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00:00 27:10
Cara, a vida passa numa velocidade impressionante… mas a gente só percebe depois dos 50, 60 anos de idade. É
quando olhamos pra trás e repensamos sobre aquilo que deixamos de fazer. Ou então quando acontece um
trauma. Prepare-se. Hoje vai ser pesado…
Posso entrar?
Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.
Este programa chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí,
a um clique de distância. facebook.com/itaucultural (http://facebook.com/itaucultural)e
facebook.com/auditorioibirapuera (http://facebook.com/auditorioibirapuera).
E quem vai levar o exemplar de meu livro ME ENGANA QUE EU GOSTO é a Brenda, de Poços de Caldas.
“Bom dia, boa tarde, boa noite. Meu nome é Brenda, eu tenho 18 anos e sou de Poços de Caldas, Minas
Gerais. Eu acabei de ouvir o podcast 478, Suscetibilidade à negatividade e devido à fase que eu estou
vivendo, de vestibulares e decisões sobre entrar na faculdade e decidir sobre o meu futuro, confesso que
foi inevitável não associar a minha vida com ele. É ralmente incrível como… digamos… a parte negativa,
sempre capta mais a nossa atenção. No meu caso, o pensamento de que no ano que vem mudarão várias
coisas, me faz temer que tudo dê errado de alguma forma, ainda que eu não saiba bem aonde eu quero ir
ou o que me tornaria feliz e realizada. Como você pode perceber, eu estou perdida. Eu escuto o podcast há
quaser dois anos e ele foi muito importante na formação do meu caráter e desde então está me ajudando
no meu processo de descobrimento de quem sou, do que posso fazedr pra melhorar onde vivo sabe, os
pequenos passos que farão toda a diferença lá na frente. E sei que existem nuitas outras pessoas perdidas
por aí, que ouvindo os seus podcasts, estão se encontrando, assim como eu. Obrigada por me fazer crescer
e por me inspirar, como sempre fez. Abraços de uma sementinha que você está ajudando a cultivar.”
Pois é Brenda… estar perdida acho que é a situação normal de qualquer garota com 18 anos, não é? Anormal é já
saber o que quer… Eu co feliz de saber que o café Brasil possa estar jogando alguma luz em seu caminho. O
programa de hoje mostra a luz que você tem e nem percebeu….
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 1/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Muito bem. A Brenda receberá um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubri cantes e
preservativos masculino e feminino. Brenda, use com prudência, viu? PRUDENCE é a marca dos produtos que a
DKT distribui como parte de sua missão para conter as doenças sexualmente transmissíveis e contribuir para o
controle da natalidade. O que a DKT faz é marketing social e você contribui quando usa produtos Prudence.
facebook.com/dktbrasil (http://facebook.com/dktbrasil).
Vamos lá então! Em duas vozes. Lalá! Atenção!
Na hora do amor, use
Luciano e Lalá – Prudence.
Então… Você tinha motivos de sobra para achar que a vida estava difícil. Você reclamava da crise econômica que
fazia com que tudo estivesse caro, dos juros exorbitantes. E os impostos então?
Você também estava inconformado com a situação do Oriente Médio: palestinos atacando judeus e judeus
atacando palestinos. Você realmente cava triste com aquela crise. Mas, lá no fundo, se sentia aliviado por ela
estar acontecendo num lugar tão distante.
Você estava reclamando da instalação de novos pedágios nas rodovias. Do aumento do número de radares na
cidade e do aparecimento de mais buracos nas ruas. E você também estava criticando o presidente, o governador,
o prefeito e qualquer outra pessoa que estivesse ocupando um cargo público. Talvez você não se lembre porquê,
mas com certeza, estava falando mal deles.
Não faltavam razões para você se lamentar. Como todo brasileiro, você tinha assistido às inundações no período
das chuvas enquanto o nordeste ardia na seca. Puxa vida, até quando?
