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Matemática Básica
CONCEITO DE LIMITE
Em matemática, o conceito de limite é usado para descrever o comportamento de uma função à medida que o
seu argumento se aproxima de um determinado valor, assim como o comportamento de uma seqüência de
números reais, à medida que o índice (da seqüência) vai crescendo, e "E" tende para infinito. Os limites são
usados no cálculo diferencial e em outros ramos da análise matemática para definir derivadas e a continuidade
de funções.
DEFINIÇÃO
Dada a função y = f(x), definida no intervalo real (a, b), dizemos que esta função f possui
um limite finito L quando x tende para um valor x0, se para cada número positivo ε , por menor que
seja, existe em correspondência um número positivo δ , tal que para |x - x0| <δ , se tenha |f(x) - L | <ε ,
para todo x x0 .
Indicamos que L é o limite de uma função f( x ) quando x tende a x 0 , através da
simbologia abaixo: lim f(x) = Lx x0
Exemplo: Prove, usando a definição de limite vista acima, que: lim (x + 5) = 8 x 3.
Temos no caso: f(x) = x + 5 x0 = 3L = 8.
Com efeito, deveremos provar que dado um > 0 arbitrário, deveremos encontrar um δ >
0, tal que, para |x - 3| < δ , se tenha |(x + 5) - 8| < δ . Ora, |(x + 5) - 8| < δ é equivalente a x - 3 | <
Portanto, a desigualdade |x - 3| < δ , é verificada, e neste caso
δ = δ. Concluímos então que 8 é o limite da função para x tendendo a 3 ( x δ 3) .
O cálculo de limites pela definição, para funções mais elaboradas, é extremamente
laborioso e de relativa complexidade. Assim é que, apresentaremos as propriedades básicas, sem
demonstrá-las e, na seqüência, as utilizaremos para o cálculo de limites de funções. Antes, porém,
valem as seguintes observações preliminares:
a) É conveniente observar que a existência do limite de uma função, quando,
x x0 , não depende necessariamente que a função esteja definida no ponto x 0 , pois quando
calculamos um limite, consideramos os valores da função tão próximos quanto queiramos do ponto x 0 ,
porém não coincidente com x0, ou seja, consideramos os valores da função na vizinhança do ponto
x0 .Para exemplificar, consideremos o cálculo do limite da função abaixo, para x 3.
Observações:
No cálculo de limites, serão consideradas as igualdades simbólicas, a seguir, envolvendo
os símbolos de mais infinito ( + ) e menos infinito ( - ), que representam quantidades de módulo
infinitamente grande. É conveniente salientar que, o infinitamente grande, não é um número e, sim,
uma tendência de uma variável, ou seja: a variável aumenta ou diminui, sem limite.
Na realidade, os símbolos + e - , não representam números reais, não podendo ser
aplicadas a eles, portanto, as técnicas usuais de cálculo algébrico.
Dado b R - conjunto dos números reais, teremos as seguintes igualdades simbólicas:
b + (+ ) = +
b+(-)=-
(+ ) + (+ ) = +
(- ) + (- ) = -
(+ ) + (- ) = nada se pode afirmar inicialmente. O símbolo - , é dito um símbolo de
indeterminação.
(+ ) . (+ ) = +
(+ ) . 0 = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação.
/ = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação.
Dependendo do caso, a definição de limite pode ser bem pouco manejável, entretanto nem sempre é necessário
recorrer-se a ela para se investigar o limite de uma função. Veremos agora algumas propriedades que tornarão
mais simples o estudo dos limites e suas aplicações.
Na seguinte proposição está subentendido que f e g têm o mesmo domínio e que a variável independente x
sempre pertence a esse domínio. Adotamos essa prática sempre que necessário para não carregar os enunciados
com condições obvias.
3.
se .
Prova A primeira afirmação não é difícil de se demonstrar. É deixada ao leitor, sendo demonstradas aqui apenas
a segunda e a terceira que são um pouco mais elaboradas.
Assim, tomando o módulo em ambos os membros da equaçaõ (2.9), a condição
implica:
Portanto, o segundo item da proposição fica demonstrado para o caso em que ou . O caso em
que ambos os limites são nulos deixamos ao leitor como exercício.
