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• A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder
provar-se por outro meio. A nulidade da obrigação acessória não importa a da obrigação
principal, mas a recíproca não é verdadeira. Ninguém pode reclamar o que, por uma
obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a
importância paga (dinheiro em seu patrimônio).
Nulidade
• Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem s
observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são
próprios.
• Há casos de nulidade absoluta, onde existe um interesse social, que afeta a todos e
portanto, qualquer um pode ingressar com alguma ação ao juíz. E nulidade relativa, que
atinge negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a
invalidade, mas que pode ser afastado ou sanado. Nulidade total, atinge todo o negócio
juridico e nulidade parcial afeta somente parte dele, aonde a mesma no negócio não
atingirá a parte válida, se esta for separável (ex: clausula compromissória).
Anulabilidade
III. A anulabilidade não pode ser pronunciada de ofício. Depende de provocação dos
interessados e seu efeito de reconhecimento é ex nunc. A nulidade deve ser
pronunciada de ofício pelo juíz e seu efeito é ex tunc, pois retroage à data do negócio.
IV. O negócio anulável produz efeitos até o momento em que é decretada a sua invalidade,
ex nunc (natureza desconstitutiva). O ato nulo não produz nenhum efeito. O
pronunciamento judicial de nulidade produz efeitos ex tunc (natureza declaratória).
V. *O menor, entre 16 e 18 anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar sua
idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de
obrigar-se, espontaneamente declarou-se maior, perdendo, por isso, a proteção da lei.
Simulação
Atos ilícitos
• Ato ilicito é o praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem. É fonte de
obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado. É praticado com infração a
um dever de conduta, por meio de ações ou omissões culposas ou dolosas do agente,
das quais resulta dano para outrem. A obrigação de indenizar decorre, pois, da
existência da violação de direito e do dano, concomitantemente. O ato ilicito é sempre
uma conduta voluntária e consciente do ser humano que transgride um dever jurídico.
Ato praticado sem consciência do que se está fazendo não pode constituir ato ilicito.
• Refere-se a lei a qualquer pessoa que, por ação ou omissão, venha a causar dano a
outrem. Para que se configure a responsabilidade por omissão é necessário que exista
o dever jurídico de praticar determinado fato (de não se omitir) e que se demonstre que,
com a sua prática, o dano poderia ter sido evitado. Ao se referir à ação ou omissão
voluntária, cogita-se o dolo. Em seguida, referiu-se à culpa em sentido estrito, ao
mencionar negligência e imprudência. Em geral, não se mede o dano pelo grau de
culpa. O montante do dano é apurado com base no prejuízo comprovado pela vítima.
Todo dano provado deve ser indenizado, qualquer que seja o grau de culpa.
• Atos praticados no estado de necessidade não são atos ilicitos, mas sucetivéis de
indenização, por exemplo, se um homem joga o seu carro contra um muro para deviar
de uma criança, não cometeu nenhuma infração, mas deverá arcar com as despesas do
muro violado. Mas, se caso a criança estava na rua por descuido do pai, o motorista
poderá entrar com uma ação para que ele pague a indenização.
Prescrição e Decadência
Prescrição
• A prescrição seria uma exceção que alguém tem contra o que não exerceu, durante um
lapso de tempo fixado em norma, sua pretenção ou ação. Prescrição extintiva é a perda
de ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em consequência
do não uso dela, durante determinado espaço de tempo. É modo pelo qual se extingue
um direito (não apenas a ação) pela inércia do titular durante certo lapso de tempo.
• A perclusão consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida
no momento próprio. Impede que se renovem as questões já decididas, dentro da
mesma ação. Só produz efeitos dentro do próprio processo em que advém.
• Quanto aos efeitos, a prescrição não corre contra determinadas pessoas, enquanto a
decadência corre contra todos. A prescrição pode suspender-se ou interromper-se,
enquanto a decadência tem curso fatal, não se suspendendo nem se interrompendo. A
prescrição atinge diretamente a ação e, por via obliqua, faz desaparecer o direito a ela
tutelado (o que perece é a ação que protege o direito). A decadência, ao contrário,
atinge diretamente o direito e, por via obliqua, extingue a ação (é o próprio direito que
perece).
• Os direitos potestativos, que são direitos sem pretensão ou direitos sem potestação,
insuscetiveis de violação, dão origem a ações de natureza constitutiva ou
desconstitutiva. Quando têm prazo fixado em lei, esse prazo é decadencial; quando não
têm (como no caso das ações de separação judicial por exemplo, a ação é
imprescritivel.
• O art. 191 não admite a renúncia prévia da prescrição, isto é, antes que se tenha
consumado.
• Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
• Diz o mencionado art. 193 que a prescrição pode ser alegada “pela parte a quem
aproveita”. A arguição não se restringe, pois, ao prescribente, mas se estende a
terceiros favorecidos por ela. Prescrevia o art. 194 que “o juiz não pode suprir, de ofício,
a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz”.
• Enquanto não nasce a pretensão, não começa a fluir o prazo prescricional. A prescrição
é beneficio pessoal e só favorece as pessoas taxativamente mencionadas, mesmo na
solidariedade.
Decadência
• Proclamou o STF que, em caso de sucessão de lei, o prazo decadencial deve ser
calculado de acordo com a ultima norma estabelecida.
Prova
• Não basta alegar, é preciso provar. O ônus da prova incumbe a quem alega o fato.
• Meios da prova:
IV. Perícia: prova pericial. Exame é a apreciação de alguma coisa, por peritos, para
auxiliar o juiz a formar a sua convicção. Vistoria é também perícia, restrita porém à
inspeção ocular. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não
poderá aproveitar-se de sua recusa. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz
poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. A recusa ilegítima à perícia
médica pode suprir a prova que se pretendia lograr com o exame frustrado (por
exemplo no exame de DNA).