanto ao
interpretar para uma outra pessoa quanto ao trabalhar alguém através
de seu próprio mapa, antes de tentar introduzir as harmonias nodais
complexas e sutis.
Os Pais
Nossos pais têm enorme influência psicológica em nós. Para a me-
nina, o modelo de feminilidade é sua mãe e o primeiro homem com
quem ela estabelece uma relação é seu pai. Da mesma forma, o me-
nino começa a descobrir como se relacionar com mulheres através de
sua mãe e seu ideal de masculinidade começa com o primeiro ho-
mem que ele encontra, seu pai. Alguns pais agarram-se demais a seus
filhos e não os preparam para o mundo fora do quartinho de brinque-
dos e do lar. Outros são mais desprendidos e não dão às crianças a
proteção inicial e estabilidade da qual elas precisam para crescer em
confiança e rumo a uma maturidade segura. Criar um filho é o traba-
lho mais responsável que qualquer ser humano pode realizar, mas é o
mais fácil de obter e para o qual não são exigidas quaisquer qualifica-
ções. Um cínico poderia sugerir que os pais não têm chance de vencer
— o que quer que eles façam terá sempre algum tipo de efeito preju-
dicial. O pai perfeito não pode existir; o melhor que se pode esperar é
ser um pai 'suficientemente bom'.
Tal é a importância dos pais que o mapa astral tem de refletir sua
influência, se se acredita que a alma escolha tanto o mapa quanto os
pais ou na correspondência psicológica simbolizada pelas colocações
planetárias. Freqüentemente o mapa reflete o relacionamento com os
pais com precisão fantástica, mas noutras vezes as indicações são me-
nos óbvias. Não há regras rígidas e rápidas para este aspecto da inter-
pretação, mas os indicadores precisos que existem precisam ser con-
siderados com uma consciência aberta e com flexibilidade.
O indicador mais importante é a polaridade da 4." e 10:' casas. Geral-
mente a 4.a casa representa o pai e a 10." a mãe, mas em alguns casos
isto é invertido. Certamente as duas casas juntas são os dois pais jun-
127
tos. Quaisquer planetas nestas casas podem representar um dos pais e
os planetas próximos a suas cúspides serão particularmente fortes —
eles também serão angulares se um sistema de casa quadrante estiver
sendo usado.
Os regentes das duas casas são relevantes e suas posições e aspec-
tos fornecem informação suplementar. Por exemplo, quando o re-
gente da 10:' casa for encontrado na 4." casa, isto pode significar que a
mãe também terá de desempenhar o papel de pai por alguma razão.
Ou, mais importante, pode significar que o indivíduo em questão sen-
tiu sua mãe desta forma. O mapa está mais apto a mostrar a relação
subjetiva com os pais, ao invés da verdadeira realidade física da mãe e
do pai.
Saturno geralmente simboliza o pai e a Lua a mãe. O Sol pode às
vezes também simbolizar o pai, particularmente no mapa de uma mu-
lher. Assim, os aspectos a estes planetas e suas colocações no mapa
também precisam estar integrados às interpretações feitas na 4." e 10:'
casas. Um Saturno ou Lua angulares quase sempre indicarão uma in-
fluência muito forte de um dos pais — um relacionamento tão pró-
ximo que reprime a pessoa mais jovem; um relacionamento difícil ou
doloroso ou mesmo uma influência causada pela ausência.
Algumas vezes um avô, tia ou outra pessoa tomou o lugar de um
dos pais e esta influência parental substituta pode ser o que o mapa
está mostrando. A influência parental pode ter vindo de alguém que
não era um dos pais, de alguém que estava ausente ou inadequado ou
de um dos pais há muito falecido. A influência parental sempre vive e
afeta relacionamentos tanto com homens quanto com mulheres ao
longo da vida, chocando-se com atitudes à masculinidade e à feminili-
dade. É esta franqueza e complexidade que o mapa estará tentando
nos mostrar se pudermos decifrá-lo, mas a análise classificatória não
destrancará a porta, e sim uma síntese tratada com sensibilidade.
