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Relatório de
Finalização
Logótipo:
Constituição do grupo:
Daniela Cristina Ferreira Vieira Nº 10 Turma: B
Índice
Introdução ............................................................................................................................ 4
1º Período ..............................................................................................................................5
2º Período ............................................................................................................................. 8
Entrevista a uma pessoa invisual ....................................................................................... 8
Campanha de Sensibilização Mistério ............................................................................... 9
Actividade “Ver para Crer” ............................................................................................... 10
Inquéritos ......................................................................................................................... 10
Relatório Individual de Desenvolvimento ......................................................................... 11
3º Período ............................................................................................................................ 12
Inquéritos ......................................................................................................................... 12
Inquéritos “Ver para Crer” ............................................................................................... 12
Cartaz............................................................................................................................... 14
Fundos ............................................................................................................................. 15
Produto Final.................................................................................................................... 16
Calendarização .................................................................................................................... 21
Conclusão ............................................................................................................................ 21
Pontos fortes....................................................................................................................22
Pontos fracos ................................................................................................................... 23
Agradecimentos.............................................................................................................. 24
A despedida .....................................................................................................................25
Anexos ................................................................................................................................. 27
Bibliografia.......................................................................................................................... 28
Introdução
Desde à vários anos que a Área de Projecto de 12º ano tem permitido a
concretização de projectos de investigação sobre as mais diversas áreas.
Foi no âmbito desta área curricular e através da iniciativa que esta promove, que nos
foi lançado o desafio de realizar um projecto que conquistasse o nosso interesse, bem como
a atenção da nossa comunidade escolar. Este projecto teria que transmitir uma mensagem
que representasse para nós, para os nossos colegas, professores e funcionários, um precioso
contributo para o enriquecimento de conhecimentos e mentalidades.
Quando reflectimos um pouco sobre a visão, percebemos que este sentido nos ajuda
muito a compreender o mundo à nossa volta. Este é um dos sentidos mais úteis no
relacionamento do homem com o mundo, e uma vez afectado, é consequentemente
responsável pelas mais diversas alterações na sua perspectiva de vida.
Porém, esta condição biológica não é o único obstáculo para as pessoas com
deficiências visuais. Uma das maiores barreiras está no preconceito e na discriminação que
enfrentam na nossa sociedade.
Com este projecto e através de todas as suas acções tentamos mostrar que, apesar
de todos os obstáculos que enfrentam, as pessoas que vivem com deficiências visuais, não
são diferentes de nós e merecem ser vistas por todo o seu valor. Não só na sua força de
vontade e coragem, mas também na alegria com que encaram a vida e tudo o que as rodeia,
fazendo assim, com que vençam todas as barreiras.
Por tudo o que são e por tudo o que fazem, estas pessoas são uma inspiração para nós
e também para todo o nosso projecto.
Ainda que o nosso projecto esteja a chegar ao fim, é com um enorme prazer que
dizemos que ainda há muito a fazer. E apesar de muito do que nos move neste projecto já
ter sido desvendado, continuaremos a dar tudo de nós para defender a nossa causa.
1º Período
Falar em 1ºPeríodo, para nós, é falar na escolha do tema para o projecto, em
propostas de abordagem do mesmo e na escolha de apenas uma que fosse completamente
exequível. Por isso, o nosso primeiro passo foi a realização de uma intensiva pesquisa sobre
temas que interessassem a todos os elementos do grupo, pelo que, de entre vários temas
nos surgiu o das “Deficiências Visuais”.
Esta visita proporcionou o primeiro contacto do grupo “Um Outro Olhar” com um
cego, e mostrou-nos que pessoas com esta condição, isto é, pessoas que sentem tudo o que
as rodeia, mas que não o vêm com os seus olhos, conseguem ultrapassar qualquer barreira e
fazem isso com um enorme sorriso nos lábios, demonstrando a toda a gente a gigante
dimensão da sua força de vontade.
