Você está na página 1de 14

c  

 
 

 


 V

Graziella ZappaláGiuffridaLiberatti(*)V

 V

| tes de ade trarmos o tema específico de ossa Tese ± EMB|GOS À EXECUÇÃO


E |G|O DE PETIÇÃO -, faremos uma breve abordagem sobre o i stituto da
execução trabalhista em seus diversos aspectos, o que, apesar de ão esgotar o
assu to, os dará uma visão de aspectos importa tes da fase executória
trabalhista.V

Com a se te ça co de atória, submetida ao fe me o jurídico da coisa julgada


material, e cerra-se em defi itivo o processo de co hecime to da ação,
co verte do-se, a se te ça, em título executivo judicial, gera do, para o devedor,
uma obrigação a ser adimplida.V

Tra sitada em julgado a Se te ça, esta poderá ser objeto de Liquidação e, após,
de Execução de Se te ça, que será processada, o caso da Execução Defi itiva,
os próprios autos da ação de co hecime to. V

|lém das ormas da CLT, - art. 876 e segui tes - aplicam-se à execução
trabalhista, de acordo com o disposto o artigo 8 89 da CLT, as ormas dos
Executivos Fiscais (Lei 6.830/80), e, subsidiariame te, pelo CPC co forme dispõe o
artigo 769 da CLT. V

De acordo com o art. 1533 do Código Civil, co sidera -se líquida a obrigação que
se aprese ta certa qua to a sua existê cia e determi ada o que toca ao seu
objeto.V

Co ceitua do-se liquidação de se te ça, diz-se que é o co ju to de atos que


devem ser praticados com a fi alidade de estabelecer o exato valor da co de ação
ou de i dividualizar o objeto da obrigação. V

| doutri a domi a te co cebe a liquidação como uma fase preparatória da


execução; ela a tecede a execução, apesar de ser parte i tegra te da mesma.V

| atureza jurídica da se te ça de liquidação é


substa cialme te declaratória, uma vez que te de a declarar o ³qua tum
debeatur´, se do-lhe defeso, esse mister, modificar a se te ça liquida da, ou
resolver matéria apreciada a causa pri cipal.V

|s se te ças de processos trabalhistas, após proferidas e tra sitadas em julgado,


ão possuem valor determi ado, ecessita do, assim, de liquidação para apuração
dos valores a serem executados. |rt. 879, par. 1, 1 a, 1b,2, 3 e 4 da CLT.V

Há a ecessidade de se determi ar o valor do crédito reco hecido, para,


posteriorme te, levar-se a efeito os atos de co strição patrimo ial.V

| liquidação de se te ça, do po to de vista di mico, vai da otificação do Juiz -


ao Perito, ao eclama te ou ao eclamado -, para a aprese tação dos cálculos, até
a decisão judicial tra sitada em julgado, dos Embargos à Execução ou do |gravo de
Petição -, o de, ão cabe do mais recurso, o juiz determi a o leva tame to dos
valores.V
Pelo disposto o artigo 879 (rodapé) da CLT a liquidação pode se dar por 3 modos
de liquidação: - por cálculos, arbitrame to ou artigos. V

2. c !"#$%#%& V

›este método, mais comum e utilizado as liquidações trabalhistas, os eleme tos


suficie tes para apuração do título exeqüe do, já estão prese tes os autos. V

Far-se-á liquidação por cálculo qua do o mo ta te da co de ação depe der de


simples cálculo aritmético. ›este caso a se te ça abriga em seu i terior todos os
eleme tos ecessários à fixação do ³qua tum debeatur´, desti a do esta fase em
virtude disso, ape as a revelar a exata expressão pecu iária desses eleme tos. V

| CLT dispõe ³por cálculo ³, sem acresce tar ³do co tador´. Essa simplificação
permite admitir-se que o cálculo possa ser realizado pelo co tador do juízo ou
Tribu al qua do houver, e, também, pelas partes ou por laudo pericial co tábil. V

|ssim, a liquidação por simples cálculos se co suma com os passos do artigo 879
da CLT. (rodapé) V

Caso a execução seja egativa, a parte sucumbe te arcará com os ho orários


periciais e as custas processuais.V

Procedime to mais utilizado a Justiça do Trabalho. |prese tado o cálculo pela


parte i teressada ou, se o cálculo, for aprese tado pelo Co tador omeado pelo
juízo, será aberta vista às partes, sucessivame te, pelo prazo de 10 dias.V

