Este documento descreve as principais fontes formais do direito tributário brasileiro, dividindo-as em fontes principais e secundárias. As fontes principais incluem a Constituição Federal, emendas constitucionais, leis complementares e leis ordinárias, enquanto as fontes secundárias compreendem atos normativos, decisões administrativas e convênios. O documento também discute conceitos como vigência temporal das leis tributárias e a anterioridade como princípio constitucional.
Este documento descreve as principais fontes formais do direito tributário brasileiro, dividindo-as em fontes principais e secundárias. As fontes principais incluem a Constituição Federal, emendas constitucionais, leis complementares e leis ordinárias, enquanto as fontes secundárias compreendem atos normativos, decisões administrativas e convênios. O documento também discute conceitos como vigência temporal das leis tributárias e a anterioridade como princípio constitucional.
Este documento descreve as principais fontes formais do direito tributário brasileiro, dividindo-as em fontes principais e secundárias. As fontes principais incluem a Constituição Federal, emendas constitucionais, leis complementares e leis ordinárias, enquanto as fontes secundárias compreendem atos normativos, decisões administrativas e convênios. O documento também discute conceitos como vigência temporal das leis tributárias e a anterioridade como princípio constitucional.
As fontes formais são justamente a criação • Tratados e convenções internacionais
normativa do Estado. ↪ Constituição Federal: Principal fonte formal do Direito, tendo prevalência sobre as demais normas jurídicas. No campo tributário tem a função de fixar os princípios básicos e normas nucleares pertinentes aos Tributos. Não cria tributo, mas estabelece o Poder de Tributar, a competência tributária e as limitações deste poder de tributar.
↪ Emenda à Constituição: As emendas
No que tange o Direito Tributário, essas fontes constitucionais podem ser declaradas formais, pelo artigo 96 CTN, recebem o nome inconstitucionais quando contrariarem de legislação tributária. Essas fontes podem ser cláusulas pétreas da Constituição. divididas em: ↪ Lei Complementar: Tem a função de • Fontes Formais Principais ou Constitutivas. estabelecer as normas gerais em matéria tributária (art. 146 da CF/88). Possui, ainda, a • Fontes Formais Secundárias ou competência para criar determinados Tributos Complementares. (art. 148, 151, I, 155, §1, III, CF/88). Fontes Formais Principais: A doutrina adota 2 teorias sobre as funções da Lei Complementar: Trata-se das Leis Tributárias em geral, pois a criação, extinção ou alteração só poderá ser → Dicotômica: A corrente dicotômica feita mediante lei. São elas: preconiza que a lei complementar deve dispor sobre normas gerais em matéria de legislação • Constituição Federal tributária, as quais, por sua vez, vão dispor • Emenda à constituição sobre:
• Lei complementar 1- dirimir conflitos de competência e
• Lei ordinária 2- regular as limitações constitucionais ao
poder de tributar. • Medida provisória → Tricotômica: A corrente tricotômica sustenta • Lei delegada competir à lei complementar dispor sobre: 1- dirimir conflitos de competência em matéria tratados e acordos internacionais sobre tributária, tributação.
