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Um retrato do fotógrafo Maurício Hora

O fotógrafo Mauricio Hora, vem desde a década de 90 do século passado sendo um dos


mais representativos personagens do Morro da Favela (Providência). Combativo
transformou seu ofício em instrumento de imagem e voz da primeira Favela.  Produziu
uma estética fotográfica que por vezes transitava entre denuncia e beleza, que seus olhos
sensíveis ao mundo de seu lugar de nascimento e criação registravam.

O centenário do Morro da Favela, em 1997, foi rememorado pelas fotos e participações


dele na mídia e sua exposição sobre o incomum acontecimento, em 1998. O Espaço de
representação da cultura do povo negro na Região Portuária, O Centro Cultural José
Bonifácio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (CCJB), na gestão do ator e
diretor Hilton Cobra, além de ceder uma oficina de fotografia ao fotógrafo da primeira
favela, abriu suas portas para a exposição “O Olho da Favela sobre a Cidade” no
primeiro semestre de 1998. Trabalho fotográfico que dividiu com textos do amigo e
professor de História, Luiz Carlos Torres, como ele também nascido na comunidade
da Providência, pioneira do termo “Favela”.
Embora a Favela represente o principal objeto de apresentação do trabalho do fotógrafo
Hora; ele, no seu oficio é um mestre e conhecedor de recursos primorosos na arte da
fotografia. Por isso, até hoje, vem formando cada vez mais discípulos na comunidade nas
oficinas e projetos fotográficos e multimídia que coordena. O último com esse fim foi em
2011/2012 ”Um Porto de Cidadania” executado e concluído no Centro Cultural Ação
e Cidadania.

O valor que tem o fotógrafo Mauricio Hora é tanto que em 2009 e 2010 o fotógrafo
multimídia francês Jr lhe propôs parceria no seu grande projeto internacional de
intervenção fotográfica e vídeo em áreas de conflito e de apelo social quando veio
trabalhar aqui no Rio de Janeiro. Ele veio trabalhar no Morro da Favela (Providência) e
reconheceu no fotógrafo Mauricio Hora autoria e participação nos trabalhos que teve
oportunidade de conhecer quando mais jovem na Paris do ano 2006, quando ainda não
tinha essa profissão, viu suas fotos. O resultado dessa parceria foi uma grande exposição
de ambos no conceituado Centro Cultural Casa França Brasil no primeiro semestre
de 2010.

Esse é o Mauricio Hora que aqui apresentamos. Um cara simples, amigo e que


compartilha sem estrelismos o que sabe na sua vivência e profissão com todos que o
rodeia ou procura. Muito axé e tudo de bom é o que ele precisa.

Foto: Fábio Guimarães / Extra

Luiz Carlos Torres

LINKS SOBRE ATUAÇÕES NO TERRITÓRIO

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/onde-atuamos/cultura-e-economia-criativa/espaco-
cultural-bndes/galeria/morro%20da%20favela%20a%20providencia%20de%20canudos
http://rfi.my/5OGj.W
https://sicnoticias.pt/cultura/2020-02-18-A-vida-de-Mauricio-Hora-na-favela-mais-antiga-do-
Brasil-esta-contada-em-BD-e-numa-exposicao
http://portalfavelas.com/post/caixas-d-%C3%A1gua-como-provid%C3%AAncia
https://midianinja.org/news/a-favela-no-enfrentamento-a-covid-19/
https://mauriciohora.wordpress.com/2013/11/26/116-anos-de-favela-uma-historia-resumida-que-se-
iniciou-na-providencia/
https://zonaimaginariablog.wordpress.com/2020/06/01/favela-e-exemplo-contra-o-corona-virus/
https://www.portalfavelas.com/post/de-quarto-de-despejo-a-solu%C3%A7%C3%B5es-sanit
%C3%A1rias

https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/moradores-do-morro-da-previdencia-instalaram-75-
pias-publicas-na-favela.html
https://youtu.be/tCVuZgQ0B_Q

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