›ão have do impug ação, o juiz julgará imediatame te a co ta, pode do corrigi -la
o que lhe parecer co ve ie te, e ma dará citar o executado para o cumprime to
ou seguro o juízo, uma vez que estará precluso o direito de impug ar a co ta. V

›ão será admitida impug ação ge érica ou cálculo que ão ve ha acompa hado da
pla ilha respectiva.V

Have do impug ação/ma ifestação circu sta ciada, qua to aos fu dame tos e
valores do cálculo, o juiz poderá, a tes de proceder à homologação dos mesmos,
determi ar o retor o dos autos ao Perito para que efetue as devidas alterações ou
preste esclarecime tos. i do aos autos o ovo cálculo, será aberto vista às partes,
ovame te, com prazo de 10 dias para co cord cia ou impug ação. V

ä ›a prática tem-se observado que, mesmo que haja impug ação pelas partes, os
juízes, a sua maioria, têm homologado o cálculo, rejeita do as ovas
impug ações. V

Tor ada líquida a se te ça, com essa decisão, o Juiz ma dará citar o executado
para cumprime to ou embargar a execução, após seguro o juízo, o prazo de 05
dias.V

c !"!'!() V

Se liquida a se te ça por arbitrame to qua do a apuração ão depe de de simples


cálculos, em de prova de fatos ovos, mas seja ecessário o ³juízo ou parecer de
profissio ais ou téc icos´. |rbitrar está aqui, ão o se tido de julgar, mas o de
estimar. Em pri cípio, o arbitrador será um perito, mas pode ocorrer que, a
impossibilidade de calcular-se com exatidão o débito, a estimativa ão te ha outro
fu dame to se ão o bom se so, o prude te arbítrio de um cidadão ou até do
próprio juiz; isto para que a ausê cia de eleme tos ão impeça a reparação,
qua do ão há possibilidade de e co trar eleme tos basta tes. V

O arbitrame to está previsto qua do determi ado pela se te ça ou co ve ção das


partes ou exigir a atureza do objeto da co de ação. Se as partes escolherem esta
forma, excluem-se outras e passa a ser uma solução de tra sigê cia dos
i teressados em seu desfecho.V

O pri cípio do co traditório é gara tia de defesa e baliza de Justiça, que deve ser
respeitado também a liquidação por arbitrame to, ouvi do -se as partes.V

| jurisprudê cia tem se firmado o se tido de que a liquidação por arbitrame to só


se justifica qua do impossível fazê-la por artigos, forma em que podem ser
utilizados todos os meios de prova em direito admitidos. V

c !"*& V

| liquidação da se te ça trabalhista por artigos é utilizada qua do há ecessidade


de se provar fato ovo (CPC. |rt. 608). ›ão é qualquer fato, mas aquele que
i flue cia a fixação do valor da co de ação ou a i dividuação do seu objeto. V

O procedime to por artigos ão está expressame te i dicado a CLT. Como se


trata de processo de co hecime to, devem aplicar-se as ormas do procedime to
ordi ário trabalhista, que são as da própria CLT, com oitiva de testemu has,
perícia, ulidades, etc. V

| exemplo do que ocorre o processo cível, a liquidação p or artigos ocorre qua do


há ecessidade de provas, ão se do possível, o e ta to, i troduzir, essa fase,
fatos estra hos aos limites do co traditório. V

Cabe às partes, em geral ao credor, que irá articular em sua petição, aquilo que
deve ser liquidado. Quem elabora os artigos é a própria parte e ão o juiz.V

| se te ça é de mérito e e seja ação rescisória.V





 V

)&&"&&+V

| existê cia de título executivo judicial (se te ça) e o i adimpleme to do devedor. V

Se do ilíquida a se te ça o Juiz orde ará previame te a sua liquidação que poderá


ser feita, como já exposto, por cálculos, por arbitrame to ou por artigos. V

Homologada a co ta, por se te ça, o Juiz ma dará citar o devedor, expedi do


ma dado.V

,)&&
-)& V

Qua to à exte são dos efeitos, a execução pode ser defi itiva ou provisória. V

,)#)-.! V
egulame tada pelo art. 876 e segui tes da CLT, fu dame ta-se a se te ça
irrecorrível, tra sitada em julgado, te do como objetivo fazer com que a obrigação
decorre te da se te ça judicial seja satisfeita pelo devedor, i tegralme te,
utiliza do-se as medidas coercitivas previstas em lei.V

