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A discussão atual sobre empreendimentos deve ser alimentada e trabalhada objetivando esclarecer ao público-alvo
o fazer empreendedorismo utilizando conhecimentos e técnicas para o planejamento em seus níveis, o processo
de produção, comercialização e o feedback necessários que embasem o desenvolvimento tanto das ideias
empreendedoras quanto os empreendimentos tomando forma a partir delas.
Texto-base para a disciplina Empreendedorismo para
os cursos Técnico do IFAM/CMA
(Maquiavel)
Maués/Am; 2021
APRESENTAÇÃO
Empreender não é somente uma missão, mas sobretudo é atitude, organização e vontade de fazer algo que
ainda não foi feito. O ser humano é empreendedor, afinal empreender consiste também em atender suas
expectativas pessoais como concluir o curso técnico, montar uma empresa, constituir uma família, criar
filhos ou simplesmente malhar bastante para adquirir o corpo desejado. Todo empreendimento humano é
realizado para atender a uma finalidade que trará satisfação e conhecimento.
Neste material trataremos de aspectos importantes para o empreender, para o empreendedor. Vamos ainda
discutir oportunidades de negócios, carreiras, tecnologias, comportamento empreendedor, clima
organizacional e planos de negócios.
E finalizaremos elaborando um produto ou serviço, a partir das ideias propostas por equipes de trabalho
que farão a apresentação em página de mídia social.
E antes de encerrar, informo que este texto é uma compilação de outros textos de autores conhecidos e
fruto da análise deste professor sobre o que seria mais importante para o aprendizado dos discentes.
Introdução
História
Conceito de empreendedorismo
O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e
gerir um negócio, gerando resultados positivos. Então qual a importância das habilidades e competências
para o empreendedor?
É necessário analisar se você possui as habilidades e competências necessárias para empreender,
afinal se você as tiver, é preciso se empenhar para construir novos aprendizados, até porque tirar uma ideia
do papel não é uma tarefa simples e por isso é importante ter conhecimentos variados e aprimorar
características pessoais.
Algumas habilidades e competências que o empreendedor precisar ter ou desenvolver:
Capacidade de execução
A capacidade de execução significa trabalhar duro de verdade, ou seja, fazer acontecer. Assim, é
possível sair do campo das ideias e ir para a prática o mais rápido possível. Com isso, você pode lançar seu
produto e fazer os ajustes necessários. Seja no modelo de negócios, no time, ou em qualquer outra área. Por
meio da capacidade de execução, você conseguirá adaptar tudo conforme as necessidades do mercado.
Mentalidade enxuta
É essencial ser enxuto para economizar os seus recursos ao máximo, mas mesmo assim, entregar
um resultado acima da média. Você já deve ter escutado coisas como “melhor feito do que perfeito” ou
“erre rápido e corrija rápido”.
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Todas essas frases deixam claro o mindset de startup, de quem faz com pouco, e não tem medo de
errar. Lembre-se que se você nunca vai se sentir totalmente pronto para lançar o seu produto, então, por
que não lançar hoje? Assim, você identifica logo o que está errado e precisa ser desenvolvido.
Criatividade
Quem tem sucesso no empreendedorismo, com certeza tem criatividade. Até porque é necessário
ser criativo(a) para criar soluções com os recursos que se tem.
Aprendizado constante
Em qualquer profissão, é importante estar sempre atualizado(a) e aprender novas habilidades e
competências. Para empreendedores, isso é ainda mais importante. Até porque no início do projeto, se você
não sabe algo, precisa ser autodidata para aprender, sem contar o fato de que o mercado se transforma
muito rápido.
Flexibilidade
A flexibilidade também é uma habilidade muito importante no empreendedorismo. Com ela, você
consegue se adaptar às mudanças e acompanhar o ritmo acelerado do mercado. Ainda, ela envolve estar
aberto(a) a críticas e ser humilde. Dessa forma, você se torna capaz de reconhecer seus erros e corrigi-los.
Persistência
Como já falamos, criar um negócio envolve diversos processos de tentativa e erro. Então, você
precisa ser resiliente para continuar encarando desafios. É essencial estar disposto a rever o modelo de
negócios, experimentar outras soluções ou até recomeçar tudo.
Para isso, participe de seminários, feiras e eventos. Seja comunicativo e tenha sempre um cartão
profissional para entregar para outras pessoas. Após isso, lembre-se de enviar mensagens e continuar
cultivando bons relacionamentos.
Não tenha medo dos desafios: as situações desafiadoras fazem parte do cotidiano empreendedor.
Por mais assustador que isso pareça, encarar desafios é uma ótima forma de adquirir novos aprendizados e
aprimorar habilidades e competências. Então, encare as situações adversas como oportunidades de
aprendizado, seja profissional ou pessoal. E, procure sempre extrair o máximo de aprendizado e crescimento
dessas experiências.
Pratique a autocrítica: empreendedores de sucesso devem ser críticos consigo mesmos. Tente
sempre reconhecer seus erros e dificuldades, pois só assim você percebe no que deve melhorar. Mas, lembre-
se que também é importante celebrar seus pontos fortes.
Estude o seu nicho de mercado: é essencial que você, empreendedor(a), conheça muito bem
o nicho de mercado em que está inserido. Dessa forma, você pode ficar de olho nas tendências e continuar
se atualizando sempre. Com o tempo, você e sua marca ganharão autoridade, o que é essencial para o sucesso
de um negócio.
Mas será que todas as pessoas que pensam em empreender possuem tais qualidades? Ou será que
muitas imaginam que apenas o simples fato de passarem para o outro lado fará mudar automaticamente de
atitude?
Atividades
Perfil do empreendedor
Um negócio é tocado com inspiração, mas também com muita transpiração. Dentre os aspectos
fundamentais da personalidade de um empresário de sucesso destacam-se:
Criatividade: Aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacionamento de problemas.
Liderança: inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades, formar equipe, criar um clima de
moral elevado, saber compartilhar ideias, ouvir, aceitar opiniões, elogiar e criticar pessoas.
Perseverança: Manter-se firme em seus propósitos, sem deixar de enxergar os limites de sua
possibilidade, buscando metas viáveis até mesmo em situações adversas.
Flexibilidade: Controlar seus impulsos para ajustar-se quando a situação demandar mudanças,
estar aberto para estudar e aprender sempre.
Vontade de trabalhar: Dedicar-se plenamente e de forma entusiasmada ao seu negócio.
Automotivação: Encontrar a realização pessoal no trabalho e seus resultados.
Formação permanente: Buscar constantemente informações sobre o mercado e atualização
profissional sobre novas técnicas gerenciais.
Organização: Compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e
administrativo de forma lógica e racional, entender as alterações ocorridas no meio ambiente externo de
forma a estruturar a empresa para melhor lidar com essas mudanças.
Senso crítico: Antecipar-se aos problemas principais, analisando-os friamente.
2. Ética
A ética é um conjunto de valores e princípios que orientam as relações dos indivíduos uns com os
outros.
Ter uma boa conduta principalmente no ambiente de trabalho significa que o empreendedor coloca
a responsabilidade em primeiro plano.
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Isso faz com que ele adquira o respeito e a credibilidade de todos que estão a sua volta, sem passar
por cima de ninguém nem agir de maneira oportunista.
A ética profissional cria um ambiente de trabalho com pessoas preocupadas com a honestidade e
transparência, o que gera mais satisfação e produtividade.
Os verdadeiros empreendedores de sucesso são aqueles que conseguem não só o êxito financeiro,
mas que permearam seu trabalho e conduziram seus negócios por meio de valores éticos e morais e, assim,
impactaram a vida de outras pessoas a seu redor.
3. Resiliência
Muitas pessoas veem a figura do empreendedor como alguém iluminado, com sorte. Mas o que ele
precisa mesmo é ser resiliente.
A resiliência é a capacidade com que a pessoa tem de se sustentar ou recuperar ao se deparar com
dificuldades ou mudanças bruscas.
No campo do trabalho, a resiliência também significa profissionalismo e inovação frente às
adversidades.
É por meio dela que os empreendedores conseguem avaliar todas as condições, serem flexíveis em
momentos duros, mas, mais do que isso, serem capazes de buscar novos trajetos para saírem mais
fortalecidos após um obstáculo.
Em outras palavras, a resiliência no perfil do empreendedor é a capacidade de manter o foco e
encontrar saídas criativas apesar de tudo.
4. Proatividade
O sucesso não chega para ninguém que fica parado esperando acontecer.
Ter um perfil empreendedor envolve ter iniciativa e planejamento.
É muito melhor partir para a ação e antecipar as demandas do que esperar que elas aconteçam para
então tomar uma decisão. Isso é usar a proatividade a seu favor.
Esse é um hábito que pode desenvolver e que deve ser cultivado se você quiser ser bem-sucedido
em seu negócio.
Por estarem atentas e sempre dispostas, as pessoas proativas conseguem resultados à frente de
outras que não conseguem se programar ou agir sem que alguém ordene.
Além disso, pessoas proativas sabem o que é esperado delas e procuram fazer mais, buscando
sempre o aperfeiçoamento de seus conhecimentos e habilidades.
5. Criatividade
A criatividade nada mais é do que a capacidade de criação que uma pessoa possui.
Grandes nomes do empreendedorismo não chegaram onde estão acompanhando atitudes comuns,
que todos costumam ter.
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Um exemplo disso é Paula Abreu, que apesar de ter uma carreira consolidada e bem-sucedida,
decidiu usar sua criatividade para empreender e assim mudar seu futuro e rumo profissional.
Ou seja, é preciso inovar e criar seus próprios métodos.
Algumas pessoas são mais criativas que outras por natureza, mas a boa notícia é que a criatividade
pode ser trabalhada.
É possível estimular seu cérebro com atividades simples para desenvolver uma mente
empreendedora e criativa.
