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Colégio Pré-universitário

Ginecologia e obstetrícia

Ariquemes-RO 30/05/2011
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Colégio Pré-Universitário

Alunas: Inês Helena Costa de Sá


Jéssica Daiane de Assis Berg
Keliane Serafim da Silva
Disciplina: Ginecologia e obstetrícia
Docente: Aline Moreno

DST e AIDS
Trabalho apresentado
como requisito parcial para
avaliação bimestral do ano letivo de
2011, na disciplina de Ginecologia e
Obstetrícia ministrada pela docente:
Aline Moreno.

Ariquemes-RO 30/05/2011

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Introdução

As doenças sexualmente transmissíveis, ou doenças venéreas,


são infecções que afetam principalmente os órgãos sexuais e é geralmente
transmitida através do intercurso sexual e entre outras formas.
Em anos recentes as doenças venéreas têm-se tornado um
problema cada vez maior para as pessoas, pois estão sendo transmitidas por
pessoas que possuem vários parceiros e não se previnem. As duas doenças
venéreas mais comuns são a sífilis e a gonorréia, essas doenças podem ser
muito graves se não forem tratadas, podendo surgir feridas abertas, dores e até
podem levar a morte. Hoje em dia com o diagnostico e os medicamentos
apropriados elas podem ser curadas. Mais atualmente, outra doença ficou
muito conhecida: a AIDS. O modo de contágio não é somente pelo intercurso
sexual, mas também pelo sangue contaminado e secreções. Essa também é
uma doença sexualmente transmissível, mas não ataca os órgãos sexuais, e
sim todo o organismo. Essa, ainda não tem cura.
As doenças venéreas dividem-se em dois grupos: as que
provocam uma lesão genital como uma ferida e as que causam uma infecção
purulenta na uretra, na vagina, ou no colo do útero. O primeiro grupo
compreende doenças como a sífilis, o cancro mole, o Linfogranuloma venéreo
e o granuloma inguinal. No segundo, enquadram-se a gonorréia e as uretrites,
as vaginites e as inflamações do colo do útero atribuíveis ao contato sexual.
Abordaremos nesse trabalho as principais DSTs como a
gonorréia, sífilis e AIDS. Abordaremos também doenças que muitos não
conhecem e entre outras.

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Índice

 Introdução..............................................................................................03

 Doenças Sexualmente Transmissível e AIDS.......................................05

 AIDS......................................................................................................05
O contagio...............................................................................05
A prevenção............................................................................06
Sintomas..................................................................................06
O tratamento............................................................................06

 As DSTs................................................................................................07
Sífilis........................................................................................08
Cancro mole............................................................................10
Gonorréia................................................................................10
Candidiase..............................................................................11
Herpes Genital........................................................................12
Condiloma Acuminado (HPV).................................................12
Linfogranuloma Venéreo.........................................................14
Granuloma Inguinal.................................................................14
Pediculose...............................................................................15
Infecção por Clamídia..............................................................15
Infecção por Tricomoníase......................................................15
Infecção por Ureaplasma........................................................16
Infecção por Gardnerella.........................................................16
Molusco contagioso.................................................................17
Hepatite B................................................................................18
Giardíase e Amebíase.............................................................18

 Conclusão..............................................................................................20

 Bibliografia.............................................................................................21

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Doenças sexualmente transmissíveis e AIDS

As DSTs encontram-se amplamente disseminadas, exigindo do poder


público iniciativas que levam ao seu controle. Para que tanto, faz-se necessário
estruturar os serviços de saúde de modo a que possam prestar adequada
assistência aos portadores desses agravos, e principalmente envolver seus
profissionais na execução de atividades ligadas a prevenção da transmissão e
do contagio. Atualmente, cerca de 45 milhões de indivíduos estão infectados
com o HIV, o vírus da imunodeficiência adquirida, causador da mais
preocupante DST, SINDROME da IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA
conhecida como SIDA ou AIDS (sigla inglesa), considerada uma pandemia.

AIDS
A AIDS é uma doença contagiosa, causada por vírus, o vírus da AIDS
destrói as células do nosso sangue que têm a função de combater os agentes
causadores de doença como pneumonia, meningite, encefalite etc. Como seu
organismo fica sem defesa, ela morre em pouco tempo.
A sigla AIDS (do inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome) significa
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, nome atribuído à doença infeccioso
descoberta no início dos anos 80, causada pelo vírus HIV (do inglês, Human
Immunodeficiency Vírus – Vírus da Imunodeficiência Humana). De acordo com
pesquisadores, o HIV teria se hospedado em algumas espécies de macacos
africanos e, de alguma forma, por ingestão da carne contaminada ou durante
caçadas, teria alcançado a corrente sanguínea humana. O vírus da AIDS teria
sofrido constantes mutações durante séculos até chegar à forma atual. Dentro
do corpo humano, o HIV infecta e destrói os linfócitos do tipo CD4+,
responsáveis pelo sistema imunológico. Sem o seu potencial de defesa, o
organismo fica vulnerável a vírus e bactérias e sujeito a todo tipo de infecções
oportunistas que levam à morte do portador. O HIV circula por todas as
secreções líquidas do corpo. No sangue, no sêmen e nas secreções vaginais
ele aparece em grande quantidade. No suor, na lágrima, na urina e na saliva a
quantidade é menor e insuficiente para provocar a contaminação.
O HIV é um retrovírus, ou seja, um tipo de vírus capaz de se reproduzir
de modo diferente dos tradicionais, ao usar como material genético uma
molécula de RNA em vez de DNA (processo chamado de transcrição reversa).
Há dois tipos de HIV: o HIV1 e o HIV2. O último é menos agressivo e retarda o
aparecimento dos sintomas. Segundo cientistas, isso explica por que
determinadas pessoas desenvolvem mais rapidamente a doença do que
outras. Há indícios também de que a quantidade de vírus no organismo defina
a intensidade da doença.