Pelo carácter da iniciativa e pelo interesse que o Dr. Rui Teles mostrou face ao nosso
projecto mesmo antes de nos conhecer, as nossas expectativas eram bastante altas
relativamente a este encontro, no entanto foram largamente superadas, pelo contributo
que esta reunião teve no desenvolvimento do nosso projecto. Assim, o Dr. Rui Teles
prontificou-se a ajudar o nosso grupo na realização do nosso produto final.
Contudo, não nos limitamos a ficar pelas duas instituições, tendo seguido as
orientações da nossa Professora Ana Maria Meireles que nos aconselhou a falar com
Professora Fátima Fradinho, professora do ensino especial da nossa escola.
Foi também neste período que tivemos a primeira opinião formal sobre o nosso
trabalho, com a elaboração e avaliação do Anteprojecto. O primeiro documento em que
tivemos de expor tudo aquilo que o nosso projecto iria ser ao longo de todo o ano.
A elaboração deste documento veio a revelar-se muito útil pois, foi a base de todo o
nosso trabalho.
2º Período
De forma a dar continuidade ao 1ºPeríodo e a interagir com a comunidade escolar, o
grupo “Um Outro Olhar” agendou para o 2º período v|rias actividades, como uma
entrevista a uma pessoa cega, a campanha de Sensibilização Mistério, a actividade “Ver para
Crer” e ainda a realização de inquéritos sobre a saúde ocular dos alunos na nossa escola.
Todas estas actividades foram pensadas até ao mais ínfimo pormenor, pois
queríamos sensibilizar toda a comunidade escolar, fazendo chegar a todos uma mensagem
de apelo à não-discriminação da cegueira e de pessoas que possuem esta condição.
A Dra. Dores, também professora do ensino especial, é cega, o que nos permitiu
presenciar e sensibilizar para uma realidade completamente diferente da nossa, e para a
qual o nosso mundo era completamente alheio.
Quando fizemos o convite para vir até a nossa escola e ser entrevistada, a Dra. Dores
respondeu de forma imediata e afirmativa, o que nos deixou muitíssimo ansiosos. Desta
forma, agendamos o dia mais conveniente para ambas as partes, dia 11 de Fevereiro de
2011.
Para esta pequena sessão decidimos convidar a nossa turma de área de projecto, a
nossa turma 12ºB e ainda os professores desta mesma turma. Aquando do convite, quase
todos se mostraram muito interessados, o que nos deixou, logo à partida, bastante
expectantes.
Durante a entrevista a Dra. Dores falou um pouco sobre si, tanto a nível pessoal
como profissional, e contou várias histórias caricatas que lhe aconteceram, fruto da sua
condição. A Dra. Dores respondeu a todas as questões que os participantes colocaram,
revelando-se uma pessoa bastante acessível, com um sentido de humor genial e um poder
de discurso oratório muito bom, o que levou os presentes a entenderem o que era dito
duma forma bem clara.
Em suma, podemos dizer que foi sem dúvida um momento único, que nos deixou um
pouco mais ricos de espírito, pois conhecemos um exemplo de que a verdadeira vitória está
naquele que consegue ultrapassar os seus obstáculos de cabeça erguida!
Assim, o nosso objectivo para esta campanha era que após serem espalhados os
cartazes anónimos pela escola, grande parte das pessoas comentasse e se entusiasmasse
com o nosso projecto.
Desta forma, cada um dos cartazes continha uma frase, que remetia para a reflexão
de como seria a nossa vida se não tivéssemos o sentido da visão, despertando, assim, a
atenção de todos para as dificuldades que um cego enfrenta no seu dia-a-dia.
Com o decorrer desta campanha, o grupo sentiu um “feedback” positivo pela parte
dos alunos e professores face a todos os cartazes afixados, o que demonstrou que afinal, por
mais pequenos que sejam os nossos actos podemos efectivamente fazer a diferença e
deixar os outros a pensar e reflectir sobre as mais importantes questões da vida. E é claro
que não podemos deixar de referir o orgulho com que ficamos ao ver o nosso cartaz grande
ser afixado num lugar de tão grande destaque na nossa escola, como o pavilhão A.