O pressuposto legal para que a execução do título judicial seja defi itiva é o
tr sito em julgado da se te ça. O pri cípio da imutabilidade da coisa j ulgada é
que autoriza a execução defi itiva do julgado. Esta será efetuada sempre os autos
pri cipais, isto é, aqueles em que foi prolatada a se te ça exeque da. (CPC, art.
589, 1ª parte). V

,)#.&/! V

Fu dame ta-se o artigo 899 da CLT e 587 do CPC.V

| execução provisória, i clusive a liquidação, se faz media te a extração de carta


de Se te ça, cujos requisitos básicos são os do |rt. 590 do CPC. V

| extração da Carta de Se te ça para execução provisória cabe a qualquer


mome to em face do efeito devolutivo do recurso ordi ário e a execução vai até a
pe hora.V

Permite, também, a aprese tação e julgame to dos embargos à execução e ³


realizar todos os atos que têm fu ção preparatória´. V

Os autos pri cipais sobem à I st cia Superior com o recurso admitido o efeito
devolutivo.V

|pós a pe hora ou o julgame to dos embargos, os autos deverão ser sobrestados


até retor o da execução defi itiva. ** V

&")&!
,)# V

O curso da execução trabalhista pode ser suspe so por J  Jlei ou


por 

J

.V

Dá-se, î î   


 as segui tes hipóteses: V

a) exceção de i competê cia ou suspeição do juiz (CLT, art. 799 e i ciso III do
artigo 265 do CPC; V

b) falta de localização do devedor ou de be s que a gara tam (Lei 6830/80, art.


40 e parágrafos)V

c) i existê cia de be s que a gara tam (CPC, art. 791, III) V

d) pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu


represe ta te legal ou de seu procurador (CPC, art. 265, I) V

e) i terposição de embargos de terceiro, versa do sobre a totalidade dos be s


pe horados (CPC, art. 1052) V

f) os embargos do devedor forem recebidos com efeito suspe sivo. Se forem


rejeitados limi arme te, ão haverá suspe são.*V
$ este caso, dar-se-á a suspe são parcial, relativame te ape as aos be s
e volvidos pelos embargos. V

| suspe são da execução ão i ibe o e cami hame to de medidas cautelares


desti adas a preve ir ou proteger o executado, o exeque te ou a viabilidade da
execução pelas vias legais (art. 793 do CPC).V

,!
,)# V

| exti ção do processo executório deve ser declarada pelo Juiz. Pode dar -se por
quitação ou re  cia do credor, pela tra sação, pelo esgotame to da obrigação
através dos atos de alie ação, pela remição e pela prescrição.V

,")%! !)0#!V

Se dá pelo pagame to da dívida. V

| re  cia (art.794, III do CPC) pelo exeque te, excepcio alme te poderá ser
admitida o Direito do Trabalho, se do sempre vista com desco fia ça pelos juízes. V

,")%! !&! V

|s partes também poderão termi ar litígios media te co cessões mtuas. V

›a tra sação o pressuposto é a i certeza do direito disputado pelas partes. V

,")%)&*!()!'*!!!.1&)!&)!%)! V

| adjudicação do bem pe horado, pelo credor, que é forma de tra smiss ão da


propriedade decorre te da execução. V

,")%!!)(!! V

Co siste a tra sferê cia coativa dos be s do devedor para quem der o maior
la ço o praceame to de be s. Faz-se o di heiro à vista ou o prazo de 3 dias,
media te caução id ea (art. 690 CPC) ›a Justiça do Trabalho a arrematação é
feita pelo maior la ço, que o arremata te deve gara tir com si al de 20%. V

,")%!)( V

emir sig ifica adquirir de ovo. | tes de arrematados ou adjudicados os be s,


pode o devedor, a todo o tempo, remir a execução, paga do ou co sig a do a
import cia da dívida, mais juros, custas e ho orários advocatícios. | remição da
execução só se caracteriza com o i tegral pagame to da dívida.V