O contágio
A AIDS é transmitida quando o vírus HIV entra em contato com a
corrente sanguínea, o que pode acontecer nas relações sexuais

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(heterossexuais ou homossexuais), nas transfusões sanguíneas, por meio de
instrumentos perfuro-cortantes com resíduos de material biológico
contaminado, uso de drogas injetáveis com seringas e agulhas compartilhadas,
durante o parto ou pela amamentação. A possibilidade de contaminação
através do sexo oral é comprovada em 1996, segundo pesquisa do Instituto do
Câncer de Boston (EUA) feita com chimpanzés. Devido à quantidade de vírus
no sêmen ser muito grande, há o risco de o vírus ser absorvido pela mucosa
bucal e não apenas por meio de algum ferimento na boca. A AIDS pode ser
transmitida de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
Estima-se que 30% das mulheres grávidas infectem seus bebês com o vírus.
No caso de a mãe tomar AZT (medicação para controlar a doença), o índice cai
para 8%. Não há nenhum caso registrado de contágio pela saliva, lágrima, suor
ou urina. É descartada a transmissão via picada de insetos, abraços ou apertos
de mão.
A prevenção
O uso de preservativo (camisinha, camisa-de-vênus ou códon) é o
método mais seguro (97% de segurança) para evitar a contaminação através
da relação sexual. Agulhas, seringas e instrumentos cortantes descartáveis ou
esterilizados são utilizados para prevenir o contágio pela corrente sanguínea.
Nas transfusões, o sangue utilizado passa por testes que identificam o vírus
HIV, a fim de evitar a contaminação. O teste sanguíneo chamado Elisa, criado
em 1985, revela se uma pessoa é portadora do HIV (soropositiva).

Sintomas
Um indivíduo pode ser portador do vírus da AIDS e não apresentar de
imediato os sintomas da doença, já que o HIV pode ficar incubado por até dez
anos. As primeiras manifestações da doença são diarréias constantes, febre
alta, herpes, gânglios duradouros e perda de peso. Depois, é comum o
aparecimento de doenças oportunistas, como pneumonia e toxoplasmose, que
podem ser fatais. Quando a doença atinge um estágio mais avançado, certos
tipos raros de câncer manifestam-se, como o sarcoma de Kaposi (provoca
lesões na pele, no estômago e no intestino) e os linfomas (tumores nos
gânglios linfáticos), além de distúrbios neurológicos, perda de memória e
coordenação motora.

O Tratamento
A AIDS ainda não tem cura, mas o desenvolvimento e a administração
de medicamentos aumentam a sobrevida dos pacientes e consegue períodos
prolongados de melhora da doença. Em julho de 1996, os resultados de um
novo tratamento revolucionário, chamado “coquetel anti-Aids”, foram
apresentados durante a 11ª Conferência Internacional da AIDS, em Vancouver,
no Canadá. O coquetel de drogas é cem vezes mais potente do que o uso
isolado do AZT, até então o único remédio disponível contra o vírus da AIDS.
Consiste na administração conjunta de três tipos de drogas: o AZT e outra
droga da mesma família (a mais utilizada é o 3TC), que são os “bloqueadores

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de transcriptase reversa” (detêm a reprodução do vírus em seu estágio inicial)
e um inibidor de protease (impede que o vírus complete a fase final de seu
amadurecimento e destrua novas células), que pode ser o Ritonavir, o
Saquinavir, o Crixivan e o Indinavir. A administração desse grupo de
medicamentos em vários pacientes mostrou um controle na multiplicação do
vírus do HIV, reduzindo os sintomas da doença. De um grupo de 21 pacientes
que receberam o medicamento durante quatro meses, de outubro de 1995 a
fevereiro de 1996, 18 eliminaram 98,9% dos vírus. Porém, o coquetel provoca
alguns efeitos colaterais, como náuseas e problemas nos rins e no fígado. Se
ministrado em longo prazo, há o risco de causar doenças fatais, como o
câncer.

As DST
  São doenças Sexualmente Transmissíveis ou DST são doenças que
você pode pegar através de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) com
pessoas contaminadas e transmissão congênita (mãe para filho).
    Quando uma DST não é tratada pode causar uma série de
complicações:
 Esterilidade (infertilidade) no homem e na mulher;
 Gravidez ectópica (gravidez nas tropas);
 Maior chance de aparecimento de alguns tipos de câncer no útero, pênis
e ânus;
 Nascimento de criança prematura, com lesões orgânicas ou morte fetal.
As doenças venéreas e qualquer outro tipo de doença adquirida pelo
contato sexual são considerados doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Este conceito foi ampliado, com a inclusão de alguns problemas de pele e
enteropatias, porque se constatou que o contato sexual tem grande influência
na transmissão dessas doenças. Por algum tempo, as DST deixaram de ser
alvo de preocupação, pois, com o surgimento dos antibióticos e o tratamento
da maioria delas ficou bem mais fácil. Porém, nos últimos anos, a incidência
dessas doenças voltou a crescer e elas tornaram-se novamente motivo de
preocupação. O aparecimento da AIDS chamou a atenção da sociedade para
isso, e hoje, as DST são consideradas pela Organização Mundial de Saúde um
problema de saúde pública que atinge o mundo inteiro.
Assim temos:
 Sífilis;
 Cancro mole;
 Candidiase;
 Herpes genital;
 Gonorréia;
 Condiloma acuminado ou HPV;
 Linfogranuloma Venéreo;
 Infecção por Clamídia;
 Tricomoníase Genital;
 Infecção por Gardnerella;
 Pediculose;
 E entre outras...

