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Manual de Tiro
1.1.
1.1.1.
1.1
1 En
Enqu
quad
adra
rame
ment
nto
o com
com o alv
alvo
o
• O atir
atiraador afast
fastaa os pé
péss e coloc
olocaa-se
-se
exactamente em frente ao alvo como se
o observasse “olhos nos olhos”;
• Seguidamente, faz rodar ambos os pés
para a direita de forma a que se fosse
traçada uma linha imaginária passando
pelo meio dos seus pés, esta faria um
ângulo de cerca de 40º 2 com a linha do
alvo.
40º
2
Esta medida angular é meramente indicativa. O importante é que o militar defina
1.1.
1.1.1.
1.2
2 Posiç
Posição
ão dos
dos pés,
pés, per
perna
nass e peso
peso do
do corpo
corpo
• Os pés devem estar afastados
naturalmente, tendo como referência a
largura dos ombros;
• As pernas não devem estar flectidas nem
rígidas;
• O peso do corpo deverá ser repartido
igualmente pelas duas pernas, de modo a
que o equilíbrio seja perfeito sem
qualquer tipo de rigidez no corpo.
1.1.
1.1.1.
1.3
3 Posi
Posiçã
ção
o do tronc
ronco
o
Após achar a posição correcta dos pés, o
tron
tronco
co de
deve
ve tam
també
bém
m ser
ser man
anti
tido
do nu
num
ma
posição “natural”, ou seja, não o torcer
excessivamente pela bacia.
1.1.
1.1.1.
1.4
4 Posiç
Posição
ão do ombr
ombro
o e braç
braço
o dir
direi
eito
to
• O ombro direito vai ficar mais afastado
do alvo, de maneira a que o braço fique
esticado e direccionado ao seu centro,
mantendo o pulso firme;
• Para executar o tiro, o braço direito deve
estar esticado (nunca flectido no
cotovelo), mas com uma rigidez natural
força) e de forma a que qualquer
movimento ou balanço que nele ocorra
só possa ter origem nas ancas, nos
joelhos ou nos tornozelos e nunca no
ombro;
• Para descanso, após cada disparo, deve
baixar-se o braço, o qual deve ter uma
inclinação nunca inferior a 45º3,
levantando-o de seguida para cada
disparo.
3
Esta inclinação tem por objectivo minimizar o risco que possa ser provocado por
• A pistola deve ser segura apenas com a
força necessária para a manter na mão - a
forç
forçaa ne
neccessár
ssáriia para
ara cumpr
umpriimentantar
alguém -. O excesso de tensão leva à
fadiga e a que a mão comece a tremer,
aume
au ment
ntan
ando
do os de desv
svio
ioss e en
ener
erva
vand
ndoo o
atirador, que não consegue fixar o alvo;
• Um procproces
esso
so sim
simples
ples e prát
prátic
icoo de se
verificar se a arma está bem empunhada
é espre
spreit
itan
ando
do po
porr cim
cima do ombr
ombro, o, ao
longo do braço, e verificar se está
perfeitamente
perfeitamente alinhada com esse mesmo
braço ou mão. Caso não esteja, retirar a
pistola da mão e empunhá-la de novo,
repetindo-se as vezes necessárias até se
obter um empunhamento
empunhamento correcto.
1.1.
1.1.1.
1.6
6 Posiç
Posição
ão do ombr
ombro
o e braç
braço
o esq
esquer
uerdo
do
Este ombro, vai ficar mais próximo do alvo,
ficando o braço flectido e com o cotovelo
junto ao peito, sendo essa flexão
aproveitada para não só ajudar ao apoio do
braço direito, como também para conferir
protecção aos órgãos vitais, como o coração
e o baço.
1.1.
1.1.1.
1.7
7 Posi
Posiçã
ção
o da
da mã
mão esq
esque
uerd
rda
a
A mão esquerda vai encaixar na arma de
modo a cobrir com a palma da mão, a parte
do punho da arma que se encontra
descoberto, ficando os dedos apoiados sobre
os da outra mão (e com o polegar esquerdo
sobre o polegar direito).
