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Descodificando alguns

Segredos das
Abelhas Sem Ferrão

Curso de João Pedro Cappas e Sousa

19 de Novembro 2010
Os Meliponíneos e Autonomia individual
As castas : obreiras , rainha , macho , intercastas ,
intersexos
O que é uma rainha
Obreiras normais , Obreiras rainhas ( Abelhas Pangolins ).
O Reflexo , o Instinto e o Racional
A Base da Comunicação: Comunicação Globalizante ,
Comunicação de Identidade e Comunicação Momentânea.
Os Feromonas anti casta.
A ovogenese e suas regras e seus problemas.
O diálogos nos Rituais de Postura. Descodificação da
linguagem.
Perguntas e Respostas ,as dúvidas sobre problemas.
Introdução
No mundo cientifico existem muitas verdades que são falsas e por isso só
atrapalham os nossos pensamentos. Ao perceber isso o Cappas com 8
anos pensou numa forma de eliminar as falsas verdades cientificas.
Lembrou-se então do funcionamento das células nervosas, os neurónios.

Cada afirmação verdadeira é como


um neurónio, ou seja se liga a outros
neurónios e não a um só.
Assim cada verdade cientifica ( neurónio ) se liga a muitas outras verdades
cientificas ( neurónios) o que comprova a sua veracidade.

Uma só ligação entre duas verdades indica que esta é falsa.

Deste modo um verdade cientifica se liga a outras verdades cientificas de


naturezas diferentes , como: citológicas , fisiológicas, químicas, anatómicas,
etológicas, comportamentais, embiológicas, de evolução... e muitas outras. O
que solidifica essa verdade cientifica numa teia de verdades. Realidade essa
que tornam essa verdade indestrutível.
Os Meliponíneos e Autonomia individual

Os insectos solitários apresentam uma autonomia individual , pois


conseguem ser auto-suficientes.

Cada insecto alimentam-se , cresce ,


acasala e multiplicam-se

Os insectos sociais originaram-se a partir


dos insectos solitário que são auto-
suficientes

Uma vespa primitiva


solitária deu origem ás
vespas sociais, ás formigas
sociais e ás abelhas sociais.
As primeiras vespas eram vegetarianas (Cimbicidae), possuíam um
ovipositor (uma seringa para injectar ovos ) para fazer as suas posturas
dentro dos vegetais.

Os adultos.

A postura de um ovo
numa folha , o ovipositor
em acção

As lagartas.
As vespas vegetarianas tinham larvas que também eram vegetarianas. As
vespas dos figos é um bom exemplo de uma simbiose entre a figueira e
uma vespa.
O figo especializou-se na multiplicação
das vespas e estas se especializaram-se
no transporte de polén e na polinização.

Foi através de uma


vespa vegetariana
comedora de polén
surgiram as abelhas.

A vespa desenvolveu um
ovipositor mais longo.
Algumas vespas vegetarianas alteraram o regime alimentar das suas larvas ao
injectarem os ovos em insectos. Deste modo os seus ovipositores se adaptaram
para perfurar os tecidos dos insectos em vez de perfurarem tecidos vegetais.

Uma vespa injectado um


ovo num pulgão.

As larvas destas vespas


começaram a comer
proteína animal .

Um grupo de 3 vespas injectando os


seus ovos através dos seus longos
ovipositores numa larva de
escaravelho da madeira .
Nas vespas caçadoras o ovipositor deu origem a um ferrão , pois deixou de
servir para injectar ovos nos hospedeiro. Servindo agora para injectar uma
substancia tóxica na presa. Assim surgiu o veneno.

Esse veneno mais tarde ganhou uma


segunda função, pois surgiu como arma de
defesa

As vespas Tarantas usam o seu veneno para


paralisar aranhas que servem de alimento ás
suas larvas. As aranhas são depositadas em
alvéolos construídos em argila.
Quando fortemente perturbadas elas usam
esse veneno como arma de defesa. Este alem
de provocar uma forte dor tem algum efeito
paralisante, por isso no Alentejo ( Sul de
Portugal ) as chamam de Tarantas.
As Dinoponeras sp. são
formigas primitivas que não
possuem a casta de rainhas
morfológicas. Nas suas
colónias uma obreira da elite
desempenha o papel de rainha
Nas mãe. Este fenómeno também é
encontrado nas vespas e nas
abelhas sociais mais primitivas.

As Formigas Primitivas são vespas sem


asas, onde os machos e as rainhas
virgens apresentam asas, uma
recordação atávica da sua evolução.