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Sífilis (Cancro Duro)

Embora a sífilis seja uma DST de tratamento fácil e disponível em todas


as UBS, ainda existe uma efetiva mobilização dos serviços de saúde em torno
de detecção de casos dessa doença. Essa preocupação deve-se ao
conhecimento das conseqüências decorrentes da evolução da sífilis sem
tratamento adequado. Outra razão para o empenho dos profissionais de saúde
é a possibilidade de transmissão da doença de mãe para filho durante a
gestação, causando uma síndrome denominada sífilis congênita.
Existe complicações/Conseqüências como: Aborto espontâneo,
natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções perio
e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
As formas transmissão ocorrem pela: Relação sexual (vaginal anal e
oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto
mês de gestação). Eventualmente através de fômites.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema Pallidum, que pode atingir
qualquer tecido ou órgão e tende a evoluir cronicamente. De acordo com sua
evolução, pode apresentar-se em três fases: Primaria, Secundaria e Terciaria e
congênita.
Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via
transplacentária, a partir do quarto mês da gestação. As manifestações da
doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e
podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança.
Sífilis Primaria: caracteriza-se pela presença do cancro duro, que é uma
lesão ulcerada, única, indolor, de bordas bem definidas e fundo liso.
Geralmente, localiza-se na genitália externa ou outros locais por onde o
Treponema penetrou no corpo (ânus, reto, lábios, boca, mamas ou dedos). Na
mulher, a sífilis pode ser assintomática, independente da localização do
Treponema, o que possibilita a disseminação da doença.
Essa lesão regride espontaneamente, e normalmente o portador não procura
uma Unidade de Saúde por pensar estar curado, permitindo que a doença
evolua para a sífilis secundária.
Sífilis Secundária: Quando não curada sua fase primária, por volta da
sexta semana depois do aparecimento do cancro, a sífilis começa a se agravar.
O paciente começa a fazer queixas gerais, de febre discreta, dor de garganta
prolongada e cansaço. Apresenta sinais visíveis da doença na pele e nas
mucosas, principalmente da boca; os gânglios linfáticos tornam-se inchados e
duros em vários pontos, embora não se tornem doloridos (linfadenopatia
generalizada). Nesse estágio, é típica a presença, na pele do tronco, de áreas
vermelhas e amarronzadas que não coçam, nem descamam. As lesões da pele
mais encontradas são pápulas, maculopápulas, e às vezes, lesões anulares em
forma de moeda ou pústulas. Inicialmente, tais áreas são pequenas, podendo
desaparecer depois de algum tempo, para posteriormente, reaparecerem, mas
em tamanho maior, embora em menor quantidade. Podem aparecer também
grupos de áreas ligeiramente elevadas, vermelho-amarronzadas, cobertas,
ocasionalmente, de crostas ou pústulas. Nas palmas das mãos e nas solas dos
pés, surgem áreas vermelho-amarronzadas, duras e escamosas.
As mucosas dos genitais e da boca são freqüentemente atingidas. Muito
das características dessa fase são pápulas grandes, geralmente localizadas

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nas junções entre a pele e a mucosa, principalmente nos lábios externos da
vulva. Essas lesões são de erosões pouco profundas, indolores; quando elas
secretam um liquido acinzentado, altamente infectante, são conhecidas pelo
nome de placas mucosas. O cabelo cai em chumaços em áreas circunscritas,
dando ao couro cabeludo a aparência “roída por traça”; surgem, às vezes,
manchas mais claras no pescoço; a boca apresenta pontos esbranquiçados e
áreas vermelhas de contornos nítidos; as amídalas ficam vermelhas e
inchadas.
Esses sintomas desaparecem com ou sem tratamento. Decorridos
alguns anos (geralmente mais de cinco), tem início o terceiro estágio, que
perdura pelo resto da vida do paciente. Nessa fase, além de pele, praticamente
todos os órgãos internos podem ser afetados.
Sífilis terciaria: Nessa fase, surgem as chamadas manifestações da
sífilis tardia. As lesões epidérmicas tornam-se duras, profundas e supurativas
(gomas sifilíticas). Adquirem uma coloração marrom ou vermelho-azulada, de
bordos nítidos; as áreas curadas apresentam feias cicatrizes. Formam-se
também inchaços, que, inicialmente, são sólidos, enchendo-se posteriormente
de muco. Com exceção desses inchaços supurativos, os sintomas epidérmicos
do terceiro estágio não são doloridos, e assim, afetam pouca a saúde geral do
indivíduo. Os inchaços, freqüentemente localizados sobre o osso esterno do
peito, ao longo da tíbia, e na base do nariz, podem provocar graves lesões. A
destruição do osso na base do nariz, por exemplo, provoca o característico
“nariz de sela”. A membrana que recobre os ossos (periósteo) pode inflamar-
se, afetando o osso que ela recobre e produzindo osteomielite. As articulações
também são envolvidas, principalmente as do joelho, podendo ocasionar a
destruição da superfície articular. As conseqüências de alterações do coração
e da aorta são muito graves. O fígado, o rim e os testículos são outros órgãos
freqüentemente afetados. Podem surgir anomalias graves nos olhos, ouvido
interno e laringe. As lesões cardiovasculares são talvez, as mais importantes e
provavelmente as responsáveis pela maioria dos óbitos resultantes da
doença, a lesão fundamental é a aortite.
As lesões sifilíticas do sistema nervoso (Neurossífilis) têm a maior
importância. Em primeiro lugar, os nervos podem ser comprometidos pelas
lesões sifilíticas, acabando por perder a capacidade de conduzir impulsos
nervosos, o que resulta em distúrbios de sensibilidade devido à paralisia do
nervo aferente. Mais significativo ainda é o dano causado ao sistema nervoso
central (cérebro, medula espinhal), que quando ocorre, o faz por volta de 10 a
15 anos após a infecção. As lesões do sistema nervoso central, quando são
parenquimatosas, têm tendência degenerativa, as lesões das membranas
(meninges) do cérebro e da medula espinhal são inflamatórias. As lesões
degenerativas das raízes posteriores dos nervos espinhais e da parte posterior
da medula dorsal ocasionam manifestações denominadas de ataxia locomotora
(tabes dorsalis). Os doentes com tabes têm dores fulgurantes nas pernas e
dificuldade em se manterem em pé ou andar. Lesões degenerativas do cérebro
causam “amolecimento cerebral” (demência progressiva, com paralisia geral).
Esta ultima caracteriza-se por afecção mental grave (megalomania). A crença,
ainda difundida, de que a tabes dorsalis seria provocada por atividade sexual
excessiva é apenas um mito.
O tratamento é o exemplo clássico da maior eficácia da profilaxia em
relação à cura, que só pode ocorrer quando efetuada precocemente. Ela