1.1.
1.1.1.
1.8
8 Posi
Posiçã
ção
o da cabe
cabeça
ça
Deve manter-se erguida, sem estar forçada,
por forma a ficar nivelada com a linha de
mira, na direcção do alvo, estando a arma
entreposta entre ambos. Qualquer posição
que dificulte a respiração deve,
evidentemente,
evidentemente, ser
s er evitada.
É importante aqui realçar que a arma deve
ser trazida à linha de vista e não o contrário.
1.1.
1.1.1.
1.9
9 Posi
Posiçã
ção
o em
em rela
relaçã
ção
o ao
ao alv
alvo
o
Definida a posição normal do atirador, cabe
agora definir os procedimentos a executar
para que cada atirador consiga adaptar esta
posição ideal às suas características:
características:
• Com os olhos fechados ou com a cabeça
voltad
voltadaa pa
para
ra o lado
lado,, leva
levant
ntar
ar o braç
braçoo
direito na direcção do alvo;
• Abrindo os olhos ou voltando a cabeça
para a frente, verificar se a arma não
“quebra pelo pulso” e se o cano está
direccionado à esquerda ou à direita do
centro do alvo. A arma deve estar no
prolongamento do braço5;
prolongamento
• Se o cano estiver direccionado à
esqu
squerda do centro do alvo, mover
ligeiramente o pé direito para trás;
5
O atirador deve “espreitar” sobre o ombro para verificar que braço e arma estão
• Se o cano estiver direccionado à direita
do centro do alvo, mover ligeiramente o
pé direito para a frente;
frente;
• Voltar a fechar os olhos ou virar a cabeça
e conferir se o cano está direccionado ao
cent
centro
ro do alvo
alvo.. Se aind
aindaa nã
nãoo esti
estive
ver,
r,
repetir os procedimentos anteriores, até
tal se conseguir, sem ter de fazer
rotações laterais do braço ou da mão;
• Para se corrigir em elevação, apenas será
necessário fazer o alinhamento das miras
ao centro ou à base do centro do alvo
(con
(confo
form
rmee a distâ
istânncia
cia do atira
tirado
dorr e
tamanho do alvo).
1.1.
1.1.22 “Sus
“Suspe
pend
nder
er”” a resp
respir
iraç
ação
ão
Como os movimentos da caixa torácica, do estômago
e dos ombros fazem mover consideravelmente o braço
e mão que empunha a arma, e o que serve de apoio,
devido à respiração durante o processo de pontaria e
de dispa
isparo
ro,, esta
sta deve quauase
se cessa
ssar dura
urante este
ste
período6. No sent
sentid
idoo de nã
nãoo prov
provoc
ocar
ar um esfo
esforç
rçoo
sobre o coração e a circulação, os pulmões devem
conter apenas uma quantidade mínima de ar.
Para o tiro de precisão, deve-se adquirir a seguinte
técnica de respiração:
• Antes de levantar o braço, inspire e expire repetidas
vezes,
veze s, mas nã
nãoo tão
tão prof
profun
unda
dame
ment
ntee qu
quee elev
elevee a
pulsação desnecessariamente;
desnecessariamente;
• Ao mesmesmo tem
tempo ququee insp
inspir
iraa pe
pela
la últi
últim
ma vevez,
z,
levante o braço;
• Enquanto expira parte do ar contido nos pulmões,
aponte o mais rapidamente possível (isto é, levar o
braço para a posição
posição de pontaria de forma rápida);
rápida);
• “Suspender” a respiração momentaneamente;
momentaneamente;
• Aproveite a pausa que ocorre entre os períodos de
inspiração/expiração
inspiração/expiração para, sem transtornar o normal
desenrolar do ciclo respiratório, efectuar tiro;
6
Não defendemos aqui a paragem total da respiração porque isso é prejudicial à
nece
necess
ssár
ária
ia ox
oxig
igen
enaç
ação
ão celu
celula
lar,
r, o qu
que,
e, a nã
nãoo acon
aconte
tece
cerr po
pode
deri
riaa traz
trazer
er algu
alguns
ns
distúrbios a nível da visão, aumentaria a sensação de cansaço e, consequentemente,
poderia até originar a antecipação do disparo. Por esta razão, digamos que a
respiração deve ser minimizada, quase como se existisse a sensação de que o ar
• Se não tiver disparado no período de
aproximadamente 12 segundos, deve interromper o
processo e recomeçar
recomeçar depois de uma curta pausa,
porque, após um certo tempo a apontar, ocorrem os
primeiros sinais de incerteza.