Nas Formigas Poneras sp. existe


rainha morfológicas , que normalmente
são maiores que as obreiras
As vespas solitárias deram origem ás vespas sociais.

A rainha fundadora a
iniciar o ninho.

Uma colónia com duas rainhas na elite.

Uma colónia com uma rainha mãe fundadora com


muitas obreiras. Dos casulos vai nascer obreiras
maiores que vão tornar a elite mais complexa.
As abelhas solitárias deram origem ás abelhas sociais.

Abelhas das
orquídeas,
Euglossinis em
actividades socais

O acasalamento de uma Nestas abelhas pode


abelha solitária Osmia sp . existir ninhos com
alguma sociabilidade.

As colónias de Abelhões
(Bombus sp.) apresentam
já uma sociabilidade
complexa como nas vespas
sociais, onde as elites se
manifestam na governação
da colónia.
Nas abelhas Apis mellifera os
indivíduos perderam a sua
autonomia individual. Uma
excepção .
A rainha mãe não consegue viver
sozinha e perdeu a faculdade de
fundar a sua colónia quando só,
como fazem as vespas e os
Abelhões.

As obreiras e os zângãos não podem viver


sozinhos como os insectos solitários. Isto
acontece porque são fortemente dependentes dos
Feromonas Reais produzidos pela rainha mãe.

O número mínimo de sobrevivência para as


obreiras de Apis mellifera é de 30 indivíduos. Só
assim sobre o efeito de grupo se formam obreiras
rainhas produtoras de Feromonas Reais, que vão
estabilizar os órgãos internos de cada individuo
desse grupo.
As vespas , as formigas e as abelhas
que formam sua colónia a partir de uma
rainha só, gozam de uma Autonomia
individual , tanto nas rainhas como nas
outras castas. Isto é cada individuo da
colónia tem a capacidade de poder
viver como um insecto solitário.

Uma rainha Bombus buscando um


lugar para hibernar.
Rainha de Paravespula em hibernação

Uma rainha de formiga ( Camponotus sp.)


com a sua cria. Inicio do ninho.
Os Meliponíneos possuem Autonomia Individual como os abelhões , as
formigas e as vespas. Isto é as rainhas , os machos e as obreiras podem
viver sozinhas como insectos solitários.
Por isso podemos ter machos errantes e obreiras que dormem fora da
colmeia onde nasceram e rainhas que se fecham em prisões reais.
Este ano vi rainhas virgens de Plebeia remota e Plebeia nigriceps viverem
sozinhas em colmeias iscas.
As rainhas virgens desactivadas podem funcionar
como obreiras e neste caso a sua Autonomia
Individual parece ficar sobre as ordens de abelhas
pertencentes à elite da colónia. Trata-se de uma
norma Universal pois é facilmente verificável nas
formigas , nas vespas e nas abelhas ( ex.:
Bombus ).
Já foram encontradas rainhas virgens de
Meliponíneos a colectar nas flores
A Autonomia Individual fica bloqueada quando os
Um Bombus que dorme indivíduos vivem em sociedade , pois ficam sobre
fora da sua colmeia as regras químicas do grupo dominante ( Elite ).
As castas : obreiras , rainha , macho , intercastas , intersexos

Os insectos solitários ao se agruparem deram origem a colónias de


indivíduos, que no inicio não possuíam uma diferenciação de castas .

As formigas Diacamma sp não possuem casta


de rainha e nas obreiras existe uma pequena
variação de tamanhos. È o inicio da formação
das castas.

Nas formigas Messor sp , existe muito


polimorfismo na casta de obreiras e de soldados.
Algumas castas soldados de formigas desenvolveram grandes
mandíbulas.
Temos o caso das formigas Eciton sp . Para que serve estes soldados ?
Muitos vão dizer que estas mandíbulas servem para morder ?

Mas como pode este soldado com músculos


tão fracos ter força nas mandíbulas?
Ele não é capaz que fechar e abrir bem as
mandíbulas ...pois sua amplitude de
movimentos é muito limitada .
Então estes soldados serve para quê ?

Para morder e transportar


presas na colónia existe
outros soldados iguais de
mandíbulas pequenas.
Os soldados de mandíbulas
pequenas , podem cortar e até
transportar as presas e as crias. São
então soldados de trabalho e defesa.