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consiste no emprego de altas doses de penicilina. No estágio primário, e
principalmente no período de três semanas entre o aparecimento do cancro e
da reação sorológica positiva, a cura pode ser completa. Não aparecem sequer
os sintomas do estágio secundário.

Cancro Mole
Denominação popular para a primeira manifestação da sífilis.
Também conhecido como cancro duro, inicia-se como uma pápula (área de
infiltração) de cor vermelho-escura, dura e não dolorosa. O centro dessas
pápula se escarrifica e se transforma em uma pequena ferida. O termo
cancróide é usado para uma moléstia venérea (não sifilíca), conhecida na
denominação popular por cancro mole. É uma úlcera venérea que se
desenvolve sobre uma base fortemente edemaciada, e se inicia com uma
pústula formada a partir da pápula inicial. Os sinônimos da doença são:
Cancróide, cancro venéreo simples. Sua transmissão ocorre por intercurso
sexual e o período de incubação ira ocorrer de 2 a 5 dias. A doença é causada
por uma bactéria e o agente etiológico é o Haemophilus Ducreyi. Geralmente
não tem complicações/conseqüências, ou seja, quando tratado
adequadamente tem cura completa. O diagnóstico ocorre com a pesquisa do
agente em material colhido das lesões e o tratamento geralmente é feito com o
uso de Antibióticos.
A prevenção deve ser com o uso de preservativos e higienização genital
antes e após o relacionamento sexual.

GONORRÉIA (Uretrite Gonocócica)

A gonorréia é uma doença causada por uma bactéria do tipo gonococus


ou gonococo e é chamada Neisseira Gonorreae, é uma doença sexualmente
transmissível, por ser transmitida através da relação sexual (genital, oral ou
anal), sendo excepcional a contaminação acidental. A profilaxia para prevenir a
gonorréia é: fazer sexo seguro (protegido com o uso do preservativo) e fazer
diariamente a higiene com água e sabonete, apenas na parte interna da vulva
(os lábios) ou do pênis. Não se deve fazer ducha vaginal.
Na mulher, um pouco de corrimento (uma secreção clara e
esbranquiçada) pode ser considerado normal, já que mantém a vagina limpa.
Mas essa secreção deve ser discreta e não sujar mais do que uma calcinha por
dia. Quando a quantidade de secreção for maior e o seu aspecto mudar, então
há uma situação anormal. Há vários micróbios que pode causar isso entre eles
o vírus da gonorréia. A gonorréia é uma das DSTs mais comuns e é de fácil
tratamento. Tem como principal manifestação clínica o corrimento uretral
abundante e purulento (existe casos com pouca secreção).
No homem, os sintomas de gonorréia aparecem após um período que
vai de dois a dez dias do contato sexual. Primeiro, nota-se uma secreção
amarela-esverdeada e viscosa, em grande quantidade na uretra (canal do
pênis); depois, a pessoa sente ardência, sensação de formigamentos e dor ao
urinar. Ocorre também a inflamação do prepúcio, edema e hiperemia do meato
uretral. Esse quadro retrata a fase aguda da doença e é nela que o diagnóstico

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é mais fácil. (Não sendo tratada imediatamente, pode levar à infecção na
próstata e nos testículos, epidídimos, articulações, pele e endocárdio). Além
disso, embora seja rara, a gonorréia, ao evoluir pode causar lesões nas
articulações, no fígado e até no cérebro.
Na mulher, o quadro agudo se traduz por corrimento intenso e fétido,
mas na maioria dos casos ocorre à inflamação do colo do útero, sintomas
urinários inespecíficos, inflamações das glândulas para-uretrais (o que é
conhecido como quadro Frustro). Existe também, o risco da deformação das
trompas com risco de infertilidade. Em casos graves pode até ocorrer à
formação de abscessos intra-abdominais. Pode dar inflamações na garganta
ou no ânus se estes foram os locais por onde entrou o micróbio.
É importante procurar seu médico (urologista/ginecologista) ou um posto
de saúde quando houver um dos sintomas, pois uma das maiores dificuldades
para diagnosticar a doença é o tratamento inadequado indicado por vizinhos e,
principalmente, por balconistas de farmácias. Isso mascara os sintomas e os
resultados de laboratório, retardando o diagnóstico e, conseqüentemente, o
tratamento. Através do exame físico e testes de laboratório, o diagnóstico pode
ser feito com segurança e a medicação correta.

