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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

EX A M E F I N A L D E
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
C O R R EÇ Ã O

2ª Época
Curso: LEIT, LEF e LEMT; Data: 17-Dez-2020
Turmas: I11, I12, I13, I14; F11; M11, M12, M13 Duração: 100 m
Nomes dos docentes: Drs. Chutumiá, Cuna & Manhiça Pontuação: 550

Caro estudante,
(1) para o presente exame, apelamos à leitura minuciosa, às respostas claras e coerentes, ao
rigor ortográfico, à identificação correcta dos números e alíneas nas respostas.
(2) resolva em uma folha de papel à mão e com caligrafia legível e aprazível.
(3) passado o tempo regulamentado, digitalize a prova, converta em formato PDF e carregue na
turma GoogleClassroom com código da disciplina.

Importante:
A fraude no exame de uma disciplina tem como consequência a reprovação, sem
possibilidade do infractor participar no exame de recorrência nem no exame especial (se
existir) da disciplina em causa (alínea b, artigo 1 da ADENDA AO RPL).

Parte I – QUESTÕES TEÓRICAS


1. A tomada de notas pressupõe um exercício de seleção de informação e sua organização.
Explique o processo de tomada de notas a partir de:
1.1. mensagens orais. R: registar a informação mais importante, recorrendo ao uso de siglas,
abreviaturas, símbolos e sinais. Reconstituir a informação anotada, escrevendo palavras
inteiras, articulando-as através dos conetores frásicos (conjunções, locuções,
preposições). (40P)
1.2. mensagens escritas. R: extrair as palavras/ expressões/ frases- chave do texto, utilizando
a técnica de sublinhar ou anotá-las na margem do texto lido. a anotação também pode
consistir na redação das ideias essências, na margem do texto. A seguir, organiza-se as
notas tomadas, recorrendo ao vocabulário pessoal, com vista a construir uma ideia
própria, sobre o texto lido. (40P)

2. “Regra geral, o estudante socorre-se de livros, revistas, publicações avulsas, etc. Na posse
destes materiais, o estudante deve tratar a informação importante para a sua pesquisa
em fichas de leitura, com o máximo de exatidão”. Indique:
2.1 a finalidade das fichas de leitura. R: As fichas servem para facilitar o desenvolvimento das actividades
académicas e profissionais, uma vez que permitem identificar as obras, conhecer e analisar o seu
conteúdo, fazer citações e elaborar críticas. (25P)

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2.2 a estrutura (composição) das fichas de leitura. R: a estrutura de uma ficha de leitura
compreende: cabeçalho, referência bibliográfica e corpo- texto (30P)

2.1. os tipos de ficha que conhece R: tipos de fichas: ficha bibliográfica, ficha de resumo ou
de conteúdo, ficha citação, ficha de esboço e ficha crítica. (25P) e caracterize a ficha
bibliográfica. R: A ficha bibliográfica indica o campo do saber abordado, os principais
assuntos tratados, as conclusões alcançadas e as contribuições que oferece ao
assunto do trabalho (25P)

3. Os níveis de língua resultam da utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a


expressão a um determinado auditório ou finalidade. As escolhas de palavras e a
construção frásica, o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua, permitem
ajustar a comunicação às diferentes situações. A expressão de uma mensagem com
conteúdo idêntico pode ocorrer de variadas formas, dependendo do grau de
relacionamento com o ouvinte/ leitor (familiar, desconhecido, superior hierárquico), da
sua idade, meio social, nível cultural.. Os níveis de língua (culto e coloquial) traduzem essa
variação. Caracterize e dê exemplos:
3.1 nível de língua culta R: É formal, burocrática, artificial, conservadora, precisa e
impessoal. Utilizada por intelectuais, diplomatas, cientistas, principalmente, na forma
escrita. Exemplo: em 2004, a probabilidade de uma mulher com oito anos ou mais de
estudo optar por um terceiro filho era de pouco mais de 50%. já para uma mulher com
até três anos de estudo, essa probabilidade subia a 90% (45P)
3.2 nível de língua coloquial R: É espontânea e descontraída, clara e eficaz, linguagem vulgar,
menos apegada a norma gramatical, rica em gíria. Exemplo: Tu eras um bom gajo! Mas
quando entraste na universidade, foste ficar nas nuvens. Já nos deixaste, ninguém te
apanha, andas cheio de nhenhenhéns! (45P)

Parte II – QUESTÕES PRÁTICAS


4. “Ficha de resumo é uma apresentação sintética, clara e objectiva do pensamento do autor, isto é,
a capitalização das ideias essenciais (condensação fiel das ideias) do conteúdo apresentado pelo
autor.
Note-se que a ficha de resumo não é uma cópia dos tópicos, nem a exposição abreviada das ideias
do autor, bem como a transcrição das partes do texto original, mas sim uma breve e curta
apresentação dos elementos necessários para a compreensão do texto, usando as suas próprias
palavras, sem se distanciar das ideias veiculadas no texto original.” (Lakatos & Marconi, 2010)

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4.1. Respeitando as diretrizes apresentadas no número 4, elabore uma ficha de resumo,


referente ao texto “ A história da Leitura”. Não se esqueça de indicar a referência
bibliográfica.