,")%!")&# V

|pesar de existir co trovérsias e tre doutri adores, acerca da prescrição, ou ão,


a fase executória, temos que, o i ício da co tagem do prazo prescricio al ão se
altera, sempre esta do fixado o tr sito em julgado da se te ça exeque da,
deve do fi dar em 2 a os, de acordo com o disposto o art. 7, XXIX, ³a´, segu da
parte da CF, caso o processo ão seja impulsio ado pelas partes. V
›a JT há uma peculiaridade que é a faculdade de impulso, exofficio, pelo Juiz, daí a
dificuldade de se ocorrer a prescrição essa fase processual.V

)&# )#))V

Deriva da i ércia do eclama te o processo que resultou de sua reclamação em


juízo.V

|lgu s doutri adores defe dem a possibilidade de ocorrer a JT outros egam


totalme te dia te da possibilidade do impulso ex -officio.V

* 


 V

,)#"!!)!V

Fixado o valor devido, seguem-se os atos executórios. V

›a hipótese de ter sido depositada a import cia, e, se do defi itiva a execução, o


juiz orde ará o leva tame to imediato do depósito, em favor da parte ve cedora. V

Caso ão haja depósito será emitido o Ma dado de Citação e Pe hora.V

,)#"!!))*!)#&! V

Tipo de execução rara a JT. Quem for co de ado a e tregar coisa certa será
citado para em 10 dias satisfazer o julgado, ou, depositada a coisa, opor embargos
(CPC 621 e 622). V

,)#!&'*!2)&)-!3)-!3) V

| co de ação do empregador o se tido de a otar a carteira de trabalho do


empregado, de rei tegrar servidor estável, de e tregar guias para leva tame to de
import cias depositadas o FGTS são algumas e tre as hipóteses em que,
descumprida a se te ça co de atória, executa-se obrigação de fazer o processo
trabalhista.V

›este caso poderá ser aplicada multa diária pelo juiz, co siderada por muitos
doutri adores, i co stitucio al. V

 

 
4V

Se o executado ão quiser pagar a import cia exigida, poderá gara tir a


execução, media te o depósito da mesma, os termos do art. 882 da CLT,
omea do be s à pe hora, o prazo de 48 hs da citação, observada a ordem de
preferê cia estabelecida o art. 655 do CPC.V

›ão paga do o executado, em gara ti do a execução, seguir -se-á a pe hora dos


be s, ta tos qua tos bastem ao pagame to da import cia da co de ação,
acrescida das custas, juros de mora, etc. V

Para gara tia da execução media te depósito da import cia devida, deverá ser
retirada a guia de depósito for ecida pela secretaria da Ju ta, com valor
devidame te atualizado, efetua do-se o depósito uma agê cia do Ba co do Brasil
ou da Caixa Eco mica Federal , sempre à disposição do Juiz Preside te. Poderá
também ser efetuado a co ta vi culada já existe te ou que seja aberta em ome
do credor, a CEF. V

Poderão ser omeados be s do patrim io do Ba co para respo derem pelo


cumprime to da obrigação, até o julgame to da execução. V

| i dicação de be s é efetuada em petição dirigida ao juiz da T com a descrição


detalhada dos be s , se forem móveis. Se forem imóveis, além da descrição
detalhada das co fro tações, deverá ser ju tada a cópia aute ticada da matrícula
do imóvel oferecido em gara tia. Se for omeação em di heiro ± DO judicial ± a
petição deverá co ter o valor, a data do depósito e i formar que se e co tra à
disposição do Juiz da execução. V

|o receber a i dicação do bem à pe hora, o juiz abrirá vista à parte co trária, para
impug ação. V

Desse modo, a omeação de be s à pe hora pelo devedor merecem ser


subli hados os segui tes aspectos. V

I. o ordem de gradação de be s para omeação á a do art. 655 do CPC


(art. 882 da CLT);V

II. have do impug ação do credor, a omeação será tida por i eficaz se
deixar de observar o disposto o art. 656, I a I, do CPC; V

III. se o credor ão impug ar a omeação, a pe hora só se formalizará


sobre o bem i dicado após a comprovação, pelo devedor, da propriedade e da
i existê cia de gravames, qua do for o caso; V

I. se a omeação for impug ada pelo credor, com amparo a


i observ cia da gradação estabelecida pelo art. 655 do CPC, ou a omeação for
efetuado fora do prazo, perde o devedor o direito à ova omeação, devolve do -se
ao credor o direito à omeação, que o exercitará livreme te. Mas, se a pe hora
deixar de dar-se por falta de comprovação de domí io ou ausê cia de e cargos
sobre o bem omeado, o devedor co servará o direito à omeação, repeti do -se o
procedime to (CPC, art. 657).V