Atividades como meditação, praticar esportes, ir a museus ou aprender algo novo são muito
importantes para expandir sua mente e ter ideias novas.
6. Liderança
7. Paciência
8. Ambição
Muita gente confunde ganância com ambição, mas elas não querem dizer a mesma coisa.
Enquanto a ganância é uma vontade exagerada de possuir tudo e de maneira egoísta, a ambição é
uma motivação para conquistar aquilo que você deseja.
Ser uma pessoa com ambições quer dizer que você tem metas e propósitos.
Um empreendedor utiliza sua ambição como um estímulo.
A ambição deve ser sempre dosada, para funcionar mais como um potencializador de suas metas e
ações. É bom saber onde você quer chegar para focar no como.
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Por isso, com ela devem vir juntos doses de coragem e organização, bem como força de vontade e
confiança nos próprios sonhos e potencial.
9. Autoconfiança
Se você quer ter seu próprio negócio é preciso muito acreditar em si mesmo.
O medo é um grande inimigo dos empreendedores. Ele permite que muitas boas ideias fiquem pelo
caminho apenas por falta de confiança.
As dúvidas poderão surgir pelo caminho, mas trabalhar a autoconfiança é essencial para fortalecer
suas capacidades.
É por meio dela que você encontra a força para tomar as decisões e realizar os projetos.
E como ter a credibilidade de clientes, parceiros e funcionários se você mesmo não se sentir seguro
de seus atos?
Orgulhar-se de si mesmo e saber de sua capacidade, transformando os pontos fracos em pontos
fortes, são traços do perfil do empreendedor e de pessoas determinadas ao sucesso.
Atividades
A abertura de empresas tem uma grande importância na sociedade em que vivemos, pois gera
diversos benefícios, como empregos e riquezas para o país. Por outro lado, sempre que uma empresa fecha,
também ocorrem impactos na sociedade. As pessoas ficam sem seus empregos, o governo deixa de arrecadar
tributos e todo o investimento realizado no negócio é perdido.
Esta é uma questão complexa e que não tem uma resposta exata. Muitos fatores podem resultar no
fechamento de uma empresa. Como exemplo, podemos citar a falta de planejamento do negócio, as
dificuldades em administrar a empresa, as dificuldades em atender às necessidades do mercado etc. Estes
fatores, muitas vezes combinados, contribuem para a falta de clientes, incapacidade de lidar com a
concorrência, falta de recursos financeiros e muitas outras situações que são negativas para qualquer
empreendimento.
Desta forma, poderíamos listar aqui inúmeros aspectos que podem ter como consequência o
desaparecimento de uma empresa, ainda mais nos dias de hoje, em que as coisas mudam rapidamente e é
necessário ser bastante ágil para responder a todo momento às novas exigências do mercado.
Mas se existem tantos problemas, como uma empresa deve agir para permanecer no mercado? Esta
é outra questão bastante ampla, mas, nos dias atuais, podemos dizer que uma maneira de a empresa
permanecer no mercado é estar sempre atenta às oportunidades. Isso mesmo, oportunidades. Vamos
entender melhor? Diferente do que muita gente pensa, uma ideia de negócio não significa uma oportunidade
de negócio. Uma ideia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de
uma necessidade de mercado. Ou seja, quando existem potenciais clientes. Uma oportunidade também tem
seu tempo, isto é, seu momento correto. Por exemplo, um produto que num primeiro momento traduz o
aproveitamento de uma grande oportunidade, um ano depois pode estar ultrapassado e não ser mais
lembrado pelos consumidores.
Se a empresa que o comercializa não estiver preparada para melhorar, atualizar ou até mesmo
substituir o produto, poderá estar entrando na “fila” das empresas que irão desaparecer. Assim, uma empresa
somente pode permanecer no mercado se ela está aproveitando as oportunidades que se apresentam. E
fazer isso exige inicialmente uma postura do empreendedor de sempre estar atento ao que está acontecendo
ao redor do seu negócio. Se considerarmos a empresa como se fosse uma árvore, a atitude do empreendedor,
neste caso, seria a de olhar para a floresta, ou para o todo, ou para o sistema, como se costuma dizer. Na
prática, esta postura significa participar de várias atividades, como feiras, exposições e eventos relacionados
ao setor de negócios no qual a empresa atua, procurar ler revistas do segmento, participar de reuniões e
encontros em associações, conversar com os concorrentes, clientes, empregados, fornecedores e
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Esta é a dinâmica da oportunidade. Se sua empresa descobre uma oportunidade e age para
aproveitá-la, passa a ter uma grande chance de se a escolhida pelos clientes na hora da decisão de compra.
Entretanto, existem muitas empresas que atuam sobre uma oportunidade que foi detectada há muitos tempo
atrás. E é difícil comercializar produtos e serviços sem atratividade. A solução acaba sendo a diminuição dos
preços e, depois, da qualidade. Consequentemente, problemas de fluxo de caixa também podem começar a
ocorrer. Como a competição no mercado é grande, os clientes passam a optar por produtos de concorrentes.
Com menos clientes, a situação se complica e então mais uma empresa está prestes a fechar as
portas.
Descobrindo oportunidades
Vamos voltar ao caso do disque-pizza. O negócio surgiu quando diversos fatores, aparentemente
sem nenhuma relação, geraram uma ideia que se traduziu em uma oportunidade de negócio. Alguns destes
fatores foram:
1. A percepção de que as pessoas tinham cada vez menos tempo;
2. A tecnologia existente nos telefones e disponível para a população;
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Para responder a esta pergunta, várias ideias deverão ser geradas até que uma delas seja uma
oportunidade em potencial. Claro que sempre que algo novo ou diferente é realizado, existe o risco do
desconhecido.
Assim, a empresa deve procurar reduzir este risco, aperfeiçoando a qualidade da informação sobre
os fatores que constituem a potencial oportunidade. Vamos dizer que, no exemplo do disque-pizza, a pessoa
que teve a ideia e que ainda não tinha certeza de que era uma oportunidade, se precaveu com as seguintes
ações:
• Realização de uma pesquisa com clientes em potencial, procurando entender seus hábitos,
preferências etc.;
• Identificação de um setor da cidade que seria atendido pelo serviço em fase de teste;
• Verificação de quantas pessoas moravam naquela área e quantas tinham telefone.
Com estas atitudes, houve a caracterização da oportunidade e os riscos da ideia inicial diminuíram.
Tendo maior segurança sobre a oportunidade, é então chegado o momento de planejar a ação.
Depois, basta realizar o planejado e acompanhar os resultados. Se forem realmente interessantes, pode-se
começar a pensar na ampliação do mercado.
Aos olhos das outras pessoas, pode parecer sorte que o negócio tenha prosperado. Mas sabemos
que o que ocorreu foi uma atitude profissional diante de uma oportunidade de negócio.
Podemos então relacionar uma série de questões cujas respostas ampliarão a compreensão sobre a
oportunidade:
• Existe uma necessidade de mercado que não é suprida ou é suprida com deficiências?
• Qual é a quantidade de potenciais clientes para este negócio? Qual é o seu perfil? Onde se
localizam?
• Quais são os principais concorrentes? Quais são os seus pontos fortes e fracos?
• Existem ameaças, como, por exemplo, uma nova tecnologia que está prestes a entrar no mercado?
• Existem aspectos legais específicos que devem ser considerados?
• Quais são os valores que o novo produto/serviço agrega para os clientes?
• Quais são as vantagens que a empresa terá ao entrar no negócio?
• Será que o momento correto é realmente este?
• A oportunidade de negócio condiz com as expectativas de lucro da empresa?
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Este ciclo não deve parar nunca e pode ser aplicado tanto em uma loja quanto em uma indústria ou
em uma empresa prestadora de serviços. Na maioria dos segmentos de negócios, a maneira como a empresa
lida com este ciclo contribui bastante para seu posicionamento competitivo.
Para ser competitivo basta detectar oportunidades?
Não...
É preciso também ter competência para aproveitar a oportunidade detectada de forma que a
empresa tenha um excelente retorno sobre o investimento realizado.
Em outras palavras, é preciso ser profissional para aproveitar ao máximo a oportunidade e, neste
sentido, algumas recomendações são importantes:
Planejamento
Planejar a atuação sobre uma oportunidade detectada pode ser a diferença entre o sucesso e o
fracasso.
De uma forma bastante simples, planejar significa responder o que será feito, como será feito,
quanto irá custar, quem irá fazer, porque será feito e quando será feito. Pode até ser que neste momento
seja detectado algum item que inviabilize a ação da empresa em relação ao aproveitamento da oportunidade.
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Acompanhamento e controle
Coerência
A maneira como a empresa organiza seus processos para aproveitar uma oportunidade deve ser
coerente com as condições que caracterizam a própria oportunidade. Por exemplo: uma loja de roupas que
esteja se reposicionando para atuar no segmento jovem deverá adaptar seus processos, instalações, forma
de atendimento, etc., para estar adequada ao novo público. Se isso não for feito, pode até existir a
oportunidade, mas com certeza seu aproveitamento pleno não ocorrerá. Esta questão pode parecer simples,
mas muitos negócios incorrem neste erro e fecham suas portas. Claro, se não houver coerência entre a
oportunidade e o negócio, é muito provável que faltem clientes.
Atividades
Configuram-se como um local adequado para dar abrigo e apoio às Micro, Pequenas e Médias
Empresas - MPMEs, tendo como foco principal de suas ações possibilitar-lhes acesso a instalações físicas
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Serviços básicos Telefonia e acesso a internet, recepcionista, segurança, cópias de documentos, acesso
a laboratórios especializados nas universidades e instituições parceiras da incubadora.
Assessoria Gestão empresarial e tecnológica, jurídica, apuração e controle de custo, gestão
financeira, comercialização de produtos e serviços, marketing, exportação e
assessoramento para o desenvolvimento do negócio.
