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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

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501 – Vai viver, cara

501 – Vai viver, cara


Luciano Pires - 29/03/2016

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00:00 27:10

Download do Programa (https://lucianopires.podbean.com/mf/play/fzu2es/Cafe_Brasil_501_-_Vai_viver_cara.mp3)

Cara, a vida passa numa velocidade impressionante… mas a gente só percebe depois dos 50, 60 anos de idade. É
quando olhamos pra trás e repensamos sobre aquilo que deixamos de fazer. Ou então quando acontece um
trauma. Prepare-se. Hoje vai ser pesado…
Posso entrar?
Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.
Este programa chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí,
a um clique de distância. facebook.com/itaucultural (http://facebook.com/itaucultural)e
facebook.com/auditorioibirapuera (http://facebook.com/auditorioibirapuera).
E quem vai levar o exemplar de meu livro ME ENGANA QUE EU GOSTO é a Brenda, de Poços de Caldas.
“Bom dia, boa tarde, boa noite. Meu nome é Brenda, eu tenho 18 anos e sou de Poços de Caldas, Minas
Gerais. Eu acabei de ouvir o podcast 478, Suscetibilidade à negatividade e devido à fase que eu estou
vivendo, de vestibulares e decisões sobre entrar na faculdade e decidir sobre o meu futuro, confesso que
foi inevitável não associar a minha vida com ele. É ralmente incrível como… digamos… a parte negativa,
sempre capta mais a nossa atenção. No meu caso, o pensamento de que no ano que vem mudarão várias
coisas, me faz temer que tudo dê errado de alguma forma, ainda que eu não saiba bem aonde eu quero ir
ou o que me tornaria feliz e realizada. Como você pode perceber, eu estou perdida. Eu escuto o podcast há
quaser dois anos e ele foi muito importante na formação do meu caráter e desde então está me ajudando
no meu processo de descobrimento de quem sou, do que posso fazedr pra melhorar onde vivo sabe, os
pequenos passos que farão toda a diferença lá na frente. E sei que existem nuitas outras pessoas perdidas
por aí, que ouvindo os seus podcasts, estão se encontrando, assim como eu. Obrigada por me fazer crescer
e por me inspirar, como sempre fez. Abraços de uma sementinha que você está ajudando a cultivar.”
Pois é Brenda… estar perdida acho que é a situação normal de qualquer garota com 18 anos, não é? Anormal é já
saber o que quer… Eu co feliz de saber que o café Brasil possa estar jogando alguma luz em seu caminho. O
programa de hoje mostra a luz que você tem e nem percebeu….

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 1/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Muito bem. A Brenda receberá um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubri cantes e
preservativos masculino e feminino. Brenda, use com prudência, viu? PRUDENCE é a marca dos produtos que a
DKT distribui como parte de sua missão para conter as doenças sexualmente transmissíveis e contribuir para o
controle da natalidade.  O que a DKT faz é marketing social e você contribui quando usa produtos Prudence.
facebook.com/dktbrasil (http://facebook.com/dktbrasil).
Vamos lá então! Em duas vozes. Lalá! Atenção!
Na hora do amor, use
Luciano e Lalá – Prudence.
Então… Você tinha motivos de sobra para achar que a vida estava difícil. Você reclamava da crise econômica que
fazia com que tudo estivesse caro, dos juros exorbitantes. E os impostos então?
Você também estava inconformado com a situação do Oriente Médio: palestinos atacando judeus e judeus
atacando palestinos. Você realmente cava triste com aquela crise. Mas, lá no fundo, se sentia aliviado por ela
estar acontecendo num lugar tão distante.
Você estava reclamando da instalação de novos pedágios nas rodovias. Do aumento do número de radares na
cidade e do aparecimento de mais buracos nas ruas. E você também estava criticando o presidente, o governador,
o prefeito e qualquer outra pessoa que estivesse ocupando um cargo público. Talvez você não se lembre porquê,
mas com certeza, estava falando mal deles.
Não faltavam razões para você se lamentar. Como todo brasileiro, você tinha assistido às inundações no período
das chuvas enquanto o nordeste ardia na seca. Puxa vida, até quando?
Mas você não era a única pessoa no universo a ter motivos para estar pessimista. Os norte-americanos tinham
dúvidas sobre a capacidade do seu presidente. Os trabalhadores franceses estavam vendo seus salários serem
reduzidos.
E o mundo todo vivia preocupado com os rumos da ciência. Naquela época, um grupo de pesquisadores estava
anunciando que, em breve, começaria a produção do primeiro clone humano.
Era dia de pagamento. E, como não poderia deixar de ser, você passou o dia inteiro reclamando do seu salário, do
seu chefe, do seu emprego. De nitivamente, foi um dia difícil. Aí, você foi dormir na esperança de que o dia
seguinte fosse um pouco melhor.
Ah… Que dia era aquele mesmo?
Era 10 de setembro de 2001. Na manhã seguinte…

9-11 WTC Attacks Original Sound. Steve Vigilante

Outro dia, em minhas pesquisas, encontrei um site chamado www.vamosfalarsobreoluto.com.br


(http://www.vamosfalarsobreoluto.com.br) . E nele um texto fantástico chamado “Vai viver, cara”, que vou usar
neste programa. O publicitário Paulo Camossa, 50, se viu diante da fragilidade da vida depois de perder a lha
Amanda, na época com 18 anos. Sete anos depois, ele tem uma resposta clara sobre como conseguiu dar um novo
sentido à própria existência: nunca rompendo com a memória e tentando viver com a mesma intensidade que
Amanda viveu.

