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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Universidade Rovuma
Nampula
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2022
Índice
Introdução........................................................................................................................................5
2.1. Refrigeração............................................................................................................................12
2.2. Congelamento.........................................................................................................................13
3.1. Pasteurização..........................................................................................................................14
3.2. Esterilização............................................................................................................................15
3.3. Tindalização............................................................................................................................17
3.4. Branqueamento.......................................................................................................................17
3.5. Apertização.............................................................................................................................18
3.6. Secagem..................................................................................................................................18
3.7. Liofilização.............................................................................................................................19
5.3. Sulfitos....................................................................................................................................24
6.1. Radiação.................................................................................................................................25
6.2. Fermentação............................................................................................................................26
6.3. Defumação..............................................................................................................................28
Conclusão......................................................................................................................................32
Bibliografia....................................................................................................................................33
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Introdução
O homem, nos primórdios de sua existência, adquiriu noção da influência dos mecanismos de
conservação de alimentos sem entender, porém, seus mecanismos de acção. Os antigos métodos
de conservação não tinham bases científicas, não havendo conhecimento de seus agentes
alterantes e consequente desconhecimento da razão das modificações operadas nos produtos, por
mais que seus resultados fossem efectivos. Deste modo, em sua vulnerabilidade, não podiam
cumprir totalmente suas finalidades, entretanto deixaram conceitos pioneiros para estudos que
ainda hoje tem conceitos válidos e seguidos (EVANGELISTA, 1998).
Conservação é a arte que consiste em manter o alimento o mais estável possível, mesmo em
condições nas quais isso não seria viável. A conservação de alimentos envolve três
características: físicas, químicas e biológicas (FOOD INGREDIENTS BRAZIL, 2012).
O objectivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico dos diferentes métodos de
conservação de alimentos e sua importância na alimentação dos indivíduos.
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1.2.1.1. Microrganismos
A maior parte dos alimentos e dos produtos alimentícios é facilmente alterável por
microrganismos.
Todos os tipos de alterações alimentares, esta é a que mais danifica o alimento, transformando de
tal modo suas qualidades, que seu consumo se torna, às vezes, inteiramente impróprio.
Alimentos sujeitos a processos de subdivisão (moídos, triturados, picados), submetidos a
repetidos contactos manuais e aqueles preparados com vários ingredientes (pastéis, bolinhos,
empadas, doces com recheios, principalmente à base de creme), são alimentos que, por sua
própria constituição, são mais vulneráveis às contaminações. De maneira geral, os
microrganismos que podem causar alterações em alimentos são só fungos ou bolores, bactérias e
leveduras. As alterações que eles ocasionam são:
Fermentação: decomposição de hidratos de carbono pela acção de microrganismos, com
o desprendimento ou não de gases (embora nunca de mau cheiro), formando produtos
mais ou menos deteriorados, porém não tóxicos;
Putrefacção: decomposição anaeróbica de substâncias nitrogenadas, com
desprendimento de gases de mau cheiro, dando formação a produtos deteriorados e
muitas vezes com produção de toxinas;
Alterações de aparência: consistem no desenvolvimento de microrganismos sobre os
alimentos, sem aparentemente causar outra alteração específica, mas alterando-os sob o
ponto de vista sensorial, modificando-os em sua aparência e, consequentemente,
tornando-os refutáveis para o consumo humano.
independem da acção de enzimas. Pode-se citar como exemplo deste tipo de alteração a rancidez
oxidativa, que é a alteração da gordura por oxidação, ligada à presença de ácidos graxos
insaturados.
De modo geral, aceita-se que alterações são todas as mudanças que tornam o alimento
indesejável ou inadequado a sua ingestão. Dependendo do tipo de alteração que o alimento tenha
sofrido, ele pode ou não ser consumido, e esta utilização está condicionada ao tipo e ao grau de
alteração. Quando o produto é parcialmente alterado e as transformações são de pouca
intensidade e se limitam a sua superfície, ele pode ser aproveitado como matéria-prima para a
fabricação de derivados. Mas no caso de a alteração abranger todo o alimento, sua ingestão é
inteiramente proibida.
São exemplos de produtos que sofrem alterações, mas que podem ser aproveitados:
Leite acidificado: para a confecção de produtos de panificação e confeitaria;
Leite talhado: para fazer requeijão;
Queijos fora dos padrões exigidos: para elaboração de queijos fundidos;
Frutas fermentadas: para obtenção de vinagre;
Pão “dormido”: para a confecção de farinha de rosca ou pudim.