R: Ficha de resumo
FISCHER, Steven Roger. História da Leitura, São Paulo. Unesp. 2006
Debruça-se sobre a escrita e a leitura, desde o seu surgimento até a actualidade.
Mostra-se, com base nos estudos de roger Chartier e Mary Del Priore, que a importância
da escrita e da leitura, na interação entre autores e leitores. O texto enfatiza
a indeterminação dos sentidos dos textos, devendo, estes, ser actualizados pelo processo de
leitura. Ao mesmo tempo, focaliza-se a apresentação e circulação dos textos- livros,
mencionando as plataformas mais antigas como rolo, o códice e as mais actuais como o écran.
Esta é tida como uma evolução gigantesca, na história da leitura. (125 P)

A História da Leitura

A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito
para compreender também a trajectória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos
responsáveis por isso é o francês Roger Chartier, 63 anos. "Ele fez uma revolução ao demonstrar que é
possível estudar a humanidade pela evolução do escrito", diz Mary Del Priore, sócia honorária do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. "Se a história cultural sempre foi baseada em fundamentos
estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos."

Para o campo do ensino da leitura e da escrita, a obra do pesquisador traz grandes contribuições, na
medida em que ilumina os diferentes interesses e usos que aproximam leitores, autores, missivistas,
escribas etc. de géneros e formatos de textos também variados. A atenção a essas questões contribuiu
muito para dar apoio à base teórica dos trabalhos de educadores como as argentinas Emilia Ferreiro e
Delia Lerner, em particular, à noção de que a leitura implica uma elaboração de significados que não
estão apenas nas palavras escritas, mas precisam ser construídos pelo leitor. Não por acaso, os primeiros
estudos de Chartier - em parceria com o historiador francês Dominique Julia - foram sobre a história da
Educação, com enfoque principal nas comunidades de estudantes e nas instituições. Essa reflexão levou
Chartier a questionar o papel da circulação e apropriação dos textos.
Na história da leitura, Chartier enfatiza a distância entre o sentido atribuído pelo autor e por seus leitores.
Para o historiador, o mesmo material escrito, encenado ou lido não tem significado coincidente para as

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diferentes pessoas que dele se apropriam. Uma só obra tem inúmeras possibilidades de interpretação,
dependendo, entre outras coisas, do suporte, da época e da comunidade em que circula. "Chartier
escolheu concentrar-se nos estudos das práticas culturais, sem postular a existência de uma 'cultura'
geral", diz Mary Del Priore.

O historiador detém-se em realidades, as mais inesperadas e específicas em torno dos livros, da leitura e
da escrita ao longo dos tempos. Vai das variações tipográficas às formas primitivas de comércio, das
primeiras bibliotecas itinerantes às omissões, traduções e acréscimos sofridos por obras famosas - e dá
especial atenção ao aspecto gestual da leitura.

Por isso, considera que a primeira grande revolução da história do livro foi o salto do rolo de papel para o
códice, ou seja, o volume encadernado, com páginas e capítulos. Maior ainda, segundo ele, está sendo o
salto para o suporte electrónico, no qual é a mesma superfície (uma tela) que exibe todos os tipos de
obra já escritos. Essa é, na opinião dele, a mais radical transformação na técnica de produção e
reprodução de textos e na forma como são disponibilizados. As mudanças de relação entre o leitor e o
material escrito determinadas pela tecnologia alteram também o próprio modo de significação - antes do
códice, por exemplo, era impossível ler e escrever num mesmo momento porque as duas mãos estavam
ocupadas em segurar e mover o rolo.

Referência bibliográfica:
Título: História da Leitura;
Autor: Steven Roger Fischer
Editora: Unesp,
Ano: 2006
Cidade: São Paulo

5. A partir do conhecimento que possui sobre a gramaticalidade vs agramaticalidade,


ambiguidade frásica e coerência textual,
5.1 identifique os segmentos frásicos agramaticais, ambíguos e incoerentes: (50 P)
a) Pessoas educadas, contribuem mais e melhor para o desenvolvimento da sociedade. R:
Agramatical.
b) Encontrei a colega enquanto não estava. R: Incoerente.
d) A engenharia alavanca, o desenvolvimento do mundo. R: Agramatical
e) O reitor dirigiu-se aos estudantes, evocando sua conduta. R: Ambígua
f) Fiz o exame normal da primeira época, há duas semanas atrás. R: Incoerente

5.2 Corrija os segmentos identificados em 5.1 (75 P)


R: a) Pessoas educadas contribuem mais e melhor para o desenvolvimento da sociedade.
b) Não encontrei a colega.
c) A engenharia alavanca o desenvolvimento do mundo.
d) O reitor dirigiu-se aos estudantes, evocando a conduta destes.
e) Fiz o exame normal da primeira época, há duas semanas.

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6. Coloque na forma pronominal os segmentos sublinhados, nas seguintes frases: (50P)


a) Os jovens compram-nos.
b) Eles não a compreendem.
c) O Presidente devolveu-lhes a dignidade.
d) Ela fê-lo.

Bom trabalho!

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