Nesta actividade pedimos a alunos para realizarem simples acções do nosso dia-a-
dia, como encher um copo com água, identificar alimentos pelo cheiro, apertar botões,
entre muitas outras, no entanto, estas foram realizadas com uma pequena grande
diferença, de olhos vendados!
Inquéritos
Um dos nossos objectivos, enquanto grupo, é descobrir um pouco mais sobre a
saúde visual da nossa comunidade escolar. Nesse sentido, para conseguirmos um resultado
credível, decidimos realizar um inquérito a alguns alunos, verificando “como vê a nossa
escola”, isto é, se os nossos alunos j| alguma vez consultaram um oftalmologista, quais os
problemas de visão que possuem, entre outras informações.
notícia de que os inquéritos tinham sido aprovados, nós ficamos radiantes, pois isso
significava que podíamos avançar com toda a sua preparação.
Desta feita, fomos imprimir os inquéritos, e com estes impressos, cada um dos
elementos do grupo ficou encarregue de distribuir 30 pela comunidade escolar.
Dos alunos inquiridos cerca de metade têm problemas de visão, pelo que se justifica
mais uma vez a temática do nosso projecto.
Este foi o nosso primeiro relatório técnico-científico, por isso, inicialmente revelou-
se um pouco difícil. No entanto, agora percebemos que será muito útil para o
desenvolvimento de cada um de nós e para o nosso futuro académico.
3º Período
Inquéritos
Com a chegada do 3º período temos uma novidade relativamente aos nossos
inquéritos, uma vez que, pensamos em publicar no portal da escola as conclusões que
obtivemos. Para tal elaboramos uma carta de pedido de autorização à direcção da nossa
escola.
Com o estudo corrigido, voltamos a enviá-lo à direcção, desta vez, através da nossa
professora de área de projecto, para a sua publicação no portal da escola, onde se encontra
disponível desde o dia 18 de Maio.
A publicação dos resultados dos nossos inquéritos é muito importante para nós, pois
desta forma, podemos mostrar um pouco mais do nosso projecto aos elementos da nossa
escola, mas também a todas as outras pessoas que visitem o site da nossa escola.
Será que os alunos gostaram das actividades que realizaram? Será que gostaram do
apoio dos elementos do grupo que os acompanharam? Será que perceberam os verdadeiros
objectivos da actividade? O que mais gostaram? O que menos gostaram?
Tantas eram as dúvidas que nós possuíamos… Por isso, tínhamos de arranjar uma
forma de as esclarecer… Mas como?
que ter a opinião daqueles que mais envolvidos estiveram na nossa actividade, ou seja, os
próprios alunos das turmas do 8ºano.
Ter a opinião destes acerca da Actividade “Ver para Crer” e do nosso trabalho é
muito importante para a concretização dos objectivos que procuramos atingir com o nosso
projecto.
Assim, na aula seguinte, partilhamos esta ideia com a nossa professora, que também
a achou muito proveitosa, pois ficaríamos com uma opinião mais concreta do nosso
trabalho na comunidade escolar.
Para isso pedimos, novamente, a colaboração dos Professores Cátia Costa e Luís
Gonçalo que, mais uma vez, se prontificaram a ajudar-nos. Desta forma, entregamos-lhes
os inquéritos para que estes pudessem preencher com cada uma das turmas participantes,
ficando combinado que assim que estivessem devidamente preenchidos, deixá-los-iam no
PBX, para que os pudéssemos ir buscar.
Após termos entregue os inquéritos da actividade “Ver para Crer”, esperamos com
bastante ansiedade e expectativa a resposta dos nossos colegas do 8ºano.
E quem espera sempre alcança… Como não poderia deixar de ser, valeu a pena!
Os alunos da turma C consideraram que a nossa iniciativa poderia ser ainda mais
interessante, mais apelativa, ponto em que nos atribuíram a classificação de 4 em 5 valores.
Também considerou que a sua duração/gestão do tempo poderia ter sido um pouco melhor,
tendo em conta que com esta turma, a actividade foi realizada no último bloco de aulas e os
alunos precisavam de ir para casa.
