Literatura de cordel é uma manifestação literária do interior do nordeste brasileiro. É um gênero
literário feito em versos com métrica e rima e caracterizado pela oralidade e por uma linguagem informal. Também chamada de literatura popular em verso, essa tradição se popularizou no final do século XIX, quando tais poesias passaram a ser impressas em folhetos e vendidas em feiras. O nome “cordel” faz referência às cordas onde os folhetos ficavam expostos. Seu formato foi inspirado nos cordéis lusitanos, trazidos ao Brasil pelos colonizadores portugueses.
E como ele é feito?
A literatura de cordel, também conhecida como folheto, aqui no Brasil é um tipo de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos. Suas imagens são feitas através da xilogravura. 1ºpasso: escolha o tema de seu cordel _ o meu é o próprio cordel. 2ºpasso: faça versos com 7 sílabas métricas ( quer dizer , conta- se as sílabas até a última tônica do verso e as vogais que se encontram no final de palavras com outras de início se unem formando uma sílaba.) , e os versos pares devem rimar. As estrofes são sextilhas ( seis versos cada e podem ser décimas , ouseja dez versos cada estrofe.). O que são xilogravuras de cordel? A xilogravura é uma técnica em que o artista entalha a madeira, pinta as suas partes elevadas e, por fim, pressiona a madeira em papel ou tela. Trata-se de um método quase rudimentar de reprodução de imagens e textos e essa sua característica foi fundamental para sua aplicação como “técnica de impressão”. Para fazer as Xilogravuras do meu folheto, usei o E.V.A. emborrachado fazendo sulcos com material pontiagudo ( pode ser feito em bandejas de isopor de supermercado!)..Depois passe a tinta guache na figura entallhada e marque no papel como um "carimbo". Preferi usar o preto e o branco para imitar os primeiros folhetos tradicionais. Por fim, dobrei uma folha sulfite em formato de livreto, marquei a xilogravura e escrevi meus versos usando linguagem informal , a oralidade popular.