Assim, dado , existe , que pode ser tomado menor do que , tal que
implica
Portanto, implica
Observação 2.2.1 1) A primeira e a segunda afirmações da Proposição 2.1 se estendem para um número
2) Portanto, se P(x) é um polinômio, segue-se que . De fato, basta notar que a forma
3) Se P(x) é um polinômio, uma combinação das propriedades acima com os itens (5) e (6) do Exemplo 2.1.1
nos dá: , e
, se .
O item (3) do Exemplo 2.1.1 segue da observação acima, não sendo necessário, conforme já tinhamos adiantado
na ocasião, o uso direto da definição de limite. O mesmo vale para o item (4) do Exemplo 2.1.1.
A proposição seguinte é muito útil. Traduz um fato inteiramente previsível: se o limite de f em a é um número
, então f(x) tem o mesmo sinal de para x próximo, mas distinto, de a. Por essa razão tem o nome que
tem.
Teorema 2.2.1 (Teorema da conservação do sinal) Seja uma função tal que
.
Exemplo 2.2.1 (1) O polinômio P(x)=2x3-x5+1 é positivo numa vizinhança de x=3/2, pois, de acordo com a
Observação 2.2.1,
O Teorema da Conservação do Sinal garante que P(x) tem o sinal de 5/32 numa vizinhança de a=3/2.
(2) O tamanho da vizinhança V, no Teorema da Conservação do Sinal, varia de acordo com cada caso. Assim, se
, portanto, existe uma vizinhança de x=0 onde fn(x) é positiva. Fazendo o gráfico de fn, que é uma
parábola pelos pontos e vértice (0,1), vê-se claramente que a maior vizinhança possível,
Figure 2.4:fn(x)=1-n2x2
(3) Analise o exemplo das funções gn(x):=1-nx, , em torno do ponto x=0, para reforçar a
observação do item (2) acima.
Proposição 2.2.2 Dada uma função , suponhamos que exista . Então
ou seja, tomando ,
Uma função f que satisfaz as conclusões da Proposição 2.2.2 se diz localmente limitada em a. Uma função que é
localmente limitada em cada ponto de um conjunto B se diz localmente limitada em B.
limitado em (porque?), embora, como ficará claro na Seção 2.3, apenas os polinômios constantes sejam
limitados.
A Proposição 2.2.2 pode ser vista como um critério de não existência do limite: se uma função não é localmente
limitada num ponto a, então não existe . Por outro lado, sendo f localmente limitada em a, não
se pode dizer que o limite em a existe.
Exemplo 2.2.2 (1) Não existem os limites e , pois as funções 1/x e 1/x2
não são localmente limitadas em 0. Veja as Figuras 2.5.
Figure 2.5:y=1/x e y=1/x2
(2) Com o mesmo tipo de argumento conclui-se que as funções e não têm limite nos pontos
, .
(3) A função é localmente limitada em 0 mas, como já vimos anteriormente, não existe
limitada em a) e , então .
Prova Não há perda de generalidade em assumir que h é limitada pois, caso contrário, podemos provar a
proposição tomando as restições das funções f e h à interseção do domínio de f e h com uma conveniente
vizinhança do ponto a.
Assim,
ou seja, .
O seguinte exemplo mostra que o cálculo de um limite, aparentemente complicado, pode seguir diretamente da
Proposição 2.2.3
Exemplo 2.2.3 (1) , pois este é o limite do produto de uma função limitada,
(2.3)
Do Teorema da Conservação do Sinal segue que existe uma vizinhança V(a) de a tal que f(x)-g(x)>0, ou seja,
.
O teorema abaixo, que também é chamado vulgarmente de Teorema do Sanduíche, é uma consequência do
Teorema da Comparação.
,e . Então
O gráfico de g fica "preso'' entre os de f e h, como mostra a Figura 2.6. Uma observação cuidadosa dessa figura
indica que Teorema do Confronto não poderia deixar de valer.
Figure 2.6: Teorema do Confronto
Prova Seja um número qualquer. Como , existem
de modo que
donde , ou seja, .