Pontos Medianos
Os pontos medianos são usados amplamente por muitos astrólogos
modernos e o sistema tem a atração de ser não só um dos mais novos
desenvolvimentos em astrologia, mas também porque foi pesquisado
com eficiência germânica e oferece interpretações baseadas em
grande número de casos estudados.
Um ponto mediano entre dois planetas pode ser considerado
128
como um ponto sensível adicional no mapa, possuindo uma quali-
dade de combinação dos dois planetas mesmo que eles não estejam
em aspecto. Assim, se um aspecto é formado entre um terceiro pla-
neta e aquele ponto mediano, então é como se os três planetas estives-
sem todos num mesmo tipo de padrão de aspecto. Apenas pequenas
orbes de 1 1/2" a 3" são usadas.
Para utilizar este sistema são necessários certos manuais e um mos-
trador de cálculo do mediano — o que algumas vezes representa um
compromisso com o sistema e uma especialização que tem o perigo
de deixar passar as diversas outras abordagens à interpretação do
mapa. Recomendo que os alunos investiguem este sistema e levem-no
a seu conhecimento e experiência, usando-o amplamente ou esparsa-
mente, conforme lhes pareça mais apropriado.
A atitude para com a astrologia que auxiliará a síntese é a que busca
mais profundamente tais sistemas como pontos medianos. Por exem-
plo, dois planetas que não estejam em aspecto num mapa podem, ape-
sar disso, estar ligados por um padrão mediano de aspecto. Ou uma
casa vazia pode conter muito bem diversos pontos medianos que pro-
vavelmente podem auxiliar a interpretação daquela área do mapa. O
sistema de pontos medianos, preciso e disciplinado, lembra-nos que
todos os signos e todas as casas têm um grau de importância em qual-
quer mapa. Recorda-nos também que a astrologia é um assunto que
pode abranger uma vasta gama de diferentes atitudes e sistemas, os
quais podem ter seus usos e abusos, mas que merecem, todos eles,
consideração.
Pontos Árabes
Na astrologia árabe antiga, diversos pontos hipotéticos nos horósco-
pos eram calculados usando várias relações entre os planetas e os ân-
gulos. Há pelo menos quarenta destes, mas a mais conhecida é a 'Roda
da Fortuna' ou Pars Fortuna — um ponto no mapa de onde advirá o
benefício e será encontrada a felicidade.
É calculada pela soma do grau do Ascendente ao grau da Lua e en-
tão subtraindo o grau do Sol. As outras combinações possíveis que
produzirão os outros pontos são quase ilimitadas e variam de: 'Ponto
do Comércio' (Ascendente mais Mercúrio menos Sol) e 'Ponto do
Amor' (Ascendente mais Vénus menos Sol), a tais intrincadas combi-
nações como 'Ponto da Compreensão' (Ascendente mais Marte me-
129
nos Mercúrio) e 'Ponto das Viagens pela Água' (Ascendente mais 15°
de Câncer menos Saturno).
Pode ser um exercício interessante examinar os pontos no mapa
de alguém, mas há tamanho excesso deles que não é prático usá-los na
interpretação normal do mapa — pode-se criar uma fantasia de pesa-
delo num mapa onde cada grau do zodíaco tem pelo menos uma
característica dita importante — ponto, planeta, ângulo, nodo, ponto
mediano etc. — tornando impossível a interpretação.
Mas a 'Roda da Fortuna' parece ter sobrevivido ao dilúvio e sua ca-
beça erguida pode algumas vezes ser vislumbrada por sobre o mar
das irrelevâncias. A razão provável é que ela atua como indicador à
importância do relacionamento entre o Sol e a Lua na locação diurna
do mapa. Não há aqui espaço suficiente para elaborar os significados
das fases da Lua, mas o assunto vale certamente um estudo mais apro-
fundado — Dane Rudhyar tem escrito amplamente acerca e à volta
deste assunto. Portanto uma apreciação dos princípios por trás de
qualquer assunto astrológico tais como a 'Roda da Fortuna' e a consi-
deração ativa de aonde estes princípios podem levar, serão muito
mais úteis ao desenvolvimento da capacidade de síntese do que en-
contrar um manual que dá as interpretações cla Sorte, por exemplo,
por signo, casa e aspecto e aprendendo os parágrafos de cor.
