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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR/PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO

ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN, DO ESTADO DE ALAGOAS.

Processo nº 05101.00007106/2019

CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES TOP AUTOESCOLA, pessoa


jurídica direito privado, inscrita no CNPJ nº 21.090.122/0001-96, com sede na
Avenida Vieira de Brito nº 1.358, Vila Maria, Palmeira dos Índios/AL, CEP:
57601-100, neste ato representada por seu Diretor Geral, JOSÉ GUSTAVO DE
ARAÚJO JUNIOR, brasileiro, casado, empresário, inscrito no RG n°
04374009890 – DNT/AL, inscrito no CPF n° 070328444-48, residente e
domiciliado na Chácara Lima Araújo, s/nº, KM 143 da BR 316, Zona Rural,
Estrela de Alagoas/AL, CEP: 57625-000, Cel. (82) 99633-6966, conforme
grafado na notificação inclusa, vem, respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS DE DEFESA nos autos deste
Processo Administrativo, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

I – DOS FATOS

A o presente processo teve origem no Laudo de Fiscalização,


Documento do SEI 3434807, datado de 23 de abril de 2019, às 12:41, no qual
consta os seguintes dizeres do respeitável fiscal:

“Havia uma aula aberta no veículo de placa ORF – 4387


para o candidato Josenildo Leonildes de Brito, CPF: 032.996.234-
51, com instrutor Fernando Pereira da Silva, porém o instrutor
alega que houve um equivoco no cadastro da placa e ministrou
aula no veículo de placa OHE – 6003.
Veículos categoria “A” sem a identificação do CFC e
sem a placa “moto escola”, prazo para regularizar até 26/04/2019.
Diretores não estavam presentes no CFC.
O servidor Ubirajara Pereira Santos avistou o aluno e
instrutor chegando com o outro veículo de placa OHE – 6003.”
(grifo nosso)

Assinam o Laudo de Fiscalização os servidores Kleithon José


Constante da Silva, matrícula 103-0 e Ubirajara Pereira Santos, matrícula 538-
0.
Com a lavratura do referido laudo, sucedeu a abertura do
Processo administrativo de n° 05101.00007106/2019.

O CFC já apresentou suas alegações iniciais. O processo tramitou


e nessa etapa a auto escola foi notificada a apresenta alegações finais.

Ante o acima exposto, vem a CFC apresentar suas alegações


finais, pelos fundamentos jurídicos abaixo delineados.

II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

II.1 – DA REALIDADE FÁTICA E DAS SUPOSTAS IRREGULARIDADES

II.1.1 DA SUPOSTA IRREGULARIDADE DA AULA ABERTA E DO VEÍCULO

Segundo a fiscalização, ao adentrar no CFC, havia uma aula


aberta às 10:49h, com o veículo de placa ORF – 4387, sendo que o referido
veículo estava parado no pátio. Entretanto, o próprio fiscal registrou que o
instrutor chegou com o aluno no veículo de placa OHE – 6003.

Por conseguinte, a requerente juntou em sua defesa o vídeo, o


qual pode ser visualizado que o instrutor e o aluno saem do CFC, às 11:01, no
veículo de placa OHE – 6003. Portanto, não se trata de aula aberta sem a
presença do aluno ou a chamada “aula criada” e, sim, de um equivoco de
digitação, conforme explicado no ato da fiscalização. Frise-se que o fiscal
Ubirajara confirmou a chegada do instrutor e do aluno no Auto de Fiscalização.

Registre-se que o CFC cancelou a aula para não gerar qualquer


conflito ou prejuízo ao aluno, conforme documento do SEI 3434839.

Sendo assim, por bom senso, a requerente não cometeu


nenhuma infração, já que à aula em questão estava sendo feita normalmente
em outro veículo, repise-se por engano.

II.2.2 DA SUPOSTA IRREGULARIDADE POR FALTA DOS DIRETORES

Ficou registrado no Laudo de Fiscalização de documento do SEI


3434807, que os fiscais chegaram ao CFC requerente às 12:41h e constataram
que os Diretores não estavam presentes.