Quanto aos alunos da turma E, avaliaram a realização da actividade “Ver para Crer”,
quanto à sua organização em 4 valores. E presentearam-nos com notas máximas quanto ao
seu interesse, duração e gestão do tempo e ainda quanto à sua utilidade e ao contributo
pessoal que esta propiciou. Realçando também que com esta actividade aprenderam a ver o
mundo com outros olhos, como uma pessoa cega.
Para nosso grande contentamento nenhuma das turmas apontou nenhum aspecto
como menos positivo.
Agora resta-nos apenas aguardar pela avaliação da turma D para dar por completo e
terminado este ponto muito importante para uma melhor reflexão sobre os resultados e o
contributo do nosso projecto.
Para nós estas palavras são uma enorme recompensa, são mais uma motivação para
continuar a realizar este projecto até ao final deste ano.
Cartaz
Uma das acções planeadas para este período era a exposição final de projecto. No
entanto, esta foi cancelada devido ao pouco tempo que possuíamos para a sua preparação.
Como sua substituição, este período tivemos de realizar um cartaz que mostrasse
todo o nosso projecto à comunidade escolar.
várias actividades que elaboramos, para que a comunidade escolar tenha mais uma forma
de conhecer o nosso projecto.
Foi com muita ansiedade que esperamos pelo dia 13 de Maio, para vermos o nosso
cartaz impresso e exposto.
Para além disso, ficámos um pouco desiludidos com o pouco destaque dado aos
cartazes, não apenas ao nosso, mas a todos. Pois, encontravam-se atrás dos matraquilhos e
muitas eram as pessoas que a eles se encostavam, não para os lerem mas sim para assistir à
secção de karaoke. As poucas pessoas que vimos a ler os cartazes eram, também elas,
alunos de área de projecto do 12º ano.
Contudo, visto que o importante era expor o nosso projecto à comunidade escolar,
achamos que os resultados foram positivos.
Fundos
Tal como todos os projectos, também o nosso acarretou algumas despesas, e para
lhes fazer frente foi necessário arranjar estratégias monetárias. Assim, paralelamente às
restantes actividades, o grupo “Um Outro Olhar” decidiu recorrer a patrocínios e { venda de
bijutaria e de produtos alimentares na “Barraquinha Verde” da nossa escola.
que as restantes, a papelaria “Casilcópia”, que foi uma enorme ajuda, uma vez que nos
realizou descontos em tudo o que de lá necessitamos, como impressões, fotocópias, e
outros produtos.
Toda a ajuda, apesar de valiosa é pouca, por isso, decidimos iniciar uma espécie de
mealheiro onde cada elemento do grupo coloca um valor simbólico todas as semanas. Esta
ideia surgiu para que conseguíssemos juntar algum dinheiro para ajudar nas despesas de
maior dimensão, evitando um maior esforço financeiro por parte de cada elemento do
grupo aquando de algum gasto.
Com todas estas estratégias de angariação de fundos, conseguimos juntar uma boa
quantia, que certamente nos ajudou nas nossas despesas, mas principalmente na última e
maior de todas, uma máquina de filmar digital.
Esta nossa decisão fez com que esgotássemos todas as nossas poupanças,
implicando assim com que futuros gastos, por exemplo, em deslocações relacionadas com o
nosso projecto tenham sido todas pagas por cada um de nós.
Produto Final
Assim como estava definido desde o início da planificação do nosso projecto, o
nosso produto final consiste num documentário sob a forma de vídeo, no qual tentaremos
mostrar as dificuldades pelas quais as pessoas com deficiências visuais enfrentam, e
também a sua grande força e coragem que lhes permite ultrapassar todos os obstáculos
impostos pela nossa sociedade. Para além disto, divulgaremos alguns dos recursos
disponíveis para as pessoas que vivem nesta situação.
- a Entrevista à Professora Dores Cunha, pessoa cega que nos dará a conhecer um
pouco melhor como é a vida para alguém com esta diferença;
Para que nada ficasse por fazer, rapidamente tivemos de iniciar as filmagens. E
começamos então pela visita ao Núcleo de Apoio à Inclusão Digital (NAID) da Escola
Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.