Mas você não era a única pessoa no universo a ter motivos para estar pessimista. Os norte-americanos tinham
dúvidas sobre a capacidade do seu presidente. Os trabalhadores franceses estavam vendo seus salários serem
reduzidos.
E o mundo todo vivia preocupado com os rumos da ciência. Naquela época, um grupo de pesquisadores estava
anunciando que, em breve, começaria a produção do primeiro clone humano.
Era dia de pagamento. E, como não poderia deixar de ser, você passou o dia inteiro reclamando do seu salário, do
seu chefe, do seu emprego. De nitivamente, foi um dia difícil. Aí, você foi dormir na esperança de que o dia
seguinte fosse um pouco melhor.
Ah… Que dia era aquele mesmo?
Era 10 de setembro de 2001. Na manhã seguinte…
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 2/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
http://vamosfalarsobreoluto.com.br/index.php/2016/01/09/vai-viver-cara/#.Vpdkout2CU4.facebook
(http://vamosfalarsobreoluto.com.br/index.php/2016/01/09/vai-viver-cara/#.Vpdkout2CU4.facebook)
As músicas deste programa são da playlist que Paulo fez com as músicas preferidas de Amanda. No roteiro deste
programa no portalcafebrasil coloquei o link para a playlist:
http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-musica-o-que-me.html
(http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-musica-o-que-me.html)
A primeira música é essa aí ao fundo O RELÓGIO, de Walter Franco…
O relógio
Walter Franco
Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
O texto traz um depoimento de Paulo para Laura Capanema. Ele diz assim:
“Em nenhum momento achei que ela tivesse desaparecido. Aprendi a lidar com a dor enxergando a partida
como algo natural, um pedaço da própria existência – a morte signi ca um novo jeito de existir. Nem sei
com que frequência penso nela. Sei lá, todos os dias? Se eu escuto uma música que gostávamos de ouvir
juntos, vou pensar em nós, claro, mas de um jeito diferente: ao invés de ‘eu queria que você estivesse aqui
para ouvir isso’, penso ‘se você estivesse aqui, iria amar ouvir isso’. Ela aparece para mim das formas mais
variadas, nas coisas que eu vejo, nas coisas que eu faço. Quando me perguntam se tenho lhos, sempre
respondo: ‘Sim, uma lha. Ela não está mais aqui com a gente’.
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 3/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Nossa história começou quando ela nasceu, dois anos depois do meu casamento – casei cedo, aos 22, mas
logo me separei. Foram quatro anos até o dia em que ela foi morar comigo. E foi assim, desde então.
Vivemos juntos desde os seus oito anos até o momento da sua partida.
Amanda sempre foi a minha prioridade. Tivemos uma relação muito forte, talvez até incomum entre um
pai e uma lha, especialmente naquela época. Mesmo com a vida agitada da agência, cheia de coquetéis e
viagens, sempre preferi car com ela. Nossas memórias estão vivas: lembro com clareza de datas, como do
7 setembro de 1998, quando ela aprendeu a andar de bicicleta no Ibirapuera; ou do dia 20 de dezembro de
2008, nosso último passeio a pé – assistimos Vicky Cristina Barcelona no Reserva Cultural e depois saímos
caminhando pela Paulista de ponta a ponta. Eu tinha medo de esquecer das pequenas coisas, mas lembro
de tudo, a toda hora: inclusive de que nunca ia dormir sem antes lhe dar um abraço de boa noite.
Aos 18 anos, Amanda tinha acabado de entrar na faculdade (a mesma que eu havia cursado) e estava, de
certa forma, encaminhada, com estágios garantidos. E feliz. Até o dia em que voltou da aula, tomou sol (o
porteiro do prédio me contou), falou com a Bel, a moça que trabalhava na nossa casa, e foi deitar.