Observação 2.2.3 O item (1) do Exemplo 2.2.3 segue também do Teorema do Confronto. De fato, como
Prova Vamos considerar sabido que a área de um setor circular de raio r, determinado por um arco de
comprimento s, é sr2/2. A idéia é mostrar que os dois limites laterais em x=0 existem e são ambos iguais a 1.
Como a função é par, basta fazer o caso x>0 (veja o exercício 8).
De acordo com a Figura 2.7 (onde OA é suposto um segmento de comprimento unitário), para
, podemos escrever S1<S2<S3, onde S1 é a área do triângulo OAB, S2 a área do setor circular OAB e S3 a área do
triângulo OAC.
Figura:
Notando que as alturas dos triângulos OAB e OAC, relativas à base OA, são e , respectivamente,
temos:
De fato,
(2) De fato,
Finalizamos esta Seção apresentando duas proposições relacionadas com raízes n-ésimas e expoentes
fracionários que somente serão provadas mais tarde.
Proposição 2.2.4 Se n é um inteiro positivo, então , sempre que exista em .
A prova é uma conseqüência imediata da Proposição 2.4.4, da Seção 2.4. Na mesma Seção, veja o Exemplo
2.4.3. Na verdade, vale um fato mais geral do que a Proposição 2.2.4:
.
A Proposição 2.2.5 é um caso particular da Proposição 2.4.5. Em outras palavras ela diz que os sinais de limite e
de radiciação, em geral, podem ser trocados:
A verificação deste fato pode ser feita por uma combinação da Proposição 2.2.5 com as propriedades dos
limites. (2)
De fato, .
LIMITES FUNDAMENTAIS
A técnica de cálculo de limites consiste na maioria das vezes, em conduzir a questão até que se
possa aplicar os limites fundamentais, facilitando assim, as soluções procuradas. Apresentarei cinco limites
fundamentais e estratégicos, para a solução de problemas.
Intuitivamente isto pode ser percebido da seguinte forma: seja x um arco em radianos, cuja medida
seja próxima de zero, digamos x = 0,0001 rad. Nestas condições, o valor de senx será igual a sen 0,0001 =
0,00009999 (obtido numa calculadora científica).
Efetuando-se o quociente, vem: senx / x = 0,00009999 / 0,0001 = 0,99999 1. Quanto mais
próximo de zero for o arco x, mais o quociente (senx) / x se aproximará da unidade, caracterizando-se aí, a
noção intuitiva de limite de uma função.
Exemplo:
Uma mudança de variável, colocando 5x = u, de modo a cairmos num limite fundamental. Verifique também
que ao multiplicarmos numerador e denominador da função dada por 5, a expressão não se altera. Usamos
também a propriedade P4.
Exemplo:
Para a > 0.
0 0 d f x ,b x S
se para cada existe tal que para todos os pontos tais que
0 d x ,a
, que é o mesmo que
lim f x b 0
x a 0
.
Nota: Não exigimos que a função esteja definida em a . Note-se ainda que x tende para a
x a 0
por valores diferentes de a , e por isso .
se
: x , y S \ a , a x a1 y a2 f x , y c
2 2
1 2
0 0
f x, y c
Observação: Nos problemas em que temos que recorrer à definição de limite, vai-se majorando
x a1 y a2
2 2
até se obter uma expressão em . Para isso, são muitas vezes úteis as desigualdades:
xy x y xy x y
x x2 x2 y2 y y2 x2 y2
lim f x b X n a , de elementos
Proposição 1.1.1 (Critério por sucessões): x a se e só se para cada sucessão
A \ a f Xn b
em , se tiver .
x 2y 2
lim 0
x , y 0,0 x 2 y 2
Exemplo 1: Prove, atendendo à definição de limite, que .