incerteza. Esses sinais indicam
claramente que o tempo, dentro do qual se devia ter
disp
dispar
arad
ado,
o, co
com
m cert
certez
ezaa se esgo
esgoto
tou.
u. Lemb
Lembre
re-se
-se::
nada de tiros em pânico ou a despachar. Nestes
casos, deve-se libertar o gatilho, baixar o braço e
procurar descontrair, para depois voltar à execução
do tiro.
1.1.
1.1.33 Faz
Fazer a pon
ponttaria
ria
Faze
Fazerr a po
pont
ntaria7 co
aria corr
rrec
ecta
ta é pô
pôrr em linh
linhaa qu
quat
atro
ro
elementos:
1. Olho
Olho do atir
atirad
ador
or;;
2. Alça
Alça de mira;ira;
3. Pont
Pontoo ddee mir
mira;
a;
4. Alvo.
O perfeito alinhamento de cada um deles fará com que
o projéctil percorra o espaço e atinja o sítio desejado,
se não sofrer variações 8 até que saia à boca do cano,
nem se verificar a intervenção de factores externos.
De entre estes, o mais importante diz respeito ao
alinhamento
alinhamento das miras.
7
Um conceito idêntico é o de “mirada”. Entende-se por mirada a acção de fazer
pontaria, ou seja, colocar o olho do atirador, a ranhura da alça de mira, o ponto de
mira e o alvo, na mesma linha. Como se verifica, mirada encerra um conceito
diferente de apontar, já que, neste último, o atirador limita-se a dirigir a arma para
o alvo, sem fazer pontaria. É o que se passa no tiro policial, como veremos, em que
os olhos do atirador se focam no alvo e não no aparelho de pontaria.
8
Como é óbvio, as variações aqui implícitas não têm a ver propriamente com as
alterações sofridas pela munição e pelo projéctil, do ponto de vista Físico-Químico,
mas antes com aquelas que são transmitidas pelos erros cometidos pelo atirador,
tendo como consequência desvios angulares e paralelos, os quais fazem com que o
Existem vários tipos de alinhamento das miras. O
método de tiro será ditado pela precisão requerida, o
tamanho do alvo e a distância ao mesmo. Para o tiro
preciso e lento – o qual estamos aqui a tratar -, deve
utilizar-se uma visão total dos elementos do aparelho
de pontaria e alvo. Tal requer a concentração no ponto
de mira mas também um alinhamento cuidadoso da
alça de mira com uma zona no alvo. Este tiro torna-se
necessário com a finalidade de ensinar o
subconsciente a reconhecer o que é uma imagem do
bom alinhamento das miras. Como as miras são duas
pode surgir a pergunta: qual delas focamos? Focando
alternadamente ponto e alça e focando um ponto
intermédio por forma a efectuar ligeiras correcções no
enquadramento do ponto ou da alça, mantendo ambos
focados até se produzir o disparo. A prática de “tiro
em seco” ajuda bastante neste processo.