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 2/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

http://vamosfalarsobreoluto.com.br/index.php/2016/01/09/vai-viver-cara/#.Vpdkout2CU4.facebook
(http://vamosfalarsobreoluto.com.br/index.php/2016/01/09/vai-viver-cara/#.Vpdkout2CU4.facebook)
As músicas deste programa são da playlist que Paulo fez com as músicas preferidas de Amanda. No roteiro deste
programa no portalcafebrasil coloquei o link para a playlist:
http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-musica-o-que-me.html
(http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-musica-o-que-me.html)
A primeira música é essa aí ao fundo O RELÓGIO, de Walter Franco…

Walter Franco : O relógio

O relógio
Walter Franco
Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
O texto traz um depoimento de Paulo para  Laura Capanema. Ele diz assim:
“Em nenhum momento achei que ela tivesse desaparecido. Aprendi a lidar com a dor enxergando a partida
como algo natural, um pedaço da própria existência – a morte signi ca um novo jeito de existir. Nem sei
com que frequência penso nela. Sei lá, todos os dias? Se eu escuto uma música que gostávamos de ouvir
juntos, vou pensar em nós, claro, mas de um jeito diferente: ao invés de ‘eu queria que você estivesse aqui
para ouvir isso’, penso ‘se você estivesse aqui, iria amar ouvir isso’. Ela aparece para mim das formas mais
variadas, nas coisas que eu vejo, nas coisas que eu faço. Quando me perguntam se tenho lhos, sempre
respondo: ‘Sim, uma lha. Ela não está mais aqui com a gente’.

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 3/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Nossa história começou quando ela nasceu, dois anos depois do meu casamento – casei cedo, aos 22, mas
logo me separei. Foram quatro anos até o dia em que ela foi morar comigo. E foi assim, desde então.
Vivemos juntos desde os seus oito anos até o momento da sua partida.
Amanda sempre foi a minha prioridade. Tivemos uma relação muito forte, talvez até incomum entre um
pai e uma lha, especialmente naquela época. Mesmo com a vida agitada da agência, cheia de coquetéis e
viagens, sempre preferi car com ela. Nossas memórias estão vivas: lembro com clareza de datas, como do
7 setembro de 1998, quando ela aprendeu a andar de bicicleta no Ibirapuera; ou do dia 20 de dezembro de
2008, nosso último passeio a pé – assistimos Vicky Cristina Barcelona no Reserva Cultural e depois saímos
caminhando pela Paulista de ponta a ponta. Eu tinha medo de esquecer das pequenas coisas, mas lembro
de tudo, a toda hora: inclusive de que nunca ia dormir sem antes lhe dar um abraço de boa noite.
Aos 18 anos, Amanda tinha acabado de entrar na faculdade (a mesma que eu havia cursado) e estava, de
certa forma, encaminhada, com estágios garantidos. E feliz. Até o dia em que voltou da aula, tomou sol (o
porteiro do prédio me contou), falou com a Bel, a moça que trabalhava na nossa casa, e foi deitar.
Eu estava no trabalho quando a mãe dela me ligou à tarde, preocupada, dizendo que ela não atendia o
telefone. ‘Normal da idade, é claro que está tudo bem’. Voltei para casa no horário de sempre e encontrei a
porta do quarto fechada, com a luz da TV passando pela fresta inferior. Ela estava lá dormindo, linda. Fui
dar um beijo nela e senti seu rosto frio. Chamei um vizinho médico, depois o SAMU. Tentamos trazê-la de
volta, mas ela já havia partido. Desligou.
A causa o cial, segundo o laudo, foi um edema pulmonar agudo. Nunca tinha acontecido nada similar na
família, mas não havia o que fazer – era preciso aceitar.
A causa o cial, segundo o laudo, foi um edema pulmonar agudo. Nunca tinha acontecido nada similar na
família, mas não havia o que fazer – era preciso aceitar.
Por sorte, toda a nossa história me confortava.
A energia boa das pessoas próximas me amparou. Como ela teve uma morte incomum, o funeral
aconteceu dois dias depois e logo já me vi cercado de gente querida. Esse apoio me anestesiou. Tanto que,
desde seu velório me tornei mais frequente nos velórios da vida, pois entendi o quanto é importante estar
presente – mês passado, o pai de um amigo faleceu em Pirassununga num domingo, logo depois de eu ter
retornado a São Paulo (Pirassununga é minha cidade natal). Parei tudo e voltei para a estrada.

Mal Menor - Itamar Assumpção

Mal menor
Itamar Assumpção
Você vai notar olhando ao redor
Que sou dos males o menor
Pode até contar com o meu amor
Naquilo que seja lá o que for
Sofrer é antigo por isso que digo
Basta estar vivo pra correr perigo
Pra tudo conte comigo

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 4/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Darei meu abrigo se quiser abrigo


Se for pra brigar por você também brigo
Pra tudo conte comigo
Você vai notar olhando ao redor
Que sou dos males o menor
Pode até contar com o meu amor
Naquilo que seja lá o que for
Minha or de trigo meu licor de go
Diga aonde irás que é pra lá que eu sigo
Pra tudo conte comigo
Eu quero estar contigo meu sexto sentido
Serei inimigo dos teus inimigos
Pra tudo conte comigo.
Esse som, direto da playlist da Amanda, é Itamar Assumpção cantando MAL MENOR…
Mas chega uma hora em que, depois de tanto amparo, as pessoas que nos cercam vão tocar suas vidas. E a
gente ca, tentando encontrar um jeito de seguir. No meu caso, passei a trabalhar pela memória dela, dia
após dia. Editei vários vídeos e coloquei todos no Youtube.
Você pode ver os vídeos no roteiro deste programa no Portal Café Brasil.
Continuando o texto do Paulo.

18 anos + 8 meses + 1 dia +


18 horas + (HD)
de The Jeca

02:35

The More I See I


Understand
de The Jeca

04:08

Também montei a playlist ( http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-


musica-o-que-me.htm (http://mandysoundtrack.blogspot.com.br/2014/08/amanda-sempre-gostou-de-musica-o-
que-me.htm)l ) da sua vida – nós amávamos música, era parte fundamental do nosso relacionamento.