Alterações Químicas: são alterações produzidas por reacções químicas catalisadas ou não por
enzimas. Durante o processamento ou o armazenamento de diversos alimentos, podem ocorrer
reacções que independem da acção de enzimas.
Pode-se citar como exemplo deste tipo de alteração a rancidez oxidativa, que é a alteração da
gordura por oxidação, ligada à presença de ácidos graxos insaturados. À medida que as duplas
ligações aumentam, mais curto é o tempo de conservação das gorduras.
A hidrogenação é uma forma de reduzir a rancidez das gorduras, por actuar sobre os ácidos
graxos insaturados. O hidrogénio se posiciona na dupla ligação, que é rompida durante o
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processo. Outros tipos de alteração não enzimática são: escurecimento não enzimático reacção de
Maillard, oxidação de ácidos ascórbicos e caramelização.
Reacção de Maillard: Envolve uma série de reacções que iniciam com a combinação entre o
grupamento carbonila de um aldeído, cetona ou açúcar redutor, com o grupamento amino de uma
aminoácido, peptídeo ou proteína, e culminado com a formação de pigmentos escuros.
Oxidação de ácido ascórbico: Tem sido considerado como sendo o responsável pelo
escurecimento dos sumos cítricos concentrados, principalmente os de limão e tangerina. O ácido
ascórbico, origina compostos de coloração escura.
Caramelização: A caramelização ocorre quando compostos polihidroxicarbonilados (açúcares
ou certos ácidos) são aquecidos a temperaturas relativas altas.
Os alimentos podem sofrer alterações físicas, como quebra, amassamento, cortes, etc. Incluem-se
também a exposição ao ar, à luz e à temperatura, os quais podem ocasionar alterações em certas
características dos alimentos, como sua cor, seu sabor e sua aparência.
São exemplos dessas alterações pela luz: certos alimentos, quando expostos à luz solar, adquirem
sabores desagradáveis, como o leite, que, além de ficar com gosto de sebo, perde grande parte de
seu teor de riboflavina por temperatura: o creme do sorvete que se precipita pela formação de
inúmeros cristais de lactose;
Todos os microrganismos têm temperaturas ideais para seu crescimento e proliferação, sendo
assim, o princípio básico da conservação pelo frio é manter a temperatura abaixo do ideal para
evitar a disseminação microbiológica. Da mesma maneira, as reacções enzimáticas ocorrem em
temperaturas ideais, sendo assim o princípio para minimizá-las é o mesmo, manter a temperatura
abaixo da ideal (LINO, 2014).
A indicação de cada um dos diferentes processos de conservação pelo frio é feita de acordo com
o tipo, constituição, composição química e o tempo requerido para a conservação do alimento,
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sem que haja sensíveis perdas de seu valor nutritivo, de suas características organolépticas e
diminuição de peso, por desidratação.
2.1. Refrigeração
Define-se como refrigeração o abaixamento da temperatura do alimento entre -1,5° C a 10°C,
como forma temporária até que se aplique outro método ou até quando o alimento seja
consumido. Neste método não há eliminação de microrganismos, porém inibe seu ciclo de
reprodução e, consequentemente, retarda a deterioração dos alimentos quando atacados,
impedindo assim que, de certa forma, eles se desenvolvam de maneira a não provocar danos nos
alimentos, mantendo a qualidade original do alimento e prolongando um pouco mais a sua vida
útil. (LINO, 2014)
Alguns alimentos são sensíveis ao frio, como é o caso de muitas frutas e hortaliças, onde pode
causar danos pela baixa temperatura (entre 10°C e 13°C), afectando a estrutura da membrana
plasmática destes alimentos, causando alterações como murchamento das folhas, lesões
superficiais e alterações da cor. Pode ocorrer também a liberação de produtos voláteis nos
alimentos como a cebola, alho, pescados e frutas, enquanto outros são susceptíveis a absorvê-los
como leite e derivados, podendo incluir outras alterações neste processo como perda de firmeza e
crocância em frutas e hortaliças, envelhecimento de produtos de panificação e aglomeração dos
produtos em pó (AZEREDO, 2012).