Este exemplo pode ficar mais claro quando consideramos pessoas
nascidas na Lua Nova (o Sol associado à Lua) e na Lua Cheia (Sol
oposto à Lua). O primeiro mapa terá sempre uma Fortuna em conjun-
ção com o Ascendente. O nascimento da Lua Cheia no segundo mapa
coloca a Fortuna associada à cúspide da 7.a casa. 'Benefício prove-
niente de assuntos pessoais' (Fortuna na 1") relaciona-se com a inte-
gração de caráter e a ênfase do signo sugerida num mapa com uma
conjunção Sol-Lua no mesmo signo. 'Benefício proveniente de rela-
cionamentos' (Fortuna na 7:') relaciona-se à tensão da oposição Sol-
Lúa e à necessidade de alcançar uma expressão equilibrada entre os
dois signos de polaridade. Isto sugere que um relacionamento pes-
soal íntimo ou casamento pode ser o veículo ou material mais pronta-
mente disponível para elaborar as configurações de Sol oposto ã Lua e
à polaridade do signo Ascendente e o signo na cúspide da l't casa.
130
10
PALAVRAS FINAIS
1. Olhe para todo o mapa e tenha uma impressão geral. Considere tal-
vez os formatos e agrupamentos de planetas e, se forem desenhadas
linhas de aspectos, observe padrões de aspecto. Procure quaisquer
planetas proeminentemente colocados.
131
6. Olhe para além dos significados convencionais e das definições de
manuais; procure pelos símbolos dentro do mapa. Isto ajudará as
interpretações sintetizadas e a mais profunda compreensão.
Num contexto mais amplo é bom também lembrar que todo astró-
logo sério é sempre um aluno. Alguns estão muito mais adiante do
que outros, mas todos estamos continuamente aprendendo. A astrolo-
gia é um assunto rico e vivo e qualquer astrólogo que acredite ter
parado de aprender logo se tornará enfadonho e suas habilidades es-
téreis e sem vida.
132
ção interessarão a pessoas diferentes. Assim, experimente o que lhe
atrai e use aquilo com que você se sente à vontade, mas não use anto-
lhos nem se prenda a uma rotina limitada. A astrologia trata da ligação
e união e atinge muitos tipos diferentes de pessoas. Ela tem aplicação
em todas as áreas da experiência e do esforço humanos. Devemos
desfrutar dela mas levá-la a sério; alegrar-nos com isso, mas respeitar
o privilégio de ser um astrólogo.
133
LISTA DE
PALAVRAS-CHAVE
Os Planetas
Sol Identidade, automanifestação consciente, poder, au-
toridade.
Lua Reação, receptividade, instinto, emoções, humor.
Mercúrio Comunicação — a palavra escrita e falada, o intelecto,
a mente.
Vénus Amor, atração, beleza, harmonia.
Marte Energia, ímpeto, confrontação, agressividade.
Júpiter Expansão, oportunidade, justiça, religião, preservação.
Saturno Lições a serem aprendidas, responsabilidade, dever,
restrição, limitação.
Urano Mudança repentina ou inesperada, inventividade, ori-
ginalidade, revolução.
Netuno Refinamento, inspiração, misticismo, decepção, con-
fusão.
Plutão Transformação, regeneração, morte e renascimento,
eliminação, a fénix.
Os Signos
Áries: A energia primordial se manifesta'.
Espírito empreendedor Determinação Agressivo/Briguento
Decisivo Auto-interesse Impulsivo
Líder e Pioneiro Positivo Insensível
Corajoso Impaciente
134
Touro: 'Meu alimento cresce naturalmente da terra'.
Leal e Honrado Amante da natureza Possessivo
Produtivo Terreno e Sensual Lento e Sólido
Artístico Conservador Ambicioso
Calmo e Tranqüilo Obstinado
135
Sagitário: 'A flecha voa veloz na sua jornada rumo ao horizonte
longínquo'.
Entusiástico e jovial Independente Exagero
Otimista Viajante Embotado e Agitado
Sincero Franco e Aberto Hipócrita
Professor de Sabedoria Imprudente e Irresponsável
136