Já se pacificou que os co flitos resulta tes da omeação à pe hora de be s, ão


comporta agravo de Petição, por serem decisões i terlocutórias, ão recorríveis.
Caberia, sim, Ma dado de Segura ça.V

›o Ba co do Brasil busca-se omear imóvel à pe hora sob o fu dame to de que o


di heiro existe te os cofres é perte ce te aos clie tes, e que a pe hora
co stituiria em ilegalidade, visto que o di heiro depositado os cofres
co stitui )"/& compulsório, em custódia ao Ba co Ce tral (que ão se sujeita
à co strição judicial por expressa vedação do art. 68 da Lei 9069/95. Os prejuízos
i fligidos ao Ba co estão previstos o art. 66 dessa Lei. O Ba co tem impetrado
Ma dados de Segura ça alega do, também, que a pe hora deve ser feita de forma
me os gravosa ao devedor, e que o ato do juiz (em ão aceitar o imóvel), causaria
prejuízos de difícil ou impossível reparação. V





5
 
 V

Determi adas obrigações, a cargo do devedor, se exaurem com uma  ica


prestação. Já, as prestações sucessivas correspo dem a obrigações co tí uas ou de
trato sucessivo e que, por isso, e qua to ão cumpridas, devem ser efetuadas
periodicame te.V

É o caso típico dos pedidos de compleme tação de apose tadoria (a teriores a


1967) que, e qua to ão impla tados os valores tr a sitados em julgado, o
reclama te ia pleitea do valores relativos a determi ados períodos.V

| CLT dedicou ao assu to, o Capítulo , e os artigos, - 890, 891 e 892. V

È co dize te com o pri cípio da celeridade e da simplicidade do processo


trabalhista vez que dispe sa o credor de promover uma execução para cada
obrigação i adimplida. V


,#)&&)
,)#)
,#)&&))6! V

›o primeiro caso, procede-se à execução de qua tia maior do que a prevista a


se te ça executada. ›o segu do caso, pe horam-se be s de valor muito superior
que o ecessário para ate der-se ao fixado a se te ça exeque da.V

Das se te ças de liquidação cabe Embargos à Execução (pelo éu) ou Impug ação
à Se te ça de Liquidação (pelo credor), ou ai da, Embargos à Pe hora, caso haja
irregularidade a pe hora.V

O Embargos à Execução é co siderado uma ova ação, cuja se te ça pode ser


atacada por |gravo de Petição ou se for o caso, Embargos de Declaração. V

Fi alme te, cabível a proposição de |ção escisória para desco stituição da


se te ça que julgou a liquidação, pois reco hecida como se te ça de mérito.V


('!*&7)6! V
Com os embargos à pe hora prete de se atacar ape as e diretame te o ato de
co strição. ›os embargos à execução ataca-se a prete são ao recebime to do
crédito. O fim visado os embargos à pe hora é livrar o bem apresado do
co stra gime to ou ajustar à lei, o próprio ato de co strição, e qua to os
embargos a execução o que se prete de é livrar-se da execução em si mesma.V

Os embargos à pe hora podem ser opostos com os embargos á execução, ou,


disti tame te destes, dura te todo o curso do processo, qua do se ma ifeste
irregularidade prejudicial ao direito do executado a fase de co strição, tal como
excesso de pe hora.V

'+
 

 V
Ma oel | to io Teixeira Filho co ceitua o s Embargos à Execução ù    
   
        
 î      
  
 
     î 
  
 
 

      V

'+8+ !)3!9:#!&)('!*&V

Sobre a atureza jurídica dos Embargos à Execução, a doutri a e a jurisprudê cia


co sideram- o uma ação aut oma, i cide te a execução, e ão um recurso,
porque co figuram um ataque ao título executivo. V
Os embargos à execução ão se voltam ecessariame te para i validar o título
executivo. Tem como objetivo, trazer a matéria objeto das impug ações, dura te a
fase de liquidação, e que ão foi co siderada pelo juiz, força do, assim, uma ova
se te ça, que poderá ser recorrida por meio do |gravo de Petição, devolve do a
matéria impug ada , ao Tribu al ad quem. V