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2.2. Congelamento
O congelamento consiste na diminuição do nível da temperatura para valores de -40º C a -10ºC,
e para que haja um perfeito congelamento, é recomendado que 80% da água livre seja
transformada em gelo, havendo assim uma redução ou estabilização da actividade metabólica
dos microrganismos. Uma vez que ocorridas as condições favoráveis novamente, os mesmos
passam a ter actividade metabólica normal (CESAR, 2008).
O congelamento pode causar danos em alimentos em tecidos estocados abaixo de seu ponto de
congelamento, perdendo geralmente rigidez e se tornando pegajosos após seu descongelamento;
algumas verduras e frutas podem ser susceptíveis a danos causados pelo congelamento, bem
como no seu estado de refrigeração como citado no tópico anterior. A severidade do dano por
congelamento é afectada pela combinação de tempo e temperatura, assim como ocorre o dano
pelo frio (AZEREDO, 2012).
3.1. Pasteurização
A pasteurização é um tratamento térmico relativamente suave que utiliza temperaturas inferiores
a 100 ºC, cujo objectivo principal é a destruição de microorganismos patogénicos associados ao
alimento em questão. Os microorganismos patogénicos são mesófilos, isto é, têm o seu óptimo
de actuação em torno dos 36ºC, não resistindo a temperaturas superiores a 65ºC.
Esta técnica deve o seu nome em homenagem a Louis Pasteur, o primeiro cientista que observou
e relatou que a exposição ao calor poderia provocar a inactivação dos microorganismos que
deterioram o vinho. Eliminando os microorganismos presentes nos alimentos é possível
prolongar a vida de prateleira do alimento, isto é, o tempo que decorre entre a produção e o
consumo do mesmo, reduzindo as taxas de alterações microbiológicas e enzimáticas.
Entretanto, não destrói todas as formas vegetativas (quando estão realizando todas as suas
actividades metabólicas, como respiração, multiplicação e absorção) presentes. É capaz de
prolongar a vida de prateleira dos alimentos por alguns dias, como no caso do leite, ou por
alguns meses, como ocorre com vegetais em conserva, em função da redução das taxas de
alterações microbiológicas e enzimáticas (AZEREDO, 2012).
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Pasteurização é indicada para o leite, creme de leite, manteiga, sucos de frutas, sorvetes,
embutidos, compotas, cerveja, dentre outros. Dependendo do produto a ser tratado, pode-se
realizar a pasteurização lenta (LTLT) ou a pasteurização rápida (HTST).
3.1.1. Pasteurização lenta ( LTLT — "low temperature, long time" Temperatura baixa por
longo tempo): em que se utilizam temperaturas menores durante intervalo de tempo prolongado.
É o sistema adequado quando se pretende pasteurizar volumes de pequenas quantidades. por
exemplo, o leite de cabra. A temperatura utilizada é de 65˚C durante 30 minutos.
3.1.2. Pasteurização rápida ( HTST—"high temperature, short time" ou alta temperatura por
curto tempo) : na qual se utilizam temperaturas mais elevadas durante curtos intervalos de
tempo. É a mais utilizada para o leite, que é posteriormente armazenado e conservado em
pacotes do tipo tetrapak. A temperatura utilizada é de 75˚C durante 15 a 20 segundos. Esta
temperatura é suficiente para matar a maior parte dos microorganismos, mas não desnatura as
proteínas do leite, que mantém o seu sabor e características fundamentalmente inalteradas.
3.1.3. Pasteurização muito rápida: na qual as temperaturas utilizadas são entre os 130˚C e os
150˚C, durante três a cinco segundos. Este tipo de pasteurização é eficaz para uma conservação
mais duradoura, contudo implica a desnaturação da maioria das proteínas, e grandes
modificações nas características dos alimentos (LOPES, 2007).
3.2. Esterilização
Esterilização consiste na destruição completa dos microrganismos de um alimento ou produto,
isso quer dizer toda flora microbiana patogénica ou deterioradora assim como as enzimas serão
destruídas ou inactivadas e o produto se apresentará estéril. A temperatura empregada é superior
a 100˚C, neste caso a destruição dos microrganismos é de 99,99%, é necessário embalagem
apropriadas, não permitindo a recontaminação dos alimentos.
Esterilização comercial é uma expressão que tem sido empregada na indústria de alimentos
processados para dizer que o alimento teve sua população de microrganismos reduzida para um
limite seguro, o que não implica numa destruição absoluta de todos os microrganismos, como o
termo"esterilização" sugere.