Os soldados de mandíbulas gigantes


são especializados na divulgação do
Feromona Mandibular Real, o
Feromona de coesão de grupo.
Estes soldados são obreiras rainhas
da colónia , pois pertencem à elite de
colónia.
Um facto curioso é que esses soldados de mandíbulas gigantes tem de ser
alimentadas na boca por outras obreiras , pois não tem a capacidade de
mastigar os alimentos . Existe neste fenómeno um paralelismo com os
soldados das térmitas que possuem mandíbulas grandes, pois estes também
tem de ser alimentados na boca pelas obreiras.

Os soldados das térmitas se formam a partir de uma


obreira que se transforma em soldado branco.

Soldado branco em
desenvolvimento.

Nas térmitas a casta


de soldado
desempenha algumas
funções das obreiras
rainhas , o mesmo
acontece nas
formigas.
Então numa colónia de insectos temos obreiras normais e obreiras da elite ou
seja obreiras rainhas.
A casta real morfológica surgiu a partir da casta de obreira , ou seja de uma
obreira rainha ( obreira com funções de rainha) que inicialmente tinham a forma
de rainhas ergatoides ( rainha com morfologia de obreira ).

A evolução transformou a casta de rainha em um insecto coordenador da


sociedade , actividade exercida através dos Hormonas de uso externo que tem o
nome de Feromonas. Por esta razão as rainhas sofreram uma morfologia e
tornaram-se muito diferentes da casta de obreira.

Uma colónias de formigas


Poneras, a maior é a
rainha , a seu lado direito
uma rainha ergatoide.
O insecto de cor amarela é
um macho ergatoide.
Um macho com forma ou
morfologia de obreira.
Nas abelhas Halictus de sociedades primitivas, todas as abelhas são iguais,
assim não há casta de obreiras. Quando a abelha mãe morre uma das umas
filhas toma a seu lugar.
Todas as fêmeas podem ser fecundadas.
A abelha da foto está desidratando o néctar
como fazem os Meliponíneos.

As abelhas primitiva Evylaeus


marginatus já apresenta uma casta de
fêmeas um pouco mais encorpadas, são
as rainhas fundadoras de colónias.

Uma abelha Evylaeus a desidratar


o néctar para assim fabricar mel.
As Abelhas Evylaeus marginatus fazem seus ninhos no solo , a abelha mãe
fundadora no primeiro ano cria uma ninhada de abelhas filhas de tamanho um
pouco menor, que funcionam com obreiras.

Vários ninhos, cada um com sua abelha


guarda , que pode ser uma obreira ou
uma rainha fundadora.

No segundo ano a rainha ou abelha


mãe perde a capacidade de voar.
As obreiras tem de colectar polén e
néctar para a sua sociedade.
Uma obreira guarda ou porteira , muito
usual nos Meliponíneos
A rainha ou abelha mãe
de Evylaues marginatus

No terceiro ano e quarto ano


o número de obreiras
aumenta e a elite se
desenvolve com o
aparecimento de obreiras
maiores.

Obreira transportando néctar no papo social e


polén nas patas.

No quinto ano dos ovos fecundados da abelha


mãe formam-se novas rainhas fundadoras e dos
ovos não fecundados das obreiras maiores
nascem os machos.
As obreiras maiores são na verdade obreiras
rainhas. Pois como a rainha também produzem
Feromonas Reais .
De uma forma semelhante se desenvolveu as rainhas morfológicas das
abelhas e das vespas modernas.
As rainhas adultas
mais evoluídas por
regra apresentam uma
fisógastrica, ou seja um
grande
desenvolvimento do
abdómen. Para que tal
aconteça ocorrem
mudas de crescimento
Rainha secundária fisógastrica de Reticulitermes. nas partes moles do
abdómen.
Rainha primaria de Fenómeno muito
térmita lembra uma conhecido nas rainhas
rainha de Melipona. das térmitas.

Rainha fisógastrica de Mandaçaia.


Os machos dos insectos sociais evoluíram a partir dos machos de insectos
solitários , por isso muitos deles podem ter vida solitária. Assim os machos de
vespas e de muitas abelhas e algumas formigas podem viver sozinhos.
Machos de Scaptotrigona num
agrupamento. Estes podem
viver solitariamente o que
permite a sua dispersão
genética por vastos territórios

Macho de uma abelha


solitária dormindo
agarrado a um ramo . Zangão ou Macho de Apis
mellifera. Estes já não podem
viver solitariamente.
Dependem de uma colónia
para sobreviver. Por este
motivo tem entrada livre em
qualquer colmeia.
Machos de Jatai na sua
posição de espera. Num
agrupamento.