Eu estava no trabalho quando a mãe dela me ligou à tarde, preocupada, dizendo que ela não atendia o
telefone. ‘Normal da idade, é claro que está tudo bem’. Voltei para casa no horário de sempre e encontrei a
porta do quarto fechada, com a luz da TV passando pela fresta inferior. Ela estava lá dormindo, linda. Fui
dar um beijo nela e senti seu rosto frio. Chamei um vizinho médico, depois o SAMU. Tentamos trazê-la de
volta, mas ela já havia partido. Desligou.
A causa o cial, segundo o laudo, foi um edema pulmonar agudo. Nunca tinha acontecido nada similar na
família, mas não havia o que fazer – era preciso aceitar.
A causa o cial, segundo o laudo, foi um edema pulmonar agudo. Nunca tinha acontecido nada similar na
família, mas não havia o que fazer – era preciso aceitar.
Por sorte, toda a nossa história me confortava.
A energia boa das pessoas próximas me amparou. Como ela teve uma morte incomum, o funeral
aconteceu dois dias depois e logo já me vi cercado de gente querida. Esse apoio me anestesiou. Tanto que,
desde seu velório me tornei mais frequente nos velórios da vida, pois entendi o quanto é importante estar
presente – mês passado, o pai de um amigo faleceu em Pirassununga num domingo, logo depois de eu ter
retornado a São Paulo (Pirassununga é minha cidade natal). Parei tudo e voltei para a estrada.
Mal menor
Itamar Assumpção
Você vai notar olhando ao redor
Que sou dos males o menor
Pode até contar com o meu amor
Naquilo que seja lá o que for
Sofrer é antigo por isso que digo
Basta estar vivo pra correr perigo
Pra tudo conte comigo
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Já tive vários encontros com a Amanda. Há sonhos que são sonhos e há sonhos que não são sonhos.
Algumas vezes, eu a sinto no vento. Claro que tenho saudade – e isso não é, necessariamente, ruim.
Saudade é uma forma de presença: a gente só sente do que já foi bom. Às vezes, bem às vezes, sinto um
aperto mais forte, dolorido. Mas passa. Sei que a nossa ligação vai muito além daqui.
A Amanda me fez parar para pensar em mim. Eu tinha um trabalho que adorava, mas havia uma
inquietação: o que eu mais gostava de fazer era insigni cante para a agência. Eu cava feliz quando
conseguia ajudar produtores de conteúdo a viabilizarem seus projetos – eu trabalhava com mídia, conhecia
bem o mercado. E pensava: ‘se nada diferente acontecer comigo, ainda tenho uns 40 anos pela frente. Vou
querer viver muito ou pouco?’. Até que a minha cabeça começou a se organizar para viver… muito. E decidi
ser leve. Abandonei o carro e passei a caminhar exaustivamente pela cidade, do Ipiranga ao Carandiru.
Reconquistei uma simplicidade que sempre esteve dentro de mim – mesmo quando publicitário, nunca
gostei da bajulação –, mas que havia se apagado exatamente por eu nunca ter parado para me escutar.
Tirei um ano sabático, aprendi a mergulhar, a mixar música, a editar livro e quei um tempo em Boston
dando um tapa no inglês. Todos esses cursos me ensinaram muito mais que suas próprias metodologias – o
mergulho, por exemplo, é um curso ‘de cagadas’, em que você treina para se virar em situações que podem
dar errado (mas no nal dá tudo certo). Na mixagem entendi que coisas diferentes podem combinar entre
si para criar uma outra coisa. E hoje faço exatamente isso: misturo sem medo conhecimentos aleatórios
que adquiri ao longo da vida. Acabei de abrir minha própria empresa e alugo uma cadeira em um espaço de
co-working ao lado de pessoas fantásticas, que me ensinam todos os dias. Tenho uma vida mais exível,
como eu sempre quis.
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara
A ideia de viver muito – e bem – veio da Amanda. Foi ao entender a intensidade da sua existência que
resolvi levar a minha na direção das coisas que me movem de verdade. É como se ela me dissesse todos os
dias: ‘vai viver, cara’.”