Para reduzir os danos sensoriais e nutricionais aos alimentos tratados pelo calor, o melhor é
submetê-los ao menor tempo possível de exposição à fonte de aquecimento a temperaturas mais
altas. Isso minimiza as possíveis perdas nutricionais e sensoriais e atinge bons resultados no que
se refere à segurança microbiológica.
3.3. Tindalização
Método proposto pelo físico inglês Jhon Tyndall. Pode ser aplicado na produção de geleias,
compotas doces ou outros alimentos que não suportam temperatura superiores a 100ºC. Processo
por aquecimento descontínua dos produtos alimentares.
3.4. Branqueamento
O branqueamento é o tratamento térmico usualmente aplicado no processamento de vegetais
(frutas e hortaliças), e consiste em mergulhar os alimentos em água fervente, sendo a temperatura
determinada pelo vegetal utilizado, e então retirá-lo imediatamente, mergulhando o mesmo em
água fria, para o seu resfriamento.
Tem como objectivo fixar a cor, reduzir a carga microbiana, inactivar enzimas que podem causar
deterioração, causando modificações no alimento como escurecimento. Além disso, pode
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3.5. Apertização
É definida pelo aquecimento do produto, anteriormente preparado, em recipientes
hermeticamente fechados, usando o vácuo, submetido um tempo à temperatura alta até a
destruição dos microrganismos, sem modificação do resultado final dos alimentos (FILHO,
2010; ESTELLES, 2003).
A qualidade do alimento que sofre apertização depende do tempo de exposição ao calor e da
temperatura envolvida, podendo haver modificações em suas condições sensoriais e nutritivas
(ESTELLES, 2003).
3.6. Secagem
A secagem de alimentos é um processo de conservação que permite a obtenção de produtos de
baixo valor de humidade de água e tem por vantagem aumentar a vida útil do produto e ter baixo
custo por necessitar apenas de uma bandeja e redes protectoras contra insectos.
O processo se faz basicamente através da exposição do alimento à luz solar, permitindo a retirada
de parte de sua humidade através da evaporação. Durante todo período de secagem, há um
monitoramento do seu peso, para apontar de que o mesmo está ideal, indicando a qualidade no
produto. Por sua vez, na secagem artificial são utilizados equipamentos específicos, no qual o
alimento é colocado e o processo de desidratação ocorre por um dado período de tempo, sendo
denominada batelada.
Usa-se, geralmente, ar quente com uma velocidade de 0,5 m/s a 3 m/s e baixa humidade quando
se tratado de transferência de calor por convecção; mas podem ocorrer também através de
transferência de calor por condução e radiação. Vale ressaltar que a retenção de vitaminas em
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alimentos secos com a secagem artificial é superior à dos alimentos secos ao sol (CELESTINO,
2010).
3.7. Liofilização
Neste processo, ocorre basicamente a retirada da água do alimento por sublimação, no qual o
alimento congelado é colocado no liofilizador sob vácuo, em pressão de 1 mmHg, promovendo a
desidratação. A vantagem desse processo são as perdas mínimas de nutrientes e uma rápida
reidratação do produto seco (CELESTINO, 2010).
O sal desidrata o produto por diferença de pressão osmótica entre o meio externo e interno
baixando actividade de água (AW) do produto para aumentar sua estabilidade microbiana,
química e bioquímica e também contribui para o desenvolvimento de características desejais de
aroma e sabor nos produtos.
tornar o produto mais estável é necessário secar até baixar o conteúdo de água a menos de 50%
(Vasconcelos e Filho, 2010).
Vantagens da salga seca
Um efeito desidratante;
A velocidade de penetração do sal é muito rápida.
A salga húmida é geralmente recomendado para peixes gordos, como a sardinha, pois com o
pescado submerso em salmoura evita-se que o oxigénio atmosférico alcance as gorduras,
deteriorando o pescado pela rancidez oxidativa da sua gordura.
A salga húmida apresenta como vantagens:
A oxidação das gorduras pelo oxigénio do ar durante este processo é evitada; (Raimundo
e Machado,2018).
A concentração do sal na salmoura poderá ser ajustada;
A desidratação do produto é moderada.
O tempo mínimo necessário para salga em salmoura é de 7 dias e o máximo é de um mês.
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O açúcar possui um efeito desidratante, causado pelo aumento da pressão osmótica do meio,
criando condições desfavoráveis para o crescimento da maioria dos microrganismos, em
consequência da redução da actividade da água do substrato.