Apesar de estarmos a considerar o tiro de precisão, é
conveniente que o atirador se habitue a adquirir o mais
rapidamente possível uma imagem das miras
alinhadas, uma vez que se pretende, na modalidade de
tiro policial – como adiante veremos -, um tiro com
maior rapidez, utilizando uma determinada zona de
pontaria no alvo, a qual pode ser definida pelo próprio
atirador ou por quem estiver a dirigir o tiro. Portanto,
não se aponta a um ponto definido mas a uma
zona/área, visto ser impossível parar a arma. Na
prática, esta área corresponde ao que se pode
denominar como “zona de movimento mínimo”
(ZMM) sendo nessa condição que deve ocorrer o
disparo. Efectivamente, é um erro tentar parar
completamente a arma pois tal não é possível,
contudo, se mantivermos as miras bem alinhadas e
centradas, os erros que eventualmente possam surgir
serão erros paralelos, bem mais fáceis de resolver que
os erros angulares9.
Independentemente das formas que o ponto de mira e
a ranhura da alça de mira possam ter, o atirador deve
preocupar-se com o seu correcto alinhamento,
evitando assim o defeito de ter a boca do cano a
apontar para o chão, por centrar a sua atenção em
focar o alvo.
Para o tipo de alças e pontos Janelas
de mira mais frequentes, o
alinhamento correcto
corresponde à imagem que se
pode ver ao lado. O topo do
ponto de mira encontra-se
alinhado com o topo da alça,
sendo que o espaço entre
ambos - as “janelas” - devem ser iguais (quando não
aparecem os já referidos erros angulares).
Ora, como é impossível à vista humana focar dois
objectos a distâncias diferentes, o atirador tem de
efectuar um movimento constante entre o alinhamento
das miras e o alvo10. Se o aparelho de pontaria não
está nítido isso é sinal de que os olhos estão focados
sobre o alvo, o que o mesmo é dizer que o atirador
está a focar por cima das miras em vez de através
delas. Se, ao contrário, o alvo estiver desfocado e o
aparelho de pontaria estiver nítido quer dizer que o
atirador está a proceder correctamente.
À medida que o atirador, após tirar a folga ao gatilho,
o vai pressionando a sua atenção vai-se
progressivamente concentrando no alinhamento das
miras e não no alvo, devendo ter uma visão nítida
9
Para ver a definição de erros angulares e paralelos, consultar o n.º 5.2
10
A este movimento também se chama o “jogo cá-lá-cá-lá”, em que “cá”
corresponde ao alinhamento do aparelho de pontaria e “lá” à projecção desse
deste alinhamento, enquanto o alvo surge ao fundo,
desfocado. Esta é a única forma de manter as miras
alinhadas a fim de alcançar um tiro consistente,
preciso.
A imagem das miras alinhadas, e a sua projecção na
zona de pontaria, irão fazer com que o dedo complete
a pressão sobre o gatilho, produzindo-se o disparo. O
atirador acaba assim por ser surpreendido pelo próprio
disparo, visto este ser controlado pelo reflexo olho-
dedo. A sua única preocupação deve centrar-se sobre
aquele alinhamento, deixando o dedo actuar, como
que de uma forma inconsciente. Quando as miras se
decompõem o dedo que prime o gatilho fica como que
bloqueado, retomando o seu movimento quando as
miras se voltarem a alinhar.
Podemos então considerar existir um momento
estático e outro dinâmico, sendo que este – único que
se manifesta de forma visível – corresponde à acção
do dedo sobre o gatilho, a qual obedece às
particularidades que serão referidas mais adiante.
Imagem Imagem do
do olho olho
Imagem Imagem do
do olho olho
16
Esta posição deve ser treinada com e sem apoio do braço que empunha a arma a
o cotovelo no solo) para permitir a
estabilidade e apoio do tronco no solo.
2.2.2 Sacar
Relativamente ao tiro de precisão, passa agora a
existir um elemento novo; o coldre. Aumenta assim o
grau de dificuldade, já que o atirador passa a ter que
“sacar a arma” mantendo a precisão e rapidez
anteriormente adquiridas. Por esta razão, não se deve
passar à modalidade de tiro policial enquanto não
tiverem sido apreendidos os procedimentos
relacionados com a técnica de tiro.
