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ESTATÍSTICA

Histórico, evolução, aplicabilidade


e definições básicas da estatística:
população, amostra e variáveis

Não se sabe ao certo desde quando os conhecimentos e


conceitos estatísticos são aplicados. A única certeza é de que
o pensamento estatístico é bem antigo. Vamos ver como ele
surgiu e evoluiu ao longo da história?

Histórico, evolução, aplicabilidade


Há registros do uso de levantamento de dados com mais de
2.000 anos na China. Você deve imaginar, entretanto, que essa
atividade mudou bastante ao longo do tempo. A estatística como
conhecemos hoje é fruto de anos de dedicação de inúmeros
pesquisadores e profissionais de diferentes áreas. Uma delas
é Florence Nightingale, que, no século XIX, através de estudos
estatísticos, descobriu que a alta mortalidade dos soldados
era causada por más condições de saneamento (CONSELHO
FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2012).

Em uma pesquisa na internet, você


pode encontrar muitos outros
profissionais que contribuíram para a
evolução da estatística.

A partir da década de 1980, a estatística avançou rapidamente.


Segundo Triola (2008), com os computadores, a estatística
se tornou acessível e ágil. E no que podemos usá-la? Sua
aplicabilidade é ilimitada: educação, saúde, jogos etc., pois todo
dado coletável pode ser tratado estatisticamente.

Definições básicas da estatística:


população e amostra
Para Magalhães e Lima (2015), estatística é um conjunto de
técnicas que permite organizar, descrever, analisar e interpretar
dados e é agrupada em três áreas: estatística descritiva,
probabilidade e estatística inferencial. Cada uma será estudada

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ESTATÍSTICA

mais profundamente em unidades posteriores. O que você deve


saber agora é que só é possível fazer estudos estatísticos se
conhecer bem dois conceitos: população e amostra.

De acordo com Triola (2008), população é a coleção completa


de dados que desejamos entender. Dela, parte a amostra, que é
um subconjunto de elementos populacionais. Dê uma olhada na
imagem a seguir.

Fonte: Shutterstock, 2017.

Perceba que o conjunto de todas as peças do quebra-cabeça


forma a população, e a peça destacada em vermelho é uma
possível amostra dela.

Fique atento às diferenças entre


população e amostra, pois nas
próximas unidades você estudará os
cálculos para cada situação.

Você já ouviu falar em censo, correto? Ele só pode ser feito


quando temos acesso a todos os dados da característica de
interesse. Assim, não há necessidade de extrapolar os dados,
basta quantificar e apresentá-los. Quando o censo não é possível,
seja por qualquer razão (tempo, acesso etc.), utilizamos a técnica
de coleta de amostras, denominada amostragem, selecionando
sob certos critérios alguns elementos da população para coleta
de dados.

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Definições básicas da estatística: variáveis


Na estatística, tratamos dados como variáveis.

Variáveis

Qualitativas Quantitativas

Nominais Ordinais Discretas Contínuas

Fonte: TRIOLA, 2008 (Adaptado).

Para classificar as variáveis, o primeiro passo é descobrir se são


numéricas ou não. Caso não sejam numéricas, são classificadas
como qualitativas e retratam qualidades das variáveis. Veja a
foto a seguir. Quais tipos de variáveis você conseguiria detectar?

Fonte: Shutterstock, 2017.

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Agora, volte ao diagrama e note que essas variáveis ainda podem


ser classificadas em mais dois tipos: as ordinais e nominais, cuja
ordem influencia ou não, respectivamente, o tratamento das
informações. Tome como exemplo de variável qualitativa ordinal
a posição em uma fila (1º, 2º e assim por diante) e de variável
qualitativa nominal a cor de cabelo (loiro, castanho etc.).

E as variáveis numéricas? Estas são chamadas de quantitativas,


já que expressam quantidades, e também podem ser de dois
tipos: discretas e contínuas. As discretas são aquelas cuja medida
é finita ou enumerável, normalmente valores inteiros, oriundos
de contagens. Uma forma fácil de identificar sua natureza é
verificar se é possível agrupar dados iguais. Por exemplo, as
idades em anos e o peso em quilos.

Quando as variáveis assumem valores nos números reais,


tidas como infinitas ou não enumeráveis, são classificadas de
quantitativas contínuas. Segundo Triola (2008), elas resultam
de infinitos valores possíveis que correspondem a alguma
escala continua que cobre um intervalo de valores sem vazios,
interrupções ou saltos.

Fonte: Shutterstock, 2017.

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O peso pode assumir infinitos valores em um certo intervalo.


Considere uma balança de alta precisão, onde uma pessoa
pesa 98,5347 kg. Perceba que dificilmente outra pessoa terá
exatamente o mesmo peso, com essa precisão.

Percebeu que uma mesma variável pode ser discreta ou contínua?


Isso depende da sua forma de apresentação. Por exemplo, a
idade apresentada em anos é classificada como quantitativa
discreta, mas, se forem considerados os dias, podem surgir
valores como 32,4 ou 25,7, tornando-a quantitativa contínua. É o
mesmo que ocorre com o peso: considerando apenas os quilos, é
uma variável discreta, mas, ao contar também os gramas, torna-
se contínua.

Para interpretar resultados obtidos de


análises, a natureza da variável deve
sempre ser considerada.

Na próxima unidade, você aprofundará seus conhecimentos


sobre acesso e coleta de dados, considerando fontes disponíveis
e confiáveis e a forma correta de coletar amostras.

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