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Vanessa da Mata - História De Uma Gata (Áudio O …

A história de uma gata


Luis Enrique Bacalov
Chico Buarque
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia lé-mignon
Ou mesmo um bom lé…de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro car na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem lé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio

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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Felino, não reconhecerás


Essa é Vanessa da Mata com HISTÓRIA DE UMA GATA, de Luis Enrique Bacalov, em adaptação de  Chico Buarque…
E Paulo prossegue:
…de uns tempos para cá escrevo nas redes sociais em seus dois aniversários (o de chegada e o de partida)
coisas como ‘25 curiosidades aleatórias sobre a Amanda Camossa’ (duas: ela nunca misturava arroz e feijão
e preferia misto frio a misto quente). Não concordo quando dizem que ela viveu pouco. Ela viveu muito por
18 anos, in uenciou profundamente quem vivia ao redor. Ela é de uma intensidade incrível. Ela é – assim
mesmo, no presente.
Outro dia trombei um amigo que não via há tempos: ‘Pô, e como está a Amanda? Deve estar enorme, né?’.
Dei um abraço forte nele: ‘Que bom que você se lembra dela! Mas ela não está mais aqui’. E ele: ‘Como
assim, mano? O que aconteceu?’. O cara cou desolado, achou que tinha dado um fora. Mas, poxa, não
precisava: ‘Não te falei que quei imensamente feliz só pelo fato de você perguntar por ela?’.
Não sou cético e de fato não acredito que a vida é só o que temos aqui. Minha formação é católica e minha
crença ligada ao kardecismo. Porém, fé é algo que transpõe doutrinas. Pre ro não falar de religião porque
essa ideia nos leva a seguir uma corrente só. A fé é um feeling, um sentimento, uma certeza de que existe
algo além. No meu caso, de que a minha lha está comigo. Minha serenidade é 100% fé.

Philharmonic Disney Orchestra - 01.Beauty and the …

Já tive vários encontros com a Amanda. Há sonhos que são sonhos e há sonhos que não são sonhos.
Algumas vezes, eu a sinto no vento. Claro que tenho saudade – e isso não é, necessariamente, ruim.
Saudade é uma forma de presença: a gente só sente do que já foi bom. Às vezes, bem às vezes, sinto um
aperto mais forte, dolorido. Mas passa. Sei que a nossa ligação vai muito além daqui.
A Amanda me fez parar para pensar em mim. Eu tinha um trabalho que adorava, mas havia uma
inquietação: o que eu mais gostava de fazer era insigni cante para a agência. Eu cava feliz quando
conseguia ajudar produtores de conteúdo a viabilizarem seus projetos – eu trabalhava com mídia, conhecia
bem o mercado. E pensava: ‘se nada diferente acontecer comigo, ainda tenho uns 40 anos pela frente. Vou
querer viver muito ou pouco?’. Até que a minha cabeça começou a se organizar para viver… muito. E decidi
ser leve. Abandonei o carro e passei a caminhar exaustivamente pela cidade, do Ipiranga ao Carandiru.
Reconquistei uma simplicidade que sempre esteve dentro de mim – mesmo quando publicitário, nunca
gostei da bajulação –, mas que havia se apagado exatamente por eu nunca ter parado para me escutar.
Tirei um ano sabático, aprendi a mergulhar, a mixar música, a editar livro e quei um tempo em Boston
dando um tapa no inglês. Todos esses cursos me ensinaram muito mais que suas próprias metodologias – o
mergulho, por exemplo, é um curso ‘de cagadas’, em que você treina para se virar em situações que podem
dar errado (mas no nal dá tudo certo). Na mixagem entendi que coisas diferentes podem combinar entre
si para criar uma outra coisa. E hoje faço exatamente isso: misturo sem medo conhecimentos aleatórios
que adquiri ao longo da vida. Acabei de abrir minha própria empresa e alugo uma cadeira em um espaço de
co-working ao lado de pessoas fantásticas, que me ensinam todos os dias. Tenho uma vida mais exível,
como eu sempre quis.

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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

A ideia de viver muito – e bem – veio da Amanda. Foi ao entender a intensidade da sua existência que
resolvi levar a minha na direção das coisas que me movem de verdade. É como se ela me dissesse todos os
dias: ‘vai viver, cara’.”
Fantástica essa história do paulo e da Amanda, não é?
As re exões que o pensamento na morte nos proporciona são sempre muito fortes. Eu lembrei de um texto de
Rubem Alves, um trecho de um texto dele que ele diz assim, olha:
Tive um amigo, Hans Hoekendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração alemão.
Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao m, e os prisioneiros acompanhavam num
rádio clandestino o avanço de tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os separavam da liberdade. Até que
o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes da libertação, todos seriam enforcados.
“Foi um grito de lamentação e horror… seguido da mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive
em minha vida”, ele disse. “Se eu morrer dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me
guardar, não há sentido em ser prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver a minha
verdade, pois nada pode me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho a permissão para a honestidade total.
Posso ir ao guarda nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso… O que é que ele
pode me fazer, hein? Posso ir até aquela mulher que sempre amei mas de quem nunca me aproximei (a nal, ela
estava com o marido, e naqueles tempos isto era levado em consideração…) e pedir licença ao marido para
confessar os sentimentos… Posso dizer tudo o que sinto mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”. Então
ele me contou dessa experiência fantástica de liberdade e verdade que se tem quando se está pendurado sobre o
abismo.
A morte tem o poder de colocar todas as coisas em seus devidos lugares
Bem, eu acho que você percebeu que este programa faz parte daquela série sobre PROPÓSITO, não é? A história
do Paulo e da Amanda é uma porrada, daquelas que faz a gente parar pra pensar…
E o começo do programa hein? Onde eu relatei o dia normal de uma pessoa, anterior ao 11 de setembro de 2001?
A gente vai vivendo a vida da gente e de repente…SNAP! Tudo muda. Alguém que amamos não está mais aqui. O
emprego do qual dependemos não é mais nosso. Um trauma… e agora, hein?
Bem, o Paulo comentou ao dizer que “chega uma hora em que, depois de tanto amparo, as pessoas que nos
cercam vão tocar suas vidas. E a gente ca, tentando encontrar um jeito de seguir”… E eu me lembro então da
Brenda, no frescor de seus 18 anos, preocupada com vestibular, entrar na faculdade, decidir sobre seu futuro e a
forma como as questões negativas capturam sua atenção.
Brenda, tempos atrás recebi um poema de Adilson Luiz Gonçalves, chamado CHAVES OCULTAS, que talvez sirva
para fechar este programa com chave de ouro. Ouça:
Dei duas voltas na chave;
As janelas e cortinas fechei;
Tirei o telefone do gancho;
Todas as luzes da casa apaguei.
Quis ser cego por um dia,
Para tentar melhor enxergar
O que trago, de fato, na alma,
Que a angústia não deixa a orar.
Tateei pra encontrar o caminho,
Por cantos que, há muito, eu não via.
Também era escura minha alma,
Tão pouco dela eu conhecia.
Achei tantas portas fechadas.
Por quê? Eu tentei me lembrar.
Por entre as sombras do passado
As chaves tentei encontrar.
Achei-as ocultas num canto;
Dezenas, ao todo, eu contei.
Lembrei que abriam as portas,
Dos sonhos que eu nunca ousei!
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Colhi cada uma, com pressa,