Qualificação Treinamento, cursos de capacitação, propriedade intelectual, assinaturas de revistas,
jornais e publicações.
As IEBTs são concebidas como unidades onde funcionam num determinado período de tempo,
empresas ou departamentos que desenvolvem produtos e projetos de pesquisa e desenvolvimento que
venham a resultar em processos ou produtos de alta tecnologia e com perspectiva de serem produzidos em
escala industrial. Elas constituem uma alternativa importante para alavancar negócios nascentes e, dessa
maneira, acabam por desempenhar relevante papel na economia do país, por apoiarem pequenas empresas
em sua fase inicial de operação (CUNHA; MELO, 2006; OLIVEIRA Fº; DE PAULA, 2006).
As incubadoras de empresas de base tecnológica são organizações que abrigam empreendimentos
nascentes, geralmente oriundos de pesquisa científica, cujo projeto implica inovações. Tais organizações
oferecem espaço e serviços subsidiados que favorecem o empresariamento e o desenvolvimento de
produtos ou processos de alto conteúdo científico tecnológico nas áreas de informática, biotecnologia,
química fina, novos materiais, mecânica de precisão, etc. (BAÊTA, 1999, p.30).
Os polos tecnológicos, parques e as incubadoras de base tecnológica viabilizam a interação entre as
instituições de ensino e pesquisa, as empresas e os governos em seus diversos níveis, no processo que se
caracteriza pela inovação tecnológica (MEDEIROS et al., 1986 apud SANTA-RITA, 2007, p.21). Podem
ser vistas, ainda, como um mecanismo capaz de congregar diversos agentes de inovação – governo,
universidade, empresa e sociedade civil organizada – e como parceira para o desenvolvimento tecnológico
e social, incentivando a interação entre eles (ETZKOWITZ, 2001).
A inovação é um fator crítico na criação do conhecimento das empresas, levando-as a verdadeiras
vantagens competitivas. Portanto, as incubadoras podem ser um ambiente que proporciona essa situação
(IRWIN, 2001). As empresas que se abrigam nas IEBTs são intensivas em conhecimento, têm origem na
pesquisa acadêmica e são chamadas empresas de base tecnológica - EBT.
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Uma importante contribuição no trabalho de revisão de Bollinger & Utterback (1983, op.cit.) está
no levantamento dos fatores que influenciam o sucesso das empresas de base tecnológica. A partir dos
estudos de Roberts (1968; apud Bollinger & Utterback, op. cit.) das empresas de base tecnológica formadas
a partir de tecnologias e pessoal formado no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na Rota 128,
derivaram-se dois conjuntos de fatores estudados: 1) características gerais dos fundadores e 2) fatores
relacionados com a formação da empresa, organização e gestão. Com respeito ao primeiro conjunto,
resumidamente pode-se listar cinco características dos fundadores de empresas de base tecnológica: a) forte
herança familiar empreendedora; b) alto nível educacional, (embora um estudo semelhante na Holanda
tenha identificado baixos níveis educacionais; c) idade relativamente jovem, média de 32 anos; d) experiência
profissional mais voltada ao desenvolvimento do que à pesquisa básica; e) alto nível de ambição pessoal.
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Com respeito aos fatores ligados à formação, organização e gestão, os estudos de Roberts
encontraram as seguintes características: a) as bem sucedidas foram formadas, em geral, por times de duas
a cinco pessoas; b) na criação da empresa a maior parte da tecnologia provém da última empresa
empregadora do empreendedor; c) no período de formação as empresas bem sucedidas, em geral, contratam
pessoal com competência na área de gestão; d) de forma similar há a formação de grupos formais de
marketing e e) a gestão dos recursos humanos é vista como item fundamental na gestão. Além das questões
ligadas ao empreendedor e à empresa, os autores apontam como principal conjunto de fatores para o sucesso
das empresas de base tecnológica os fatores culturais e do ambiente socioeconômico-institucional.
A proliferação das empresas de base tecnológica nos Estados Unidos tem levado muitos
pesquisadores a investigar as causas deste fenômeno. O sistema de Venture Capital é apontado por muitos
como responsável pelo sucesso norte-americano nesta área. Aponta-se, também, a influência do setor
industrial e do estágio de desenvolvimento da tecnologia como importantes explicadores do sucesso e da
presença de empresas de base tecnológica em uma determinada região. Setores com tecnologias mais
turbulentas tendem a ser mais favoráveis à formação deste tipo de empresa. Os complexos ou clusters
tecnológicos também chamam a atenção dos estudiosos do tema. Um estudo feito pelo Centro de Políticas
Alternativas do MIT (Sirbu et alii, apud Bollinger & Utterback, op. cit.) concluiu que não se pode determinar
um único conjunto de características regionais que favoreçam a formação de empresas de base tecnológica.
Conclui-se, também, que o fator de maior peso é o entusiasmo e apoio da comunidade local. O
estudo relata as ações de cinco comunidades para atrair empresas e empreendedores. As ações menos
padronizadas e mais voltadas aos interesses dos empresários foram as mais bem-sucedidas. Uma série de
outros fatores são listados na revisão de Bolinger & Utterback, como: a) Fluxo informal de informações
técnico-científicas; b) Presença de mercados financeiros com cultura em avaliação de negócios tecnológicos;
c) Poder de compra do governo e grandes empresas; e d) Ausência de mecanismos de estabilidade de
emprego. Em termos das políticas governamentais de estímulo à formação de empresas de base tecnológica,
várias alternativas são relevantes, entre elas, destacam-se: “poder de compra”; subsídios diretos e indiretos
à pesquisa e pesquisa cooperativa; incentivos fiscais; infraestrutura técnico-científica; regulação; venture
capital; patentes; economia em crescimento.
Atividades
PLANO DE NEGÓCIOS
É justamente uma programação detalhada que vai permitir que sua empresa sobreviva em um
ambiente em que até 50% dos empreendedores fecham as portas antes de quatro anos de funcionamento.
Tudo bem, é necessário levar em consideração os momentos de baixa do mercado, mas até as crises
podem ser oportunidades para você fazer seu negócio decolar. Seu sucesso só depende de você.
Viu como não é difícil entender a função do plano de negócios? E não tem problema se sua empresa
já estiver em funcionamento: você também pode usar o documento a seu favor para colocar os projetos em
ordem.
“Ah, mas deve ser difícil criar um plano de negócios… vou deixar para depois!” — aí é que você
se engana. Criar seu próprio planejamento nada mais é que uma tarefa de responder perguntas de uma forma
bem objetiva.
Quer ver como? Então continue firme e vamos em frente!
Organize seu plano de negócios da maneira mais útil para a sua atividade
Como você vai perceber, existem diversas formas de montar um plano de negócios. No entanto, é
possível dizer que há uma estrutura básica, ou seja, um formato com os aspectos indispensáveis em sua
programação. São eles:
- Sumário Executivo
- Análise de Mercado
- Plano Operacional
- Plano Financeiro
- Plano Comercial
Dependendo do seu mercado, projeto e necessidade, é possível estruturar planos de negócio
incluindo outras partes.
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Mas calma: a ideia aqui é que você comece a preparar seu primeiro plano de negócios. Depois, você
pode expandir seu documento e incluir informações mais detalhadas.
Quer saber o que colocar em cada uma dessas divisões do seu planejamento? Então vamos lá!
O sumário executivo
É no sumário executivo que você vai mostrar os pontos mais importantes do seu projeto
O sumário executivo é um resumo dos pontos mais importantes do seu projeto.
Quando você for apresentar seu plano de negócios para futuros clientes, sócios e investidores, esta
é a parte que deve convencê-los de que a sua ideia tem potencial e merece atenção.
Em outras palavras, você vai deixar a primeira impressão do seu projeto através do sumário
executivo. Por isso, não encare esta parte como uma introdução ao seu plano, mas sim como um espelho
de tudo o que você pretende fazer.
Uma dica interessante é adaptar o foco do sumário executivo de acordo com o destinatário do
documento.
Seus clientes, por exemplo, estarão mais interessados na qualidade dos produtos e em como sua
oferta pode trazer soluções — além, é claro, das condições em que você pretende comercializar as
mercadorias e serviços.
Já um grupo de investidores vai querer saber melhor sobre a viabilidade do negócio: estimativa de
resultados, demanda do produto no mercado e peso da operação são fatores essenciais para convencer
outras pessoas a financiar seu projeto.
Ou seja, adaptar o sumário executivo não significa mudar seu plano de negócios, mas sim destacar
as informações mais importantes do documento de acordo com o interesse da outra parte.
E é por esse motivo que você deve preparar seu plano de negócios em uma plataforma que dê essa
flexibilidade na apresentação do projeto.
Análise de mercado
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Assim como as crises, os nichos concorridos também podem proporcionar ótimas rotas para o
sucesso.
Há ainda a análise de fornecedores: ela ganha contornos mais importantes se a sua atividade
envolver a confecção de um produto, mas não dispense esta etapa caso você esteja planejando entrar para
o setor de serviços.
Estudar todos os seus possíveis fornecedores vai permitir que você dimensione seus custos em um
nível muito mais preciso, além de ajudar no cálculo de prazo de entrega da sua própria oferta, entre outras
vantagens.
Ao listar todos os fornecedores que podem dar suporte ao seu negócio, você também terá em mãos
um “plano de fuga” pronto caso algo dê errado com a sua primeira opção.
Plano operacional
Isso porque, nesses locais, você pode ter acesso a boas condições de trabalho (internet, mesas,
recepção, climatização etc.) por preços mais acessíveis — isso sem falar na oportunidade de interagir com
outros profissionais o tempo todo.
Nas atividades operacionais, você vai fazer um raio X de todos os processos de rotina.
Digamos que você esteja fazendo bolos por encomenda e identificou três atividades operacionais:
compra de ingredientes, produção de bolos e entrega de encomendas. Sua missão é fazer um roteiro básico
para cada rotina.