A quantidade de açúcar deve ser suficientemente alta, pois, caso contrário, a adição de açúcar
actuará como um auxiliar, sendo necessário aplicar outras técnicas de conservação de alimentos
(Antigo; 2014).
Os nitritos e nitratos são muito utilizados em carne e derivados, sendo associados à obtenção de
cor, sabor e textura, além de servir como antioxidante. Reagem com o pigmento da carne, a
mioglobina, para formar a cor característica da carne curada (DOSSIÊ, 2012).
Conservadores e seus respectivos produtos
Conservadores Produtos
Nitrato de potássio Conservas de carne: em salmoura, em cura
Nitrato de sódio seca e em carne picada ou triturada
Nitrito de sódio ou de potássio Leite para fabricação de queijos
Queijos
5.3. Sulfitos
Essa classe é composta por dióxido de enxofre (SO2), e sua actividade antimicrobiana depende
directamente da penetração de moléculas de SO2 nas células. Além de sua acção antimicrobiana,
os sulfitos atuam como antioxidantes e inibidores de escurecimento, enzimático e não
enzimático, inibindo a polifenolxidase (PPO) e reagem com compostos intermediários do
processo de escurecimento enzimático. Contudo, reagem também com compostos carbonílicos
intermediários da reacção de Maillard, prevenindo a acção de melanoidinas (AZEREDO, 2012).
Conservadores e seus respectivos produtos
Conservador Produto
Metabissulfito de Na Cervejas
Metassulfito de K Geleias artificiais
Sulfito de Na Geropiga
Sulfito de K Legumes e verduras desidratadas
Bissulfito de sódio Licores de frutas
Mistela composta
Outros fermentados, Pectina liquida,
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6.1. Radiação
Apesar de uma patente para o uso de radiação em alimentos ter sido publicada em 1929, foi
somente após a segunda guerra mundial que esta tecnologia recebeu atenção como método para
conservação de alimentos (JAY, 2005).
O uso de irradiação para preservar alimentos é um método eficaz e aconselhável, de acordo com
várias evidências científicas. Grupos internacionais de cientistas estudaram este processo
extensivamente e concluíram que a irradiação com doses recomendadas não é prejudicial.
Nenhum resíduo de radioactividade permanece no alimento processado, como também nenhum
efeito adverso é observado na qualidade nutricional. Existem vantagens em utilizar a irradiação
como destruir microrganismos patogénicos ou não presentes nos alimentos. Estes podem ser
expostos à irradiação após o empacotamento, e alimentos tais como vegetais e frutas, quando
irradiados, mantêm o seu frescor por longos períodos de tempo (PELCZAR et al, 1997).
6.2. Fermentação
É um processo anaeróbico no qual uma transformação química é realizada em um substrato
orgânico pela acção de enzimas produzidas por microrganismos.
Os alimentos fermentados estão entre os mais antigos processados. Consiste, em linhas gerais, na
modificação intencional dos alimentos pela actividade de certos microrganismos para obter
produtos de sabor agradável, saudáveis e estáveis.
controladas pelo homem mediante a escolha dos microrganismos, dos substratos, da temperatura
de trabalho e valores de pH adequados.
6.2.1. Classificação
6.2.1.1. A fermentação pode ser classificada pelo material a fermentar, pelo produto da
fermentação ou pelo agente de fermentação.
Quanto ao material a fermentar, tem-se açucares, celulose, pectina, albumina, etc.
Quanto ao produto de fermentação, tem-se alcoólico, acético, láctico, propiónico, butírico,
vitaminas (riboflavina, cobalamina, ergosterol), antibióticos (penicilina, estreptomicina,
clorafenicol), glicerina, cítrica, acetona-butanol, etc.
Quanto ao agente de fermentação, pode ser provocada por leveduras (alcoólica, glicerina,
riboflavina, ergosterol), por bactérias (láctica, acética, cobalamina, propiónica, acetona-butanol),
e por bolores (cítricas, antibióticos, glucónica).
6.2.1.2. Os processos fermentativos podem ser classificados de acordo com a maneira pela qual o
substrato é adicionado e o produto retirado. Assim sendo:
Fermentação descontínua, o substrato é inicialmente carregado num recipiente e, ao término do
processo, o produto é retirado do mesmo;
Fermentação continua, a matéria-prima é adicionada com uma vazão constante e o meio
fermentado é retirado com a mesma vazão de alimentação.
