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AULA 10

SISTEMA DE ATERRAMENTO
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS
SISTEMA DE TELEFONIA
SISTEMA DE ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES

PROFª RENATA FAISCA


renatafaisca@id.uff.br

Obs: Algumas figuras, tabelas e esquemas são do livro Instalações Elétricas (Cruz, E. C. A. & Aniceto, L. A.)
SISTEMA DE ATERRAMENTO

DEFINIÇÃO
É a ligação intencional de um sistema elétrico com a terra, seja por meio de
condutor elétrico, seja por meio de uma resistência inserida no caminho da
corrente.

Tipos de aterramento:
- Funcional – Ligação de um dos condutores do sistema elétrico à terra,
normalmente o fio neutro, com objetivo de garantir segurança e confiabilidade
à instalação.

- Proteção – Ligação das massas (estruturas metálicas de eletrodomésticos e


outros que não pertençam à instalação elétrica), com objetivo de proteger o
usuário. Normalmente, o cabo PE (condutor proteção – Protection Earth),
coincidentemente sigla PE (Proteção Equipotencial)

- Trabalho – Ligação provisória de partes do sistema elétrico à terra com o


objetivo de fornecer segurança às atividades de manutenção.
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SISTEMA DE ATERRAMENTO

COMPONENTES

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

COMPONENTES
Eletrodo de Aterramento:
É um elemento condutor enterrado no solo e, portanto, ligado eletricamente à terra.

O eletrodo de aterramento enterrado no solo, por onde escoa a corrente, cria


um potencial elétrico com valor máximo VT no ponto que se encontra o eletrodo
e que decresce radialmente em seu entorno até V=0.
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SISTEMA DE ATERRAMENTO
Um sistema de aterramento produz dois tipos de tensão que devem ser observados
na fase do projeto

Tensão de passo: diferença de Tensão de toque ou de contato:


potencial entre dois pontos da diferença de potencial entre uma parte
superfície do solo, separados por uma metálica aterrada e um ponto do solo,
distância equivalente ao passo de uma separados por uma distância equivalente
pessoa, geralmente 1 m, no entorno de ao braço de uma pessoa, geralmente 1
um eletrodo ou na região onde se m.
encontram eletrodos de aterramento.
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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
São classificados em função do modo de aterramento da alimentação e das
massas.

É codificado por duas letras principais e outras auxiliares.

Primeira letra – indica a condição de aterramento da alimentação


T – um ponto diretamente aterrado (geralmente neutro)
I - nenhum ponto aterrado ou aterramento por impedância

Segunda letra – indica a condição de aterramento das massas


T – massas diretamente aterradas independentemente do aterramento da
alimentação
N - massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (geralmente o
neutro)

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA TT
Um ponto da alimentação diretamente aterrado, normalmente o neutro do
secundário do transformador, estando as massas da instalação ligadas a um ou
mais eletrodos de aterramento independente do eletrodo da alimentação.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA TN
Um ponto da alimentação diretamente aterrado, normalmente o neutro do
secundário do transformador, estando as massas da instalação ligadas a esse
ponto por condutores de proteção.

Dividido em 3 subtipos:

Esquema TN-S
Esquema TN-C
Esquema TN-C-S

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA TN-S
Os condutores neutro e de proteção (PE) são separados.

A maioria das instalações residenciais e comerciais utiliza o esquema TN-S, que


prevê o condutor neutro e o de proteção (PE) vindos separados da alimentação.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA TN-C
Os condutores neutro e de proteção (PE) são comuns, passando a ser denominado
PEN.

É muito utilizado em residências que não possuem o condutor de proteção em sua


instalação. Nesse caso as massas são aterradas no neutro.
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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA TN-C-S
É um sistema de aterramento misto , no qual parte de instalação recebe um
condutor PEN, parte recebe os condutores neutro e PE separados.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

ESQUEMA IT
Não há nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado. A alimentação é
completamente isolada da terra ou é aterrada por uma impedância de valor elevado.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

TIPOS DE ELETRODO
Eletrodo em Anel
Composto de um condutor de cobre nu enterrado no solo a uma profundidade
< 0,5m no entorno da edificação

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

TIPOS DE ELETRODO
Eletrodo em Malha
Composto de diversas hastes verticais de condutores fincadas no entorno da
edificação, formando um polígono fechado, chamado malha de aterramento.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

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SISTEMA DE ATERRAMENTO - MATERIAIS UTILIZÁVEIS EM ELETRODO
DE ATERRAMENTO - SEGUNDO NBR 5410 - Tabela 51 adaptada
Material Superfície Forma Dimensões Mínimas