'+'+)&&"&&)(&&'%!) V

De acordo com o artigo 844, caput, da CLT, os pressupostos de admissibilidade


dos embargos, a execução trabalhista ± é a gara tia do juízo e o requisito
fu dame tal para o recebime to dos Embargos à Execução é que a matéria já
te ha sido objeto de impug ação, sob pe a de preclusão. V

Some te a Faze da Pblica está dispe sada do cumprime to a essa exigê cia.
(|rt. 730 do CPC). V

| jurisprudê cia domi a te e te de i cabível impug ar-se, através de Embargos à


Execução, os valores fixados a co de ação, se o Embarga te ão se ma ifestou
tempestivame te sobre o cálculo do co tador , ou mesmo, se ão tiver sido
matéria atacada a fase de co hecime to.V

Existem e te dime tos co trários em que os doutri adores e te dem ão ser


possível que a formalidade processual se sobrepo ha à coisa julgada material.V

Esta do equivocados os cálculos de liquidação -erro material-, e ão te do sido


impug ado tempestivame te, ou te do sido i deferida a ma ifestação, por
ge érica, ai da haverá a oportu idade de ma ifestar a i co formidade, após a
homologação, através de embargos à execução, apesar de ser e te dime to
mi oritário.V

'+;+)#.))(")&! V

Fato muito comum é a te tativa do Executado, a fase de execução, te tar


compe sar créditos devidos pelo Exeque te, o e ta to, a Lei 6830/80 prevê que
reco ve ção e o pedido de compe sação descabem os embargos à execução e os
casos de i competê cia serão suscitados como prelimi ar e julgados com os
embargos.V

'+<+
-)&!
,)# V

Segu do o CPC, artigo 739, par. 1º, os embargos serão sempre recebidos com
efeito suspe sivo.V

'+=+!'()&
('!*&7
,)# V

O artigo 741 do CPC, aplicado subsidiariame te a Justiça do trabalho determi a


que, os embargos à execução fu dados em título judicial poderão versar sobre: V

a) falta ou ulidade de citação, o processo de co hecime to, se aV

ação lhe correr à revelia;V

b) i exigibilidade do título V

c) ilegitimidade das partes V


d) cumulação i devida de execuções V

e) excesso da execução ou ulidade desta até a pe hora V

f) qualquer causa impeditiva, modificativa ou exti tiva de V


obrigação, como pagame to, ovação, compe sação, tra saçãoV

ou prescrição, desde que superve ie te à se te ça V

g) i competê cia do juízo da execução bem como suspeição ou V

impedime to do juiz. V

›os embargos à execução, o processo trabalhista, pode ai da o executado


impug ar a se te ça de liquidação, isto é, evide ciar vícios o processo de
liquidação e equívocos o mérito da se te ça, como erros de cálculo, critérios
i corretos, etc. em pri cípio, toda a defesa do executado, a fase de liquidação
pode ser re ovada media te os embargos à execução.V

Se os embargos aprese tarem alguma irregularidade grave, o juiz poderá


i deferi-los limi arme te, segu do a lei determi a. Se co tiverem vícios sa áveis,
por ex. ilegibilidade de docume tos, o juiz poderá determi ar que o Embarga te
supra a falha.V

O Embarga te pode requerer a desistê cia dos embargos, prossegui do-se a


execução. V

2.6. Procedime tos para I terposição dos Embargos V

| CLT é i satisfatória com relação aos procedime tos pois ão discipli ou diversas
situações e aspectos importa tes, have do, por isso, a ecessidade de ser i vocada
supletivame te a Lei 6.830/80 (Lei dos Executivos Fiscais e o CPC).V

O Professor Ma oel | to io Teixeira Filho em sua obra ù


,)##)&&
 !'!%6>)+c 8??@ ´, aprese tou uma sistematização dos atos para a
i terposição dos embargos, que, pela forma simples, os parece i teressa te
aprese tar:V

