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EX A M E F I N A L D E
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
C O R R EÇ Ã O
2ª Época
Curso: LEIT, LEF e LEMT; Data: 17-Dez-2020
Turmas: I11, I12, I13, I14; F11; M11, M12, M13 Duração: 100 m
Nomes dos docentes: Drs. Chutumiá, Cuna & Manhiça Pontuação: 550
Caro estudante,
(1) para o presente exame, apelamos à leitura minuciosa, às respostas claras e coerentes, ao
rigor ortográfico, à identificação correcta dos números e alíneas nas respostas.
(2) resolva em uma folha de papel à mão e com caligrafia legível e aprazível.
(3) passado o tempo regulamentado, digitalize a prova, converta em formato PDF e carregue na
turma GoogleClassroom com código da disciplina.
Importante:
A fraude no exame de uma disciplina tem como consequência a reprovação, sem
possibilidade do infractor participar no exame de recorrência nem no exame especial (se
existir) da disciplina em causa (alínea b, artigo 1 da ADENDA AO RPL).
2. “Regra geral, o estudante socorre-se de livros, revistas, publicações avulsas, etc. Na posse
destes materiais, o estudante deve tratar a informação importante para a sua pesquisa
em fichas de leitura, com o máximo de exatidão”. Indique:
2.1 a finalidade das fichas de leitura. R: As fichas servem para facilitar o desenvolvimento das actividades
académicas e profissionais, uma vez que permitem identificar as obras, conhecer e analisar o seu
conteúdo, fazer citações e elaborar críticas. (25P)
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2.2 a estrutura (composição) das fichas de leitura. R: a estrutura de uma ficha de leitura
compreende: cabeçalho, referência bibliográfica e corpo- texto (30P)
2.1. os tipos de ficha que conhece R: tipos de fichas: ficha bibliográfica, ficha de resumo ou
de conteúdo, ficha citação, ficha de esboço e ficha crítica. (25P) e caracterize a ficha
bibliográfica. R: A ficha bibliográfica indica o campo do saber abordado, os principais
assuntos tratados, as conclusões alcançadas e as contribuições que oferece ao
assunto do trabalho (25P)
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R: Ficha de resumo
FISCHER, Steven Roger. História da Leitura, São Paulo. Unesp. 2006
Debruça-se sobre a escrita e a leitura, desde o seu surgimento até a actualidade.
Mostra-se, com base nos estudos de roger Chartier e Mary Del Priore, que a importância
da escrita e da leitura, na interação entre autores e leitores. O texto enfatiza
a indeterminação dos sentidos dos textos, devendo, estes, ser actualizados pelo processo de
leitura. Ao mesmo tempo, focaliza-se a apresentação e circulação dos textos- livros,
mencionando as plataformas mais antigas como rolo, o códice e as mais actuais como o écran.
Esta é tida como uma evolução gigantesca, na história da leitura. (125 P)
A História da Leitura
A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito
para compreender também a trajectória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos
responsáveis por isso é o francês Roger Chartier, 63 anos. "Ele fez uma revolução ao demonstrar que é
possível estudar a humanidade pela evolução do escrito", diz Mary Del Priore, sócia honorária do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. "Se a história cultural sempre foi baseada em fundamentos
estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos."
Para o campo do ensino da leitura e da escrita, a obra do pesquisador traz grandes contribuições, na
medida em que ilumina os diferentes interesses e usos que aproximam leitores, autores, missivistas,
escribas etc. de géneros e formatos de textos também variados. A atenção a essas questões contribuiu
muito para dar apoio à base teórica dos trabalhos de educadores como as argentinas Emilia Ferreiro e
Delia Lerner, em particular, à noção de que a leitura implica uma elaboração de significados que não
estão apenas nas palavras escritas, mas precisam ser construídos pelo leitor. Não por acaso, os primeiros
estudos de Chartier - em parceria com o historiador francês Dominique Julia - foram sobre a história da
Educação, com enfoque principal nas comunidades de estudantes e nas instituições. Essa reflexão levou
Chartier a questionar o papel da circulação e apropriação dos textos.
Na história da leitura, Chartier enfatiza a distância entre o sentido atribuído pelo autor e por seus leitores.
Para o historiador, o mesmo material escrito, encenado ou lido não tem significado coincidente para as
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diferentes pessoas que dele se apropriam. Uma só obra tem inúmeras possibilidades de interpretação,
dependendo, entre outras coisas, do suporte, da época e da comunidade em que circula. "Chartier
escolheu concentrar-se nos estudos das práticas culturais, sem postular a existência de uma 'cultura'
geral", diz Mary Del Priore.
O historiador detém-se em realidades, as mais inesperadas e específicas em torno dos livros, da leitura e
da escrita ao longo dos tempos. Vai das variações tipográficas às formas primitivas de comércio, das
primeiras bibliotecas itinerantes às omissões, traduções e acréscimos sofridos por obras famosas - e dá
especial atenção ao aspecto gestual da leitura.
Por isso, considera que a primeira grande revolução da história do livro foi o salto do rolo de papel para o
códice, ou seja, o volume encadernado, com páginas e capítulos. Maior ainda, segundo ele, está sendo o
salto para o suporte electrónico, no qual é a mesma superfície (uma tela) que exibe todos os tipos de
obra já escritos. Essa é, na opinião dele, a mais radical transformação na técnica de produção e
reprodução de textos e na forma como são disponibilizados. As mudanças de relação entre o leitor e o
material escrito determinadas pela tecnologia alteram também o próprio modo de significação - antes do
códice, por exemplo, era impossível ler e escrever num mesmo momento porque as duas mãos estavam
ocupadas em segurar e mover o rolo.
Referência bibliográfica:
Título: História da Leitura;
Autor: Steven Roger Fischer
Editora: Unesp,
Ano: 2006
Cidade: São Paulo
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Bom trabalho!
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