Fantástica essa história do paulo e da Amanda, não é?
As re exões que o pensamento na morte nos proporciona são sempre muito fortes. Eu lembrei de um texto de
Rubem Alves, um trecho de um texto dele que ele diz assim, olha:
Tive um amigo, Hans Hoekendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração alemão.
Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao m, e os prisioneiros acompanhavam num
rádio clandestino o avanço de tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os separavam da liberdade. Até que
o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes da libertação, todos seriam enforcados.
“Foi um grito de lamentação e horror… seguido da mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive
em minha vida”, ele disse. “Se eu morrer dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me
guardar, não há sentido em ser prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver a minha
verdade, pois nada pode me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho a permissão para a honestidade total.
Posso ir ao guarda nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso… O que é que ele
pode me fazer, hein? Posso ir até aquela mulher que sempre amei mas de quem nunca me aproximei (a nal, ela
estava com o marido, e naqueles tempos isto era levado em consideração…) e pedir licença ao marido para
confessar os sentimentos… Posso dizer tudo o que sinto mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”. Então
ele me contou dessa experiência fantástica de liberdade e verdade que se tem quando se está pendurado sobre o
abismo.
A morte tem o poder de colocar todas as coisas em seus devidos lugares
Bem, eu acho que você percebeu que este programa faz parte daquela série sobre PROPÓSITO, não é? A história
do Paulo e da Amanda é uma porrada, daquelas que faz a gente parar pra pensar…
E o começo do programa hein? Onde eu relatei o dia normal de uma pessoa, anterior ao 11 de setembro de 2001?
A gente vai vivendo a vida da gente e de repente…SNAP! Tudo muda. Alguém que amamos não está mais aqui. O
emprego do qual dependemos não é mais nosso. Um trauma… e agora, hein?
Bem, o Paulo comentou ao dizer que “chega uma hora em que, depois de tanto amparo, as pessoas que nos
cercam vão tocar suas vidas. E a gente ca, tentando encontrar um jeito de seguir”… E eu me lembro então da
Brenda, no frescor de seus 18 anos, preocupada com vestibular, entrar na faculdade, decidir sobre seu futuro e a
forma como as questões negativas capturam sua atenção.
Brenda, tempos atrás recebi um poema de Adilson Luiz Gonçalves, chamado CHAVES OCULTAS, que talvez sirva
para fechar este programa com chave de ouro. Ouça:
Dei duas voltas na chave;
As janelas e cortinas fechei;
Tirei o telefone do gancho;
Todas as luzes da casa apaguei.
Quis ser cego por um dia,
Para tentar melhor enxergar
O que trago, de fato, na alma,
Que a angústia não deixa a orar.
Tateei pra encontrar o caminho,
Por cantos que, há muito, eu não via.
Também era escura minha alma,
Tão pouco dela eu conhecia.
Achei tantas portas fechadas.
Por quê? Eu tentei me lembrar.
Por entre as sombras do passado
As chaves tentei encontrar.
Achei-as ocultas num canto;
Dezenas, ao todo, eu contei.
Lembrei que abriam as portas,
Dos sonhos que eu nunca ousei!
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 8/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Bom dia
Gilberto Gil
Nana Caimmy
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já despertou
Acorda, meu amor
A usina já tocou
Acorda, é hora
De trabalhar meu amor
Acorda, é hora
O dia veio roubar
Teu sono, cansado
É hora de trabalhar
O dia te exige
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 9/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
O suor e braço
Pra usina, do dono
Do teu cansaço
Acorda, meu amor
É hora de trabalhar
O dia já raiou
É hora de trabalhar
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já levantou
Ele sai, ele vai
A usina já tocou
Bom dia, bom dia
Até logo, meu amor
E é assim então, com o som do clássico de Gilberto Gil e Nana Caymmi BOM DIA, na interpretação de Milton
Nascimento e Gilberto Gil que vamos saindo pensativos.
