Você está na página 1de 6

Direito agrário:

1. Conceito: Conjunto de normas na qual tutelam a


coletividade na sociedade no que tange as questões da
atividade agrícola com viés social. Relação entre o homem e
a terra.
2. Natureza jurídica: suis generis. Tanto é privado quanto
público.
3. Objeto do direito agrário: É a atividade agrícola.
- Atividade jurídica;
- Agrobiologia: relações do homem com o campo;
- Agrariedade: é o processo biológico.
- Típica: agropecuária, lavoura, tipos de cultura do campo, como
a criação de gado, que tem a finalidade de corte ou vendê-lo;
- Acessória: é o transporte de mercadorias do campo,
transformação (leite por exemplo) na qual se dá pelo produto
agrícola.
4. Autonomia do direito agrário:
- Legislativa: Com a emenda da CF n° 10 de 1964; art. 22, CF.
- Científica: A partir do momento que a matéria se tornou
autônoma, passou a ter uma ciência exclusiva e dedicada a
respectiva espécie jurídica.
- Didática: Se ela é uma ciência, os cursos de direito deverão criar
matéria específica do direito agrário dentro das grades
curriculares.
- Jurisdicional: art. 126, CF. Este artigo determina a criação de
varas especializadas de direito agrário, cabendo ao regimento
interno de cada local a criação da mesma.
5. Fontes:
- Imediatas: É uma fonte direta, que no direito agrário essa fonte
direta é a lei. A CF e o estatuto da terra (Lei 4.504/64), leis,
costumes.
- Mediatas: doutrina.
6. Fundamento legal:
- Código Civil 1916 x Estatuto da terra;
- Código Civil 2002 x Estatuto da terra.
Art. 186, CF. A consequência do proprietário em não destinar
aquela propriedade rural/latifúndio é a desapropriação.
Se a produção for ilícita ou se não tem produtividade a terra, será
desapropriado.
Desapropriação: O proprietário será indenizado com as dívidas.
Expropriação: Não vai ter indenização.
Art. 1.228, CC
O código de 1916 era totalmente patrimonialista, não dialogava
conjuntamente com o estatuto da terra, com a CF/88, pois as
normas eram totalmente privadas enquanto o estatuto da terra se
trata de ordem pública. Com o advento do código civil de 2002, o
estatuto da terra passou a ter mais força e a aplicação do direito
constitucional do art. 186 passou a ter ligação direta com o CC
em decorrência do art. 1.228 do respectivo estatuto. Ou seja, o
direito de propriedade não é absoluto, mas sim condicionado a
uma série de requisitos:
1. Econômico e produtivo: Aquela propriedade rural tem que
dar vida a atividade agrária.
2. Utilização do espaço correto da propriedade rural: O
proprietário não pode usar áreas que comprometam a
preservação do meio ambiente, como por exemplo a área de
preservação permanente e a reserva legal. A preservação do
meio ambiente deve atender seus princípios básicos.

IMÓVEL RURAL: art. 4, EDT.


I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer
que seja a sua localização que se destina à exploração extrativa
agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer através de planos
públicos de valorização, quer através de iniciativa privada;
Houve grande discussão com o passar do tempo sobre o conceito
de imóvel rural, tendo em vista as questões de ordem tributária,
pois enquanto o CTM determinava a cobrança do ITR de acordo
com a localidade do imóvel, o estatuto da terra coloca como
conceito de imóvel rural o critério da destinação, ou seja,
independente da localização, se o imóvel tiver atividade agrária
será o mesmo considerado propriedade rural. Após grande
discussão por décadas o STJ, ao decidir por meio de recurso
especial por repercussão geral, classificou o entendimento de que
para critérios de cobrança do ITR será utilizado o critério da
destinação.
Cabe acrescentar ao conceito a situação de prédio rústico, a qual
significa aquele imóvel na qual é predominante o meio ambiente
natural.
Área contínua na qual independe a interferência do cruzamento de
um rio ou de uma estrada férrea por exemplo, não sendo para
empecido para a exploração da propriedade.
Dimensionamento do imóvel:
Módulo rural: unidade mínima de medida, com a finalidade de
estabelecer parâmetros mínimos para a unidade familiar. A
medida vai de acordo com a zona estabelecida para cada
município.
Fração mínima de parcelamento:
Lei nº 5.868/72

Módulo fiscal:
Art. 50,

Classificação do imóvel rural:


1. Pequena:
2. Média:
3. Grande:

Classificação conforme o estatuto da terra:


1. Minifúndio:
2. Propriedade familiar:

FRAÇÃO MÍNIMA
É determinada pelo INCA e não pode ser inferior para fins de
divisão a fração mínima correspondente determinada pela zona de
cada município, sob responsabilidade civil e criminal dos
funcionários.
Módulo fiscal:
Art. 50, §2º. É uma unidade de medida com o objetivo para o
recolhimento do ITR e para fins de classificação do imóvel rural.
É dividido em hectares que é atribuído para cada região pelo
INCA.
Classificação do imóvel rural:
Pequena: 4 módulos fiscais;
Média: superior a 4 e até 15 módulos fiscais;
Grande: acima de 15 módulos fiscais.
Classificação pelo estatuto da terra:
a. Minifúndio: menor que 1 módulo fiscal;
b. Propriedade familiar: é a propriedade onde o agricultor e
sua família trabalham diretamente para seu sustento
conforme o módulo rural;
c. Latifúndio:
- Por extensão: maior que 600x módulo fiscal;
- Por exploração: igual ou superior que 1 módulo fiscal,
não podendo ultrapassar o item anterior (600x).
Propriedade produtiva:
É aquela que produz. Os níveis são satisfatórios de utilização e
exploração, 80% da utilização da área e desses 80%, 100% de
exploração.
Cadastro do imóvel rural:
1. SNR (sistema nacional de cadastro rural): serve para
levantar todos os dados que o INCA precisa para fins de
política agrária.
2. CCIR (certificado de cadastro de imóvel rural): tem nome do
proprietário, o que tem nele, consta se existe benfeitorias,
domínio, etc. É um documento que tem todas as informações
inerentes à propriedade rural, na certidão estarão descritas,
como por exemplo, a metragem da propriedade, se tem
reserva legal, APP (área de preservação permanente),
módulo fiscal, o tipo e classificação de propriedade (grande,
média, grande), etc.
DESAPROPRIAÇÃO
1. Natureza jurídica: é um procedimento administrativo.
2. Noções gerais: como já vimos no art. 184 e outros da CF,
cabe tanto na hora da expropriação uma indenização e essa
indenização é do tipo de pagamentos de título da dívida
agrária. É um procedimento judicial administrativo e ela
indeniza xxxx

Desapropriação agrária:
Procedimento administrativo:
 Fase declaratória: é a primeira fase. É por meio de decreto. É
por meio do chefe do executivo.
a. Pressuposto:
b. Bem devidamente especificado:
c. Destinação:
d. Sujeito passivo:
Declaração:
1. Efeitos:
2. Acordo:
Fase executiva:

Você também pode gostar