Candidiase (Monilíase)
A Candidiase vaginal é uma das causas mais freqüentes de infecção
genital. Caracteriza-se por prurido, ardor, dor na relação sexual, eliminação de
um corrimento vaginal em grumos esbranquiçados semelhante à nata de leite.
Com freqüência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas e
avermelhadas. As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e
virilha. No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e
eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões
puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma
doença de transmissão sexual, muitas vezes esta relacionada com a
diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores
que predispõe ao aparecimento da infecção como ex: diabetes mellitus,
gravidez, uso de anticoncepcionais de uso oral, antibióticos e medicamentos
que diminuem as defesas imunitárias do organismo, obesidade, uso de roupas
justas e quentes, etc.
A doença é conhecida também como Monilíase, Micose por cândida e
sapinho. É causada por um fungo e o agente etiológico causador é: Cândida
Albicans e outros. A transmissão ocorre pelo contato com secreções
provenientes da boca, pele, vagina e objetos de doentes ou portadores. A
transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer
durante o parto. A infecção em geral é primaria na mulher, isto é, desenvolve-
se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência
imunológica. O período de incubação é muito variável e o diagnóstico ocorre
com a pesquisa do agente do material vaginal, o resultado deve ser
correlacionado com a clinica.
A Prevenção deve ter higienização adequada e evitar roupas muito
justas, fazer exames preventivos e tratar a doença predisponente, fazer uso de
preservativos.

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Herpes genital

É uma infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um


grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares agrupadas que em
4 a 5 dias sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido
afetado. As lesões com freqüência são muito dolorosas e precedidas por
eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é em geral, mais intensa e
demorada que as subseqüentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório
(não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da
crise anterior. As coisas podem ser desencadeadas por fatores tais como
stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade, etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo vírus e não apresentar ou nunca
ter apresentado sintomas e mesmo assim transmiti-lo ao parceiro no momento
da relação sexual.
O agente etiológico do Vírus da Herpes Genital é o Herpes Simplex
Virus. É um DNA vírus. Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1
que é responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital
pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em
decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oral-genital.
As complicações/conseqüências são: Aborto espontâneo, natimorto,
parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto, infecções Peri e neonatais,
vulvite, vaginite, cervicite, ulcerações genitais, etc. A transmissão ocorre
freqüentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na
hora do parto.
O período de incubação dura de 1 a 26 dias, também pode ser
indeterminado se levar em conta a existência de portadores em estado de
latência que podem a qualquer momento, manifestar a doença. O diagnostico é
essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são
raramente utilizadas. Ainda não existe tratamento eficaz quanto à cura da
doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou
aumentar o intervalo entre as crises.
A prevenção esta na higienização genital antes e após o relacionamento
sexual e a escolha do parceiro ideal, pois foi comprovado que o uso da
camisinha não diminui a transmissibilidade da doença.

Condiloma Acuminado
Infecção por HPV

É uma infecção causada por um grupo de vírus (HPV – Human


Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as
quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis, com
aspecto de couve-flor (verrugas). Os locais mais comuns do aparecimento
destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva,
o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos pode
ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal.
Com alguma freqüência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista
desarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes a
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infecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestação detectável
pelo(a) paciente. Os sinônimos da doença são: Jacaré, jacaré de crista, crista
de galo, verruga genital e o agente etiológico é o Papilomavirus Humano (HPV)
- DNA vírus.  HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 100 tipos.
As verrugas genitais ou Condiloma acuminados são apenas uma das
manifestações da infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com
os tipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas
mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos têm um potencial oncogênico (que
pode desenvolver câncer) maior do que os outros (HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e
são os que têm maior importância clínica. O espectro das infecções pelos HPV
é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também
infecções subclínicas (diagnosticada por meio de biópsia) e infecções latentes
(só podem ser diagnosticada por meio de testes para detecção do vírus).
As complicações/conseqüências são: Câncer do colo do útero e vulva e,
mais raramente, câncer do pênis e também do ânus e sua transmissão ocorre
com o contato sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra
penetração vaginal ou anal o vírus pode ser transmitido, também o recém-
nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto. Pode ocorrer
também, embora mais raramente, contaminação por outras vias (fômites) que
não a sexual: em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de
roupas íntimas, toalhas etc.
O Período de Incubação pode durar semanas a anos. (Como não é
conhecido o tempo que o vírus pode permanecer no estado latente e quais os
fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, pois não é possível
estabelecer o intervalo mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das
lesões, que pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico).
Eventualmente recorre-se a uma biópsia da lesão suspeita.
O tratamento visa à remoção das lesões (verrugas, condilomas e lesões
do colo uterino). Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos,
quimioterápicos, cauterizações etc). As recidivas (retorno da doença) podem
ocorrer e são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente,
as lesões desaparecem espontaneamente, ainda não existe um medicamento
que erradique o vírus, mas a cura da infecção pode ocorrer por ação dos
mecanismos de defesa do organismo, atualmente existem vacinas para
proteção contra alguns tipos específicos do HPV, estando às mesmas
indicadas para pessoas não contaminadas.
A prevenção ocorre com o uso camisinha usada adequadamente, do
início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção, ter parceiro fixo
ou reduzir número de parceiros, exame ginecológico anual para rastreio de
doenças pré-invasivas do colo do útero, avaliação do(a) parceiro(a),
abstinência sexual durante o tratamento.
Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida para meninas e
mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere
proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos
casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas
(condilomas) genitais (tipos 6 e 11).