2- regular as limitações constitucionais ao O STF entendeu que os tratados podem legislar
poder de tributar sobre tributos estaduais e municipais, pois ao assinar um tratado internacional, o presidente 3- estabelecer normas gerais. fala em nome da Federação. O Código Tributário passou a ser a partir de Fontes Formais Secundárias: 1988 é uma lei complementar. São todos os atos normativos infra legais que ↪ Lei Ordinária: Norma por excelência para a venham à complementaras Fontes Principais, criação dos tributos, que tem a função de tem apenas a tarefa de fixar ou esclarecer o estabelecer todos os requisitos para o conteúdo das fontes primárias. nascimento da obrigação tributária. Cada órgão tributante emitirá suas leis ordinárias que . As fontes formais secundárias estão previstas definirá as hipóteses de incidência. no artigo 100 do Código Tributário Nacional. Sua aplicação no Direito Tributário é por ↪ Medida Provisória: Tem validade de 60 dias demais restritas em razão do princípio da prorrogáveis por mais 60 dias. Após diversas legalidade. decisões da jurisprudência foi aceita como instrumento normativo para a instituição e Os Atos Normativos previstos no artigo 100, majoração de tributos. Tem força de lei, porém, são normas genéricas e abstratas, visando à para continuar tendo eficácia após o prazo de minudência do regulamento. São expedidos validade, deverá ser convertida em lei. pelas autoridades administrativas e, por vezes, interpretam certo ponto sujeito à atuação Importante mencionar que MP não pode versar administrativa, aproveitando ao contribuinte sobre matéria de competência de lei que o cumpre. complementar. • Atos Normativos. ↪ Lei Delegada: Prevista no art. 59 cc art. 68 da CF. Com a possibilidade de edição de • Decisões Administrativas. Medida Provisória caiu em desuso. • Práticas reiteradas. Resolução: Pode ser do Congresso Nacional ou de uma de suas casas para regular determinadas • Convênios (arts. 37 XXII da CF e 102 e 199 matérias, em especial fixação de alíquota do CTN). mínima e máxima (art. 155, §1º, IV e § 2º, IV, • Decretos. V, “a” e “b” da CF/88). ↪ Atos Normativos: Expedidos pela autoridade ↪ Tratados e Convenções Internacionais: administrativa, e esses atos são instruções aplica-se ao Direito tributário, tratados e normativas expedidas pela Secretária a da convenções internacionais que versem sobre a Receita Federal. São as Portarias, as Instruções matéria tributária. Normativas, os atos Declaratórios normativos Respeitada a teoria dualista dos tratados expedidos por autoridades administrativas. São internacionais é incorporado à legislação utilizados muitas vezes para orientar o quando da edição do Decreto legislativo, que contribuinte no pagamento de seus débitos aplica-se ao Direito Tributário quando aprova inclusive reavaliação de cálculo de tributo. ↪ Decisões Administrativas: Por lei, as Publicada uma lei é preciso identificar em que decisões administrativas são dotadas de eficácia momento ela passa a vigorar e durante quanto normativa, sendo emanadas de órgãos tempo, bem como o espaço em que irá viger. singulares ou coletivos como, por exemplo, os pareceres normativos proferidos pela Secretaria Vigência no tempo da Receita Federal, as decisões dos Conselhos Uma norma pode ser válida, mas não vigente. de Contribuintes do Ministério da Fazenda, etc. Válida, pois foi produzida por quem ↪ Práticas reiteradas: São práticas reiteradas da devidamente competente para tal. Porém a administração pública que acabam tornando em vigência só ocorrerá que os comportamentos fontes secundárias da administração pública. Se descritos em seu texto poderão ser impostos, administração age de forma reiterada da mesma exigidos. forma acaba se tornando fonte do direito Não basta a publicação de uma lei tributária e tributário. sua vigência para que sua força cogente seja ↪ Convênios (arts. 37 XXII da CF e 102 e 199 eficaz: toda lei que instituir ou aumentar do CTN): O inciso IV do art.100 do CTN tributos terá sua eficácia subordinada ao referem-se aos convênios entre si. São Princípio da Anterioridade ou princípio da celebrados entre União, Estados, o Distrito ‘’eficácia diferida’’, observadas as exceções Federal e os Municípios. São feitos com intuito previstas constitucionalmente (Art. 150, de fiscalização. parágrafo 1º, da CF/88). Assim como outros princípios tributários, como a legalidade e a isonomia, a anterioridade tributária se configura