a) a petição i icial de embargos deverá ser elaborada observa do-V

se os requisitos legais (CLT, art 884, § 1º ); V

b) deverá ser obrigatoriame te i struída com a prova da gara tia do V

juízo ou da pe hora (CPC, art. 283 e 737 ± CLT)V

c) o executado poderá alegar toda a matéria de defesa (LeiV

6.830/80, art. 16, § 2º, arts. 821, 879, 884 - §§ 1º e 2º da CLT ±V

CPC, art. 741, i cis. II a I)V

d) ão será admitida ± em sede de embargos ± reco ve ção ouV


compe sação. | i competê cia, o impedime to e a suspeição V

deverão ser arguidos media te exceção (Lei 6.830/80, art. 16, § V

3º da CLT, arts. 799 a 802) V

e) os embargos deverão ser limi arme te rejeitados os casos V

previstos o art. 739 do CPC e, também, qua do ão houver V

delimitação motivada das matérias e valores impug ados.V

f) Se do recebidos os embargos o juiz ma dará i timar o credor V

para impug á-los o prazo de 5 dias (art. 884, caput) V

g) ݋o te do sido arroladas testemu has ou os embargos V

versarem, exclusivame te, sobre matéria de direito e de fato, aV

prova for ape as docume tal, o juiz proferirá decisão, o prazo V

de 5 dias, julga do subsiste te ou i subsiste te a pe hora (CLT, V

art. 885 ± Lei 6.830/80, art. V

h) Te do sido arroladas testemu has, ou se do ecessária a V

produção de outras provas orais, o juiz desig ará audiê cia, o V

prazo de 5 dias (CLT, art. 884, § 2º), após o que proferirá V

decisão (CLT, art. 886, caput) V

i) Julgar-se-ão, a mesma se te ça, os embargos à execução e aV

impug ação à Se te ça de Liquidação (CLT art 884 § 4º) V

j) Proferida a se te ça, dela as partes serão i timadas media teV

registro postal (886, § 1º CLT) V

k) Julgada subsiste te a pe hora, o juiz ma dará que se proceda a V

avaliação dos be s sobre os quais ela i cidiu (CLT, art. 886 § 2º V

da CLT). V

'+A+&!&))(%()& V
VV

De co formidade com a Lei 10.537 de 27.08.2002 e à I strução ›ormativa


20/2002, as custas para i terposição de embargos à execução e de agravo de
petição, serão satisfeitas pelo ve cido, após o tr sito em julgado da decisão.,
observada a tabela de emolume tos da Justiça do Trabalho. V

;+

 V
O |gravo de Petição é recurso específico co tra qualquer decisão do Juiz, a
execução, após o julgame to dos embargos do executado. V

;+8+*)()'B). V

O |gravo é espécie de recurso, cujas subespécies são: a de i strume to, a de


petição e a regime tal.V

|ssim como a apelação (appelatio) surgiu o processo roma o, também os


agravos aí tiveram sua origem, se do recurso amplame te regulado e aplicado o
Direito português. V

݋o existe apelo similar o processo comum.V

›o Processo do Trabalho, os recursos são bem disti tos o que diz respeito aos
seus objetivos, otadame te os agravos de petição e de i strume to. V

Formalme te, disti gue-se o agravo de petição por ser i terposto os autos
pri cipais da ação, qua do o agravo de i strume to forma -se em autos apartados.V

O |gravo de Petição tem a execução trabalhista a limitação de sua área.V

;+'+) &&"!! )"& V

Tem como requisito fu dame tal e absolutame te i dispe sável, a delimitação


dos valores i co troversos e, da matéria, que deverá ser efetuada em tópico
específico.V

›a delimitação dos valores, deverão ser tra scritos todos os valores i corretos e
as razões da impug ação. Mesmo qua do houver impug ação total do cálculo,
deverão ser tra scritos os valores impug ados e as razões.V

| delimitação de valores tem o objetivo de possibilitar o leva tame to dos


valores i co troversos, pelo Exeque te. V

O agravo de petição é cabível, 


  o juízo, as hipóteses em que o
juiz co siderar ão provada a liquidação ou qua do tra car a execução, jul ga do-a
exti ta.V

;+;+
-)&!
,)# V

| regra do art. 899 é a de que todos os recursos o Processo Trabalhista têm


efeito ape as devolutivo. V
O agravo de petição, ão obsta te os termos da lei, tem efeito suspe sivo
porque, ao ser i terposto já existe pe hora e, ai da que ao apelo seja atribuído
efeito ape as devolutivo, a execução será provisória e assim ão poderá ir além da
pe hora.V

essalte-se, porém, que, a parte líquida, ão devidame te impug ada, é


exequível imediatame te após os embargos, mesmo que, co tra aquela parte, ou
co tra o todo, se te ha i terposto o agravo. V