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Linfogranuloma Venéreo

O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma


lesão genital (lesão primaria) que tem curta duração e que se apresenta como
uma ulceração (ferida) ou como uma papula (elevação da pele). Esta lesão é
passageira, dura de 3 a 5 dias e freqüentemente não é identificada pelos
pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a cura desta lesão primária,
em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma
inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um
lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o
rompimento espontâneo e formam fístulas que drenam secreção purulenta.
Os sinônimos da doença mais conhecidas são: Doença de Nicolas- Favre,
Linfogranuloma inguinal, mula, bubão. É uma doença causada por pela
bactéria Chlamydia Trachomatis.
As complicações/conseqüências da doença são: Elefantíase do pênis,
escroto, vulva; Proctite (inflamação do reto) crônica; Estreitamento do reto.
O modo de transmissão mais freqüente ocorre pelo intercurso sexual. O
reto de pessoas cronicamente infectadas é reservatório de infecção.
O diagnóstico em geral é feito com base nas manifestações clinicas
(íngua, elefantíase genital, estenose uretal) sendo ocasional a necessidade de
comprovação laboratorial (teste de fixação de complemento, cultura, biópsia).
O tratamento é sistêmico, ou seja, é através de antibióticos; Aspiração do
bubão inguinal e tratamento das fistulas e a prevenção ocorre com o uso do
preservativo e a higienização após o coito.

Granuloma Inguinal (Donovanose)


Doença bacteriana de evolução crônica que se caracteriza pelo
aparecimento de lesões granulomatosas (grânulos, caroços), ulceradas
(feridas), indolores e auto-inoculáveis. Tais lesões localizam-se na região
genital, perianal e inguinal, podendo, eventualmente, ocorrer em outras regiões
do organismo, inclusive órgãos internos. É uma DST pouco freqüente, mas é
encontrada em países de clima tropical e subtropical, como o Brasil.
Os sinônimos da doença são: Danovanose, Granuloma Venéreo,
Granuloma Tropical, Granuloma Contagioso, Úlcera Venérea Crônica, etc.
O agente que causa o Granuloma é a Donovania granulomatis
(Calymmatobacterium granulomatis).
As complicações/Conseqüências são as deformidades genitais,
elefantíase, tumores. A transmissão ocorre usualmente pela relação sexual
O período de Incubação é variável, pois vai de 3 dias a 6 meses. O diagnóstico
é clínico com confirmação por exame histopatológico (biópsia), é o tratamento
é Sistêmico, ou seja, através de antibióticos, tratamento local, eventualmente
cirúrgico.
A prevenção ocorre com o uso da camisinha, higienização após o coito e
evitar relação sexual durante o tratamento da patologia.

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Pediculose

É uma infestação da região pubiana causadas por um inseto do grupo


dos piolhos e cuja única manifestação é o intenso prurido que causa. Por
contigüidade pode acometer também os pelos da região do baixo abdome,
ânus e coxas. Eventualmente acometem as sobrancelhas e cílios (por auto-
inoculação). O prurido determinado pela parasitose é causado pela saliva do
inseto, liberada ao sugar o sangue do hospedeiro.
Os sinônimos da doença são Ftiríase e chato, e o agente etiológico é o
Fhtirus Pubis.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato sexual com uma
pessoa infestada, podendo ocorrer também através do uso comum de
vestimentas, toalhas, vasos sanitários etc.
O diagnostico é essencialmente clínico, com o auxilio de uma lupa pode-
se confirmar a presença dos ácaros ou de seus ovos. O tratamento é local,
com bons resultados e o melhor método de se prevenir é escolhendo o parceiro
com cautela e fazer higiene corporal adequadamente.

Infecção por Clamídia (Uretrites não-gonocócicas)

É uma doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais masculinos ou


femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção
(corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral
ou vaginal pode ser a única manifestação. Raramente a secreção pode ser
purulenta e abundante. Se não tratada, pode permanecer durante anos
contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a
pessoa assintomática (portadora da doença, mas sem sintomas) pode
transmiti-la. Os sinônimos da doença são: Uretrite ou cervicite inespecífica,
Uretrite ou cervicite não específica, Uretrite não gonocócica (UNG).
O mais comum desses agentes que causa a doença é a bactéria
Chlamydia Trachomatis.
O tratamento é feito com uso de antibiótico oral e local (na mulher) e
para se prevenir deve ser feito o uso do preservativo e ter uma higiene pós-
coito.

Infecção por Tricomoníase


É uma doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem
e da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral
discretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelado ou
amarelo esverdeado), podendo, eventualmente ser ausentes em alguns e
muito intensas em outros. É uma das principais causas de vaginite,
vulvovaginite e cervicite (infecção do colo do útero) da mulher adulta podendo
porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Quando presente
manifesta-se na mulher como um corrimento vaginal amarelo esverdeado ou
acinzentado, espumoso e com forte odor característico. Não é incomum
15
também ocorrer irritação na região genital bem como sintomas miccionais que
podem simular uma cistite (dor ao urinar e micções freqüentes).
Os sinônimos da doença são: Uretrite ou vaginite por Trichomonas,
Tricomoníase vaginal ou uretral, Uretrite não gonocócica (UNG). O agente
causador é o Trichomonas Vaginalis (protozoário).
As complicações/Conseqüências da doença são: Prematuridade, baixo peso ao
nascer, ruptura prematura de bolsa etc. A transmissão ocorre na relação sexual
(principalmente). A mulher pode ser infectada tanto por parceiros do sexo
masculino quanto do sexo feminino (por contato genital). O homem por
parceiras do sexo feminino. É importante considerar aqui que mesmo a pessoa
portadora da doença, mas sem sintomas, pode transmitir a infecção.
O Período de Incubação vai de 10 a 30 dias, em média é o diagnostico
ocorre com a pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal, já o
tratamento ocorre com Quimioterápicos, podendo ser oral e local (na mulher).
Para a prevenção deve se fazer uso da camisinha e tratamento
simultâneo do(a) parceiro(a).