A formação de agrupamentos de machos


é uma realidade muito antiga pois muitas
abelhas solitárias o praticam.
Nos Meliponíneos esse fenómeno é
frequente e por vezes formam nuvem com
várias espécies.

Agrupamento de machos de uma


abelha solitária
Machos de uma vespa solitária na atitude
típica de espera.

Um agrupamento de
machos de uma
abelha solitária.

Um agrupamento de
machos de Jandaíra
(Melipona subnitida ).

A fecundação de uma obreira de


Irai ( Nannotrigona testaceicornis)
situação múltipla numa colónia de
Mauro Soares Pinto em 2005.
Intercastas intersexos
Designasse intercastas aos insectos que tem características ( morfológicas e
químicas ) de duas ou mais castas. Nas vespas , nas abelhas e nas formigas
existe só intercastas entre as duas castas existentes , a casta de rainha e casta
de obreira. Nas térmitas podemos encontrar a junção de 3 castas nos indivíduos
Soldado Ninfal ( casta de Obreira , casta de Soldado e Ninfa Reprodutora).

Intercasta morfológica de Obreira/rainha em Mandaçaia ( Melipona


quadrifasciata quadrifasciata ) da minha colónia de 1989. Este individuo
apresenta as riscas amarelas típicas da casta Obreira. A sua pelagem amarelada
indica que alguns genes de rainha estão activo , porque nas obreiras estas
devem nascer com pelo branco/ cinza).
Intercasta morfológica de Rainha/obreira em Mandaçaia ( Melipona
quadrifasciata quadrifasciata ) da minha colónia de 1989. Esta abelha tem mais
característica de rainha que de obreira , por isso foi abortada ainda na fase de
pupa. A abertura genital é típica de rainha um “V” mais fechado. Na intercasta
anterior o “V” é mais aberto como nas obreiras.
Em todos os insectos sociais que conheço existem estas formas intermédias
entre castas a que damos o nome de intercastas. Trata-se de insectos com o
mesmo sexo por isso são só intercastas.
Exemplos da junção das 3 castas nas térmitas, intercastas soldado-sexuados (
junção de obreira , soldado e ninfa).
A – Soldada poedeira de Zootermopsis nevadensis; B- Nasutitermes guyanae ;
Microcerotermes arboreus e C-Soldado de Kalotermes occidentalis com cotos
alares.
Também existem intercastas nas abelhas Apis mellifera. Estas surgem em
colónias com rainha velha ou em colónias muitos populosas.

As intercastas não
nascem nas realeiras
mas sim em células
normais de obreira.
Trata-se de uma cria
de obreira que não
recebeu a quantidade
certa de Feromona
Real , por isso alguns
genes de rainha dos
seus cromossomas
se activaram.

A pupa ou crisálida do meio apresenta algumas características da casta


real , podemos perceber isso comparando esta com as outras duas pupas
que se encontra nos dois lados desta. Abdómen mais comprido e bicudo,
tórax maior , cabeça menos triangular como uma rainha e apresenta
corbículas como uma obreira.
A intercasta rainha/obreira de Apis mellifera com pouco tempo de
nascida. O abdómen é bem grande para uma obreira normal. Comparando
as cabeças nota-se que a cabeça de uma obreira normal que está a
nascer é bem diferente da cabeça da intercasta. As corbículas da
intercasta estão bem visíveis. O tórax da intercasta se assemelha a de
uma rainha.
Nos Meliponíneos também ocorrem intercastas funcionais , nesta foto temos uma
intercasta Rainha/obreira fisogastrica de Guaraipo ( Melipona bicolor schenki )
em plena função reprodutiva .Os anéis do abdómen ainda apresentam algumas
características morfológicas de obreira, por isso ficam levantados nas pontas. O
tórax é típico de obreira e a cabeça é um misto de obreira e rainha. As patas são
do tipo obreira e apresenta corbículas.
Na foto podemos ver uma obreira gigante que também pertence à elite .
intersexos
O intersexo é um
insecto que tem
uma mistura das
características
dos dois sexos .
Os mais
frequentes é
aparecer um
macho com
algumas
características
de obreira.
Quando se junta
um intersexo e
uma intercasta
temos insectos
muito estranhos,
Uma intercasta e intersexo em uma abelha Mandaçaia. pois a parte
Neste Caso uma Rainha/ macho, corpo de rainha com feminina tem a
genitália masculina. Isto acontece porque os genes reais forma de rainha
deste insecto não foram bloqueados através dos Feromonas em vez de
Reais. obreira .
Um macho de Mandaçaia com corbículas cheias de pólen .