Ocorre que, como é cediço, o horário do meio-dia, em nossa


região, é reconhecidamente horário de almoço. Sendo assim, os Diretores do
CFC Recorrente tinham saído para almoçar. Na mesma esteira, o Município de
Palmeira dos Índios, no qual está a sede do CFC Recorrente é de porte médio
a pequeno, onde tudo é perto e se houvesse uma necessidade no CFC,
facilmente os Diretores estariam presentes.

Portanto, mais uma vez, por bom senso, a fiscalização deveria ter
apenas reconhecido esses fatos e apenas ter advertido verbalmente a direção
do CFC Recorrente. O qual, frise-se, não cometeu tal irregularidade, pois se
trata de um horário para almoço, como já explanado.

Sendo assim, a CFC requerente requer a absolvição sumária do


Processo, assim como o arquivamento do presente feito.

III – DO PEDIDO ALTERNATIVO EM CASO DE CONDENAÇÃO

A CFC reconhece que o presente feito deve ser arquivado sem


condenação, por não estarem presentes os pressupostos legais para uma
condenação.

Entretanto, se esse não for o entendimento da Douta CPCFC, que


seja aplicada a pena mínima, por ser a CFC requerente réu primário em
processos administrativos.

Passamos a analisar o disposto no artigo 36 da Resolução Nº


358/2010, do COTRAN:

Art. 36. As instituições e entidades e os profissionais credenciados


que agirem em desacordo com os preceitos desta Resolução estarão
sujeitos às seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração:
I - advertência por escrito;
II - suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias;
III - suspensão das atividades por até 60 (sessenta) dias;
IV - cassação do credenciamento.
§ 1º A penalidade de advertência por escrito será aplicada no
primeiro cometimento das infrações referidas nos incisos I e II
do art. 31, incisos I e II do art. 32 e incisos I, II, III e IV do art. 34.
§ 2º A penalidade de suspensão por até 30 (dias) será aplicada na
reincidência da prática de qualquer das infrações previstas nos
incisos I e II do art. 31, incisos I e II do art. 32 e incisos I, II, III e IV do
art. 34 ou quando do primeiro cometimento da infração tipificada no
inciso III do art. 31. (grifo nosso)

Como se percebe, o 1º do Art. 36 da Resolução nº 358/2010, do


COTRAN exige que a aplicação da penalidade de advertência.

A Administração Pública deve pautar-se pelo princípio da estrita


legalidade. O mero inconformismo do agente público, por mais que se
presumam os seus atos serem revestidos de veracidade, no caso em tela
desmonta-se frágil pelos incontroversos fatos acima alegados.
É crível que o requerente e o Poder Público, exijam que o agente
de trânsito, responsável pela aplicação de penalidades, faça-o
com legalidade e moralidade, preceitos que precipuamente devem pautar
toda a conduta da administração pública.

Sendo assim, caso a CFC requerente seja condenada no


presente processo, que seja aplicada a penalidade de advertência por escrito,
por este CFC réu primário.

III – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, REQUER a Douta CPCFC:

a) A absolvição sumária do presente Processo, assim como o arquivamento do


presente feito, conforme argumentação delineada acima, por não ter sido
cometida nenhuma infração;

b) Caso esse não seja o entendimento da Douta CPCFC, o que o faz apenas
por hipótese, REQUER a aplicação da penalidade de advertência, já que esta
não incidiu em reincidência específica, conforme §2º do Art. 36 da Resolução
n° 358/2010, do COTRAN.

Por fim, pugna-se que todos os argumentos sejam motivadamente


cotejados, sob pena de serem reivindicados na Seara Jurídica, por ser medida
da mais LÍDIMA JUSTIÇA!

Termos em que pede deferimento.

Palmeira dos Índios/AL, 22 de abril de 2021.

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José Gustavo de Araújo Junior
CFC Top LTDA - CNPJ nº 21.090.122/0001-96

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