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Tipos de suicídio

Suicídio intencional: resulta do ato por escolha, às vezes planejado com detalhes;

Suicídio indireto: resulta de hábitos e comportamentos viciosos que trazem prejuízos a


saúde física ou psíquica (ou ambas).

Questões de “O livro dos espíritos”

Questão 943 - De onde vem o desgosto pela vida?

- Efeito da ociosidade (não ser útil de alguma maneira);


- Falta de fé (em aceitar a vida como é e não acreditar em Deus);
- Muitas vezes da saciedade (se tem tudo e a vida fica “fácil”).

Questão 944 - Temos o direito de tirarmos a nossa própria vida?

Não, somente Deus tem esse direito.

Questão 952 - Comete o suicídio quem abusa de vícios sabendo que assim dinamiza
sua vida?

É um suicídio moral e é duplamente culpado (quem mais sabe, mais será cobrado). Falta de
coragem, bestialidade (comportamento que aproxima o homem/mulher em animal) e
esquecimento de Deus.

Questão 952 a - Tem mais ou menos culpa o que tira a vida por desespero (sem
pensar neste ato)?

É mais culpado quem planeja o suicído do que aquele que faz de impulso, porém também
será punido (toda causa tem seu efeito). As penas são sempre proporcionais à consciência.

Questão 956 - Aqueles que se matam para encontrar com entes queridos que
desencarnaram conseguem seu objetivo?

Em vez de se encontrar com um ente querido afastam-se deles por mais tempo, pois um ato
de covardia não pode ser recompensado. Pagarão esse instante de loucura com aflições
ainda maiores do que as que pensavam abreviar.

Questão 957 - Quais são as consequências do suicídio?

Não há penas fixas, pois são sempre relativas às causas que o produziram. O suicida nunca
escapa do seu próprio desapontamento. Alguns “pagam” sua falta imediatamente, outros
em nova existência que será pior do que aquela que interrompeu pelo suicídio.

Depoimento - Irmão X³

Lembrando que não existem casos absolutamente iguais (cada caso é um caso).
Depoimento de uma mulher de 32 anos que se envenenou deixando marido e filho pequeno
em casa.

Tinha alguma fé religiosa?

Seguia a fé religiosa, como acontece a muita gente que acompanha os outros no jeito de
crer, na mesma situação com que se atende aos caprichos da moda.

Ficou consciente ou inconsciente após a morte do corpo?

Não conseguia sequer mover um dedo, mas permaneci completamente lúcida e por muito
tempo.

Quais foram as suas primeiras impressões ao desencarnar?

Um remorso indefinível tomou conta de mim. Ouvia os lamentos de meu marido e de meu
filho pequenino. Quando o rabecão (carro que transporta o corpo) tentei ficar, mas não
pude. Fui colocada em um compartimento do necrotério e depois de poucas horas alguém
me carregava para a mesa de exame. Estava pelada e tremia de vergonha. Homens moços
me abriram o ventre. Não sei o que mais me doía: a dignidade feminina retalhada aos meus
olhos ou se a dor indescritível que me percorria enquanto um instrumento cortante me
rasgava a carne. Pedi socorro, mas ninguém me escutava.

Recorreu à prece no sofrimento?

Sim, mas orava à maneira dos loucos desesperados. A oração era um recurso que utilizava
muito tarde.

Assistiu ao seu próprio enterro?

Sim com terror.

Tinha espíritos benfeitores no cemitério?

Sim, mas não podia vê-los. Estava mentalmente cega de dor. Senti-me sempre ligada ao
corpo como alguém a se debater em um quarto abafado e escuro.
(por questões de afinidade, principalmente).

O que aconteceu em seguida?

Não consigo determinar quanto tempo estive presa ao meu corpo físico, mas segui hora a
hora a decomposição de meus restos até que a corda magnética cedeu e me libertei.
Eu estava fraca, faminta com sede, aflita, … Não tinha tomado conta dos meus próprios
pensamentos e reflexões quando me vi cercada por uma turma de homens que eram seus
obsessores. Eles me prenderam avisando que o suicídio é falta grave que seria julgada em
um tribunal de justiça e que não tinha outra saída. Fui presa numa tenebrosa cavidade em
uma rocha. Abusaram da minha condição de mulher. Somente após muito tempo de oração
e remorso obtive socorro de Espíritos missionários que me tiraram da prisão para que eu
me internasse em um campo de tratamento.

Explicação:

Morte natural (segundo a vontade de Deus): o laço que conecta o corpo material e o espírito
se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes mesmo que o corpo físico
morra;

Morte por suicídio:o laço ainda está forte e demora para desconectar do corpo e sente os
efeitos da decomposição fazendo sentir sensações de angústia e de horror podendo durar
pelo tempo que devia durar a vida do corpo que foi interrompida.

Qual foi o motivo do suicídio?

Ciúmes de meu marido que passou a simpatizar com outra mulher.

Esta atitude lhe trouxe algum benefício?

Não. Só me trouxe complicações. Após 6 anos de ausência obtive permissão para visitar a
residência que eu julgava como sendo minha casa no Rio de Janeiro.

Que aguarda para o futuro?

Desejo esquecimento e paz. Rogo a Deus que me permita nascer na Terra outra vez,
retornando ao ponto de evolução que parei para consertar as terríveis consequências do
erro que cometi.

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