Eu já vi machos com corbículas em várias


espécies de Meliponíneos. (Jandaíra, Uruçu ...).
Uma rainha virgem de Guaraipo (Melipona bicolor schenki )com corbículas

Este fenómeno também


ocorre em outros
Meliponíneos. Estas
rainhas são funcionais
como as outras normais .

Tal como os machos com


corbículas, as rainhas de
corbículas ou cestas de polén
podem usa-las para o
transporte do polén como
fazem as obreiras .
O que é uma rainha?
Como podemos ver a rainha morfológica deriva de uma evolução da casta de
obreira.

A rainha de Meliponíneos quando nasce


liberta o odor da sua casta , mas isso
não lhe dá o estatuto de rainha. O que
lhe dá o estatuto real é a produção dos
Feromonas Reais.
Em Melipona as rainhas nascem com os
seus abdomens quase vazios.

Uma rainha Mandaçaia com o


seu abdómen insuflado.

Vista dorsal de abdómenes de


rainha virgens de Mandaçaia , um
em repouso e o outro insuflado.
Vista ventral de abdómenes de
rainha virgens de Mandaçaia ,
um em repouso e o outro
insuflado.

Notem a abertura genital em


forma de “V” fechado.

Esquema em corte
mostrando que todas as
entranhas de uma rainha
virgem ocupam pouco
espaço no seu abdómen. A
verde o aparelho digestivo ,
a vermelho o aparelho
reprodutor.
Os anéis se encaixam
como um fole de harmónio.
Uma rainha virgem activa para se tornar uma rainha mãe tem de passar por
várias fases: 1 A escolha e aceitação da rainha virgem pelas abelhas da
colónia. 2 A rainha virgem tem de engordar e ficar madura sexualmente.
3 Depois de um voo de orientação se dá a fecundação.
4 Ao regressar fecundada tem de ser aceite de novo pelas abelhas e só
depois disso começa a sua fisógastria.

As rainhas
virgens
podem ter
vários
tamanhos ,
podem ser
anãs ,
pequenas ,
medias e
gigantes .

Polimorfismo em rainhas e obreiras de uma mesma colónia


de Plebeia remota. Uma rainha grande e uma rainha
pequena. Em baixo a sequencia de uma obreira gigante até
uma obreira anã.
Polimorfismo em rainhas virgens de Mandaçaia ( Melipona qq ) da esquerda para
a direita : 3 rainhas grandes , 3 rainhas médias ou normais , 3 rainhas pequenas e
1 rainha anã.
Todas essas rainhas de Melipona são funcionais apesar do tamanho. O mesmos
acontece com as rainhas das Trigonini.
As rainhas menores em Trigonini compensam a sua falta de tamanho com uma
maior fisógastria, ficando estas semelhantes ás rainhas de Meliponini.
As rainhas de Meliponini são na verdade rainhas pequenas de Trigonini pois
estas nascem de células de cria típicas de obreiras.
As células reais grandes conhecidas erradamente por “realeiras” em Trigonini
não desapareceram nas Meliponas. O que aconteceu é que em Melipona todas
as células ficaram grandes. Isto aconteceu porque o Feromona Corporal Real
ficou mais fraco o que obrigou a um aumento das células de cria.
As rainhas ficam activas quando começam a produzir os Feromonas Reais ,
que são dois: Feromona Mandibular Real e o Feromona Corporal Real.
O Feromona Mandibular
Real é uma combinação
de químicos que são
elaborados pelas
glândulas mandibulares
reais ou por glândulas
mandibulares de obreira
modificadas para reais
( obreiras rainhas ).

O Feromona Corporal
Real é uma combinação
de químicos que são
elaborados pelas
glândulas tergais reais
e por outras glândulas
complementares que se
encontram no abdómen
real ( rainha , obreiras
rainhas grandes e
Uma rainha virgem a ser aceite.
gigantes).
Estes dois Feromonas são Antagónicos e reagem entre si. Por isso a rainha
virgem tem dois rituais de aceitação. ( A rainha virgem usa o Feromona Real que
está em falta para subjugar as obreiras rivais , em caso contrario ele seria logo
morta.)

Ritual Normal , a rainha virgem usa Ritual Priscila , a rainha virgem usa
o Feromona Mandibular Real ( Bafo o Feromona Corporal Real ( ponta
Real ) para afastar as obreiras ao do abdómen ) para afastar as
seu redor. obreiras ao seu redor.

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