;+<+!'())(")C#!"!!9%*!() V

Previsto o artigo 897, letra ³a´ e §§ 1º e 3º, da CLT, deve ser i terposto
o "!3)@!&, cabe do em geral, das decisões dos juízes a execução,
pode do ser abordados os mesmos po tos que foram objeto dos embargos à
execução, além de irregularidades o julgame to dos embargos, como o
i deferime to de provas. V

O |gravo de Petição também poderá ser i terposto co tra outras decisões


proferidas a fase executória para as quais a lei ão preveja expressame te outro
recurso como, por exemplo, o Ma dado de Segura ça. V

O |gravo de Petição será julgado , qua do proferida decisão pelo Juiz do trabalho
de 1ª I st cia, por uma das Turmas do Tribu al egio al a que estiver
subordi ado o juiz prolator da se te ça, observadas as regras do artigo 897 e
parágrafos.V

Se a decisão for agravável, mas a parte opõe embargos à execução, perde o


prazo para a i terposição do |gravo de Petição. V

Da decisão que simplesme te homologa os cálculos de liquidação, ão cabe


agravo de Petição, que só é i terpo ível, após aprese tação e decisão dos
Embargos à Execução. V

;+<!3V

O prazo para i terposição do |gravo de Petição é de oito dias (CLT, 897, § 1º ),


da decisão dos Embargos e da Impug ação à Se te ça de Liquidação. V

;+=+&!&))(%()& V

Há ecessidade do pagame to de custas, co forme Tabela de emolume tos da


Justiça do trabalho, que serão realizadas, pelo ve cido, ao fi al da execução. V

;+D+#)&&!() V

Mais do que qualquer outro recurso trabalhista, o |gravo de Petição tem de ser
arrazoado, a te a exigê cia do |grava te ³delimitar justificadame te´ o objeto do
|gravo.V

O agravo de Petição, como seu ome i dica, é processado os autos da ação


trabalhista e ão em autos apartdaos, pois ão há, o caso, i strume to a ser
formado.V

Passa pelo juízo de admissibilidade, a que se sujeita qualquer recurso, em que


são exami ados os pressupostos processuais. ›o caso do agravo de petição, o juízo
de admissibilidade exami a também se o agrava te delimitou justificadame te, as
matérias e os valores impug ados, porque, do co trário o recurso ão será
recebido.V

|dmitido o agravo, é aberta vista à parte agravada para oferecime to da


co trami uta, o mesmo prazo de oito dias. Em prosseguime to, orde ará o juiz a
subida dos autos ao Tribu al egio al do Trabalho, o de será apreciado e julgado
por uma de suas Turmas. V

O julgame to do |gravo de Petição se dá como o do ecurso ordi ário, se do


facultado aos advogados das partes, a suste tação oral.V

Da decisão proferida pela Turma do regio al, cabe, em tese, ecurso de evista
para o Superior Tribu al do trabalho, desde que prese te ofe sa à Co stituição
Federal, os estritos termos do § 4º do art. 896 da CLT. V

Graziella ZappaláGiuffridaLiberatti V

›UJU ± LO›DI›| (P)V

BIBLIOG|FI| V

M|LT|, ChristovãoPiragibe Tostes. Prática do Processo Trabalhista ± 25ª Ed. |ume.


E atual. ± são Paulo :LTr, 1994. V

|LMEID|, L. odrigues. ecursos Trabalhistas ± io de Ja eiro: |ide 1996 V

C|IO›, ale ti ± Come tários à CLT ± 27 ed. ± São Paulo ± Saraiva ± 2002V

TEIXEI| FILHO , Ma oel | to io - Execução o Processo do Trabalho ± 4ª ed. ±


São Paulo ± LTr 1993V

TEIXEI| FILHO, Ma oel a to io ± |s alterações o CPC e suas repercussões o


processo do trabalho ± 4ª ed. ± São Paulo ± LTr 1996 V

|LMEID|, Isis ± Ma ual de direito processual do trabalho, 5ª ed. ± São Paulo ,LTr
1993V

ME›DO›Ç| LIM| , |lcides ± ecursos trabalhistas ± 2ª ed. ± Editora T ± 1970V

evista de Processo ± | o 26 ± . 103 ± Julho- Setembro/2001 ± Editora evista


dosV

VV

Você também pode gostar