Em recursos humanos, você deve fechar o ciclo operacional da sua empresa ligando as
informações de estrutura física e atividades operacionais aos profissionais responsáveis pelos
procedimentos.
Continuando no exemplo do negócio de bolos, você vai destacar quem é a pessoa encarregada por
cada uma das rotinas e como esse trabalho será realizado (mas não tem problema se você tiver que fazer
tudo sozinho no começo, viu?).
Plano financeiro
Quanto mais embasadas forem suas estimativas financeiras, melhores serão suas chances de atingi-
las
Chegou a hora de demonstrar que a sua ideia é possível sob o ponto de vista mais importante:
o financeiro.
É nesta seção que você vai colocar na ponta do lápis todos os números do seu negócio:
- Custos Pré-Operacionais
- Investimentos Fixos
- Capital de Giro
- Despesas e Receitas
- Fluxo de Caixa
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Sem um detalhamento financeiro, fica impossível saber se seu empreendimento será saudável —
ainda que sua ideia seja excelente.
Aproveite essa oportunidade para ganhar a confiança de futuros sócios e investidores. Ao preparar
um plano financeiro realista e transparente, você demonstra que está apto a gerenciar seu negócio.
Plano comercial
- Definir, e;
- Delinear a estratégia de atuação do negócio para o futuro.
Tornado-se um guia para a gestão estratégica de um negócio.
O plano de negócio se dá das seguintes questões:
1 – Ideia
Você deverá analisar várias ideias antes de definir quais são as que tem o maior potencial de
retorno econômico para você. Inicie com a ideia de negócio, que geralmente é o ponto de partida para
seu empreendimento dar certo.
2 - Oportunidade
Já com a oportunidade de negócio definida na fase de ideia, aqui se inicia o desenvolvimento de
plano de negócio. Pode ser que haja a necessidade de rever o conceito de ideia, não tenha medo de refazer
se for preciso. Veja se a ideia que você teve tem potencial de viabilidade:
- Econômica;
- Clientes em potencial no mercado para consumir seu produto, ou;
- Serviço decorrente de sua ideia.
3 - Plano de negócio
O plano de negócio é o guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para o
planejamento de novas unidades da empresa. Com o plano de negócios concluído, irá permitir que você
identifique a quantidade necessária de recursos e as fontes existentes para financiar seu empreendimento.
Despesas, e;
Receitas ao longo do tempo.
Atividades
1 – Sumário Executivo
Hora de praticar
Faça um resumo dos principais pontos de seu plano de negócios:
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Lucratividade
Rentabilidade
Hora de praticar
Sócio 1
Nome
Endereço
Cidade Estado
Telefone e-mail
Sócio 2
Nome
Endereço
Cidade Estado
Telefone e-mail
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Sócio 3
Nome
Endereço
Cidade Estado
Telefone e-mail
Hora de praticar
Nome da Empresa
CNPJ
1.4. – Missão da empresa
O que é e como fazer
A missão da empresa é o papel que ela desempenha em sua área de atuação. É a razão de sua
existência hoje e representa o seu ponto de partida, pois identifica e dá rumo ao negócio. Para definir a
missão, procure responder às seguintes perguntas:
• Qual é o seu negócio?
• Quem é o consumidor?
• O que é valor para o consumidor?
O que é importante para os empregados, fornecedores, sócios, comunidade, etc. Veja alguns
exemplos de missão:
• Empresa de alimentos: servir alimentos saborosos e de qualidade com rapidez e simpatia, em um
ambiente limpo e agradável.
• Locadora de veículos: oferecer soluções em transporte, por meio do aluguel de carros, buscando
a excelência.
• Hospital: promover a melhoria da qualidade de vida e satisfação das pessoas, praticando a melhor
medicina, por meio de uma organização hospitalar autossustentável.
Hora de praticar
Missão da empresa
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
1.5 – Setores de atividade
Defina qual é o negócio de sua empresa e, em seguida, assinale em qual(is) setor(es) sua empresa
pretende atuar. Para ajudá-lo, leia a seguir as explicações sobre os principais setores da economia.
Agropecuária
São os negócios cuja atividade principal diz respeito ao cultivo do solo para a produção de vegetais
(legumes, hortaliças, sementes, frutos, cereais, etc.) e/ou a criação e tratamento de animais (bovino,
suíno, etc.). Exemplos: plantio de pimenta, cultivo de laranja, apicultura, criação de peixes ou cabras.
Indústria
São as empresas que transformam matérias-primas em produtos acabados, com auxílio de máquinas
ou manualmente. Abrange desde o artesanato até a moderna produção de instrumentos eletrônicos.
Exemplos: fábrica de móveis, confecção de roupas, marcenaria.
Comércio
48
Hora de praticar
( ) Microemprendedor individual – MEI(Empresário Individual)
( ) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELLI
( ) Sociedade Limitada
( ) Outra
49
Hora de praticar (indique os nomes dos sócios e o valor do capital social de cada um. A soma dos
valores deve ser a 100%)
Nome do sócio Valor (R$) % de
participação
Sócio 1
Sócio 2
Sócio 3
Total 100,00
Hora de praticar
Descreva a origem dos recursos necessários para a abertura da empresa
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2– Análise de mercado
• Quanto ganham?
• Qual é a sua escolaridade?
• Onde moram?
Se pessoas jurídicas (outras empresas)
• Em que ramo atuam?
• Que tipo de produtos ou serviços oferecem?
• Quantos empregados possuem?
• Há quanto tempo estão no mercado?
• Possuem filial? Onde?
• Qual a sua capacidade de pagamento?
• Têm uma boa imagem no mercado?
2º passo: identificando os interesses e comportamentos dos clientes
• Que quantidade e com qual frequência compram esse tipo de produto ou serviço?
• Onde costumam comprar?
• Que preço pagam atualmente por esse produto ou serviço similar?
3º passo: identificando o que leva essas pessoas a comprar
• O preço?
• A qualidade dos produtos e/ou serviços?
• A marca?
• O prazo de entrega?
• O prazo de pagamento?
• O atendimento da empresa?
4º passo: identificando onde estão os seus clientes
• Qual o tamanho do mercado em que você irá atuar?
• É apenas sua rua?
• O seu bairro?
• Sua cidade?
• Todo o Estado?
• O País todo ou outros países?
• Seus clientes encontrarão sua empresa com facilidade?
Após responder essas perguntas, será possível entender melhor seus clientes. No quadro Hora de
praticar, escreva suas conclusões a respeito do seu mercado consumidor.
Hora de praticar
Público-alvo (descreva o perfil dos clientes)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
52
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Comportamento dos clientes (interesse e o que os levam a comprar)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Área de abrangência (onde estão os clientes?)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2.2 – Estudo dos concorrentes
O que é e como fazer
Você pode aprender lições importantes observando a atuação da concorrência. Procure identificar
quem são seus principais concorrentes. A partir daí, visite-os e examine suas boas práticas e deficiências.
Lembre-se de que concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade que
você e que buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes.
Utilize o quadro Hora de praticar e faça comparações entre a concorrência e o seu próprio negócio.
Enumere os pontos fortes e fracos em relação a:
• qualidade dos materiais empregados - cores, tamanhos, embalagem, variedade, etc.;
• preço cobrado;
• localização;
• condições de pagamento - prazos concedidos, descontos praticados, etc.;
• atendimento prestado;
• serviços disponibilizados - horário de funcionamento, entrega em domicílio, tele-atendimento,
etc.;
• garantias oferecidas. Após fazer essas comparações, tire algumas conclusões.
• Sua empresa poderá competir com as outras que já estão há mais tempo no ramo?
• O que fará com que as pessoas deixem de ir aos concorrentes para comprar de sua empresa?
• Há espaço para todos, incluindo você?
• Se a resposta for sim, explique os motivos disso. Caso contrário, que mudanças devem ser feitas
para você concorrer em pé de igualdade com essas empresas?
Hora de praticar
Sua empresa Concorrente 1 Concorrente 2 Conclusões
(nome) (nome)
53
Garantias
ofertadas
Serviços aos
clientes
Atendimento
Localização
Condições de
pagamento
Preço
Qualidade
do
fornecedor
Nome
Descrição dos itens a serem
insumos, mercadoria e
adquiridos (matéria prima,
serviços
Ordem
10
2
9
1
3 – Plano de marketing
3.1 – Descrição dos principais produtos e serviços
Hora de praticar
Principais produtos (a serem fabricados, revendidos ou serviços prestados)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3.2 – Preço
O que é e como fazer
55
Preço é o que consumidor está disposto a pagar pelo que você irá oferecer. A determinação do
preço deve considerar os custos do produto ou serviço e ainda proporcionar o retorno desejado. Ao avaliar
o quanto o consumidor está disposto a pagar, você pode verificar se seu preço será compatível com aquele
praticado no mercado pelos concorrentes diretos.
3.3 – Estratégias promocionais
O que é e como fazer
Promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os
clientes de comprar os seus produtos ou serviços e não os dos concorrentes. A seguir, estão relacionadas
algumas estratégias que você poderá utilizar.
• Propaganda em rádio, jornais e revistas;
• Internet;
• Amostras grátis;
• Mala direta, folhetos e cartões de visita;
• Catálogos;
• Carro de som e faixas;
• Brindes e sorteios;
• Descontos (de acordo com os volumes comprados);
• Participação em feiras e eventos. Determine de que maneira você irá divulgar seus produtos, pois
todas as formas de divulgação implicam em custos. Descreva suas estratégias no quadro Hora de Praticar.
Leve em conta o retorno dessa estratégia, seja na imagem do negócio, no aumento do número de clientes
ou no acréscimo da receita. Existem diversos tipos de divulgação. Use a criatividade para encontrar as
melhores maneiras de divulgar seus produtos ou, então, observe o que seus concorrentes fazem.