Infecção por Ureaplasma

É uma doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais e urinários


masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de
secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um
ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Quando não tratada,
pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É
importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença,
mas sem sintomas) pode transmiti-la. Os sinônimos são: Uretrite inespecífica,
Uretrite não gonocócica (UNG), Vaginite inespecífica, Vaginite não gonocócica.
O agente causador desta doença é o
Ureaplasma Urealyticum.
As complicações/Conseqüências são: Corioamnioite, baixo peso ao
nascer é sua transmissão ocorre no intercurso sexual, podendo eventualmente
ocorrer através de fômites.
O período de incubação é de 10 a 60 dias, para o diagnóstico é feito
pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal. O tratamento e realizado
com uso de antibiótico oral. A melhor prevenção para que não se contraía a
doença e fazendo uso da camisinha e tratamento simultâneo do(a) parceiro(a).

Infecção por Gardnerella

A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal


normal de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um
desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria, assim temos
um quadro que se convencionou chamar de vaginose bacteriana. Usa-se esse
termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção
dos tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não
existem ou são muito discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do
equilíbrio microbiano vaginal normal.
A vaginose por Gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas
(sinais ou sintomas). Quando ocorrem estas manifestações, caracterizam-se
16
por um corrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, com bolhas
esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. O prurido
(coceira) vaginal é citado por algumas pacientes, mas não é comum. Após uma
relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente
vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre.
Foi detectada uma maior incidência da vaginose bacteriana em mulheres que
tem múltiplos parceiros sexuais.
No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de
balanopostite (inflamação do prepúcio e glande). A uretrite é geralmente
assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando presentes os
sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardor (queimação)
miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem
contaminado é que podemos falar efetivamente que se trata de uma DST.
FLORA MICROBIANA NORMAL: Nosso organismo, a partir do
nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, vírus, fungos etc.) os
quais vão se localizando na pele e cavidades (boca, vagina, uretra, intestinos
etc.) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal, normal
porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso
organismo.
Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer e determinar
o predomínio de um ou mais de seus germes componentes, causando então o
aparecimento de uma infecção (outras infecções, uso de antibióticos, 'stress',
depressão, gravidez, uso de DIU, uso de duchas vaginais sem recomendação
médica ). Os sinônimos encontrados são: Vaginite inespecífica. Vaginose
bacteriana é causada pelo agente etiológico Gardnerella vaginalis.
As complicações/conseqüências existem que são: Infertilidade,
salpingite, endometrite, ruptura prematura de membranas, aborto, aumento do
risco de infecção pelo HIV se houver contato com o vírus, há aumento também
do risco de se contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase, etc.
Durante a gestação pode ser causa de prematuridade ou corre o risco de baixo
peso. A transmissão é geralmente primária na mulher é sexual no homem,
pode ocorrer também transmissão pelo contato genital entre parceiras sexuais
femininas.
O período de Incubação é de 2 a 21 dias é o diagnostico é realizado
com pesquisa do agente em material vaginal e/ou uretral. A interpretação do
resultado deve ser associada à clínica.
O tratamento e com uso de medicamentos (Metronidazol, Clindamicina),
mas pode haver cura espontânea da doença. Para se prevenir deve se fazer
uso de preservativo, evitar duchas vaginais( exceto sob recomendação
médica), limitar número de parceiros sexuais e ter controle ginecológicos
periódicos.

Molusco Contagioso

Doença da pele que se caracteriza pela produção de pápulas (elevações


da pele) umbilicadas (com uma depressão central), de cor que varia do branco
peroláceo (translúcido) ao rosa, em geral com 2 a 6 milímetros de diâmetro e
com base (local de implantação) levemente hiperemiada (avermelhada). São
comumente múltiplas principalmente por serem auto-inoculáveis. As lesões são
levemente pruriginosas (produzem coceira) e localizam-se em qualquer região

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da pele (face, tronco e áreas expostas das  extremidades) e, mais raramente,
nas mucosas. Podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em
crianças de 0 a 12 anos. O sinônimo para sua identificação é
Molusco, e o agente etiológico é o  Poxvírus.
Não existe complicações/conseqüências, pois a doença possui evolução
benigna. Em geral há cura sem seqüelas. A sua transmissão ocorre com
contato direto com pessoas infectadas. Também através de toalhas,
vestimentas, piscinas etc. Em adolescentes e adultos a localização das lesões
na região ano-genital sugere transmissão sexual. O Período de Incubação é de
2 semanas a 3 meses após a contaminação.
O diagnóstico é Clínico, raramente por meio de biópsia, o seu
tratamento é de escolha é a remoção das lesões por curetagem (realizada por
médico). Também ocorre involução espontânea das lesões, sem deixar
seqüelas, após 6 meses a 2 anos do seu início. 
A prevenção mais eficaz é evitar contato físico com pessoas infectadas.