E abri cada porta, em seguida.
Senti bater forte o meu peito
E a luz invadir minha vida!
Voltei dessa busca mais moço e mais forte!
Eu, antes perdido, encontrei o meu norte!
prantos e medos? Lancei-os ao vento!
Portas e janelas abri a um só tempo!
A luz inundou onde trevas havia!
A vida se abriu e me disse:
“- Bom dia!”
Então… comecei este programa falando dos problemas que ocupavam sua vida na véspera do 11 de setembro de
2001… SNAP! No dia seguinte o mundo havia mudado. Falei do Paulo e da Amanda, de como a vida pode mudar
completamente, num SNAP!
O Paulo da Amanda fez uma escolha: inspirou-se nela para viver a vida. O poeta mergulhou dentro de si, reviu
seus sonhos guardados e os recuperou para curtir a vida.
Cada um fez a sua escolha…
E a Brenda? Bem, a Brenda tem 18 anos de idade… tem tempo para errar, aprender, inspirar os outros e marcar
cada uma das pessoas que cruzar sua vida. Do jeito que a Amanda fez com o Paulo e com certeza, com você que
me ouve agora. E agora ela já sabe que por mais que a gente faça planos, que se prepare, o imponderável está aí,
ó, do seu lado. De repente, SNAP!
Mas o que o SNAP fará conosco é menos importante do que o que faremos com o que ele fará conosco.

Bom Dia, Gilberto Gil & Milton Nascimento

Bom dia
Gilberto Gil
Nana Caimmy
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já despertou
Acorda, meu amor
A usina já tocou
Acorda, é hora
De trabalhar meu amor
Acorda, é hora
O dia veio roubar
Teu sono, cansado
É hora de trabalhar
O dia te exige

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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

O suor e braço
Pra usina, do dono
Do teu cansaço
Acorda, meu amor
É hora de trabalhar
O dia já raiou
É hora de trabalhar
Madrugou, madrugou
A mancha branca do sol
Acordou o dia
E o dia já levantou
Ele sai, ele vai
A usina já tocou
Bom dia, bom dia
Até logo, meu amor
E é assim então, com o som do clássico de Gilberto Gil e Nana Caymmi BOM DIA, na interpretação de Milton
Nascimento e Gilberto Gil que vamos saindo pensativos.
Com o sonhático Lalá Moreira na técnica, a enlevada Ciça Camargo na produção e eu, pensativo… Luciano Pires,
na direção e apresentação.
Estiveram conosco a ouvinte Brenda, Adilson Luiz Gonçalves , Paulo e Amanda Camossa, Celso Fonseca, Walter
Franco, Itamar Assumpção, Vanessa da Mata, Gil e Milton…
O Café Brasil só chega até você porque mais uma vez a Nakata, resolveu investir nele.
A Nakata, você sabe, é uma das mais importantes marcas de componentes de suspensão do Brasil, fabricando os
tradicionais amortecedores HG. E tem uma página no Facebook repleta de informações interessantes para quem
gosta de automóveis, meu. Dê uma olhada lá, vale a pena: facebook.com/componentesnakata
(http://facebook.com/compontesnakata). E como a Nakata voltou a patrocinar agora o Café Brasil, você ajuda
muito viu, dando um pulinho lá na página deles e deixando uma mensagem de agradecimento, para eles.
facebook.com/componentesnakata (http://Facebook.com/componentesnakata). Tudo azul? Tudo Nakata!
Este é o Café Brasil. Que chega a você graças também ao apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera. De onde
veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar
nossa lojinha no … portalcafebrasil.com.br (http://portalcafebrasil.com.br).
Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E se você está fora do país: 55 11 96429 4746. E
também estamos no Viber, com o grupo Podcast Café Brasil.
E se você acha que vale a pena ouvir o Café Brasil e quer contribuir, agora é possível fazer uma assinatura do
programa. Acesse podcastcafebrasil.com.br (http://podcastcafebrasil.com.br) e clique no link CONTRIBUA.
Pra terminar, uma frase de Millôr Fernandes:
Viver é uma coisa maravilhosa, mas não está dando para perceber.

Mais Sobre Atitude (http://www.portalcafebrasil.com.br/posts-de/atitude-2/)

Ver todos (http://www.portalcafebrasil.com.br/posts-de/atitude-2/)

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 10/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

(http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/cafe-brasil-especial-herois-da-saude-04-a-caverna-de-todos-nos/)
Café Brasil Especial – Heróis da Saúde 04 – A Caverna de Todos Nós
(http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/cafe-brasil-especial-herois-da-saude-04-a-caverna-de-todos-
nos/)

(http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-278-o-desengajamento-moral/)
Cafezinho 278 – O Desengajamento Moral (http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-278-o-
desengajamento-moral/)

(http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-277-abrace-uma-causa/)
Cafezinho 277 – Abrace uma causa (http://www.portalcafebrasil.com.br/cafezinho/cafezinho-277-abrace-uma-
causa/)

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Jackson Fleming • 4 anos atrás


Lindoo programa fantastico...
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Nelson Ramos • 4 anos atrás • edited


Ouvi, chorei, minha esposa ouviu, chorou e por aí vai. Luciano Pires mandando bem, como de costume.
Minha esposa é de Pirassununga, e conhece o Paulo. Ele é um cara incrível.
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Octávio A C Brito • 4 anos atrás • edited


Luciano, você me quebrou com esse, meu caro. Mexeu com meus sentimentos mais íntimos e que não gosto de
compartilhar com ninguém. Esse foi um daqueles que nos muda completamente e uma coisa eu já defini, meu
epitáfio! Estará escrito o seguinte: "Ouçam o Café Brasil 501"

Acho que vou conseguir transmitir um consolo enorme para todos os que ficarem aqui, quando eu partir. Isso
graças a você, é claro!