Hora de praticar
Descreva as estratégias de promoção e divulgação que irá utilizar.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3.4 – Estrutura de comercialização
O que é e como fazer
A estrutura de comercialização diz respeito aos canais de distribuição, isto é, como seus produtos
e/ou serviços chegarão até os seus clientes. A empresa pode adotar uma série de canais para isso, como:
vendedores internos e externos, representantes, etc. Reflita sobre quais serão os meios mais adequados para
56
se alcançar os clientes e preencha o quadro Hora de Praticar. Para isso, pense no tamanho dos pedidos, na
quantidade de compradores e no comportamento do cliente, isto é, se ele tem por hábito comprar
pessoalmente, por telefone ou outro meio.
Hora de praticar
Formas de comercialização e distribuição (descreva abaixo quais serão utilizados).
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3.5 – Localização do negócio
O que é e como fazer
Neste momento, você deve identificar a melhor localização para a instalação de seu negócio e
justificar os motivos da escolha desse local. A definição do ponto está diretamente relacionada com o ramo
de atividades. Um bom ponto comercial é aquele que gera um volume razoável de vendas. Por isso, se a
localização é fundamental para o sucesso de seu negócio, leve em consideração os seguintes aspectos.
• Analise o contrato de locação, as condições de pagamento e o prazo do aluguel do imóvel;
• Verifique as condições de segurança da vizinhança;
• Observe a facilidade de acesso, o nível de ruído, as condições de higiene e limpeza e a existência
de locais para estacionamento;
• Fique atento para a proximidade dos clientes que compram seus produtos e o fluxo de pessoas na
região;
• Lembre–se de certificar da proximidade de concorrentes;
• Avalie a proximidade dos fornecedores, pois isso influencia no prazo de entrega e no custo do
frete;
• Visite o ponto pelo menos três vezes, em horários alternados, para verificar o movimento de
pessoas e de veículos no local.
Hora de praticar
Endereço
Bairro Cidade Estado
Telefone Telefone e-mail
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4 – Plano Operacional
Hora de praticar
58
Desenhe abaixo um esquema de como ficarão as principais áreas e como serão alocadas máquinas,
equipamentos, moveis, etc.
Hora de praticar
Qual será a capacidade máxima de produção (ou serviços) e comercialização?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
59
Hora de praticar
Descreva como serão feitas as principais atividades do negócio.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4.4 – Necessidade de pessoal
O que é e como fazer
60
Faça a projeção do pessoal necessário para o funcionamento do negócio. Esse item inclui o(s)
sócio(s), os familiares (se for o caso) e as pessoas a serem contratadas.
Hora de praticar
Cargo / função Qualificações necessárias
5 - Plano Financeiro
Investimento total
Nessa etapa, você irá determinar o total de recursos a ser investido para que a empresa comece a
funcionar. O investimento total é formado pelos:
• investimentos fixos;
• capital de giro;
• investimentos pré-operacionais.
5.1- Estimativa dos investimentos fixos
O que é e como fazer
O investimento fixo corresponde a todos os bens que você deve comprar para que seu negócio
possa funcionar de maneira apropriada. No quadro a seguir, relacione os equipamentos, máquinas, móveis,
utensílios, ferramentas e veículos a serem adquiridos, a quantidade necessária, o valor de cada um e o total
a ser desembolsado.
Hora de praticar
A – Máquinas e equipamentos
Nº Descrição Qtde. Valor unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sub-total
B – Móveis e utensílios
61
C – Veículos
Nº Descrição Qtde. Valor unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sub-total
Hora de praticar
Nº Descrição Qtde. Valor unitário Total
1
2
3
4
5
6
7
62
8
9
10
Total de A
B – Caixa mínimo
É o capital de giro próprio necessário para movimentar seu negócio. Representa o valor em dinheiro
que a empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber de clientes entrem no
caixa. Corresponde a uma reserva inicial de caixa. Para que você calcule a necessidade líquida de capital de
giro é preciso definir os prazos médios de vendas, compras e estocagem. Essas informações podem ser
pesquisadas junto a concorrentes e fornecedores e serão utilizadas na apuração do capital de giro, já que nas
vendas financiamos os clientes por meio dos prazos concedidos e somos financiados pelos fornecedores
por meio dos prazos para pagamento negociados. Acompanhe o exemplo a seguir e aprenda como calcular
a necessidade de capital de giro próprio e o caixa mínimo. Posteriormente, faça o mesmo no quadro Hora
de Praticar, utilizando os dados específicos da sua atividade.
1º passo: Contas a receber – Cálculo do prazo médio de vendas
É a média do prazo de financiamento a clientes, ou seja, do prazo concedido aos clientes para que
estes efetuem o pagamento do que compraram.
Prazo médio de (%) Número de dias Média ponderada em
vendas dias
A vista 20% 0 0
A prazo (1) 45% 30 13,5
A prazo (2) 30% 60 18
A prazo (3) 5% 90 4,5
A prazo (4) - - -
Prazo médio 36 dias
A prazo (3)
A prazo (4) - - -
Prazo médio 15 dias
Partindo da premissa que 50% das compras são realizadas à vista e 50% em 30 dias, novamente
devemos ponderar os prazos, multiplicando o percentual do volume de compras pelos prazos médios
concedidos pelos diversos fornecedores. Nessa situação a empresa tem aproximadamente 15 dias de prazo
para o pagamento de seus débitos junto aos fornecedores.
3º passo: Estoques – Cálculo da necessidade média de estoques
É o prazo médio de PERMANÊNCIA da matéria prima ou das mercadorias nos estoques da
empresa. Abrange desde a data em que é feito o pedido ao fornecedor até o momento em que os produtos
são vendidos. Lembre-se de que um prazo maior de permanência das mercadorias em estoque irá gerar uma
necessidade maior de capital de giro.
Necessidade de estoques Número de dias
Necessidade média de estoques 5 dias
Dando continuidade ao nosso exemplo, foi estimado um prazo médio de permanência em estoques
de 5 dias.
4º passo: Cálculo da necessidade líquida de capital de giro em dias
Compreende a diferença entre os recursos da empresa que se encontram fora do seu caixa (contas
a receber + estoques) e os recursos de terceiros no caixa da empresa (fornecedores). Se positivo, o resultado
indica o número de dias em que o caixa ficará descoberto, se negativo pode apontar que os recursos
financeiros originados pelas vendas entram no caixa antes que sejam efetuados os pagamentos.
Recursos da empresa fora do seu caixa Número de dias
1. Contas a receber – prazo médio de vendas 36 dias
2. Estoque – necessidade média de estoques 5 dias
Subtotal 1 (item 1+2) 41 dias
Recursos de terceiros no caixa da empresa
3. Fornecedores – prazo médio de compras 15 dias
Subtotal 2 15 dias
Necessidade liquida de capital de giro em dias (subtotal 1-subtotal 2) 26 dias
Somando o prazo médio de vendas (contas a receber) e o prazo médio de estocagem (estoques) e
diminuindo desse resultado o prazo médio de compras (fornecedores) obteremos a necessidade líquida de
capital de giro em dias. Em nosso exemplo, o prazo de 26 dias significa que a empresa irá necessitar durante
esse período de caixa para cobrir seus gastos e financiar clientes.
B – Caixa mínimo
Representa a reserva em dinheiro necessária para que a empresa financie suas operações iniciais. É
obtida ao multiplicarmos a necessidade líquida de capital de giro em dias pelo custo total diário da empresa.
1. Custo fixo mensal (quadro 5.11) 4.400,00
2. Custo variável mensal (subtotal do quadro 5,12) 9.000,00
3. Custo total da empresa (item 1+2) 13.400,00
4. Custo diário (item 3/30 dias) 446,66
64
A partir dos dados fornecidos acima o caixa mínimo necessário para a cobertura dos custos da
empresa para um período de 26 dias é de R$ 11.613,16.
Capital de giro (resumo)
Investimentos financeiros R$
A – Estoque inicial
B – Caixa mínimo
Total do capital de giro (A+B)
Hora de praticar
1º passo: Contas a receber – Cálculo do prazo médio de vendas
Prazo médio de (%) Número de dias Média ponderada em
vendas dias
A vista
A prazo (1)
A prazo (2)
A prazo (3)
A prazo (4)
Prazo médio
B – Caixa mínimo
1. Custo fixo mensal (quadro 5.11)
2. Custo variável mensal (subtotal do quadro 5,12)
65
Hora de praticar
Investimentos pré-operacionais R$
Despesas de legalização
Obras civis e/ou reformas
Divulgação
Cursos e treinamentos
Outras despesas
Total
Hora de praticar
Descrição dos investimentos Valor (R$) (%)
1. Investimentos fixos – quadro 5.1
2. Capital de giro – quadro 5.2
66
Hora de praticar
Produto Quantidade (estimativa de Preço de venda Faturamento total
/ serviço vendas) unitário (em R$) (em R$)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total
Hora de praticar
Produto 1
Material / insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Produto 2
Material / insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Produto 3
Material / insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
Produto 4
Material / insumos usados Quantidade Custo unitário (R$) Total (R$)
Total
68
Hora de praticar
Descrição % Faturamento estimado (quadro 5.5) Custo total (R$)
1. impostos
SIMPLES
IRPJ
PIS
COFINS
CSLL – Contribuição
social sobre o lucro
líquido
Impostos estaduais
ICMS – impostos sobre
circulação de mercadorias
e serviços
Impostos municipais
ISS – Imposto sobre
serviços
Subtotal 1
1. Gastos com vendas
Comissões
Propaganda
Taxa de administração do
cartão de crédito
Subtotal 2
TOTAL (subtotal 1+2)
5.8 – Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas
O que é e como fazer
Nesta etapa, você deverá apurar o CMD – Custos com Materiais Diretos (para a indústria) – ou o
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas (para o comércio).