Esta modalidade tem por objectivo primordial o de
fazer a aproximação da instrução de tiro à realidade da
GNR, visto que no serviço diário os militares, se
tiverem de disparar, não terão a arma na mão, mas sim
no coldre. A partir daqui têm de desencadear todo um
conjunto de procedimentos, para os quais devem ser
devidamente treinados, a fim de minimizar o risco de
acidentes e aumentar a rapidez de reacção.
O saque constitui um procedimento preliminar que
conduz à execução do tiro. A importância de efectuar
um bom saque está directamente relacionada com o
coldre que temos17, para o que este deve possuir as
seguintes características:
• Deve ser seguro e permitir ao atirador correr e subir
um qualquer obstáculo sem o risco de perder a
arma;
• Apesar de seguro, deve permitir fácil acesso à
arma;
• Deve permitir ao atirador um bom empunhamento
ainda antes de sacar a arma. Mudar ou reajustar o
empunhamento a meio curso é não só perigoso
como o gesto se torna mais lento;
• Deve proteger a arma e cobrir o gatilho;
• Deve estar seguro no cinto para não se mover;
• O atirador deve ser capaz de recolocar a arma no
coldre sem ter que tirar os olhos do suspeito. Deve
conseguir fazer isto com uma só mão, deixando a
outra liberta para o que for preciso.
Uma análise cuidada dos procedimentos que devem
ser executados para efectuar o saque permite realçar
um conjunto de aspectos que devem ser observados.
Eles materializam aquilo que se pode considerar como
sendo a sequência ideal para efectuar este movimento.
Para tal atentemos nos seguintes aspectos:
• Manter os dois olhos abertos sobre o alvo18;
17
É necessário que os atiradores esquerdos usem os coldres a eles destinados.
18
Não esquecer que estamos na modalidade de tiro policial, pelo que a atenção se
deve centrar no alvo e não na arma. Cabe ao militar desenvolver e treinar toda esta
• Empunhar a arma correctamente, mantendo o pulso
direito e colocando o cotovelo ligeiramente para
fora;
• A mão que não empunha a arma aproxima-se por
baixo e pelo lado (acompanhando a outra até à
linha de vista);
• Tomar a linha mais curta (recta) do coldre para o
alvo, levando a arma em direcção ao alvo logo que
sai do coldre;
• Ter a preocupação de não colocar a arma no coldre
com a patilha de segurança em fogo e o cão
armado.
de verificar onde está a arma e de a preparar para fogo, desviando o seu olhar do
• Se houver dificuldades de alinhamento da
imagem esquerda da arma, o atirador pode
optar por alinhar a outra imagem do lado
direito, ficando ciente que esse alinhamento
também está correcto, mas está a ser feito
com o olho esquerdo.
• Se pretender confirmar se a pontaria estaria
correcta basta fazer o “jogo cá-lá-cá-lá”,
que consiste em, rapidamente, habituar a
vista a focar às diferentes distâncias, ou
seja: cá (vista focada num dos órgãos do
aparelho de pontaria), lá (vista focada no
centro do alvo).
2.2.4.2 Alvo
• Neste tipo de tiro, o atirador já deve ver o
centro do alvo (ou a zona de pontaria)
nítido, pois os olhos têm de observar o
ADV;
• Para alvo, mantém-se a Silhueta Policial II
(SPII).
5.3.3
5.3.3 Exerce
Exercerr demasi
demasiada
ada forç
forçaa nos
nos dedos
dedos ao
ao dispar
disparar
ar
• Para detectar este erro, é necessário que o atirador
dispare “em seco”. Para se corrigir, basta
relembrar-lhe que a arma deve ser empunhada com
a força necessária para se cumprimentar alguém;
• Se nã
nãoo resu
result
ltar
ar,, ob
obri
rigá
gá-l
-loo a empu
empunh
nhar
ar a arma
arma
apenas com o polegar e o indicador, mantendo os
restantes dedos afastados do punho, e disparar uma
ou duas vezes.