Te agradeço do fundo do meu coração!

Grande abraço!
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Kupkovski Cleber • 2 anos atrás


Bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada! Esse é um daqueles programas que já ouvi umas 10 vezes,
quase como um mantra, para quando se é preciso de um!
A vida é tão breve, e perdemos tempo em questionamentos tolos, fúteis e que nada agregam. Talvez no auge ou
na florescência dos meus 38 anos, com um filho de 18 e uma princesa de 10+6,filhos do meu primeiro
casamento, a mensagem que a historia do Paulo e da Amanda sempre me coloca nos eixos. Em 09/2001, meu
filho tinha 1 ano e 8 meses, naquela manhã de sol radiante o mundo mudou, fiquei surpreso com tamanha ato
de pura maldade, que hoje classifico como falta extrema de amor, amor que é tão falado e deturpado hoje em
dia, que a maioria só o dá, se receber e principalmente se receber muito. Epóca de protecionismo aos capitais
físicos(minha casa, meu carro), aos capitais ideológicos(sou esquerda, sou direita, arma, desarma) aos capitais
sentimentais (meu, meu, meu e esse também meu), e de repente, tic tac, algum destes "capitais" deixa esse
plano e caímos em si, que logo seremos do meio e que nada era de fato somente nosso!
Um muito obrigado pelo fabuloso trabalho, aos apoiadores por confiarem e à equipe , Lalá e Ciça e outros mais,
que a cada programa deixam nossa passagem nesta vida mais interessante e significativa!
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Gabriel Soares • 3 anos atrás


Boa noite meu caro Luciano, infelizmente o link para baixar as musicas não esta funcionando, estou clickando
no link para baixar mas diz que o arquivo não existe.
Forte Abraço e grato pelo conhecimento que você compartilha.
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Lucianopires2 Moderador > Gabriel Soares • 3 anos atrás


A playlist deve ter sido retirada do ar, Gabriel. Abs
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Maria Eduarda • 4 anos atrás • edited


Escutei esse pod cast hoje vindo no meu carro dia 13/10/2016 nossa tenho uma filha de 5 anos que é a razão da
minha vida. Minha filha hoje é Youtuber gosta de viver Diz que sou o melhor pai do Mundo
www.youtube.com/dudinhaweb quem quizer conhecer ela. E tudo na minha vida é voltado para ela. me deu
aquele ar de vazio dizendo e se fosse comigo? Nossa Luciano to viciado nos seus pod casts nem todos me
agradam claro mas 99% sim. Mas é bom pra kct. cara. Obrigado.

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 12/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

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Kefka palazzo • 4 anos atrás


Ótimo.
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Grasiela Rosa Mattos • 4 anos atrás


Ouvindo novamente esse podcast. Que história incrível e emocionante essa da Amanda e do Paulo!
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Maria Eduarda > Grasiela Rosa Mattos • 4 anos atrás • edited


Achei triste pacas, tenho uma filha imagine chegar em casa e minha filha ter partido putz. sei lá nem quero
pensar deu uma tristeza gigantesca. aff. Veja ela em www.youtube.com/dudinhaweb

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Andressa Bis • 4 anos atrás


Muitas

vezes perder algo de “valor” em mudanças impostas pelo sofrimento, é o jeito de


encontrar algo de mais precioso no caminho.”(Emmanuel).

Sou Espírita, cresci ouvindo que a “morte não


existia”, que era uma passagem para outro mundo. Quando somos criança e ainda não
temos muita noção de espiritualidade, por mais que os pais nos ensinem,
aceitamos sem questionar as crenças, porque estamos sob a educação deles e ainda em formação de nossa
personalidade. Quando
se tem sete ou oito anos e vemos o sofrimento dos outros,distantes,você lida
com isso bem.Mas quando você cresce e começa sentir a dor da perda na pele,aquela
sensação de consolo desaparece.Lembro que uma das minhas primeira grande perda
foi meu avô, um infarto o levou. Era a morte se fazendo presente de forma real
e dolorosa em minha vida.Outras duas perdas foram bem marcantes.Um amigo na
escola.Tinha 11 anos, estávamos todos brincando na educação física, meu amigo, tinha subido num
lugar pra pegar a bola, caiu, teve um
traumatismo e morreu.Perder um amigo tão cedo foi um choque.Anos depois perdi
um outro amigo, tínhamos 15 anos de idade.Fomos todos pra uma matine. Fui
embora mais cedo e ele ficou, quando saiu foi atropelado.Brunel morreu dias depois.Demorei tempo pra
esquecer...a gente pensa que esquece mas não esquece! Depois que o inevitável acontece temos de dar conta
de continuar. E
é isso que a gente tenta fazer.Mas definitivamente acho que não estou preparada pra perder quem eu amo, não
sei se a
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 13/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