Diâmetro (mm) Seção Espessura do Espessura


(mm2) material (mm) média do
revestimento
(mm)
Aço Zincada quente ou inoxidável* Fita 100 3 70

Perfil 120 3 70

Haste circular 15 70

Cabo circular 95 50
Tubo 25 2 55

Capa de cobre Haste circular 15 2000

Revestida de cobre por eletrodeposição Haste circular 15 254

Cobre Nu* Fita 50 2

Cabo circular 50

*Embutida no concreto Cordoalha 1,8 (cada veio) 50


Tubo 20 2
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Zincada Fita 50 2 40
SISTEMA DE ATERRAMENTO

SEÇÕES MÍNIMAS DE CONDUTORES DE ATERRAMENTO


ENTERRADOS NO SOLO SEGUNDO NBR 5410

Protegido contra Não Protegido


Danos Mecânicos contra Danos
Mecânicos
Protegido contra Cobre: 2,5 mm2 Cobre: 16 mm2
Corrosão Aço: 10 mm2 Aço: 16 mm2
Não Protegido contra Cobre: 50 mm2 (solos ácidos ou alcalinos)
Corrosão Aço: 80 mm2

Tabela 52 da NBR5410 adaptada.

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SISTEMA DE ATERRAMENTO

SEÇÕES MÍNIMAS DE CONDUTORES DE PROTEÇÃO SEGUNDO


NBR 5410

Seção dos Condutores Seção Mínima do Condutor de


Fase (mm2) Proteção (mm2)
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16

S > 35 S/2
Tabela 58 da NBR5410 adaptada.

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

BEP (barra de
equipotencialização
principal)

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

BEP (barra de
equipotencialização
principal)

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

ESTRUTURAS QUE NECESSITAM DE SPDA

Com riscos inerentes de explosão


Locais de grande afluência de público
Locais que prestam serviços públicos essenciais
Áreas com alta densidade de descargas atmosféricas
Estruturas de valor histórico ou cultural
Estruturas isoladas com altura superior a 25 m

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO

Para todos os demais tipos de estruturas deve-se determinar, inicialmente,


se é ou não exigido um SPDA

O critério constante da NBR 5419 fundamenta-se na avaliação geral do


risco, decorrente da frequência média anual admissível de danos com
base no risco de exposição a raios que o imóvel possa sofrer

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO


FATORES AVALIADOS (NBR 5419)
- Tipo de ocupação (casas, fábricas, edifícios, locais com público, escolas,
hospitais, etc).
- Tipo de construção (aço com cobertura não metálica, concreto armado com
cobertura não metálica, aço ou c. a. com cobertura metálica, alvenaria,
madeira, etc).
- Conteúdo da estrutura (edificações residenciais, comerciais que contenham
objetos de valor ou suscetíveis a danos, edificações industriais e agrícolas
suscetíveis a danos, subestações, indústrias estratégicas, museus, etc).
- Localização da estrutura (áreas com muitas estruturas, poucas estruturas ou
estruturas isoladas).
- Topografia da região (planície, colinas, montanhas).

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

TIPOS DE SPDA
 Método da haste vertical de Franklin
 Método eletrogeométrico ou das esferas rolantes
 Método da malha ou da gaiola de Faraday

Raio atingiu o Cristo


Redentor - uma das 7
Maravilhas do Mundo
Moderno (Fev. 2008)

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

MÉTODO DA HASTE VERTICAL DE FRANKLIN


É o sistema mais simples e eficaz de proteção de uma edificação.

Considera o ângulo de
abertura do captor (α) em
relação a área de proteção.

O ângulo de abertura varia de


acordo com o nível de
proteção e com a altura do
captor até o solo.

Com essas limitações este


método tem seu melhor
rendimento para edificações
pequenas e baixas.
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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

MÉTODO ELETROGEOMÉTRICO OU DAS ESFERAS ROLANTES


É o sistema utilizado em edificações com formas arquitetônicas complexas.

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

MÉTODO DA GAIOLA DE FARADAY


É o sistema formado por uma rede de condutores envolvendo todos os lados do
volume a proteger

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

COMBINANDO MÉTODOS

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO


Subsistema
captor

Instalações e Subsistema de
massas metálicas descida
ligadas

TAP
BEP
TAP= terminal aterramento
principal
BEP= barra equipotencial Subsistema de
principal aterramento
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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO

O sistema pode ser constituído por uma combinação qualquer de:


Hastes verticais
Cabos esticados horizontais
Condutores em malha
Elementos naturais

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Seções mínimas em mm2

Descidas
Captor e anéis Eletrodo de
Material
intermediários aterramento
h ≤ 20 m h > 20 m

FG ou embutido
50 50 50 80
no concreto

Cobre 35 16 35 50

Alumínio 70 25 70 Não aplicável

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SISTEMA DE TELEFONIA

TUBULAÇÃO DE ENTRADA – Parte que permite a entrada do cabo da rede


externa da concessionária e que termina na caixa de distribuição geral.