SEGURANÇA E CONDUTA PESSOAL
“Uma
Uma bribrinca
ncadeir
deira
a com uma arma rma de fogo
ogo acab
acabou
ou da pior
ior
maneira num bar em Grân rândola, com um soldado da GNR a
desf
desfeechar
har um tiro
tiro na sua
sua próp
rópria
ria cabe
abeça, sou
soube o Corr
Correi
eio
o da
Manhã.
O acidente
acidente teve lugar
lugar por volta da uma hora da manhã de ontem
num bar da vila de Grândola e foi presenciado por um colega da
vítima e um grupo de mais de cinco pessoas.
Os dois soldados da GNR, ambos a prestar serviço no posto
territorial de Grândola, estavam a conversar sobre armas de fogo,
quando, um deles pediu ao colega
colega a arma pessoal emprestada para,
segundo consta, mostrar um “truque
“truque novo”.
Fonte do Comando Geral da GNR disse que o guarda Luís
Fernando Branco Nunes, de 29 anos, alistado na corporação desde
1993 retirou as munições que estavam no tambor do revólver.
Todavia, tudo leva a crer que uma bala .32 ficou esquecida no
tambor e quando o militar levou o revólver à cabeça e premiu o
gatilho foi atingido mortalmente, perante a estupefacção de todos os
presentes. O militar da GNR ainda foi evacuado para uma unidade
hospitalar, mas chegou cadáver.
O mesmo responsável do Comando Geral da GNR, em Lisboa,
adiantou que o soldado falecido estava fora de serviço, assim como
o camarada. Recorde-se que este não foi o primeiro acidente com
armas de fogo manuseadas
manuseadas por agentes
agentes de autoridade
autoridade em aparente
aparentess
brincadeiras que acabam por culminar em morte.”
In Correio da Manhã de 17DEC96
5. A SEG
SEGUR
URAN
ANÇA
ÇA NO USO
USO DE ARMA
ARMAS
S DE FOGO
FOGO
24
Estas situações são as decorrentes do enquadramento legal (em particular o DL
n.º 457/99 de 05 de Novembro). A ordem de introdução de munição na câmara será
dada pelo Cmdt da força que estiver empenhada ou, na sua impossibilidade, deverá
• Nunca apontar a arma a alguém ou algo - excepto em
situações imperiosas de serviço -, se não pretende fazer
fogo, mesmo sabendo que está descarregada;
• Nunca aceite, devolva ou pouse uma arma sem que esteja
descarregada, com o cão desarmado e com o tambor aberto
(no caso dos revólveres);
• Verifique com frequência o estado de conservação e limpeza
da sua arma, pois só assim poderá prevenir futuras avarias,
que teriam consequências graves em situação de crise.