gente se prepara pra isso, pra viver sem alguém quem amamos.O tempo passa,
a gente cresce e a vida é sempre implacável pra nos empurrar pra dentro dos problemas,nos chamar
pra “briga”.Temos que assumir responsabilidades, fazer escolhas e nos
posicionar diante dela. Com o tempo as perdas começam a ficar mais frequentes e
às vezes acontecer numa velocidade assustadora. Muitas vezes as pessoas se vão do
nada, de uma hora pra outra ao menos sem a gente suspeitar, o imprevisível
acontece, sem que possamos falar um eu te amo,você faz falta.Então a gente começa
a perceber que não temos mais como “desabar”, a cada perda,e é preciso saber enfrentá-las.Eu
acredito que a forma com que a encaramos as perdas,nos auxilia no nosso
crescimento espiritual,mas essa percepção a gente só adquiri com o tempo,enfrentando
as provações,vivendo.Os filhos vem, os pais começam a envelhecer, as doenças
aparecem, tias, tios, primos, avós e avôs se
vão.Muitas vezes não dá pra se despedir.Não temos mais nossos pais ali o
tempo todo, pra nos dar colo, pra nos consolar como antes.Com tempo a gente muda de lugar, passamos a ser
pais, invertemos papéis e passamos a cuidar
dos filhos e dos nossos pais. Agora vivemos outra perspectiva,temos que ensinar
os filhos a buscar equilíbrio diante das
dificuldades e dar força pros pais.As perdas quando a acontecem, independente dos
motivos, elas fazem com que nós liguemos nosso botão de “pisca alerta”.Não existe
maior lição na vida quando a provação chega até nós.Quando nos vemos numa
situação muito difícil.Comigo foi assim.Há
5 anos atrás passei por uma depressão profunda e tive um diagnostico de
transtorno de pânico, perdi meu equilíbrio,minha saúde física e emocional,
minha paz.Embora estivesse viva eu me sentia morta,sem vida.Não há sofrimento pior do que você querer viver
e não ter força, não ter coragem,
não querer nem abrir os olhos, não
querer ver o sol, as pessoas, é como se os dias não tivessem horas,você está dentro de um quarto e perde a
noção
do tempo, é como passar pelo inferno em
vida, sentir os piores sensações, se sentir um nada.Vivenciar isso foi um
divisor de aguas. Depois que superei,passei a ver a vida com outros olhos. Lembro
que superei uma coisa terrível e que muitas pessoas com depressão, desistem, se
suicidam.Eu sobrevivi.Hoje,nada é mais importante e maravilhoso do que estar
viva.Todos os dias agradeço a Deus.Busco aprender com meus erros, e reforçar minha fé.Não
é fácil,é um processo intimo, de busca constante, um trabalho de lapidamento
interior, é uma batalha de nós com nós mesmo.Isso requer desapego de quem a
gente imagina ser. O sofrimento traz
mudanças internas, profundas e significativas, não há como ficar alheio, nos
deixa marcas, e quando a dor é a “professora”, o aprendizado é mais rápido.Depois
que passamos por situações que nos deixam fragilizados diante da vida,
conseguimos ver melhor o quanto a vida é preciosa e vale a pena lutar por ela.A
história de Paulo e Amanda é uma lição de vida, nos mostra como ele transformou
a dor da perda em superação, deu a volta por cima, sem revolta, com serenidade.
Nao tive como não relembrar de tudo que
vivi, são coisas bem diferentes mas a lição que tiramos, é a mesma, saber lidar
com a dor com sabedoria e transformá-la
pra seguir em frente, isso só o tempo nos ensina.Vai viver cara, é um
convite a vida, pedindo pra gente se
jogar, porque a vida é aqui e agora. Não desperdice o tempo sagrado que o
senhor da vida te da de presente todos os dias.O importante é não desistir de nós mesmos.Paulo, muito
obrigada.Confesso
que foi emocionante,tenho uma filha de 10 anos e chorei muito ao ouvir o podcast.Deus
te acompanhe em sua caminhada.E pra você Luciano obrigada por se fazer luz em
minha vida de uma forma tão especial.Obrigada pela”metamorfose de todos os
dias.Estamos juntos nessa pra sempre.Um beijo.
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Gorette Lira da Silva > Andressa Bis • 4 anos atrás


Um programa comovente, as pessoas tem medo de falar da morte, como alguns aqui a vejo como algo
natural, sim todos morreremos um dia, não levaremos nada material, por mais riquezas que sejamos
possuidores, também não levaremos pessoas por mais caras que nos sejam.. Não posso dizer que
levaremos lembranças, pois ainda não fui ao outro lado, mas posso dizer que que viva desfrutei de bons
amigos, família , nem tudo foi bom no entanto tentei fazer o melhor. A dor da perda não é menor por que
aprendemos a viver com ela.
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Carlos Augusto • 4 anos atrás


Olá Luciano! Como sou pai de uma menina de 9 anos, quase desisti quando comecei a ouvir a história da
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 14/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Olá Luciano! Como sou pai de uma menina de 9 anos, quase desisti quando comecei a ouvir a história da
Amanda. Minha esposa logo perguntou por que eu estava com uma cara péssima! Que história incrível.
Realmente faz pensar bastante. Desejo força ao pai da Amanda e obrigado, Luciano, por mais um programa
sensacional. É incrível como a sintonia permite que você use o áudio de uma adolescente que tem tudo a ver
com o tema! Parabéns, Carlos Augusto.
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Marco Banzato • 4 anos atrás


Luciano, o link da facebook.com/compontesnakata não está funcionando. Gostaria de ir para prestigiar mas não
deu...
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Carlos Augusto > Marco Banzato • 4 anos atrás


Olá, Marco, é que o link está errado, é componentesnakata e não COMPONTES. Luciano, corrige aí! :)
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Igor Klein • 4 anos atrás


O que foi isso, Luciano?????
Esse programa está DEMAIS, meu rapaz!

Possivelmente o melhor em 501 episódios até hj. E isso que estamos recém iniciando a caminhada rumo aos
1000....