Para melhor compreendermos a definição de limite pensem num campo escalar definido num subconjunto de
exemplo: suponhamos que uma chapa metálica plana tenha a forma da região S . A cada ponto
x , y da chapa
f x, y
corresponde uma temperatura , que é registrada num termômetro representado pelo eixo w .
y w
S f : IR 2 IR
f x, y
x, y
x
f x, y x, y a, b , utilizamos a
Se a temperatura se aproxima de um valor fixo L, quando se aproxima de
seguinte notação:
lim f x, y L f x , y L quando x , y a, b , e lê-se o limite de f x , y x, y
x , y a ,b ou quando
tende para
a, b é L.
y w
f : IR 2 IR L
f x, y
_
(a,b)
f x, y x, y a
Isto quer dizer, a distância de a L pode ser arbitrariamente pequena desde que a distância de
No caso de funções de duas variáveis, a situação é mais complicada, pois a aproximação, neste caso de
x, y a
a, b , pode ser feita seguindo uma infinidade de diferentes trajetórias, como se pode observar pela figura
abaixo:
y
. (a,b)
lim f x, y L f x, y x, y
Se x , y a ,b existir, aproxima-se de L, independentemente da forma como se
aproxima de
a, b . Podemos assim concluir a não existência deste limite, se estudarmos os limites direcionais.
Neste sentido, surge a “regra dos dois caminhos”: Se dois caminhos diferentes para um ponto
a, b resulta
lim f x, y
em dois limites diferentes, então x , y a ,b não existe.
Observação: Esta regra só prova a não existência de limite.
Apresenta-se ainda um outro resultado que nos permite verificar a não existência de limite:
lim f x, y L lim f x , y L
Seja f : S IR IR . Se x , y a ,b
2
, e se existirem os limites unidimensionais x a e
Nota: A inversa da proposição não é sempre verdadeira, ou seja, a existência de limites iterados iguais não
prova a existência de limite bidimensional.
x 2y 2
f x, y
x 2y 2 x y x 2y 2 x y 0
2 2
8x 3 y
lim
a)
( x , y ) 0,0 x2 y 2
x2 y 2
lim
( x , y ) 0,0 x 2 y 2
b)
xy 2
lim
( x , y ) 0,0 x 2 y 4
c)
Operações com Limites
Muitas das propriedades de limite dadas no caso unidimensional, generalizam-se para espaços m-dimensionais.
m
Verificam-se as seguintes propriedades, supondo D IR , a ponto de acumulação de D; f , g : D IR e
n
: D IR :
f
Se f e g têm limite no ponto a , também o têm as funções f g , f g , f g e , verificando-se as
igualdades:
Limite da soma é igual à soma dos limites
lim f lim f
x a x a
lim f
Se f é constante em D, existe x a e é igual ao valor de f num ponto qualquer de D.
x 2 2y
lim
( x , y ) 0,0 3 xy
a)
y 2 x2
lim
( x , y ) 1, 1 2 xy 2 x 2
b)
lim 2y 2 x 2
( x , y ) 1,1
c)
Também, no caso do limite, o estudo das funções vetoriais pode reduzir-se imediatamente ao das funções reais:
m b b1 , , bm
Teorema 1.1.2: Seja f : D IR (com D IR ), a ponto de acumulação de D,
n
um vector de
IR m e designemos por f j a função coordenada de ordem de j de f ; nestas condições, para que se verifique a
lim f b lim f j b j
igualdade x a é necessário e suficiente que, para cada inteiro positivo j m , se tenha x a .
n m
Definição 1.1.2 : Um campo f : S IR IR diz-se contínua em a se estiver definida nesse ponto e se
lim f x f a
x a
a, b S , como se segue.
Consideremos o gráfico da função f abaixo representado por G:
lim f x, y L x, y , 0
Intuitivamente, escrever que x , y ( a ,b ) 1
significa que, quando o ponto se aproxima de
x, y , f x, y em G está próximo de
a, b, f a , b também em G, sendo naturalmente
f a, b L
. Desta
forma, se f for contínua, não existem buracos, nem saltos verticais no seu gráfico.
n m
Teorema 1.1.3: Sejam f : S IR IR , g : S IR IR e h uma função real. Se f , g e h são contínuas
n m
1
f f h a 0
em a S , o mesmo sucede a f g , hf , e ainda h se .
Observações:
1
Se o limite L existe, é único.
(ii) Continuidade de transformações lineares
n m
Se f : IR IR é uma transformação linear, f
n
é contínua em IR .