como garantia assegurada ao contribuinte, direito fundamental do cidadão, e ↪ Decretos: São utilizados pelo Executivo para que, portanto, se reveste da qualidade de regulamentação da lei. Em matéria de direito cláusula pétrea da Constituição, não podendo tributário, os decretos são instrumentos ser suprimida nem mesmo através de emenda normativos para fixar alíquotas. Eles não constitucional. podem criar obrigações que não decorra de lei. Os tributos só serão exigíveis a partir do 1º dia Vigência: do ano seguinte àquele em que for publicada a respectiva lei, conforme dispões o Art. 150, III, Art. 101 do CTN: A vigência, no espaço e no ‘’b’’, da CF/88, trata-se do princípio da tempo, da legislação tributária rege-se pelas irretroatividade e anterioridade. disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Este princípio deve ser combinado ao Princípio Capítulo. da Anterioridade nonagesimal, ampliação ao Princípio da Anterioridade Tributária (Art. 150, No âmbito do direito tributário o art. 101 do III, ‘’C’’, da CF/88). CTN, determina que a vigência das leis tributárias segue as mesmas regras das demais Vigência no espaço leis, ou seja, aplicam-se as normas da LINDB Quanto ao espaço, a legislação tributária (Lei de Introdução às Normas do Direito submete-se ao Princípio da Territorialidade. As Brasileiro – DL 4.657/42). Por se tratar de normas expedidas pela União têm vigência nos norma geral admite disposição em contrário na limites do território nacional. Desta forma, uma lei especial. lei de caráter tributário vale nos limites do território do ente político que a editou, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, este Pode-se realizar a interpretação da lei último com validade em todo território conforme: nacional. A fonte (Autentica; Jurisprudencial; Por exemplo, um Imposto que incide em todo Doutrinária). território municipal de São Paulo, IPTU, (Art. 25 da Consolidação da Legislação Tributária do Os meios adequados para sua exegese (Método Município de São Paulo). Gramatical; Lógico; Histórico; Teleológico; Sistemático). O ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação) Incide sobre herança, e os resultados da exegese (Declarativa; alcança apenas os Estados que editaram a Extensivo; Restritivo) respectiva legislação tributária, (competência Quanto à utilização dos princípios gerais do atribuída aos Estados pela Carta Magna). direito privado, segundo ensina Sabbag: O Imposto de Renda incide em todo o território “Se a Constituição Federal adota conceito do nacional, pois trata-se de um imposto de Direito Privado, pauta-se na crença de que o competência da União. conceito originário deva ser utilizado com O CTN, entretanto, admite a fidelidade à sua origem, não podendo a Lei extraterritorialidade da norma tributária, esta Tributária, ao exercer a competência, redefinir, sendo uma exceção à regra, nos casos de a seu bel-prazer, aquele determinado instituto. convênio entre os entes políticos (DF, Estados (SABBAG, 2006, Página 151). e Municípios), ou desde que existam tratados ↪ Interpretação Literal – Art. 111 do CTN. ou convenções firmados pela União, conforme Regra geral, a tributação vale para todas as disposto no art. 102, do CTN e art. 103 do pessoas que se encontrem em situação igual,, mesmo diploma. na forma da lei. Entretanto, o ente político ao O art. 104 do CTN cuida da eficácia do tributo instituir tributos pode também fixar por lei, da IGF e IR, trata-se, portanto, de regra benefícios fiscais. especial de vigência. ↪ Interpretação Benigna – Art. 112 do CTN. Aqui há semelhança com o Código Penal, no Interpretação: princípio do ‘’in dúbio pro reo’’. Por este artigo A interpretação das normas jurídicas pode ser tem-se, em síntese, que em caso de dúvida utilizada, como busca de uma solução para um quanto a determinados pontos, interpreta-se determinado caso concreto, ou na busca do mais favoravelmente ao acusado. verdadeiro significado da norma em si. Importante ressaltar que, em nosso O intérprete ao se valer das diversas formas e ordenamento jurídico, não se admitem os técnicas de interpretação, não cria nem métodos interpretativos in dúbio pro fiscum ou modifica direito, mas sim, limita-se a decifrar a in dúbio contra fiscum. norma, é a busca do seu significado, seja pelo uso de um dos meios de integração ou pela Integração: aplicação de uma norma mais geral. A integração se situa dentro da interpretação. A interpretação de uma lei pode ser realizada Trata-se de mecanismo auto integrativo do de diversas maneiras, partindo de diferentes Direito, sem, contudo, criar direito, faz parte do métodos para tal. esforço interpretativo. A integração é utilizada quando há omissão da • Constituição, quando quer os fins, concede legislação, em face de uma lacuna existente, igualmente os meios adequados; para supri-la, posto que o judiciário não possa abster-se de apreciar nenhuma demanda que • Quem pode o mais, geralmente, pode o seja intentada. menos;