Desta forma, com base numa proposta elaborada pelo elemento do grupo, Ricardo
Faria, escrevemos um guião orientador das nossas filmagens.
Com o objectivo de dar a conhecer alguns destes recursos e mostrar que existem
instituições que apoiam e tentam tornar um pouco melhor o dia-a-dia das pessoas com
deficiências visuais, no dia 9 de Maio o grupo “Um Outro Olhar” foi ao encontro do Dr. Rui
Teles, coordenador do NAID para iniciar as filmagens.
Como sempre, o Dr. Rui foi de uma extrema simpatia para connosco, aceitando
prontamente o nosso pedido para participar no nosso documentário. Desta forma,
mostrou-se disponível para nos mostrar a causa que o NAID defende, e também as
tecnologias e instrumentos que possui a pensar nas pessoas que têm deficiências. A
naturalidade com que o nos recebeu fez com que nos sentíssemos em casa e essa é uma das
grandes mais-valias do NAID, pois só demonstra que as suas instalações estão abertas a
todos aqueles que precisam e todos são bem-vindos.
Assim, uma das três partes essenciais do nosso vídeo estava concluída.
Com o chegar do dia 13 de Maio, aproximava-se mais uma etapa das filmagens que
estamos a realizar para o nosso vídeo-documentário, a entrevista à Dra. Dores Cunha.
Mais uma vez, com uma grande simpatia, a Professora Dores aceitou a nossa
proposta e para que pudéssemos apresentar o nosso produto final dentro do prazo previsto,
procurou ajudar-nos, convidando-nos para uma visita a sua casa, onde poderíamos gravar
uma entrevista semelhante àquela que realizamos no 2ºPeríodo e que tanto contribuiu para
o nosso projecto.
Elaboramos, assim, o guião com base na proposta da Débora Pereira, que nos fez a
sugestão de manter o formato da entrevista anterior, visto que este estava muito bom.
Assim, acabámos apenas por fazer alguns acertos e acrescentar algumas questões.
A nossa recepção foi muito familiar e acolhedora, o que desde logo nos deixou muito
à vontade. Ao longo da entrevista a Professora Dores demonstrou sempre uma imensa
disponibilidade e satisfação. Conversou connosco, partilhando momentos da sua vida e a
sua forma de ver o mundo, tal como o fizera anteriormente. No entanto, conseguiu
surpreender-nos, superando assim as nossas expectativas.
Apesar do tempo de que dispomos para o vídeo que iremos elaborar ser limitado, à
medida que a Professora Dores ia respondendo, iam surgindo continuamente novas e
interessantes questões, tornando-se impossível cumprir o número de questões inicialmente
estipuladas.
O seu marido também nos recebeu com muita simpatia e acompanhado pela
Professora Dores mostrou-nos alguns dos instrumentos e tecnologias que ambos possuem.
Estes permitem-lhes estabelecer contacto com a sociedade, com os seus familiares e
amigos. Graças a estas tecnologias, a Professora Dores, também pode estar sempre em
contacto com uma das suas grandes paixões, a leitura.
Em suma, o contributo da Professora Dores Cunha e do Dr. Rui Teles foi mais uma
vez indispensável, e o facto de o podermos transmitir à comunidade escolar deixa-nos
muitíssimo satisfeitos com tudo o que nosso projecto nos continua a proporcionar.
Restava agora, a última das três partes essenciais do nosso vídeo, a teatralização na
cidade da Maia. Esta tinha como objectivo mostrar a forma como a sociedade reage a uma
pessoa cega, se a ajuda ou se a rejeita, se a olha de uma forma diferente, ou seja, se a vê
com um outro olhar.
Mas, infelizmente, as filmagens na Maia foram tudo menos fáceis, visto que nos
apercebemos de que esta tarefa ia ser muito mais complicada e possuía muitos mais
obstáculos do que aqueles que consideramos inicialmente. Desta forma, apenas
conseguimos filmar dois elementos do grupo, a Débora e o Ricardo.
cegueira… O Ricardo disse-nos, então, “parecia que estava a brincar com as outras pessoas,
e com os seus sentimentos, mas eu sabia que estava a contribuir para a sensibilização e
também para a divulgação desta temática, o que é algo muito importante para a nossa
sociedade”.
