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Maria Helena Vieira da Silva

(Lisboa, 1908 — Paris, 1992)

Foi uma pintora portuguesa, naturalizada francesa em 1956.

Filha do embaixador Marcos


Vieira da Silva, Maria
Helena demonstrou
interesse pelas artes desde
pequena.

Aos onze anos começou a


estudar pintura e desenho
na Academia de Belas Artes
de Lisboa e, motivada pela escultura, estudou Anatomia na
Faculdade de Medicina de Lisboa.

Em 1928 estabeleceu-se em Paris onde estudou pintura


O Passeante Invisível, 1951
com Fernand Léger, e trabalhou com Duffrene e
Waroquier.

Em Paris conheceu seu futuro marido, o, também pintor, húngaro Árpád Szenes, casando em 1930.

Vieira da Silva foi autora de uma série de ilustrações para crianças que
constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux
esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela
em 1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou
essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de
ilustradora, executando uma série de guaches.

O estilo inconfundível de Vieira da Silva é uma das referências


determinantes na arte abstracta, muito embora ela se identifique
preferencialmente com o abstraccionismo lírico. 
A Escola de Paris é influenciada pelas pinturas abstractas iniciadas
após 1935. A pintura, veículo para a apreensão do eu e como meio de
conhecimento, surge,
posteriormente à guerra que
tudo veio modificar, como
Le Rayon Bleu, 1961 processo pelo qual a pintora
transparece a percepção que tem do mundo.

A partir de 1948 o
estado Francês
começa a adquirir as
suas pinturas e em
1956 tanto ela como
o marido obtêm
nacionalidade
francesa. Em 1960 o Les Grandes Constructions, 1956
Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em
1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des
Arts e em 1979 torna-se cavaleira da legião de honra francesa.

Participou na Europália, em 1992, e veio a morrer nesse ano.


Bibliothéque en Feu, 1974
Para honrar a memória do casal de pintores, foi fundada em Portugal a Fundação Arpad Szenes-Vieira
da Silva, sediada em Lisboa
Mário Cesariny de Vasconcelos
(Lisboa, 1923 — Lisboa, 2006)

Foi um pintor e poeta, considerado o principal representante do surrealismo


português.

Frequentou a Escola de Artes


Decorativas António Arroio e estudou
música com o compositor Fernando
Lopes Graça.

Durante a sua estadia em Paris em 1947,


frequenta a Académie de la Grande
Chaumière. É em Paris que conhece André Breton, cuja influência
o leva a criar no mesmo ano o Grupo Surrealista de Lisboa. Este
grupo surgiu como forma de protesto contra o regime político
vigente e contra o neo-realismo. Mais tarde, funda o anti-grupo
(dissidente)"Os Surrealistas" .

Mário Cesariny adopta uma


atitude estética de constante
experimentação nas suas obras e
pratica uma técnica de escrita e de
(des)pintura amplamente
divulgada entre os surrealistas. Introduz também a técnica designada
“cadáver esquisito”, que consiste na construção de uma obra por três
ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um
dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo
apenas parte do que este fez.

"Com tinta ou com letras tudo é pintura", afirmou numa entrevista em


2001.
Álvaro Lapa
(Évora, 1939 – Porto, 2006)

Pintor/escritor português, era um dos grandes nomes da pintura portuguesa


contemporânea.

Álvaro Lapa ao longo da sua carreira conquistou várias distinções,


nomeadamente o Grande Prémio EDP e teve várias exposições em museus
como a Fundação de
Serralves.

Há quem defenda que a sua


obra é de carácter
autobiográfica, não se
podendo encaixar num só
ou qualquer ismo. O seu trabalho ao longo dos tempos
evidenciou uma forte relação entre a literatura e a
pintura. A sua licenciatura em Filosofia talvez em parte
justifique esta ligação.

Ao longo dos anos Álvaro Lapa, que realizou a sua


primeira exposição na Galeria 111, de Manuel de Brito,
em Lisboa, manteve actividade constante realizando inúmeras exposições em Portugal e no estrangeiro
afirmando-se como um dos pintores mais importantes da segunda metade do Séc XX.

Com vários livros publicados, Álvaro Lapa alia a escrita à pintura, ambas instaurando uma postura
criativa que faz da sua obra um caso singular de liberdade, experiência e ruptura na busca de um
sentido profundamente poético.

Em 1976, ingressa
como professor na
Escola Superior de
Belas Artes do Porto
onde leccionou
disciplinas teóricas
como é exemplo a
disciplina de Estética.
Enquanto professor,
tornou-se numa das
fortes influências de
alguns dos seus alunos
que, de uma forma ou
de outra, sofreram ascendência da sua pintura.

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