O custo dos materiais diretos ou das mercadorias vendidas representa o valor que deverá ser
baixado dos estoques pela sua venda efetiva. Para calculá-lo, basta multiplicar a quantidade estimada de
vendas pelo seu custo de fabricação ou aquisição.
O custo com materiais diretos e ou mercadorias vendidas é como um custo variável, aumentando
ou diminuindo em função do volume de produção ou de vendas.
69
Isso quer dizer que, a cada mês, esse equipamento vale R$83,33 menos, ou seja, possivelmente, ao
final de 5 anos, será preciso adquirir um nova máquina de costura, mais moderna e eficiente.
Hora de praticar
Ativos fixos Valor do Vida útil Depreciação Depreciação
bem (R$) em anos anual (R$) mensal (R$)
5.2.1 – Obras civis/reformas
5.2.2 – Máquinas e equipamentos
5.2.3 – Móveis e máquinas
5.2.4 – Veículos
5.2.5 – Outros
Total
Hora de praticar
Descrição Custo total mensal (em R$)
Aluguel
Condomínio
IPTU
Água
Energia elétrica
Telefone
71
Honorários do contador
Pró-labore
Manutenção dos equipamentos
Salários + encargos – quadro 5.9
Material de limpeza
Material de escritório
Combustível
Taxas diversas
Serviços de terceiros
Depreciação – quadro 5.10
Outras despesas
Total
O valor da margem de contribuição, do custo fixo e da receita total podem ser encontrados no
Demonstrativo de Resultados (quadro 5.12.)
72
Exemplo
Valores anuais:
Receita Total: R$ 100.000,00
Custo Variável Total: R$ 70.000,00
Custo Fixo Total: R$ 19.500,00
Isso quer dizer que é necessário que a empresa tenha uma receita total de R$ 65.000,00 ao ano para
cobrir todos os seus custos.
Hora de praticar
Ponto de equilíbrio
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5.13.2 – Lucratividade
O que é e para que serve
É um indicador que mede o lucro líquido em relação às vendas. É um dos principais indicadores
econômicos das empresas, pois está relacionado à sua competitividade. Se sua empresa possui uma boa
lucratividade, ela apresentará maior capacidade de competir, isso porque poderá realizar mais investimentos
em divulgação, na diversificação dos produtos e serviços, na aquisição de novos equipamentos, etc.
Isso quer dizer que sob os R$ 100.000,00 de receita total “sobram” R$ 8.000,00 na forma de lucro,
depois de pagas todas as despesas e impostos, o que indica uma lucratividade de 8% ao ano.
Hora de praticar
Lucratividade
73
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5.13.3. Rentabilidade
O que é e para que serve
É um indicador de atratividade dos negócios, pois mede o retorno do capital investido aos sócios.
É obtido sob a forma de percentual por unidade de tempo (mês ou ano). É calculada através da
divisão do lucro líquido pelo investimento total. A rentabilidade deve ser comparada com índices praticados
no mercado financeiro.
Isso significa que, a cada ano, o empresário recupera 25% do valor investido através dos lucros
obtidos no negócio.
Hora de praticar
Rentabilidade
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
R$ 32.000,00
Prazo de Retorno do Investimento = = 4 anos
R$ 8.000,00
Isso significa que, 4 anos após o início das atividades da empresa, o empreendedor terá recuperado,
sob a forma de lucro, tudo o que gastou com a montagem do negócio.
Hora de praticar
Prazo de retorno de investimento
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6 – Construção de cenários
Ações preventivas
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
75
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
7 – Avaliação estratégica
A análise F.O.F.A. levará você pensar nos aspectos favoráveis e desfavoráveis do negócio, dos seus
proprietários e do mercado. A matriz F.O.F.A. é sempre feita em quadrantes, ou seja, em quatro quadrados
iguais. Em cada quadrado são registrados fatores positivos e negativos para a implantação do negócio. Saiba
como construir a matriz lendo as explicações a seguir.
76
Hora de praticar
Fatores internos (controláveis) Fatores externos (incontroláveis)
Forças Oportunidades
Pontos fortes
Fraquezas Ameaças
Pontos fracos
O Plano de Negócio desenvolvido por você é um valioso instrumento de planejamento. Por ser o
seu mapa de percurso, ele deve ser consultado e acompanhado constantemente. Avalie cada uma das
informações e lembre-se de que o plano de negócio tem por objetivo ajudá-lo a responder a pergunta lançada
no início desse manual: “Vale a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”. Saiba que o mundo e o
mercado estão sujeitos a mudanças; a cada dia surgem novas oportunidades e ameaças. Assim sendo, procure
adaptar seu planejamento às novas realidades. É por este motivo que um plano de negócio é “feito a lápis”,
para que possa ser corrigido, alterado e ajustado. Procure refazer seu plano de tempos em tempos.
Empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser evitado. O
plano de negócio, apesar de não ser a garantia de sucesso, irá auxiliá-lo a tomar decisões mais acertadas,
assim como a não se desviar de seus objetivos.
Hora de praticar
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
77
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
78
Postura pessoal
"Se você não se conhece e não conhece o inimigo, perderá todas as batalhas. Se você se conhece,
mas não conhece o inimigo, para cada vitória sofrerá também uma derrota. Se você se conhece e conhece
o inimigo, não precisa temer o resultado de cem batalhas". (Sun Tzu)
A imagem pessoal e a postura profissional tornaram-se aspectos que contribuem para o sucesso em
todas as áreas de trabalho. Investir na imagem pessoal é uma estratégia vital para qualquer profissional que
queira entrar e permanecer no mercado de trabalho. Atualmente, mais do que nunca os mercados de
trabalho requerem que os profissionais tenham uma atitude adequada ao nível interno e externo à empresa.
Para qualquer área de atuação, será o grande desafio do profissional, saber comportar-se adequadamente e
ter um comportamento compatível com as regras e valores da empresa.
A prática de boas maneiras, tanto na vida pessoal como profissional, representa uma vantagem para
o sucesso, o que explica o grande interesse pelo assunto por parte daqueles que desejam ser bem-sucedidos
na vida. E cultivar essa postura garante-lhe bons frutos. As regras de boas maneiras não foram feitas para
serem praticadas somente em reuniões sociais. Elas têm de encontrar espaço propício também no ambiente
profissional e até mesmo pessoal. O respeito das pessoas deve ser uma constante, pois somente através dele
é que o trabalho coletivo pode chegar a um bom termo.
Cristiane Nicolak nos dá algumas dicas para uma boa postura no ambiente profissional. Segundo
ele, deve-se manter um comportamento com todas as pessoas, independente de cargo ou posição social.
Seja cordial, fale e haja com toda sinceridade. A pessoa deve cuidar da aparência, manter a postura, jamais
discutir com o colega, e se isso acontecer, nunca na frente dos demais companheiros de trabalho, até mesmo
para evitar qualquer tipo de constrangimento entre ambas as partes. Não reclamar da função, salário ou de
qualquer assunto para quem não for de competência. Sorria. Chame as pessoas pelo nome, seja amigo e
prestativo, etc.
“Uma atitude positiva pode não resolver todos seus problemas, mas vai incomodar pessoas
suficientes para fazer valer a pena o esforço". (ALBRIGHT, Herm. 1876 – 1944) Sua atitude determina
como as pessoas olham você e retrata como você olha o mundo. A mudança de atitude, de decidir ser alegre,
fará com que as pessoas se sintam atraídas por você. Não é preciso nem dizer o que acontecerá, se você
decidir ser uma pessoa triste o tempo todo. Aprendi há muito tempo que eu poderia escolher mudar a minha
atitude, ser uma pessoa positiva e feliz, independentemente das circunstâncias ao meu redor, ou optar por
uma atitude ruim em que eu estaria destinada a ter dias péssimos.
Não dê chance às pessoas ou às circunstâncias para arruinarem seu dia. Você é que tem o poder de
transformar o seu dia por sua atitude positiva e não os outros. Não saia da cama antes de declarar em voz
alta que você vai ter um dia fantástico! Isso pode soar muito bobo, mas tente falar alto e agir positivamente.
Você acabou de preparar o palco do seu dia com base no que está sentindo.
79
Como não podemos ver a forma como uma pessoa está pensando, a atitude é inferida a partir de
comportamento. Uma atitude positiva é baseada em crenças e estas afirmam nosso valor e valor como
pessoa. Sua atitude não pode e não vai mudar sem uma mudança nos valores e nas crenças que lhes dão
suporte. Então, tudo começa com atitudes, valores e crenças.
Há um lado emocional da vida organizada e habilidades da organização pessoal. Se você desenvolver
com mais clareza suas ideias, valores e crenças tão necessárias para se organizar, terá melhor chance de
controlar sua vida. Você estrutura a sua vida em torno das próprias convicções, sejam elas em afirmar
crenças ou distorções cognitivas. Vamos organizar nosso dia com atitudes positivas para fazer com que você
se sinta melhor.
“As pessoas podem fazer um monte de coisas para se sentirem bem, mas no fim das contas, o modo
como nos sentimos em relação a nós mesmos é resultado do direito do que nós fazemos e do que nós
pensamos. A verdadeira autoestima é o respeito que temos por nós mesmos.” (Hal Urban).
Atividades
Texto 1
Você já parou para refletir como anda a sua postura profissional? Está sempre atrasado ou é
pontual? Costuma ficar quieto ou prefere conversar com todo mundo? Vê os desafios como oportunidades
ou problemas? Esses são alguns exemplos de perguntas que são usadas de guia comportamental. Mas por
que isso é relevante?
O modo como agimos no expediente pode impactar a visão que os recrutadores e as empresas têm
sobre nós enquanto profissionais. Ter uma boa imagem deve ser considerado algo fundamental por quem
deseja construir uma carreira de sucesso. Por isso, tenha atenção ao seu comportamento durante o trabalho
e use-o como um diferencial para se destacar no ambiente corporativo.
