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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ÉTICA E CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICA

CADEIRA DE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (DPH)

Trabalho para os estudantes

Em grupo de 6 estudantes:

1. Falem da Dignidade humana e relações familiares:


a) A família (do termo latino familia) é um agrupamento humano formado por duas
ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas que,
geralmente, vivem ou viveram na mesma casa. Pode ser formada por pessoas
solteiras, casais heterossexuais, casais homossexuais, entre outras constituições
presentes em diferentes contextos sociais. Constitui uma das unidades básicas da
sociedade.

b) Família multigeracional- o tipo de família mais comum é aquele em que avós, pais
e filhos vivem juntos como uma única unidade.
Família monoparental
Uma família monoparental consiste em um dos pais junto com seus filhos, sendo
que o progenitor é viúvo, divorciado (e não se casou novamente) ou nunca se
casou. Família matrifocal- consiste em uma mãe e seus filhos.
Família de escolha- é comum na comunidade LGBT, veteranos, indivíduos que
sofreram abuso e aqueles que não têm contato com “pais” biológicos.
Família pluriparental- descreve famílias com pais mistos, onde um ou ambos os
pais se casaram novamente, trazendo os filhos da antiga família para a nova
família.
Família monogâmica- uma família monogâmica é baseada em uma monogamia
legal ou social. Nesse caso, um indivíduo tem apenas um parceiro oficial, não
podendo ter vários cônjuges ao mesmo tempo.

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Família polígama - a poligamia é um casamento que inclui mais de dois parceiros.
Quando um homem é casado com mais de uma esposa ao mesmo tempo, o
relacionamento é denominado poliginia; enquanto que quando uma mulher é
casada com mais de um marido ao mesmo tempo, isso é chamado de poliandria.
Se um casamento inclui vários maridos e esposas, pode ser chamado de poliamor.

c) A família é constituída geralmente pelo pai, mãe e filhos e seus descendentes,


costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos.

d) Na sua sociedade existem famílias alternativas? O que são e quais são?


e) Faça uma relação entre a dignidade humana e relações familiares.
f) De que forma a família pode contribuir para a dignidade da pessoa humana?

2. Falem sobre a Dignidade humana e relações de género:


a) Como deve ser percebido o discurso sobre a dignidade da pessoa humana e as
relações do género? (Não se esqueçam que quando falamos das relações de género
nos referimos aos homens e às mulheres).
b) Nos argumentos sobre o género o que é emancipação? De que forma pode
acontecer uma emancipação sem colocar em causa a dignidade da pessoa
humana?
c) Feminismo é um movimento que luta pelos direitos civis, protagonizado por
mulheres, que desde sua origem reivindica a igualdade política, jurídica e social
entre homens e mulheres. Sua atuação não é sexista, isto é, não busca impor
algum tipo de superioridade feminina, mas a igualdade entre os sexos. Sim, nós
concordamos com esta teoria pois, como foi descrito na definição, o feminismo é
um movimento social que busca pela igualdade entre os sexos, diferente femismo,
que é a ideologia que prega a superioridade do gênero feminino sobre o
masculino. É um movimento com um princípio necessário pela luta que as
mulheres vem enfrentando há anos pelo seu lugar na Sociedade; o seu próposito
não é rebaixar o homem ou desmerecer mas sim, de forma justa, lutar pelos seus
direitos como mulher na Sociedade e conquistar a sua independência do e dos
estereótipos existentes no mundo actual.

d) De que forma a Cultura pode ajudar na consciência sobre a dignidade humana?


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A cultura resgata a questão da humanidade. Segundo Quinn, o ser humano é parte
integrante do meio em que vive. O mundo não foi feito para ele e, portanto, ele
não possui o direito de fazer do mundo o que quiser, devendo estar ciente de que
precisa respeitar as leis da natureza, da mesma forma como todos os seres do
planeta estão sujeitos à lei da gravidade, por exemplo. Partindo desta premissa,
não se pode conceber que o homem, que pensa ser o “dono do mundo”, possui a
faculdade de impor regras sobre a própria natureza. Isso é impossível porque não
se está mais falando de uma questão social ou jurídica, mas sim de uma questão
antropológica e natural, pois, a existência do homem em culturas distintas é algo
que surge com ele, não é uma criação sua. Desse modo, é natural do homem se
dividir em culturas, pois, ao deixar de viver simplesmente como mais um animal
no planeta, o homem, não sabendo como viver, de certa forma, quis impor seu
modo de viver sobre a natureza.
Respeitar a diversidade cultural é garantir dignidade humana e que estabelece que
a diversidade cultural é patrimônio da humanidade, fator para o desenvolvimento.
Os direitos humanos são garantias da diversidade cultural.

e) O que dizer às culturas e grupos culturais que atentam contra a dignidade da


pessoa humana?
A cultura deve ser analisada especificamente em cada caso concreto estudado, para só
assim saber se o atrito viola direitos fundamentais ou se apenas diz respeito a
diferenças culturais. Para tanto, analisa-se a teoria dos direitos fundamentais,
intimamente estudando a dignidade da pessoa humana em sua dupla dimensão. A
globalização enfraquece as identidades nacionais, em razão dos interesses econômico-
financeiros mundialmente comuns, mas, simultaneamente, provoca o
desenvolvimento de novas formas identitárias. O problema da cultura e dos grupos
culturais mostra-se quando afronta a dignidade da pessoa humana, como por exemplo,
quando algumas comunidades indígenas têm o costume de enterrar vivas, ou matar
antes, crianças deficientes. Isto causa-nos comoção, A princípio isso causa espécie,
querendo proteger as crianças a todo custo, garantindo-lhes o direito à vida digna. O
empecilho, entretanto, encontra-se justamente no conceito de “vida digna”, pois, para
nossa sociedade, ela significa algo, enquanto que, para os grupos culturais, ela é vista
de outra maneira, então cabe a nós implementar mudanças em questões de visões

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sobre tudo aquilo que concerne a relação entre a cultura e a dignidade da pessoa
humana.
As pessoas, em busca de segurança, neste mundo de incertezas, caminham no sentido
do retorno à “comunidade”, que também não consegue dar resposta adequada, em
razão do estímulo dado pelo mundo aos projetos individuais e da eleição do
isolamento pelas comunidades, o que gera mais insegurança e inviabiliza o diálogo
com os outros diferentes.

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