Apesar de só estes dois elementos terem sido filmados, a Joana Pinho também
encarnou o papel de “cega”, igualmente com o objectivo de ser filmada, mas não o
conseguimos fazer, pois a polícia encontrava-se no local pretendido e tivemos receio de
causar problemas. Ainda assim, a Joana deixou-nos um pequeno testemunho daquilo que
sentiu: “Foi complicado, senti que as pessoas nos olham de forma diferente, ficam
fixamente a olhar. Senti-me como se fosse diferente deles só pela forma estranha como me
olharam”.
Uma vez começado o papel de cegos, tivemos de o cumprir até ao fim para ninguém
desconfiar de nós e não levarem a mal esta situação, o que foi um pouco difícil para nós,
mas conseguimos fazê-lo.
Mesmo faltando esta pequena parte do nosso vídeo, a grande parte das filmagens
estão concluídas. Agora estamos numa das partes mais difíceis, a edição de vídeo… Uma
tarefa árdua, mas que certamente não nos vai conseguir vencer. Nós iremos vencer os
obstáculos e, concluir o nosso vídeo! Pois não poderemos deixar de passar a grande
mensagem que este projecto passou para todos nós ao longo de todo o ano lectivo.
Ter uma pequena diferença não significa ser menos que os outros, apenas
diferentes. Como todos nós o somos…
Calendarização
A calendarização, inerente à planificação e desenvolvimento do nosso projecto, é
vasta e envolve inúmeras datas que tentamos cumprir da melhor maneira. No entanto,
como nem tudo correu da forma prevista, houve um ligeiro atraso na calendarização
apresentada no Anteprojecto.
Este pequeno atraso deveu-se a vários motivos como por exemplo, a espera pela
aprovação das nossas actividades pela parte do Conselho Directivo, a nossa disponibilidade
e também a disponibilidade de todos aqueles que colaboraram no nosso projecto.
Conclusão
Este 3º período representa a fase de finalização do nosso projecto, a conclusão de
alguns dos nossos planos e objectivos, para os quais continuamos a trabalhar.
Foi graças a todas as actividades que realizamos e as bases que estas nos forneceram
que, ao longo deste último período, o nosso produto começou a ganhar forma, o que torna
esta etapa do nosso projecto, muito exigente, mas também muito especial para nós.
Muito em breve, estará a terminar este ano lectivo e o nosso percurso por área de
projecto. Contudo, garantimos que nos iremos continuar a dedicar às pessoas com
deficiências visuais, como nos dedicamos a todo o projecto.
Pois, este projecto, deu-nos uma oportunidade de perceber e de sentir como é ver a
vida sem um dos importantes sentidos do ser humano, a visão.
Assim, tal como aconteceu ao longo de todo o nosso projecto, estamos a adquirir
lições de vida que são insubstituíveis, que fazem com que o nosso trabalho seja, sem dúvida
alguma, recompensado.
Pontos fortes
Todo o projecto que desenvolvemos ao longo deste ano lectivo contribuiu de uma
forma única e impressionante para o crescimento individual de cada um de nós. No entanto,
como em todos os trabalhos existem pontos fortes e pontos fracos, que necessitam de ser
destacados para uma melhor compreensão de todo o projecto e tudo aquilo que este nos
levou a sentir.
Assim, o grupo “Um Outro Olhar” considera como pontos fortes a entrevista { Dra.
Dores Cunha, realizada com a turma de área de projecto e com alguns professores e alunos
da turma 12ºB. Esta trouxe-nos muito mais do que alguma vez imaginamos, pois
aprendemos a não desistir perante as adversidades da vida, e que podemos transformar
algo mau, em algo bom, isto é, temos sempre de tirar partido do lado positivo de uma
situação, nunca nos deixando sentir derrotados, principalmente por não sermos iguais aos
outros, pois a beleza do mundo está na diferença e não na igualdade.