Parabéns a vc e toda a sua equipe por conseguirem se superar mais uma vez..
OBS.:Gostaria de ter algo mais inteligente para dizer neste momento, mas ainda estou em estado de "uau!" e
tentando recuperar o fôlego.
Um fortíssimo abraço!
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Diana Souza • 4 anos atrás • edited


Boa Noite a todos,
Engraçada a capacidade de algumas pessoas de influir tanto em nossas vidas mesmo a distância; Perdi minha
mãe depois de uma luta penosa contra o câncer. Desolada eu vejo a chamada desse podcast vai viver cara...E
penso que é algum motivacional... Era o Luciano de novo perfeito, comovente impressionantemente alinhado
com o universo.
Desabei com a história da Amanda e a narração inominável de perfeita do Luciano...Como ele faz isso hein
cara? Como ele acompanha as pessoas, suas vidas desse modo tão maravilhosamente sublime? Eu não
poderia me calar frente a grandiosidade desse trabalho. Não mesmo. Ôoo Luciano obrigada por essa luz cara!
Obrigada por esse trabalho! Você caminha junto comigo...Valeu muito conhecer tudo isso aqui.
Abraços
Diana
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Rodrigo Sales • 4 anos atrás


Perfeito! Sinceramente eu me emocionei com esse podcast! De quão tênue é a nossa existência e que
precisamos fazer aquilo do qual amamos. Foi uma pancada que foi bom de ouvir.
Gostaria de sugerir um programa, sobre a síndrome do impostor, que muitas vezes atrapalha e muito a gente
conseguir ir atrás do que a gente busca. Comecei a ler a pouco sobre o assunto porque estava desconfiado de
ter em algum nível isso e... bom, eu estava certo. Já estou buscando formas de superar essa dificuldade.
Deixo aqui um pequeno treco de um artigo que li sobre o tema, onde Clance e O'Toole dizem: (...) Impostores
não possuem um sentido realista de sua própria competência e não tem plenos poderes para internalizar os
seus pontos fortes, aceitar os seus déficits, e viver com alegria. Se os sentimentos impostos são intensos, os
portadores da síndrome podem recusar oportunidades para avançar. Eles não podem simplesmente tentar
realizar os seus sonhos, fixando-se em vez disso, ao que parece seguro. Ansiedade, insegurança, medo do
fracasso e culpa sobre o sucesso minam a sua capacidade de funcionar em seu mais alto nível.

Bom é isso Luciano, obrigado por mais esse podcast e continue assim.
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daniel • 4 anos atrás


Ganhou um assinante =)
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Marcos César • 4 anos atrás


Gostaria de transcrever uma fala do Paulo no texto, para fazer um comentário que acredito ser extremamente
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 15/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
Gostaria de transcrever uma fala do Paulo no texto, para fazer um comentário que acredito ser extremamente
pertinente e antecipadamente deixar claro que respeito todas as opiniões e crenças diferentes da minha e longe
de mim o interesse de querer discutir crenças ou converter quem quer que seja, meu intuito apenas é
argumentar em defesa daquilo que acredito, segue o trecho citado :Não sou cético e de fato não acredito que a
vida é só o que temos aqui. Minha formação é católica e minha crença ligada ao kardecismo. Porém, fé é algo
que transpõe doutrinas. Prefiro não falar de religião porque essa ideia nos leva a seguir uma corrente só. A fé é
um feeling, um sentimento, uma certeza de que existe algo além. No meu caso, de que a minha filha está
comigo. Minha serenidade é 100% fé..... " Seguem meus comentários com todo o respeito ao Paulo a a todos os
corações enlutados pela dor de um ente querido" : Em defesa do Kardecismo ou Doutrina Espirita, que existe
exatamente para confortar e explicar aos que ficam, que a vida continua em outra dimensão, que em futuro não
tão distante a própria ciência vai descobrir instrumentos para conectarmos com essas dimensões ou (universos
paralelos ) A dor é respeitável e compreensiva e a saudade é maior ainda, mas a vida continua e já podemos
receber mensagens de nossos entes queridos em diversas casas espiritas pelo brasil, através de mensagens
psicografadas as quais já foram analisadas quanto a veracidade e confirmadas pelos próprios parentes
atestando a autenticidade ! Hoje dia 02/Abril teremos um programa no Discovery History relatando exatamente
as cartas recebidas pelo médium mineiro Francisco Cândido Xavier , que ao longo de sua vida de 92 anos e
mais de 70 dedicados ao bem, levou conforto a tantas famílias. Continuem com suas crenças preferidas, mas se
precisarem encontrem esse recurso criado pela providencia divina para aliviar a dor de quem fica na esfera
física.
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Cinthia • 4 anos atrás


Hoje, 1o de abril, aniversário de nascimento da Amanda. Já em minha vida será um aniversário de partida, pois
também hoje, 1o de abril, eu perdi parte do meu coração.
Na terça-feira, logo cedo, ouvi esse podcast no carro e achei comovente demais. À noite, infelizmente, lá estava
eu com minha "Amanda" na emergência. Ainda não tenho filhos, mas tenho duas gatinhas que preenchem
minha casa e me enchem de amor. Aliás, tinha. Mãe e filha. A mãe, Vicky, foi internada com edema pulmonar,
que depois se revelou resultante de um problema no coração. Ela lutou, mas hoje nos deixou - a mim, a sua filha
Elke e a todos que conviveram com esse animalzinho fofo e amoroso. Ouvi de novo o podcast pra tentar lidar
com essa dor como Paulo e Amanda lidaram. Que timing, Luciano. Agora espero que as lembranças da vida da
Vicky preencham esse espaço vazio que sua morte deixou no meu coração - a Elke vai me ajudar nessa.
Por fim, sei que gato é gato e filho é filho, mas eu não sei como esse negócio chamado amor se dosa... Eu
simplesmente amo e respeito ambos os sentimentos.
Obrigada Luciano, Paulo e Amanda. Vicky, muito obrigada.
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Paulo Camossa Jr. • 4 anos atrás


Olá, Luciano, tudo bem? Comecei a receber algumas mensagens carinhosas de desconhecidos, e percebi que
foi por conta deste podcast. Gostaria de te agradecer. É um belo presente, às vésperas do seu 26o aniversário
de sua chegada - dia 1 de abril, depois de amanhã. Um grande abraço, p.
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Luciano Pires Moderador > Paulo Camossa Jr. • 4 anos atrás