Com o sonhático Lalá Moreira na técnica, a enlevada Ciça Camargo na produção e eu, pensativo… Luciano Pires,
na direção e apresentação.
Estiveram conosco a ouvinte Brenda, Adilson Luiz Gonçalves , Paulo e Amanda Camossa, Celso Fonseca, Walter
Franco, Itamar Assumpção, Vanessa da Mata, Gil e Milton…
O Café Brasil só chega até você porque mais uma vez a Nakata, resolveu investir nele.
A Nakata, você sabe, é uma das mais importantes marcas de componentes de suspensão do Brasil, fabricando os
tradicionais amortecedores HG. E tem uma página no Facebook repleta de informações interessantes para quem
gosta de automóveis, meu. Dê uma olhada lá, vale a pena: facebook.com/componentesnakata
(http://facebook.com/compontesnakata). E como a Nakata voltou a patrocinar agora o Café Brasil, você ajuda
muito viu, dando um pulinho lá na página deles e deixando uma mensagem de agradecimento, para eles.
facebook.com/componentesnakata (http://Facebook.com/componentesnakata). Tudo azul? Tudo Nakata!
Este é o Café Brasil. Que chega a você graças também ao apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera. De onde
veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar
nossa lojinha no … portalcafebrasil.com.br (http://portalcafebrasil.com.br).
Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E se você está fora do país: 55 11 96429 4746. E
também estamos no Viber, com o grupo Podcast Café Brasil.
E se você acha que vale a pena ouvir o Café Brasil e quer contribuir, agora é possível fazer uma assinatura do
programa. Acesse podcastcafebrasil.com.br (http://podcastcafebrasil.com.br) e clique no link CONTRIBUA.
Pra terminar, uma frase de Millôr Fernandes:
Viver é uma coisa maravilhosa, mas não está dando para perceber.
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 10/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
(http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/cafe-brasil-especial-herois-da-saude-04-a-caverna-de-todos-nos/)
Café Brasil Especial – Heróis da Saúde 04 – A Caverna de Todos Nós
(http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/cafe-brasil-especial-herois-da-saude-04-a-caverna-de-todos-
nos/)
(http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-278-o-desengajamento-moral/)
Cafezinho 278 – O Desengajamento Moral (http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-278-o-
desengajamento-moral/)
(http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-277-abrace-uma-causa/)
Cafezinho 277 – Abrace uma causa (http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-277-abrace-uma-
causa/)
⚠ Portal Café Brasil solicitou que você verifique o seu e-mail antes de postar. Enviar e-mail de ×
verificação para jsandrosilva33@hotmail.com
Participe da discussão...
Acho que vou conseguir transmitir um consolo enorme para todos os que ficarem aqui, quando eu partir. Isso
graças a você, é claro!
Grande abraço!