Hepatite B
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Vírus) que se
exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente
e subclínicas até a rapidamente progressiva e fatal. Os sintomas, quando
presentes, são: falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia,
dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais
comuns. O sinônimo é Hepatite sérica.
O agente é o HBV (Hepatitis B Vírus), que é um vírus DNA
(hepadnavirus), e as complicações/conseqüências são: Hepatite crônica,
Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas
severas com coma hepático e óbito.
A transmissão ocorre através da solução de continuidade da pele e
mucosas, relações sexuais, materiais ou instrumentos contaminados (Seringas,
agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou
cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure, etc.), transfusão de sangue
e derivados, transmissão vertical (da mãe portadora para o recém-nascido,
durante o parto, sendo parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser
infectante pelo resto da vida. O período de Incubação é de
30 a 180 dias (em média 75 dias).
O diagnóstico é feito através de exames realizados pela coleta de
sangue do paciente e para o tratamento não há medicamento para combater
diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as
complicações.
A prevenção é feita com vacina, obtida por engenharia genética, com
grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3
doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS,
ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.

Giardíase e Amebíase
A giárdia e a ameba são protozoários freqüentemente presentes no trato
intestinal, onde tanto podem passar sem causar qualquer sintoma, como pode

18
levar à ocorrência de distúrbios diarréicos severos e importantes, sendo mais
freqüentes em mulheres.
Se após a evacuação, a mulher portadora desses microrganismos
realizar uma higiene incorreta, trará restos de fezes para a mucosa genital,
transportando os parasitas. A presença destes ocasionara infecção vaginal ou
uretal, que pode ser transmitida através das relações sexuais. Sua transmissão
também pode ser facilitada pela realização de sexo anal, seguido de sexo
vaginal, sem utilização ou troca de preservativos. A pratica de sexo anal
seguida de sexo oral favorece o processo de transmissão da Giardíase e
Amebíase.
O diagnostico é feito com base nos sintomas apresentados ou mesmo
pela detecção dos parasitas após a realização de exame preventivo
ginecológico. A presença dos parasitas nas fezes é essencial para determinar a
escolha correta do tratamento, que é feito utilizando-se antibióticos bastante
potentes, disponíveis nas UBS.

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Conclusão

Podemos concluir que quando demos inicio este trabalho não


imaginávamos que as DSTs eram tão diferentes, e que cada uma pode ser
transmitida de vários modos e não apenas só por intercurso sexual, sendo que
suas transmissões podem ser por instrumentos perfuro-cortantes que esteja
contaminado com secreções como sangue, transmissão congênita ou vertical,
fomites, etc. As DSTs podem ter como agentes patogênicos os fungos, vírus e
bactérias e suas causas podem ser diferenciada por suas características. A
AIDS e uma doença causada pelo HIV (vírus) que infelizmente ainda não existe
cura, mas existe medicação que pode prolongar um pouco mais a vida,
diferente das DSTs que quando diagnosticada no inicio e quando se busca por
tratamento encontra-se cura.
Nas UBS ou Postos de Saúde, pode ser encontrado todos esses
tratamentos, onde estes profissionais se preocupam, pois sabem o risco de
uma DST para um feto. Essas patologias para um feto pode trazer-lhe a óbito,
cegueira ou qualquer outra anomalia genética.
Existe uma grande preocupação com o câncer do colo do útero que é
decorrente de uma DST, ou seja, para mulheres existe o exame ginecológico
ou Papanicolau que é um exame mais eficaz na descoberta dessas patologias.
Quando o diagnostico é positivo, o tratamento é medicamentoso, pois quando
não se trata adequadamente a patologia pode passar a ser uma doença
crônica. Infelizmente mulheres e homens por medo ou ate mesmo vergonha
não buscam nenhum tipo de tratamento, esses geralmente se alto medicam
deixando que a doença entre em um estado crítico, assim prejudicando todo o
seu organismo.
O curioso de tudo é que existem doenças que podem aparecer por uso
de medicamentos que abaixam a imunidade, deixando assim o organismo
susceptível a qualquer doença, onde sem tratamento por conseqüência pode
causar a Inflamação Pélvica.
Ao finalizar este trabalho gostaríamos lembrar que quando ligamos a
nossa TV deparamos com propagandas e o incentivo para o uso de
preservativo, porque é considerado o método mais eficaz pra se prevenir de
uma gravidez indesejável, AIDS e DSTs, mas infelizmente existem muitas
pessoas desinformadas e que deixam a patologia prejudicar mais o seu estado
de saúde sem procurar um tratamento adequado. Nós como futuros
profissionais temos a obrigação de informar esta população leiga que necessita
tanto de informação e assim ajudar a melhorar a saúde pública com
informações.

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Bibliografia

 Gonorréia: Grande Enciclopédia Médica - Editora Abril Cultural Volume 1 –


Página 137, 138 e 139.
 Cancro: Grande Enciclopédia Médica - Editora Abril Cultural Volume 1 -
Página 167
 Sífilis: Grande Enciclopédia Médica - Editora Abril Cultural Volume 6 –
Página 1309, 1310, 1311
 Uretrite: Grande Enciclopédia Médica - Editora Abril Cultural Volume 6 -
Página 1416, 1417
 AIDS: Adaptação do livro: AIDS e infecção pelo HIV - SESC (Serviço
Nacional do Comércio). Páginas 3, 4

 http://www.DST.br.htm

 Biblioteca Virtual. http:/WWW.bibliotecavirtual.com.br

 Livro: Clinica Médica, ginecologia, Obstetrícia e instrumentação cirúrgica,


vol. 04, RESGTE SAÚDE.

 Apostila: Profae (saúde pública), 1° modulo, página 90 a 101.

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