Caro Paulo, dizem que alguns dos maiores tesouros que se perde na vida são o livro não escrito, a música
não feita, a história não contada. Eu é que agradeço a você pela coragem de compartilhar sua história
conosco, seu tesouro, e fazer com que muita gente reflita sobre como está conduzindo sua vida. Feliz
aniversário pra Amanda, mande um beijo pra ela dia primeiro! Muito obrigado.
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pedro girardi • 4 anos atrás


Muito obrigado Luciano
estou aqui com os olhos lacrimejando e com aquele aperto na garganta que precede o choro
baixei o programa esperando algum comentário quanto ao cenário político atual do país.
Obrigado por ter mudado o assunto.
Como é necessário que choremos as vezes.
sinto que hoje liberei os males que guardava comigo e estou pronto para dar um passo adiante.
sendo repetitivo: OBRIGADO.
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Gorette Lira da Silva • 2 anos atrás


A saudade é o amor que fica e ela sempre fica. Tocante define.
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Fillipe Cardoso • 4 anos atrás


Muito bom esse episódio. Com certeza, ficamos imaginando se devemos ficar preso em certas coisas que nem
sempre fazem mais sentido.

http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 16/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara

Recomendo escutar outro podcast após esse. Saíram no mesmo dia e parece que são complementares. Este
conta a história de um pai que, ao ver que estava prestes a ir embora, tenta deixar um legado para os filhos
pequenos: http://iblbrasil.com/2016/0...
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Sérgio W F • 4 anos atrás


O HOMEM SOMENTE SE ACHA EM SI MESMO...
A vida só existe agora, neste exato instante, porque o instante que passou, ensinou a manter somente a doce
bagagem do que presta, enquanto o instante que virá, sei lá...
O lastro do passado tem que ser leve, como se a vida fosse um balão, cioso de voar.
A criança ingênua que sorvia tudo, sem distinção do que a alimentava o corpo e os sentidos ou o que poderia
intoxicar sua infância e juventude, não sabia que nada daquilo era dela.
No entanto, agiganta-se agora, à porta do homem maduro, a solidão, que terá de ser iluminada, a pobreza, que
será enriquecida pela simplicidade, e a nudez, que será coberta pelo nobre manto da humildade. Tão somente a
consciência de se estar só, pobre e nu terá a capacidade de revelar o homem em sua plenitude.
Portanto, assim como o passado se mostra irremediável, apossar-se do futuro não passa de um ato quixotesco
e inócuo de se tentar domar os ventos da vida, bem mais caprichosos do que vãs preocupações, orgulhos ou
presunções.
E então, bora viver?
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Luiz Carlos Jr • 4 anos atrás


Tive a felicidade de te conhecer no evento que o Murilo Gun fez no CUBO em Novembro do ano passado e
através de um grupo que faço parte no Telegram a felicidade de ser recomendado esse episódio, pois
ultimammente não tenho lhe escutado muito. Tenho 43 anos e fiz um caminho profissional um pouco diferente,
comecei empreendendo aos 23 anos por conta própria sem um puto pra investir na minha empresa de RH em
1995, segmento que atuo até hoje. Algumas desilões e mudanças depois depois desses anos todos hoje me
encontro num momento de profunda reavaliação do que afinal de contas seria o meu propósito. Tenho um casal
de filhos Luã com 14 e Luísa com 9 e sou casado a 16 anos. Diante de todo esse cenário político/econômico
que vivemos me pego pensando ultimamente no que realmente importa? Os negócios não andam muito bem na
empresa, fato não muito diferente das pequenas empresas no Brasil e isso tem me feito repensar tudo que fiz
até hoje. Ouvir a história de Paulo Camossa me levou as lágrimas e mais uma vez a refletir em como e o quê
devo fazer para reencontrar meu propósito. Valorizar cada momento em família ou com amigos se torna cada
vez mais uma premissa importante na minha vida. Gostaria de agradecer também ao Paulo Camossa por
compartilhar de forma tão maravilhosa a experiência vivida com a Amanda. Um grande abraço a todos.
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Michel Tenreiro • 4 anos atrás


Luciano, primeiro dos seus podcasts que não consegui ouvir até o final. A tristeza do texto realmente me atingiu.
Não sei se pelo fato de eu ter uma filha pequena, mas esse foi pesado demais pra mim.
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Jarisson Lucas • 4 anos atrás


Obrigado, muito obrigado por me fazer enxergar a partida de um ente querido de forma diferente, já ouvi o cast e
já repassei para que vivei situação semelhante só tenho a agradecer e que continue nos trazendo conteúdo
assim de qualidade ....
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orafaelreis • 4 anos atrás • edited


Que paulada esse podcast hein, Luciano! Vou guardar pra ouví-lo a noite, quando estiver sozinho e desligado de
tudo o que me cerca. Só posso prever que esse é um daqueles com poder de provocar metamorfoses! Muito
obrigado!
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Vitor Abreu • 4 anos atrás


Não sei se o erro ocorreu com todos, mas meu áudio falhou apenas nessa frase: "Posso dizer tudo o que sinto
mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”
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João Alexandre • 4 anos atrás


Pô Luciano.... que programa é esse cara!
Muito emocionante...que Deus ilumine e dê forças a todos que passaram por situação semelhante à do Paulo.
Obrigado e vida longa ao nosso cafezinho!
Abs
R d C tilh
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/501-vai-viver-cara/ 17/20
05/05/2020 501 – Vai viver, cara
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Denys Cruz • 4 anos atrás


Sempre ótimos episódios, Luciano. Parabéns por mais essa edição. Sobre o episódio anterior, eu pensava que o
Lala e Cica eram personagens imaginários criados por você, mas eu estava enganado. Foi ótimo ouví-los
também. Abraço e mantenha.
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Marco Andre • 4 anos atrás


Parabéns, excelente programa, mesmo triste o importante e pensar. Temos que pensar muito e acho que muita
gente está precisando disso. Forte abraço.
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Pablo Pinheiro Batista • 4 anos atrás


Como sempre um excelente programa, ouvir este podcast é sempre revigorante, mesmo quando se discute
coisas tristes.
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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

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05/05/2020 501 – Vai viver, cara

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