O dia das filmagens na Maia, foi também muito importante para nós, pois
finalmente conseguimos sentir e compreender, um pouco melhor, tudo aquilo que uma
pessoa cega enfrenta no seu dia-a-dia, desde os olhares indiscretos da sociedade, ao imenso
número de obstáculos que existem no mundo à nossa volta. Agora, mais do que nunca,
admiramos as pessoas com esta condição, porque realmente não é fácil vivermos num
mundo que não está minimamente preparado para nos receber. Este foi um dia que ficou e
ficará sempre gravado nos nossos corações.
Pontos fracos
Como, um trabalho não é só constituído por bons momentos, temos que destacar
também os negativos, mas felizmente, o grupo não tem muitos para referir. Neste sentido,
consideramos que o principal foi mesmo a falta de tempo que tivemos para dedicar a
algumas actividades, porque em ano de exames e com as restantes disciplinas tornou-se,
por vezes, complicado gerir o tempo, mas com a nossa persistência e dedicação ao projecto,
realizamos tudo aquilo a que nos propusemos, sem nunca falhar uma actividade.
Em suma, todos estes momentos, bons ou maus, contribuíram para o nosso projecto
ser aquilo que é hoje e ter a importância que tem para nós, por isso, não ficamos tristes com
os obstáculos que tivemos, mas sim agradecidos, pois sem estes nunca teríamos
conseguido ter um projecto com este valor!
Agradecimentos
O nosso projecto ensinou-nos que o sucesso da nossa caminhada se deve
igualmente a tudo o que nos faz andar e a todos aqueles que caminham ao nosso lado.
Por isso, queremos agradecer a todos eles que nos ajudaram neste ano tão
importante das nossas vidas.
visuais enfrentam, estas vencem-nas, porque não são de forma nenhuma menos capazes do
que nós.
Mas principalmente, a toda a nossa comunidade escolar por ter recebido o nosso
projecto e a sua mensagem de braços abertos e assim nos mostrarem que todo o nosso
trabalho, todo o nosso empenho não poderiam ter sido melhor empregues.
Por terem trabalhado ao nosso lado, tornaram possível que hoje apresentemos o
nosso trabalho sob a forma deste projecto que para nós é muito especial, por tudo o que
com ele alcançamos, sentimos que este representa para as pessoas que possuem
deficiências visuais, assim como para a sociedade em geral, um percurso muito importante
na direcção de um objectivo maior, a consciência de que a descriminação que estas pessoas
sofrem não tem qualquer fundamento. Possuir uma deficiência visual, não é ser menos
humano.
Por tudo isto, por todo o nosso projecto e pelos seus resultados, a todos, o nosso
grande e sincero muito obrigado.
A despedida
Quanto a nós, sentimos que redescobrimos, ao longo deste ano lectivo, com o
desenrolar do nosso projecto, o sentido para a expressão “realização pessoal”.
Todos os passos que demos desde os primeiros momentos do nosso projecto e que
agora nos permitem conclui-lo desta forma, superaram todas as nossas expectativas e dão-
nos todos os motivos para estarmos orgulhosos.
Cerca de oito meses passaram desde a nossa primeira aula de Área de Projecto e
desde esse primeiro contacto, todos nós aprendemos muito. Tivemos o enorme privilégio
de conhecer, na primeira pessoa, a vida destas pessoas, com outros olhos. Crescemos com o
nosso projecto e conhecemos a verdadeira realidade do nosso tema, que são as pessoas que
possuem deficiências visuais e que superam todas as expectativas porque apesar de
possuírem esta condição, não há nada que as limite.
Anexos
Anexo 1: Avaliação da Actividade “Ver para Crer”.
Bibliografia
Para a elaboração do nosso relatório de desenvolvimento não recorremos a
quaisquer livros ou sites, por isso, não temos nada a indicar para a bibliografia.
Para realizar este documento apenas nos baseamos nos relatórios individuais de
desenvolvimento do 2º Período elaborados por todos os elementos do grupo e, ainda, nas
reflexões semanais elaboradas pelo grupo.