6.3. Defumação
A defumação dos alimentos ocorre pela impregnação de essências, aromáticas (mais de 200
substâncias) que desprendem da combustão lenta da madeira. Vários produtos podem ser
defumados, como, queijos, peixes, carnes, aves. A defumação altera o sabor e a cor, além de
contribuir para aumentar a vida de prateleira (LOPES, 2007).
Apesar de a fumaça depositada na superfície dos produtos inibir o crescimento de vários tipos de
bactérias, ela não é efectiva contra mofos e, por isso, o processo de conservação deve ser
associado a outras técnicas (LOPES, 2007).
Alguns componentes presentes na fumaça possuem efeitos bactericidas e desinfectantes. A
fumaça pode ter, ainda, efeito dos fenóis que são antioxidantes, que ajudam a prevenir a
oxidação das gorduras, o que auxilia a diminuir o sabor de ranço (LOPES, 2007).
A produção de fumaça pode ser feita com processos simples (método empírico) ou em processos
muito sofisticados, utilizados pelas indústrias modernas.
No método empírico, a defumação é realizada sem controle, queimando a em madeira, o cavaco
ou a, serragem, debaixo do produto a ser defumado. A fumaça é conduzida por tubulações
especiais aos fumeiros em sistemas mais industrializados.
Outro método a ser utilizado é no gerador de fricção, onde pedaços de madeira são pressionados
sobre um disco giratório (LOPES, 2007). Dependendo da associação de processos de
conservação, os produtos defumados podem ser mantidos em temperatura ambiente.
adição simples ou moderada de agentes antimicrobianos, moderado, tratamento térmico etc., que
fazem com quem se obtenha alimentos estáveis a temperatura ambiente e com baixo custo de
produção.
Conservação dos alimentos usando métodos combinados são os processos empregados para a
produção de alimentos estáveis e seguros, como a refrigeração, congelamento, desidratação,
salga, adição de açúcar, acidificação, fermentação etc.
Muitos são os processos empregados para produção de alimentos estáveis e seguros, como a
refrigeração, congelamento, desidratação, salga, adição de açúcar, acidificação, fermentação, etc.
Entretanto, a maior parte destes processos estão baseados relativamente sobre poucos parâmetros
ou barreiras, como altas temperaturas, baixas temperaturas, redução de actividade de água, pH,
potencial de óxido-redução, preservastes e flora competitiva.
Somente será denominado como Bacalhau o produto salgado ou salgado seco, quando elaborado
com peixe das espécies Gadus morhua (Bacalhau Cod), Gadus macrocephalus (Bacalhau
Pacífico) e Gadus ogac (Bacalhau Groenlândia), devendo constar, na rotulagem, o nome
científico da espécie utilizada.
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O princípio de conservação de vegetais por meio de EAM é diferente daqueles produtos que não
respiram, como carne, massas e queijos. No caso dos alimentos que respiram, a tecnologia visa
retardar a respiração, o amadurecimento, a senescência, a perda de clorofila, a perda de
humidade, o escurecimento enzimático e, consequentemente, as alterações de qualidade advindas
destes processos. Atmosferas com 3 a 8% de O2 e 3 a 10% de CO2 têm potencial para aumentar
o prazo comercial destes produtos (SARANTÓPOULOS, 1997).
Conclusão
Em síntese, os métodos convencionais de conservação de alimentos resultam em modificações
que melhoram condições sensoriais dos mesmos, além de aumentar a estabilidade dos produtos,
aumentando sua vida de prateleira e promovendo a segurança alimentar aos consumidores.
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Bibliografia
AGUIRRE, J. M. et al.Efeito do branqueamento na preservação das qualidades da
cenouradesidratada. Boletim do Ital, v. 19, n.4, p. 403-422,1982.;
DOSSIÊ. Conservação de alimentos. Food Ingredients Brasil: São Paulo, 2012. Disponível em:
http://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060607896001464976217.pdf. 07 de Abril
de 2022.
FELLOWS, P.J. Food processing technology: principles and pratice. New York: Ellis Horwood,
1988. 505 p.
JAY, James M., Microbiologia de alimentos, Artmed Editora, 6ª Edição – 2005, ISBN
9788536305073,712p.
LINO, G.C.L.; LINO, T.H.L. Congelamento e refrigeração. Londrina: UTFPR, 2014.