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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

__________ UNIDADE DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA


CIDADE_________;

                    Juliano, (Estado civil), (Profissão), residente e domiciliado na Rua X,


nº. 0000, na Cidade – CEP nº. (_________), inscrito no CPF (MF) sob o
nº____________, vem, por intermédio de seu patrono – instrumento
procuratório acostado, o qual observa os ditames do art. 44, do CPP  –, causídico
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Estado, sob o nº 0000,
com endereço profissional consignado no timbre deste arrazoado, onde receberá
intimações que se fizeram necessárias, comparece, com o devido respeito a Vossa
Excelência, para, com estribo no art. 30 do Código de Processo Penal c/c arts. 139,
140 e 141, inc. III, todos do Código Penal, ajuizar a presente   

QUEIXA-CRIME 

em desfavor de TEODÓSIO, (Estado civil), (Profissão), possuidor do RG. nº.


11223344 – SSP (PP), inscrito no CPF (MF) sob o nº. _______________,
residente e domiciliado na Rua Y, nº. 000, na Cidade, em razão das justificativas
de ordem fática e de direito, abaixo delineadas

I - DOS FATOS

No dia 01 de novembro de 2021 por volta das 22:00 horas no


estabelecimento comercial conhecido como Bar do Zé, Teodósio ofendeu a honra
de Juliano alegando falsamente na presença de várias pessoas, que esta havia
enganado uma terceira pessoa ao emitir em favor dela um cheque sem fundos,
inclusive afirmando que o querelante é “malandro, safado e pilantra” nesta mesma
ocasião.
Com efeito, as injustas e dolosas agressões são inverídicas, ofensivas,
injuriosas e ilegais, maiormente quando atenta para o sagrado direito da
personalidade, previsto na Constituição Federal.
          Foram sérios os constrangimentos sofridos pelo Querelante em face dos
aludidos acontecimentos, reclamando a condenação judicial pertinente.            

II - DO DIREITO

Segundo o artigo 139 do Código Penal a difamação é considerada como um


fato criminoso.

“Artigo 139. Difamar alguém, imputando-lhe


fato ofensivo à sua reputação: Pena -
detenção, de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. A exceção da verdade
somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de
suas funções.”

A referida infração penal, ademais, demanda a incidência da causa de


aumento de pena de um terço, disposta no inciso III do artigo 141 do Código
Penal:

"Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo


aumentam-se de um terço se qualquer dos
crimes é cometido (...): III – na presença de
várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da
injúria."

Destarte, se faz a condenação da querelada pelo crime de difamação,


tipificado no artigo 139, com incidência da causa de aumento de pena prevista no
artigo 141, inciso III, ambos do Código Penal.

III - DO PEDIDO
Diante de todo exposto, é a presente para requerer:

A) A oitiva do membro do Ministério Público, na qualidade de custos legis;

B) O recebimento, o processamento e a autuação da presente queixa-crime;

C) A juntada de procuração outorgando poderes especiais ao advogado que ora


subscreve, nos termos do previsto no artigo 44 do Código de Processo Penal;

D) A juntada do requerimento de instauração de inquérito policial, nos termos


do artigo 12 do Código de Processo Penal;

E) A citação de TEODÓSIO, ora querelado;

F) A condenação do querelado pela prática do crime de difamação, tipificado no


artigo 139, com incidência da causa de aumento de pena prevista no artigo 141,
inciso III, ambos do Código Penal;

G) A oitiva das seguintes testemunhas, em caráter de imprescindibilidade

H) A fixação de valor mínimo de indenização para reparação dos danos


causados pelo crime, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, nos
termos do que dispõe o artigo 387, IV, do Código de Processo Penal.

Termos em que, pede deferimento.

São José do Rio Preto, 23 de abril de 2022.

______________

Advogado

XXXXX

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