Tenha especial atenção ao bom funcionamento e
desobstrução do carregador, corrediça/culatra, câmara e
cano;
• Ao terminar o serviço, se possível, guarde a arma na
arrecadação de material de guerra;
• Não leve a arma para a caserna, nem a deixe guardada no
armário;
• Não se iniba de chamar à atenção ou repreender um seu
camarada ou subordinado, sempre que verificar que estão a
ser desrespeitadas as normas elementares de segurança;
• Ao guardar a sua arma em casa, descarregue-a e efectue as
operações de segurança, coloque-a num local onde seja
inacessível a qualquer outra pessoa, em especial a crianças,
de preferência num compartimento fechado à chave. A arma
e as munições devem ser guardadas em locais separados;
• Não abandone nunca a sua arma, pois pode ser usada contra
si;
• Nunca deixe a arma em local onde possa ser facilmente
furtada, como por exemplo no porta-luvas do carro;
• Quando trajar à civil, transporte a sua arma num local
dissimulado. Deve de preferência usar uma “sovaqueira”;
• Nunca trepe ou salte um obstáculo, com munição
introduzida na câmara da arma;
• De igual modo, nunca a aponte para si agarrando na boca do
cano;
• Quando transportar a arma na mão, nunca deixe que
qualquer parte da mão ou outro objecto toquem no gatilho;
• Nunca deixar a pistola pronta a fazer fogo, se essa não for a
sua intenção;
• Utilize sempre munições de qualidade e do calibre
apropriado para a sua arma;
• Nunca ingira bebidas alcoólicas ou drogas antes ou durante
a realização do tiro;
• Utilize sempre óculos de protecção e protectores de ouvidos
durante o tiro;
• Tenha sempre a patilha de segurança em segurança e o cão
abatido, apenas alterando esta posição quando estiver pronto
para fazer tiro. Mantenha a arma apontada numa direcção
segura - linha de alvos ou espaldão - quando colocar a
patilha de segurança em fogo;
• Contar os disparos para saber as munições que ficam no
carregador, para que se possa, numa acção rápida, trocar de
carregador enquanto existe munição na câmara;
• Mantenha-se fora da zona normal de ejecção dos invólucros,
afastando da mesma eventuais camaradas que estejam perto
de si;
• Nunca premir o gatilho ou colocar o dedo no guarda-mato,
se não tiver em condições de apontar a um alvo e fazer fogo;
• Tenha sempre absoluta certeza quanto ao seu alvo e à zona
por detrás dele, antes de premir o gatilho. Um projéctil pode
percorrer uma distância de várias dezenas/centenas de
metros, para além do alvo - se o espaldão não o retiver -;
• Nunca dispare contra uma superfície dura, como rocha ou
aço, ou uma superfície líquida, como água;
• Nunca dispare perto de um animal, a não ser que esteja
treinado para aceitar o som produzido;
• Nunca incorra em “brincadeiras” quando tiver a sua arma
empunhada;
• Em caso de falha de disparo, mantenha sempre a arma
apontada ao alvo, ou para uma área segura, e espere 10 seg.
Se por acaso ocorreu uma falha na ignição da munição,
retardando a mesma, o disparo pode ocorrer passados 10
seg. Se, após transcorrido este tempo a situação se mantiver,
accione novamente o gatilho. Se mesmo assim não ocorrer o
disparo, e o motivo não seja visível (como poderia acontecer
se não tivesse havido extracção completa, e o invólucro
estivesse a impedir a introdução da munição seguinte) deve-
se proceder de acordo com a seguinte sequência:
♦ Colocar a patilha/comutador de segurança em segurança,
♦ Retirar o carregador,
♦ Puxar a culatra/corrediça à retaguarda,
♦ Retirar a munição e examiná-la, a fim de determinar se
houve ou não percussão. Se não houve, a causa pode
ficar a dever-se ao percutor estar partido, pelo que é
aconselhável fazer com que a arma seja observada pelo
mecânico de armamento. Se houve, a causa é a munição.
• Assegure-se sempre que a sua arma não está carregada antes
de a limpar ou guardar;
• Não efectue modificações na arma, pois o mecanismo de
segurança e o seu próprio funcionamento podem ser
afectados;
• Tenha sempre particular atenção a sinais de corrosão,
utilização de munições danificadas, deixar cair a arma no
chão, ou outro qualquer tipo de tratamento inapropriado,
pois tal pode causar estragos imperceptíveis. Se tal
acontecer entregá-la ao mecânico de armamento da Unidade
para que seja vista;
• Nunca abusar da utilização da arma, para fins distintos da
realização de tiro (real/“em seco”);
• Não deixe que lhe aconteça a si, ou junto de si, acidentes em
que posteriormente diga ou oiça dizer “pensava que a arma
estava descarregada!...”;
• NÃO LEIA apenas estas regras básicas!, PRATIQUE-AS e
obrigue quem estiver junto a si a fazê-lo.