Quer saber como ter boa postura profissional?
1 Mantenha a pontualidade
2 Vista roupas adequadas
3 Evite se envolver com fofocas
4 Separe o pessoal do profissional
5 Valorize opiniões divergentes
6 Respeite a política da empresa
1. Mantenha a pontualidade
80
Ouvir opiniões é importante para você chegar a uma conclusão mais acertada. Ninguém sabe de
tudo o tempo todo. Assim, pensamentos diferentes aos seus podem agregar muito valor e torná-lo
um profissional interdisciplinar.
Tente ser flexível e, mesmo que não concorde com algum ponto de vista, explique quais são os seus
argumentos sem partir para o enfrentamento. Isso pode comprometer a sua postura profissional
6. Respeite a política da empresa
Quando fazemos parte de uma empresa, é fundamental sempre seguir as suas políticas. Ou seja, as
regras definidas pelos gestores para favorecer a produtividade e o convívio. Os colaboradores precisam se
adequar ao comportamento que a organização exige, com o objetivo de exercer as suas funções do melhor
modo possível.
Contudo, o gestor, que geralmente é o criador da política da companhia, deve ser o primeiro a seguir
à risca todas as normas. Afinal, não adianta colocar uma placa de “não fume” e andar pelos corredores com
o cigarro na mão. Conquistar o respeito e dar o exemplo são práticas essenciais.
A política da maior parte das empresas trata de assuntos sobre código de vestimenta, uso dos
computadores e do celular durante o expediente etc. É um modo de deixar evidente o tipo de
comportamento que a companhia espera do funcionário. Se você deseja ter uma postura de respeito no
trabalho, siga todas as regras.
Atividades
Texto 2
A postura pessoal é muito mais importante do que sua experiência e seus diplomas
Nada adianta ser melhor profissional do mundo se você não evolui como pessoa.
A informação está mais barata e de fácil acesso, dificilmente encontramos um profissional com um
currículo ruim, a parte acadêmica é de encher os olhos, mas falta alguma coisa, não é?
Apesar de tudo e de toda bagagem profissional falta o mais importante para muitos que é a postura pessoal.
Postura pessoal, sim. Não adianta ser o melhor e melhor profissional se você é grosso com seus
companheiros, não sabe trabalhar em grupo, não possui postura, é desagregador e faz fofocas ou
comentários desrespeitosos a outros.
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Para resumir as empresas batem na tecla da ética. Deixemos claro que ética é muito mais do que isso e que
o que estamos falando tem muito mais a ver com educação, berço, empatia, postura e principalmente
respeito ao próximo.
Sempre que preciso contratar alguém utilizo como único critério a boa e velha entrevista (esqueçam
das bobagens de horóscopo, grafologia e outros), pois ainda não inventaram nada melhor que o olho no
olho direto. O currículo, pra mim, só serve para iniciação da conversa e fator de desempate. Já perdi as
contas de quantas pessoas com currículos piores foram contratadas devido à entrevista.
O que interessa é a postura, a parte profissional eu ensino e tenho a maior paciência para isso. Parte
profissional é fácil ensinar, mas o serviço que devia ter sido feito pelos pais isso é quase impossível de passar.
Minha avó era mestre de usar ditados para passar suas lições e um deles era assim:
"A educação é cara, mas a falta dela custa muito mais".
Esta frase deve ser entendida usando a o duplo sentido da palavra educação, pois do contrário
chegamos a lugar nenhum.
Já sofri alguns péssimos momentos por causa de pessoas que não possuem postura e creio que você
que está lendo também deve se lembrar de alguma passagem sua também.
Sei que o que estou tentando demonstrar pode dar várias vertentes a serem analisadas desde a
cultura da individualidade dos dias atuais até a falta de educação dos pais na criação da pessoa, mas o que é
fato é que num mundo onde tempo é algo mais valioso do que ouro não é admissível conviver com alguém
que não em postura pessoal já que os problemas profissionais diários já tomam boa dose de nossas energias
Atividade
1. Faça um resumo do texto contextualizando com seus conhecimentos adquiridos nesta disciplina.
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Relacionamento interpessoal
É um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma relação entre duas ou mais
pessoas. Este tipo de relacionamento é marcado pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser
um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade.
O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas
comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação
social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.
O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ocorrer em vários níveis e envolver diferentes
sentimentos como o amor, compaixão, amizade e valores compartilhados.
Por outro lado, pode ser marcado por outras situações como litígios, disputas, inimizades, ou outras
formas de conflito interpessoal. Os conflitos surgem de divergências e falhas de comunicação entre dois ou
mais indivíduos.
Relacionamento intrapessoal
Já o conceito de relacionamento intrapessoal é distinto, mas não menos importante. Este
conceito remete para a aptidão de uma pessoa de se relacionar com os seus próprios sentimentos e emoções.
Isso vai determinar como cada pessoa age quando é confrontada com situações do dia-a-dia.
Para ter um relacionamento intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar áreas como a
autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento.
Relacionamento interpessoal no trabalho
No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Um
relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom ambiente na empresa, o que pode resultar em
um aumento da produtividade.
No contexto de trabalho, o relacionamento interpessoal saudável é alcançado quando as pessoas
conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros e demonstrar empatia.
Também é importante que as pessoas expressem as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o
outro (assertividade), sejam cordiais e ajam de maneira ética.
A sociologia estadunidense abordou de forma intensiva as questões relacionadas com relações
humanas e as suas aplicações no contexto das políticas organizacionais.
Estas relações humanas podem ser categorizadas em:
- relações industriais (relativas à indústria);
- laborais (no ambiente de trabalho);
- relações públicas (relacionamento da empresa com intervenientes do exterior).
Elton Mayo e Fritz Jules Roethlisberger foram dois dos nomes mais sonantes no estudo das teorias
das relações humanas.
Relacionamento interpessoal: pilares e impacto da tecnologia
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Como explicamos no primeiro tópico deste artigo, o relacionamento interpessoal inclui o eu, o
outro e o ambiente, dependendo de uma abordagem que integre esses três atores.
Considerando essas figuras, reunimos pilares básicos que sustentam relações de qualidade, nos mais
diversos cenários.
Confira!
Autoconhecimento
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Mais acima, explicamos a importância de conhecer a nós mesmos, nossas emoções e como isso se
reflete em todos os relacionamentos.
Quem não se conhece, não sabe lidar consigo mesmo e acaba insatisfeito com sua postura, o que
impacta o humor, visão de mundo e a forma como encara as situações no dia a dia.
A falta de autoconhecimento potencializa atitudes explosivas, equivocadas, agressivas e ofensivas
para as pessoas que nos cercam, favorecendo críticas destrutivas e discussões.
Também embaça nossa autoimagem e reforça a tendência a tomarmos as reações do outro como
algo pessoal, o que dificulta a resolução dos conflitos.
Adequação ao ambiente
Nem todo relacionamento interpessoal é profundo, pois existem diferentes níveis de proximidade
e intimidade.
Muitas vezes, esses níveis são determinados pelo tipo de ambiente em que a relação se desenvolve,
que pode ter regras específicas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, predominam interações formais e naturalmente mais
distantes, a fim de conferir clareza às negociações, tarefas e à rotina.
Não significa que toda empresa preze pelo formalismo na linguagem ou que alguns colegas não
possam se tornar amigos.
Contudo, costumam existir limites claros para as relações, que devem ser respeitados durante a
jornada de trabalho.
Já em uma festa ou evento social, a dinâmica muda, assim como em uma sala de aula.
Portanto, é útil pautar as interações de acordo com o ambiente.
Comunicação assertiva
Ser claro e direto é fundamental para manter relacionamentos interpessoais saudáveis, sem ruídos
ou mal-entendidos a respeito do que desejamos expressar.
Foque sempre na simplicidade e abra espaço para que o outro tire dúvidas, dê e receba feedback.
Outra boa pedida é apostar na comunicação não violenta, que agrega leveza às conversas e afasta a
possibilidade de interpretações equivocadas.
Empatia
Pode ser descrita como o ato de calçar os sapatos do outro, de enxergar através da visão de quem
nos relacionamos para compreender suas motivações, desejos e necessidades.
Essa competência é bastante complexa, mas pode ser aprendida por quem desejar, começando pelo
respeito e o entendimento de que o diferente enriquece a humanidade.
Quer um exemplo?
As evoluções na medicina mundial tiveram início na abordagem ocidental, reativa, que prioriza
a identificação e o tratamento de doenças.
Com a globalização e o compartilhamento de informações nas últimas décadas, esses
conhecimentos ganharam reforço através da abordagem preventiva, nascida em nações orientais, que
priorizam a integralidade do indivíduo para que siga saudável.
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Vieram daí práticas como a meditação, acupuntura e o uso de plantas para melhorar a resistência,
promovendo o bem-estar para evitar doenças.
De modo semelhante, a empatia é capaz de acrescentar saberes e percepções, contribuindo para
relações harmônicas.
Ética
Embora seja comumente relacionada ao trabalho, tratar os relacionamentos com ética beneficia a
todos.
Quando bem direcionado, esse conjunto de princípios e valores morais permite a valorização
de atributos importantes, como o respeito, a honestidade e a transparência, embasando a construção
da confiança mútua.
Gentileza
Adotar uma postura gentil abre portas, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Isso porque toda relação é alimentada por detalhes, e ser gentil é dar atenção a coisas que parecem
pequenas, mas fazem a diferença no final do dia.
Já reparou no quanto o ambiente fica mais acolhedor quando todos se cumprimentam, são solícitos
e ajudam o próximo?
O trabalho (seja na empresa ou fora dela) se torna leve e até divertido, pois os indivíduos se sentem
importantes naquele local.
