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Brasília, 01 de Junho de 2011

Bancos querem ampliar limite nas operações


com o câmbio de varejo
Autor(es): Fernando Travaglini | De Brasília
Valor Econômico - 01/06/2011

Mendes, diretor do BC: conversa com a indústria de cartões, para facilitar o uso de cartões
estrangeiros no país e depender menos de casas de câmbio

Os bancos querem mais flexibilidade para operar no mercado de câmbio de varejo. Segundo
sugestão da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ao Banco Central, feita durante o seminário
"Preparando o Mercado de Câmbio para a Copa 2014 - Câmbio Manual e Transferências de
Pequenos Valores", organizado pelo BC, o ideal é que o limite para transações simplificadas seja
aumentado dos US$ 3 mil atuais para um valor equivalente a R$ 20 mil, como forma de diluir o alto
custo envolvido no negócio.Outra questão que a Febraban considera essencial é que as instituições
financeiras não sejam responsabilizadas por eventuais crimes de lavagem de dinheiro que possam
ocorrer por meio dos correspondentes cambiais. Essa penalização, prevista na regulamentação dos
correspondentes, é o grande temor dos bancos que afasta as instituições desse modelo de operação
para a troca de moeda.

Na visão dos bancos, uma vez que o cliente tenha apresentado os documentos necessários para fazer
a operação, tal como exigido pela norma, não caberia à instituição financeira a responsabilização
pelo crime que por ventura esteja ligado aquele recursos. "Talvez a norma pudesse ser revista no
sentido da responsabilização. Uma vez que o documento apresentado seja hábil, a responsabilidade
não pode ser imputada à instituição financeira ou ao seu preposto", afirmou Wilson Gutierrez,
diretor técnico da Febraban.

As corretoras e distribuidoras de valores são as instituições que mais utilizam os correspondentes


para trocas de câmbio manual. Os bancos não mostraram, até agora, interesse nesse nicho. Dos 807
correspondentes, apenas três são ligados a bancos. "Em princípio temos interesse em participar, mas
temos que considerar que é uma decisão de cada instituição financeira", disse Gutierrez.

O BC também ressaltou um outro problema, que é a necessidade de melhorar a infraestrutura dos


caixas de autoatendimento, para aceitação de cartões de turistas estrangeiros, com o sistema
oferecendo, inclusive, a opção de apresentação das informações no idioma do visitante. "O BC
pretende conversar com a indústria de cartões para facilitar o uso de cartões estrangeiros no país.
Isso demandaria menos casas de câmbio e menos papel moeda, que são caros", afirmou Aldo
Mendes, diretor de Política Monetária do BC.

Segundo Mendes, a tendência é que o real se torne uma moeda internacional no futuro próximo. "O
real, no médio prazo, é inexorável, vai ser aceito no mundo todo como instrumento de pagamento e
meio de troca."

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/6/1/bancos-querem-am... 01/06/2011

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