Pense sempre que o primeiro e mais importante aspecto da
segurança de qualquer arma é o atirador. Todos os dispositivos
de segurança são mecânicos e o atirador é o único que põe a
arma em fogo/segurança. Não confie naqueles dispositivos,
pense de forma prevista e evite situações que possam provocar
acidentes.
Pelo facto das armas se distinguirem pelo seu manuseamento, o
atirador nunca deve disparar com a arma antes de com ela se
ter familiarizado. É necessário estudar o seu funcionamento e
praticar o seu manejo, sem a carregar - exercícios “em seco” -,
para se familiarizar com ela.
4.1 Generalidades
O poder derrubante da caçadeira é comparável com a sua
reputação e aparência intimidativa.
A caçadeira é uma arma versátil e rápida capaz de efectuar
um tiro preciso a pequenas distâncias, tendo boa penetração e
derrube. Em caso de haver problemas com a super-penetração
é aconselhável utilizar munições com chumbos diferentes,
permitindo assim que os mesmos reduzam a sua velocidade e
potencial letais se não atingirem o alvo.
Este tipo de armas oferece as seguintes vantagens:
• Reduz a possibilidade de que um presumível infractor
tenha para a tirar ao militar;
• O seu alcance limitado torna-a aconselhável para
operações em que tal seja um cuidado acrescido a ter em
conta (exemplo; busca e montar segurança a essa
operação).
Contudo, oferece as seguintes desvantagens:
• Reduzida capacidade de carregamento;
• Reduzida precisão;
• Fracas características de empunhamento;
• Grande dispersão de tiro (à medida que aumenta a
distância);
• O recuo é mais pronunciado;
• É mais perigoso para o atirador.
ARMAS ESPECIAIS
As armas que a seguir se apresentam foram adquiridas para a
força do Regimento de Infantaria deslocada em Timor. Pelo facto de
poderem ser desconhecidas para o leitor, aqui fica o registo
fotográfico de cada uma delas, juntamente com os respectivos
acessórios de algumas.
10 LANÇA-GRANADAS COUGAR 56 mm
Arma utilizada sobretudo na Manutenção de Ordem Pública, com
a finalidade de lançar granadas para o interior das manifestações,
provocando a consequente dispersão dos manifestantes. O Pelotão
de Operações Especiais pode também utilizá-la para lançar
granadas de gás ou de espanto no interior de um compartimento.
10.1 Tipos de granadas que utiliza
11 HK MSG 90
Arma de sniper que equipa o Pelotão de Operações Especiais
sendo utilizada em missões de assalto como arma para cobrir o
avanço das equipas de assalto. Pode servir também nas missões de
segurança pessoal para, de um ponto elevado, neutralizar uma
ameaça perigosa e para defesa de pontos sensíveis.
12 STEYR SSG-69
Arma de sniper que também equipa o Pelotão de Operações
Especiais tendo a mesma função que a arma anterior, sendo menos
potente. Contudo, como o sniper policial executa tiro entre os 100
e os 300 metros, esta arma cumpre na perfeição a sua função.
13 HK MP5 SD6
Arma em tudo igual à HK MP5 A4 com a particularidade de ter
silenciador o que permite, em missões encobertas, executar tiro
sem ser detectado, não perdendo a importância do factor surpresa.
14 HK MP5 K A1 COM MALA PARA SEGURANÇA
PESSOAL
Mala utilizada em missões de segurança pessoal, equipada no seu
interior com uma pistola-metralhadora HK MP5 KA1. Para a pôr
em funcionamento basta premir o gatilho que se encontra situado
na pega da referida mala.
Disp
Dispos
osit
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ntoo – ElemElemenento
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arquit
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tóni
nico
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destinados a interceptar os projécteis, o feixe de trajectórias e evitar a
formação de ricochetes.
Distribuição
Distribuição - Acção feita pelo elevador, posição dos elos da fita ou
alojamento
alojamento da lâmina por forma que os cartuchos sejam apresentados
um após outro.
50 METROS 50 METROS
POSI ÃO DE
50 METROS
ÁREA DE PROTEC ÃO
10%