(iii) Continuidade dos polinómios de n variáveis
n
Um campo escalar p, definido em IR por uma fórmula da forma
p1 pn
p x c k1kn x1k1 x nkn
k1 0 kn 0
IR n .
(iv) Continuidade de funções racionais
p x
f x
q x
Um campo escalar definido por , onde p e q são polinômios nas componentes de x , diz
q x 0
se uma função racional. Uma tal função é contínua em cada ponto em que .
Verificar-se-á a continuidade de muitas outras funções recorrendo ao teorema que se segue:
Teorema 1.1.4: Sejam f e g campos tais que a função composta f g está definida em a , sendo
f g x f g x .
g a
Se g é continua em a e se f é continua em então f g é continua em a .
Nas condições do teorema anterior, tem-se
lim f g x f lim g x
x a x a .
Nota: Análogo para campos escalares.
Exemplo 5: Determine para cada alínea o conjunto dos pontos x , y para os quais o campo escalar f é
contínua:
f x, y x 3 y 3 x 2y 2
a) ;
f x , y log x 2 y 2
b) ;
f x , y sen x 2 y
c) .
Exemplo 6: Mostre que a função
x 2y 2
se x , y 0, 0
f x, y x 2 y 2
1 se x , y 0, 0
xy
2 se x , y 0, 0
f x, y x y
2
0 se x , y 0, 0 ,
e estude a sua continuidade a respeito de cada uma das variáveis separadamente, e a respeito das duas variáveis
em conjunto.
n
Tal como as funções reais de variável real, uma função f : S IR IR diz-se prolongável por continuidade a
lim f x
um ponto a esse S '\ S e existe o x a .
Chamar-se-á então prolongamento por continuidade de f ao ponto a , à função g que coincide com f nos pontos
g a lim f x
onde f já estava definida e que no ponto a toma o valor x a :
f x se x Df S
xlim f x se x a
a
lim f x
Observação: Embora a S , como é exigido que exista x a , o ponto a terá que ser ponto de acumulação
de S .
n
Uma função f : S IR IR diz-se descontínua num ponto a se não for contínua nem prolongável por
continuidade a esse ponto.
LIMITES NO INFINITO
Introdução :
Vamos estudar o comportamento de uma função para | x | " muito grande " :
Vamos observar o gráfico da f no intervalo [ 1 , 100 ] :
Agora , vamos observar o gráfico da f no intervalo [ –100 , –1 ] :
Definição ( Limites no Infinito )
( I ) Seja f uma função definida em todo número de um intervalo aberto I = ( c , + ¥ ) .
A função f tem limite L quando x tende para + ¥ , que denotamos por
,
se para todo número positivo e podemos encontrar um número positivo N , tal que
f ( x ) Î ( L – e , L + e ) sempre que x > N .
Isto é ,
( II ) Seja f uma função definida em todo ponto de um intervalo aberto I = ( - ¥ , c ) .
A função f tem limite L quando x tende para - ¥ , que denotamos por
,
se para todo número positivo e podemos encontrar um número positivo N , tal que
f ( x ) Î ( L – e , L + e ) sempre que x < – N .
Isto é ,
( ii ) Para todo n Î IN* e c Î IR , temos
Solução :
Limites Infinitos
Introdução:
Vejamos o comportamento de funções tais que | f ( x ) | é " muito grande " quando x está próximo de 0 .
Vamos observar o gráfico da f numa vizinhança de 0 :
O gráfico ao lado sugere que o valor
da função fica cada vez maior quando
quando x ® 0 , isto é ,
( Limites Infinitos ):
( I ) Seja f uma função definida em todo número de um intervalo aberto contendo a , exceto
possivelmente em a .
A função f tem " limite " + ¥ quando x tende para a , que denotamos por
,
se para todo número positivo N podemos encontrar um número positivo d tal que
f ( x ) > N sempre que x Î ( a – d , a ) È ( a , a + d ) .
Isto é ,
( II ) Seja f uma função definida em todo número de um intervalo aberto contendo a , exceto
possivelmente em a .
A função f tem " limite " - ¥ quando x tende para a , que denotamos por
,
se para todo número positivo N podemos encontrar um número positivo d tal que
f ( x ) < – N sempre que x Î ( a – d , a )< È ( a , a + d ) .