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http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 12/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
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gente se prepara pra isso, pra viver sem alguém quem amamos.O tempo passa,
a gente cresce e a vida é sempre implacável pra nos empurrar pra dentro dos problemas,nos chamar
pra “briga”.Temos que assumir responsabilidades, fazer escolhas e nos
posicionar diante dela. Com o tempo as perdas começam a ficar mais frequentes e
às vezes acontecer numa velocidade assustadora. Muitas vezes as pessoas se vão do
nada, de uma hora pra outra ao menos sem a gente suspeitar, o imprevisível
acontece, sem que possamos falar um eu te amo,você faz falta.Então a gente começa
a perceber que não temos mais como “desabar”, a cada perda,e é preciso saber enfrentá-las.Eu
acredito que a forma com que a encaramos as perdas,nos auxilia no nosso
crescimento espiritual,mas essa percepção a gente só adquiri com o tempo,enfrentando
as provações,vivendo.Os filhos vem, os pais começam a envelhecer, as doenças
aparecem, tias, tios, primos, avós e avôs se
vão.Muitas vezes não dá pra se despedir.Não temos mais nossos pais ali o
tempo todo, pra nos dar colo, pra nos consolar como antes.Com tempo a gente muda de lugar, passamos a ser
pais, invertemos papéis e passamos a cuidar
dos filhos e dos nossos pais. Agora vivemos outra perspectiva,temos que ensinar
os filhos a buscar equilíbrio diante das
dificuldades e dar força pros pais.As perdas quando a acontecem, independente dos
motivos, elas fazem com que nós liguemos nosso botão de “pisca alerta”.Não existe
maior lição na vida quando a provação chega até nós.Quando nos vemos numa
situação muito difícil.Comigo foi assim.Há
5 anos atrás passei por uma depressão profunda e tive um diagnostico de
transtorno de pânico, perdi meu equilíbrio,minha saúde física e emocional,
minha paz.Embora estivesse viva eu me sentia morta,sem vida.Não há sofrimento pior do que você querer viver
e não ter força, não ter coragem,
não querer nem abrir os olhos, não
querer ver o sol, as pessoas, é como se os dias não tivessem horas,você está dentro de um quarto e perde a
noção
do tempo, é como passar pelo inferno em
vida, sentir os piores sensações, se sentir um nada.Vivenciar isso foi um
divisor de aguas. Depois que superei,passei a ver a vida com outros olhos. Lembro
que superei uma coisa terrível e que muitas pessoas com depressão, desistem, se
suicidam.Eu sobrevivi.Hoje,nada é mais importante e maravilhoso do que estar
viva.Todos os dias agradeço a Deus.Busco aprender com meus erros, e reforçar minha fé.Não
é fácil,é um processo intimo, de busca constante, um trabalho de lapidamento
interior, é uma batalha de nós com nós mesmo.Isso requer desapego de quem a
gente imagina ser. O sofrimento traz
mudanças internas, profundas e significativas, não há como ficar alheio, nos
deixa marcas, e quando a dor é a “professora”, o aprendizado é mais rápido.Depois
que passamos por situações que nos deixam fragilizados diante da vida,
conseguimos ver melhor o quanto a vida é preciosa e vale a pena lutar por ela.A
história de Paulo e Amanda é uma lição de vida, nos mostra como ele transformou
a dor da perda em superação, deu a volta por cima, sem revolta, com serenidade.
Nao tive como não relembrar de tudo que
vivi, são coisas bem diferentes mas a lição que tiramos, é a mesma, saber lidar
com a dor com sabedoria e transformá-la
pra seguir em frente, isso só o tempo nos ensina.Vai viver cara, é um
convite a vida, pedindo pra gente se
jogar, porque a vida é aqui e agora. Não desperdice o tempo sagrado que o
senhor da vida te da de presente todos os dias.O importante é não desistir de nós mesmos.Paulo, muito
obrigada.Confesso
que foi emocionante,tenho uma filha de 10 anos e chorei muito ao ouvir o podcast.Deus
te acompanhe em sua caminhada.E pra você Luciano obrigada por se fazer luz em
minha vida de uma forma tão especial.Obrigada pela”metamorfose de todos os
dias.Estamos juntos nessa pra sempre.Um beijo.
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Possivelmente o melhor em 501 episódios até hj. E isso que estamos recém iniciando a caminhada rumo aos
1000....
Parabéns a vc e toda a sua equipe por conseguirem se superar mais uma vez..
OBS.:Gostaria de ter algo mais inteligente para dizer neste momento, mas ainda estou em estado de "uau!" e
tentando recuperar o fôlego.
Um fortíssimo abraço!
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Bom é isso Luciano, obrigado por mais esse podcast e continue assim.
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http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 16/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Recomendo escutar outro podcast após esse. Saíram no mesmo dia e parece que são complementares. Este
conta a história de um pai que, ao ver que estava prestes a ir embora, tenta deixar um legado para os filhos
pequenos: http://iblbrasil.com/2016/0...
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara
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