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SISTEMA DE TELEFONIA

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SISTEMA DE TELEFONIA

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO GERAL – Caixa na qual são terminados e interligados os


cabos da rede externa da concessionária com os cabos internos da
edificação. Também é chamado de DG (Distribuidor Geral).

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SISTEMA DE TELEFONIA

BLOCO DE TERMINAIS – Bloco de material isolante que permite a conexão entre


fios e cabos telefônicos. Fica situado no DG.

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
SECUNDÁRIA – Possui blocos
terminais de distribuição para
uma adequada organização dos
cabos que partirão diretamente
para as unidades do andar
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SISTEMA DE TELEFONIA

CAIXA DE PASSAGEM - Caixa destinada a


limitar o comprimento da tubulação, eliminar
curvas e facilitar a passagem do cabeamento
telefônico.

CAIXA DE SAÍDA (CAIXA TERMINAL DE REDE) –


Caixa destinada a receber o cabeamento da
caixa de passagem e interligar ao equipamento
do cliente.

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SISTEMA DE TELEFONIA

TUBULAÇÃO PRIMÁRIA – Parte da tubulação


que interliga a caixa de distribuição geral (DG)
com as caixas de passagem.

TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA – Parte da


tubulação que interliga as caixas de passagem
com as caixas de saída
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SISTEMA DE TELEFONIA

FIOS E CABOS TELEFÔNICOS

Cabo CI (Cabo Interno) – Utilizado para interligar a caixa de distribuição geral (DG)
às caixas de distribuição secundárias

Cabo CCI (Cabo telefônicos Interno) – Utilizado para interligar as caixas de


distribuição secundárias as caixas de saída.

Fio FI (Fio Interno) – Utilizado para realizar a distribuição interna dos cômodos da
edificação (apenas um par)

08/06/2019 A seção nominal dos cabos para telefonia é de 0,50 mm2 45


SISTEMA DE TELEFONIA

FASES DO PROJETO

 Determinação da localização de cada caixa de saída;


 Determinação da quantidade de pares para cada unidade;
 Determinação da localização do distribuidor geral e dos
distribuidores intermediários;
 Dimensionamento da entrada.

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SISTEMA DE TELEFONIA

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SISTEMA DE TELEFONIA

EM AMBIENTES CORPORATIVOS:
A localização das caixas de saída deve ser avaliada de acordo com o
layout do local.
As caixas de saída devem ser distribuídas ao longo do perímetro.
08/06/2019
A localização das caixas de saída no piso dependerá do layout dos 48
móveis.
SISTEMA DE TELEFONIA

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SISTEMA DE TELEFONIA

Para N<289, não será necessário a construção de uma sala


08/06/2019
para o quadro de distribuição geral 50
SISTEMA DE TELEFONIA
POSICIONAMENTO DA SALA DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO GERAL

• Pode ficar localizada no andar térreo ou em subsolos que não estejam


sujeitos a inundações, umidade e sejam bem ventilados.
• Quando atende a edificações com vários blocos deve ser uma
construção específica e situar-se no mesmo terreno (campus
universitário, condomínio)
• Deve estar posicionado em locais de fácil acesso.

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SISTEMA DE TELEFONIA
POSICIONAMENTO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO GERAL

A caixa, obrigatoriamente deverá estar localizada no andar térreo.

A caixa não deve ficar localizada dentro de salões de festas ou em


outras áreas que possam acarretar dificuldades de acesso à mesma.
POSICIONAMENTO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO INTERMEDIÁRIO
Deverá ser posicionado estrategicamente para atender ao andar em
que se encontra visando a redução do cabeamento.

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SISTEMAS PREDIAIS
AVISO SOBRE A PROVA
Matéria toda

AVISO SOBRE ENTREGA DO PROJETO


A entrega final do Projeto de Instalações Elétricas Prediais será no dia da
avaliação
Enviar ao email ieng.uff@gmail.com:
Os desenhos em Autocad (plantas, detalhes e diagramas), as planilhas em
Excel com os cálculos (organizada) e o levantamento de materiais das
instalações elétricas.

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