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a • O todo explica as partes;
autoridade competente para aplicar a legislação • As exceções são restritas; tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada’’: • Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório; I- Analogia • Princípio da Moralidade Administrativa; II- Os Princípios gerais do Direito Tributário • Princípio da Presunção de Inocência. III- Os Princípios gerais de Público • Equidade: Solução mais benevolente, jamais IV- A equidade pode resultar na dispensa de tributo. A analogia é a integração da lei por meio da Tradicionalmente tida como ‘’ Justiça ao caso comparação com casos similares ou análogos. concreto’’. Critério de moderação e igualdade. Não pode, entretanto, dada a estrita legalidade, Importante frisar que não cabe dispensar tributo o aplicador da lei se utilizar da analogia para por equidade. criar tributo não previsto em lei. Não se confunde com a interpretação extensiva, em que há falha no texto legal. Aplicação: ↪ Principais Princípios gerais de Direito Para SABBAG (2006, Página138), Tributário a observar: ‘’aplicar a lei é fazê-la incidir sobre um fato, Legalidade (Art. 150, I, da CF/88); para que este se discipline por aqueles parâmetros legais, produzindo seus efeitos sob Anterioridade Tributária (Art. 150, III, b e c, da o manto da abrangência e limites definidos pela CF/88); lei’’. Irretroatividade Tributária (Art. 150, III, a, da No momento em que ocorre o fato gerador, é o CF/88); momento em que surge o vínculo obrigacional Isonomia Tributária (Art. 150, II, da CF/88); entre o sujeito ativo e o passivo da obrigação tributária. O art. 144 do CTN assim dispõe: ‘’ Liberdade ao Trafego de Pessoas e Bens (Art. O lançamento reporta-se à data da ocorrência 150, IV, da CF/88); do fato gerador da obrigação tributária e rege- se pela lei então vigente, ainda que Proibição do Confisco (Art. 150, V, da CF/88); posteriormente modificada ou revogada’’. Uniformidade dos Tributos Federais (Art. 151, Resta claro, portanto, que a norma incide I, da CF/88). automaticamente quando da ocorrência do fato ↪ Exemplos de Princípios gerais de Direito gerador do tributo. Público: Como visto, em regra, a legislação tributária se aplica a fatos futuros, conforme disposto no artigo 105 do CTN, trata-se, pois, de aplicação imediata.
A regra do artigo 105 do CTN deve observar o
disposto no artigo 150, III, ‘’a’’ da CF/88, que versa sobre o Princípio da Irretroatividade Tributária. Por este princípio, tem-se a proibição do efeito retroativo da legislação tributária, impedindo que se volte no tempo para alcançar atos ou fatos já praticados.
Fato gerador pendente é ponto controverso na
doutrina. O s art. 116 e 117, I, do CTN, versa sobre negocio jurídico sujeito à condição suspensiva.
A aplicação da legislação tributária, quando se
tratar de Impostos de fato gerador periódico como o IPVA, versará sobre fato gerador pendente: Ocorre quando a conclusão pressupõe uma sequencia de atos, que foi iniciada sob a vigência de uma lei, porem ainda não se consumou quando nova lei entra em vigor. Dessa forma a consumação ocorrerá sob a égide da nova lei.
A lei, regra geral, aplica-se ao presente. As
duas exceções são: Para a lei mais benéfica e para a lei interpretativa, conforme previsto no art. 106 do CTN.
Lei interpretativa interpreta outra lei, vigente
antes da ocorrência do fato gerador, porem com algumas obscuridades. Não inova, apenas esclarece dúvida surgida com o dispositivo anterior.
O Princípio da Irretroatividade Tributária, com
respaldo constitucional, está contido no Raquel Paula disposto no artigo 144 do CTN. No entanto, a lei nova que regular formalidades como modificar aspectos quanto ao sujeito passivo da obrigação, ou hipótese de incidência, etc., deverá ser aplicada a retroatividade da lei mais benéfica.
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