Pessoal
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Engloba todos os relacionamentos que estabelecemos através de laços sanguíneos (família), criação
(família, amigos) ou interesses em comum (colegas de escola, faculdade, equipes, eventos sociais, parceiros
amorosos).
Esse tipo de relacionamento está presente desde o nosso nascimento, portanto, tem grande
influência sobre a formação da personalidade, visão de mundo, valores, rotina e até dos gostos pessoais.
Virtual
Criada a partir da popularização da internet, a relação interpessoal virtual costuma ser menos
profunda e estar relacionada a momentos de lazer na frente de uma tela.
São aqueles amigos que conhecemos pelas redes sociais, que reencontramos por meio da web ou
com quem nos distraímos jogando na mesma equipe em nossos games favoritos.
Apesar de a maioria das relações virtuais ser superficial, há quem estabeleça laços profissionais ou
até amorosos nesse formato.
Profissional
Reúne o relacionamento interpessoal no campo corporativo, com pessoas que interagem para dar
andamento a projetos e negócios.
Pode incluir um tom de formalidade, em especial quando os indivíduos não se conhecem bem, ou
se dar de um jeito mais descontraído, dependendo da cultura empresarial.
Graças a essas ferramentas, é possível formar amizades com quem mora em cantos remotos do
Brasil e do mundo, com acesso a culturas diferentes a partir de alguns cliques.
Há, ainda, a oportunidade de participar de reuniões e cursos a distância e fechar negócios sem
precisar se deslocar até outras nações ou continentes.
Esses mecanismos foram fundamentais para que as empresas continuassem funcionando durante
a crise sanitária causada pelo coronavírus, que afetou toda a humanidade em 2020.
Obrigadas a fechar as portas, as companhias recorreram ao home office para seguir trabalhando e,
ao mesmo tempo, preservar a saúde dos funcionários.
Além dos pontos positivos, o fenômeno evidenciou os problemas de manter as relações
interpessoais só no ambiente digital, como a falta de calor humano e maior facilidade para dispersões durante
os encontros online.
Pode-se constatar, então, que as interações de trabalho viabilizadas pela tecnologia não substituem
todos os elementos das interações feitas pessoalmente.
“Em suma, ‘boas’ organizações são as que têm emoções gerenciadas e a teoria organizacional
deveria se preocupar mais com processos cognitivos e controle comportamental”.
Portanto, faz sentido investir não apenas em formação técnica (hard skills), mas também
nas competências comportamentais ou soft skills, que fornecem recursos para que os colaboradores se
relacionem com mais harmonia.
Atividades
COMPETÊNCIA INTERPESSOAL
Vocês por acaso já ouviram falar em competência interpessoal? Caso conheçam o significado,
vocês saberiam mensurar o tamanho da importância que ela representa? Bom, o artigo de hoje vai focar
nesse aspecto fundamental de nossas vidas. Por meio dessas informações, todos os leitores ficarão por
dentro sobre essa prática nas relações sociais.
Competência interpessoal pode ser definida como a habilidade que o ser humano tem para lidar
de forma eficaz com relações entre duas ou mais pessoas; além disso, com a flexibilidade em lidar com
outros indivíduos dentro de sua diversidade de maneira que possa suprir às necessidades de cada um e às
exigências da situação.
Quais são os aspectos da competência interpessoal?
A competência interpessoal conta com dois itens de grande importância em sua composição, são
eles: a percepção e a habilidade. Importante ressaltar que esse processo da percepção necessita ser treinado
para uma visão que seja completamente cuidadosa acerca da situação interpessoal.
Isso quer dizer que há um longo processo de crescimento pessoal, o que abrange a autopercepção,
a autoaceitação e a autoconscientização. Tudo isso como pré-requisitos de possibilidades de percepção
que sejam mais reais dos outros e da situação interpessoal. Vale lembrar que a habilidade de lidar com
situações interpessoais é responsável por proporcionar às pessoas a facilidade de conviver com aspectos
que englobam faculdades ou práticas importantes, sendo que as que mais se destacam são as seguintes:
flexibilidade perceptiva e comportamental. Isso significa enxergar as situações “por vários ângulos ou
aspectos da mesma situação e atuar de forma diferenciada, não-rotineira, experimentando novas condutas
percebidas como alternativas de ação” (Moscovici, 1981). Vejam abaixo outros aspectos que são essenciais
na construção e condução da competência interpessoal.
Relações interpessoais no comportamento social
Esse quesito é fundamental para dar partida na interação social entre as pessoas. No entanto, o
bom prosseguimento dessa habilidade não é unilateral, ou seja, depende de ambas as partes que estão
envolvidas: sujeito e interlocutor.
A relação que se estabelece no contato com o outro deve contar também com a empatia a fim de
que se crie uma situação de mutualidade e, consequente, respeito entre os indivíduos envolvidos nessa
relação.
A comunicação na competência interpessoal
Esse aspecto é bastante amplo porque abrange muito mais que a linguagem verbal. A
comunicação efetiva é aquela que se baseia na interação do interlocutor. Isso inclui não só o ato de
escutar, mas de ouvir (compreender o que se escuta) também. Além disso, especialistas afirmam que para
estabelecer uma comunicação de fato, a pessoa que recebe a mensagem deve utilizar comportamentos que
sugerem o entendimento no que é abordado, são eles:
– Contato visual constante;
– Sinais não-verbais que demonstrem interesse na mensagem transmitida;
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Texto 1
faz perguntar, para ajudar o nosso interlocutor a argumentar com mais objetividade e clareza. Basta a reação
convergente de uma das partes para que o conflito evolua para o consenso.
Tudo o que falamos até agora se refere à competência interpessoal. Definimos competência
interpessoal como saber e querer fazer comportamentos de relacionamento onde prevalecem o respeito e o entendimento entre
as partes. A competência interpessoal só é adquirida por meio do autoconhecimento. Se você não conhece a
si mesmo, dificilmente compreenderá o outro. Descubra quais são as suas características pessoais mais
marcantes e as suas preferências de comportamento. Pergunte-se: eu quero ser assim? Eu posso ser assim
em todas as situações de relacionamento? Estou gerando conflitos sem conseguir evoluir para o consenso?
Quais as características pessoais e preferências das outras pessoas que mais me incomodam? Por que será
que elas me incomodam tanto? Trato os meus conflitos de forma adulta e profissional? Meus
relacionamentos estão contaminados pela intransigência e falta de respeito ou contagiados pela harmonia e
a cooperação?
De nada adiantará a sua competência técnica se você não conseguir se relacionar bem com as
pessoas. Afinal, você quer ser respeitado e admirado apenas por aquilo que você sabe ou também pelo ser
humano que você é?
Atividades
A cultura organizacional são os valores, crenças, regras morais e éticas que ditam os
comportamentos dos colaboradores e dos gestores da organização. Assim sendo, o código de conduta da
companhia, fazendo com que o funcionário entenda como se comportar e agir dentro da organização. Além
de se encontrar diretamente ligada à identidade de uma organização, podendo esta, ser positiva ou negativa.
Por se tratar de valores e crenças, a cultura organizacional não pode ser mudada do dia para a noite. As
mudanças que acontecerem devem ser lentas para que todos que fazem parte da instituição se adequem a
nova forma de trabalho.
Como uma empresa fazer uma mudança radical de colocar distrações como video game, mesa de
“ping pong” e dizer que a partir desse momento vai contribuir com o rendimento de seus
funcionários. Deve ser feito um estudo para analisar se tal mudança irá contribuir para a melhora da
organização.
O que é clima organizacional?
O clima organizacional é caracterizado pelo o que acontece no dia a dia da empresa. É o que os
colaboradores pensam da instituição, se acham ela boa ou ruim em diversos aspectos, como condições de
trabalho, estrutura do escritório, a comunicação entre funcionários e gestores.
Logo é o que influencia diretamente na motivação dos indivíduos na organização e na forma com
que os processos acontecem. Por se tratar da percepção momentânea, diferentemente da cultura
organizacional, o clima passa por constantes mudanças. Assim, é necessário que periodicamente seja feito
uma avaliação com os colaboradores para tomar atitudes que passam a motivar, cada vez mais, eles dentro
da organização.
Portanto, como foi dito por Idalberto Chiavenato, um dos principais nomes de gestão de
pessoas do Brasil: “O clima organizacional representa o conjunto de sentimentos predominantes numa
determinada empresa e envolve a satisfação dos profissionais tanto com os aspectos mais técnicos de suas
carreiras e trabalho quanto aspectos afetivos/emocionais, refletindo em suas relações com os colegas de
trabalho, com os superiores e com os clientes de modo geral”.
Cultura e clima, qual a diferença entre eles?
As diferenças entre cultura organizacional e clima organizacional podem ser identificadas a partir
do exemplo de uma empresa de tecnologia. O primeiro é caracterizado por inovação, satisfação do cliente,
funcionários pró ativos, companheirismo, transparência, ética e respeito, o que é fundamental para a
organização seguir de uma forma harmônica.
Já o segundo se dá pelos horários flexíveis, ambiente mais despojado onde os funcionários podem
ir da maneira que se sentem mais confortáveis, Happy Hour sempre que possível, comemoração após cada
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venda realizada. Assim, motivando cada vez mais os colaboradores da organização por se sentirem em um
ambiente mais familiar e serem mais autônomos dentro da empresa.
Mesmo possuindo conceitos diferentes, esses dois princípios possuem uma relação de
interdependência entre eles. O clima está ligado às ações no dia a dia e a cultura se refere aos assuntos mais
perenes e que acabam sendo institucionalizados na organização. Com isso, investindo em uma melhora do
clima organizacional, consequentemente haverá uma melhora da cultura organizacional ao longo prazo.
Atividade
BIBLIOGRAFIA
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e-muito-mais-importante-do-que-sua-experiencia-e-seus-diplomas. Acesso em: 01/03/2021.