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ETEC Polivalente de Americana

RELAÇÕES ECOLÓGICAS
ENTRE
OS SERES VIVOS
As relações ecológicas ocorrem dentro da mesma população
(isto é, entre indivíduos da mesma espécie), ou entre
populações diferentes (entre indivíduos de espécies
diferentes). Essas relações estabelecem-se na busca por
alimento, água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para
reprodução.

INTRAESPECÍFICA INTERESPECÍFICA

Entre indivíduos da mesma espécie Entre indivíduos de espécies diferentes


HARMÔNICAS X DESARMÔNICAS
...HARMÔNICAS (intraespecíficas)

Sociedade

União permanente entre indivíduos em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos


sociais (abelhas, formigas e cupins)

Colônia

Associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-


cérebro, caravela.
Colônia é um grupo de organismos da mesma espécie que formam uma
entidade diferente dos organismos individuais. Por vezes, alguns destes
indivíduos especializam-se em determinadas funções necessárias à colônia. Um
recife de coral, por exemplo, é construído por milhões de pequenos animais
(pólipos) que secretam à sua volta um esqueleto rígido. A Caravela é formada
por centenas de pólipos seguros a um flutuador, especializados nas diferentes
funções, como a alimentação e a defesa; cada um deles não sobrevive isolado
da colônia.

Curiosidade...

Entre os mamíferos também encontramos vários exemplos de sociedades, como os dos


castores, a dos gorilas, a dos babuínos e a da própria espécie humana. A divisão de
trabalho não é tão rigorosa quanto as abelhas, mas também há varias formas de
cooperação. É comum, por exemplo, um animal soltar um grito de alarme quando vê um
predador se aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir alimento com outros.
...HARMÔNICAS (interespecíficas)

Mutualismo

Associação obrigatória entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen,


bois e microrganismos do sistema digestório, micorrizas.

Comensalismo

Associação em que um indivíduo aproveita restos de alimentares


do outro, sem prejudicá-lo. Ex.: Tubarão e Rêmoras, Leão e a
Hiena, Urubu e o Homem.

Protocooperação

Associação facultativa entre indivíduos, em que ambos


se beneficiam. Ex.: Anêmona do Mar e paguro, gado e
garça-vaqueira (limpeza dos carrapatos), crocodilo
africano e ave palito (higiene bucal).
Líquen (alga e fungo) = mutualismo

Imagem de microscopia eletrônica de varredura

Líquen (alga e fungo) = mutualismo


Micorriza (Fungo e Raízes de Plantas) = mutualismo
Alguns tipos de vegetais interagem com as
bactérias fixadoras de nitrogênio, retirando
diretamente do ar o nitrogênio - em forma
gasosa - e transformando-o em formas
absorvíveis. Uma das associações mais
conhecidas é a que ocorre entre várias
espécies de leguminosas e as bactérias da
família Rhizobiaceae e pode ser
verificada através da formação
de nódulos nas raízes = simbiose =
Mutualismo
Peixe-palhaço e Anêmona = Protocooperação

Paguro e Anêmona = Protocooperação


Outros exemplos de Protocooperação...

O pinhão, semente da araucária, pode ser


dispersado pelas gralhas azuis que se
alimentam da semente mas que as vezes as
perdem durante o voo, atuando na
dispersão.

Abelha polinizando uma flor


Inquilinismo

Um ser vivo utiliza o outro como suporte, moradia ou abrigo. Ex.: epífitas –
Bromélias e orquídeas sobre os troncos das árvores.
...DESARMÔNICAS (intraespecíficas)

Competição

Animais – competem pelo território, pelo alimento e por parceiro na reprodução.


Plantas – competem pelos nutrientes do solo, luz, água, etc.

A COMPETIÇÃO É UM DOS FATORES LIMITANTES DO CRESCIMENTO


DAS POPULAÇÕES NATURAIS E ESTÁ INTIMAMENTE RELACIONADA
COM O PROCESSO EVOLUTIVO POR SELEÇÃO NATURAL

Canibalismo

Relação desarmônica em que um indivíduo mata outro da


mesma espécie para se alimentar. Ex.: louva-a-Deus,
aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre materno.
...DESARMÔNICAS (interespecíficas)

Predatismo

Relação em que um animal captura e mata indivíduos


de outra espécie para se alimentar. Ex.: cobra e rato,
homem e gado.