Isto é ,
Observação
(i) a = – 1
(ii) a = 1
(iii) a = 2
Em muitos casos não é possível determinar de imediato o limite, quando isto acontece nós dizemos
que temos uma indeterminação ( isto é , precisamos fazer alguns cálculos para determinar o limite ) .
Exemplo 7.3
Calcule os seguintes limites :
(a) (b)
Solução :
(a)
(b)
L = RT – CT
L = Py. Y – Px. X
Em que Py = preço do produto (constante); e
Px = preço do fator (constante).
O lucro máximo é determinado no ponto em que a inclinação da função de lucro é igual a zero
(primeira derivada = 0 e segunda derivada < 0).
Derivando a função de lucro em relação á do fator variável tem-se:
dL/dX = Py. dY/dX + Y.0-Px . dX/dX +.0
dL/dX = Py . dY/dX - Px
dL/dX = Py . PFMa - Px (6.0)
Como na equação (6.0) Py . PFMa (receita marginal) e Px = CMa (custo marginal), tem-se:
dL/dX = RMa - CMa
Igualando a primeira derivada a zero, tem-se:
dL/dX = RMa – CMa = (6.1)
A equação (6.1) pode ser escrita da seguinte forma:
RMa = CMa = 0 ou
RMa = CMa ou (6.3)
VPFMa = Px (6.4)
Em que VPFMa = valor do produto físico marginal.
Admitindo-se que a segunda derivada da função de lucro seja menor que zero, as equações (6.3) e
(6.4) determinam que o lucro será máximo quando o retorno obtido ao produzir uma unidade a mais do produto
for igual ao custo para produzir essa unidade a mais.
O quadro abaixo ilustra a maximização de lucro da empresa florestal onde o custo marginal do
fator, ou preço do fator (Px1), é igual a US$ 2,00 e o preço do produto (Py) igual a US$ 2,00.
1 1 1,0 1 2 2 2 2 0
2 3 1,5 2 2 4 4 6 2
3 6 2,0 3 2 6 6 12 6
4 10 2,5 4 2 8 8 20 12
5 15 3,0 5 2 10 10 30 20
6 19 3,2 4 2 8 12 38 26
7 22 3,1 3 2 6 14 44 30
8 24 3,0 2 2 4 16 48 32
9 25 2,8 1 2 2 18 50 32 *
10 25 2,5 0 2 0 20 50 30
A velocidade instantânea é uma ferramenta utilizada para descrever cinematicamente fenômenos onde a própria
velocidade tende a um valor limite e onde a variação de tempo tende a zero, constando assim a velocidade
instantânea.
Para calcular tal fenômeno, precisamos ter uma noção muito importante de Derivada (ferramenta muito utilizada
em calculo)
A taxa de variação instantânea difere da taxa de variação média pelo fato do uso do Limite, que faz com que o
tempo sempre tender a zero. Com isso temos a noção da determinada rapidez em que há o determinado
fenômeno. Existem diversos fenômenos que envolvem a taxa de variação instantânea, podemos citar um
exemplo disso.
As máquinas fotográficas bem sofisticadas que podem utilizar recursos de captação de imagens em curto
período de tempo. Quando esse tempo e tão curto, costumamos dizer que ele tende a um certo valor limite.
Geralmente o tomamos como zero, para isso temos que entender algo sobre um acréscimo estabelecido ao
tempo que normalmente seria calculado. Há esse acréscimo ou “incremento” podemos estabelecer uma
determinada variação.
Geralmente em taxa de variação média calculamos somente a variação de posição v = ∆x/∆t. Já na taxa de
variação instantânea utilizamos um (incremento) acréscimo ao deslocamento percorrido. ∆x = x (t + ∆t) - x (t),
sendo o intervalo de tempo considerado é ∆t.
Temos a expressão que define a taxa de variação instantânea. Observe que a velocidade tende a “t", ou seja:
Esse Limite é chamado de Derivada de Posição (x) em relação a (t).
Indicamos por:
ou por v ( t ) = x' ( t ).
Vamos a alguns exemplos de resoluções de velocidade instantânea.