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Xenofobia

Xenofobia é o conceito que define as manifestações de aversão, hostilidade ou


ódio contra pessoas que são estrangeiras ou são vistas como forasteiras.

A xenofobia é manifestada contra diferentes grupos em todo o planeta. Na


Europa, por exemplo, os árabes e muçulmanos têm sido alvo de grande preconceito,
assim como os mexicanos e latinos, em geral, nos Estados Unidos. No Brasil, também
se vivencia esse problema, principalmente contra os imigrantes venezuelanos e
haitianos.

O ódio e repulsa que caracterizam a xenofobia estão, geralmente, relacionados


com questões históricas, sociais, econômicas, culturais, religiosas etc. A xenofobia
sempre é fruto do desconhecimento do outro e surge acompanhada de estereótipos
que reforçam o preconceito sobre determinado grupo. Esse preconceito também pode
ser acompanhado de etnocentrismo, a noção de que a própria cultura é superior à
outra.

Por se tratar de um preconceito, a xenofobia está diretamente relacionada com


atitudes e comportamentos violentos e discriminatórios. Sendo assim, pessoas
xenófobas costumam praticar atitudes que segregam (excluem) aqueles considerados
estrangeiros. Alguns até mesmo praticam atos de violência física.

Xenofobia - 2
Permanecem os debates acerca do conceito de xenofobia, não sendo um ponto
pacífico entre teóricos do tema. Há certo consenso de que a xenofobia consiste em um
conjunto de atitudes ou práticas relacionadas às origens das pessoas, mas, a
depender do contexto e da pessoa que a utiliza, seu significado pode ser distinto. Por
exemplo, pode-se discutir se a xenofobia emana de um nível individual ou coletivo, se
um ato isolado de uma pessoa pode ser considerado xenofobia ou não.

Ao adotar esse enfoque, considera-se que qualquer forma de violência baseada


nas diferenças de origens geográfica, linguística ou étnica de uma pessoa pode ser
considerada como xenófoba. Em resumo, a xenofobia é o medo ou ódio por
estrangeiros ou estranhos, e está vinculada a atitudes e comportamentos
discriminatórios e frequentemente culmina em atos de violência, como diferentes tipos
de abuso e exibições de ódio.

Os brasileiros em muitas partes do mundo, principalmente na Europa e nos


Estados Unidos, são vítimas da xenofobia e, por isso, tratados de maneira
preconceituosa. Essa realidade, porém, não impede que aqui em nosso país exista
xenofobia contra outras pessoas. No Brasil, existem práticas da xenofobia contra
estrangeiros, mas também contra brasileiros oriundos de diversas regiões do país.

Grupos estrangeiros que sofrem bastante com a xenofobia são os haitianos e


venezuelanos, por causa do grande número de migrantes dessas nacionalidades no
Brasil. Outras nacionalidades que são frequentemente alvos de preconceito em nosso
país são bolivianos, angolanos, moçambicanos e pessoas de outras nacionalidades
africanas.

Mas há também outro lado da xenofobia no Brasil. Aquela que é reproduzida


contra os próprios brasileiros que são originários de outras regiões do país. Isso é
muito comum em locais que recebem grande quantidade de pessoas à procura de
emprego e de uma vida melhor. Em geral, esse preconceito manifesta-se muito contra
pessoas das Regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Como combatemos a xenofobia?

 Promovendo conscientização por meio de palestras, debates, rodas de conversa,


seminários, publicações, exposições e ações culturais;

 Mostrando o patrimônio intelectual e cultural dos refugiados e como esse


arcabouço beneficia o Brasil, renovando as artes brasileiras e tornando o País mais
multilíngue e diverso;

 Organizando reuniões e ações a favor dessa integração: destaca-se o Movimento


em Prol de Imigrantes e Refugiados, fundado na Bibli-ASPA. Toda semana,
integrantes desse movimento (em parceria com Ministério Público Federal,
Ministério Público Estadual, Ministério Público Democrático etc.), que inclui juízes,
promotores, procuradores, advogados, professores, assistentes sociais etc.,
reúnem-se para pensar coletivamente em estratégias de acolhida, integração,
educação, inserção no mercado de trabalho e acesso a serviços públicos.

A arte de reinventar durante a pandemia


A pandemia do novo coronavírus, sem dúvidas, afetou e modificou nossa forma
de viver, de estar, de consumir e também de produzir. Conforme a curva de infecções e
óbitos foi avançando e se espalhando pelo mundo, medidas de isolamento e
quarentena mais rígidas foram sendo adotadas e o setor artístico, inegavelmente, foi
um dos mais afetados.

Grandes artistas com uma carreira já consolidada, e também o apoio de grande


parte da mídia, acabaram sendo um pouco menos impactados. Falando de música,
por exemplo, apesar da falta de shows, esses artistas promoveram diversas Lives para
milhões de pessoas onde foi possível uma grande monetização e também se manter em
evidência.

Há, entretanto, muitos artistas de diversas outras áreas como poesia, teatro,
desenho e pinturas, por exemplo, que tiveram que se reinventar para sobreviver ao
momento atual. Ian, inclusive, destacou que todas as pessoas, sem exceção, são
afetadas na pandemia, porém de formas diferentes.

“A pandemia afeta todas as pessoas e o meu trabalho que é na área


performativa, o teatro, não há como a gente fazer sozinho. Ele é feito
coletivamente e eu acho que a maior parte dos artistas se viu em uma situação
muito difícil. Eu decidi tratar de procedimentos criativos que conseguia fazer
dentro de casa como a escrita, por exemplo. Também tenho praticado muito a
noção de que nossos corpos, corpas e corpes são potências de criação, então
quanto mais conseguimos fazer exercícios corporais para fugir da clausura, mais
incentivamos o processo de criação”.

Ian destacou que todo o contexto pandêmico aumentou sua produtividade,


porém ao mesmo tempo, deteriorou sua saúde mental. Ele contou que entre as formas
de se reinventar e fazer a arte resistir na pandemia foi adaptar suas aulas de dança e
teatro para plataformas online. “Temos que nos adaptar aos meios e entrar em um
processo de multiplicar as formas em busca de uma sobrevivência”.

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