• herbivoria; Planta Carnívora Dioneia


• plantas carnívoras.

É UM DOS FATORES LIMITANTES DO CRESCIMENTO


DAS POPULAÇÕES NATURAIS

Perpetuação de características que garantem ora o sucesso


da presa, ora do predador!!!
Parasitismo

Indivíduos de uma espécie vivem no corpo de outro, do qual retiram alimento. Ex.:
Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas do ser humano.

• endoparasitas;
• ectoparasitas.
Lombriga = endoparasita humano

Predadores – planta inteira


Animais herbívoros

Parasitas – partes dela


Amensalismo

Relação em que indivíduos de uma espécie produzem toxinas que inibem ou


impedem o desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha, cobra (veneno) e
homem, fungo penicillium (penicilina) e bactérias.

Competição

Disputa por recursos escassos no ambiente entre indivíduos de espécies diferentes


(nichos ecológicos semelhantes). Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos deixados
pelo tubarão)
...um caso à parte

Sinfilia

Uma espécie captura, faz uso do trabalho, das atividades e até dos alimentos de
outra espécie. Ex.: formigas e pulgões.
Princípio de Gause
ou Princípio da
Exclusão
Competitiva

Crescimento de duas espécies


de Paramécias – Paramecium
caudatum e P. aurelia. Em
culturas separadas, ambas as
espécies apresentam um
crescimento logístico. Em
cultura mista, P. caudatum é
eliminada por P. aurelia (Gauge,
1935). Fonte: Princípios de
Ecologia, Artmed.
MIMETISMO X CAMUFLAGEM
Camuflagem

Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que


vivem para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador,
quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode
se esconder mais facilmente de seu predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a cor é a
mesma do meio onde vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos
que compõe o meio.

- Homocromia
Como exemplo, podemos citar os ursos polares, que têm o pêlo branco que
confunde-se com a neve.

- Homotipia
O bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos
semelhantes à forma de seu corpo.
Mimetismo

Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os


animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com
intuito de parecer quem não é.

- Mimetismo de Defesa
Batesiano: mimetismo de defesa em que um modelo tóxico ou perigoso é imitado,
evolutivamente, por espécies “saborosas” ou inofensivas, evitando, dessa forma, serem
atacadas pelos predadores. A relação borboletas monarcas/borboletas vice-rei, bem
como a relação corais verdadeira/corais falsas, são exemplos de mimetismo batesiano,
cuja denominação se deve ao naturalista inglês Henry Walter Bates.

Mulleriano: mimetismo em que duas ou mais espécies de sabor desagradável ou


venenosas para os predadores apresentam coloração de advertência semelhante. Graças a
essa “analogia”, ambas ampliam o número de espécies de inimigos que passam a evitá-las.
Esse tipo de mimetismo, cuja denominação se deve ao pesquisador alemão naturalizado
brasileiro Fritz Müller, ocorre, por exemplo, entre as corais-verdadeiras, todas peçonhentas.
O fato de as várias espécies dessas corais serem parecidas leva os inimigos a evitar todas
elas.

- Mimetismo de ataque
Peckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa.
Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para se aproximar da presa.
Referências Bibliográficas

• Só Biologia – Relações Ecológicas. Disponível em:


<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/relacoesecologicas.php> . Acesso em:
02 de Março de 2017.
• Algo Sobre – Micorrizas. Disponível em:
<https://www.algosobre.com.br/images/stories/biologia/micorriza_02.jpg>. Acesso em:
02 de Março de 2017.
• Biologia ao Extremo. Disponível em:
<http://biologiaaoextremo2014.blogspot.com.br/2015/04/diferenciando-coral-verdadeira-
da-falsa.html>. Acesso em: 03 de Março de 2017.
• Blog do Prof. Djalma Santos. Mimetismo e Camuflagem. Disponível em:
<https://djalmasantos.wordpress.com/2012/05/10/mimetismo-e-camuflagem/>. Acesso
em: 26 de Julho de 2017.
• Biologia em Contexto: Do Universo às Células Vivas - Volume 1 - 1ª edição
Martho, Gilberto Rodrigues; Amabis, José Mariano
São Paulo: Editora Moderna, 2013
• Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em:
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_31_711200516717.html>. Acesso em: 18 de Junho de 2020.

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