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I. Introdução
Essa mudança da concepção do tempo vai trazer em seu bojo uma nova
concepção da História e da Política e estabelecer uma questão: Em quais termos se
reconhece o sujeito? Essa pergunta será respondida prontamente como sujeito
cognoscente. O homem moderno coloca desse modo a si próprio no centro dos
interesses e decisões e descobre assim, sua subjetividade. O problema central é o
problema do sujeito que conhece. O conhecimento partirá da própria realidade
observada e submetido a experimentações devendo, este saber, retornar ao mundo para
transformá-lo. Alia-se a ciência a técnica.
II. Esclarecimento
Segundo Kant, por não ter a capacidade imediata de realizar tal projeto de
emancipação independente da sociedade e da cultura o ser humano é o único entre todos
os seres que necessita da educação, entendida por ele como o cuidado que uma geração
exerce sobre a outra como meio e precaução para que não venha a fazer uso nocivo de
suas forças visando, desta maneira, à sua própria conservação. O entendimento é
alcançado através da participação, é o esclarecimento para a vida comum (Aufklärung
füns Gemeine Lehen).
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O filósofo conclui assim, que não se pode dizer que haveria no homem uma
vontade, enquanto razão praticamente legisladora, que desejasse o mal. De acordo com
Kant “Tornar-se melhor, educar-se e, se se é mau, produzir em si a moralidade: eis o
dever do homem”.
propósitos do uso de todas as suas forças, muito além do instinto natural, e que não
conhece nenhum limite para os seus projetos. Kant utiliza a razão de modo não
dogmático. Para ele, a razão é puramente regulativa sendo a antípoda do instinto natural.
III. Bibliografia
HÖFFE, Otfried. “Immanuel Kant”; tradução: Christian Viktor Hamm, Valério Rohden
– São Paulo: Martins Fontes, 2005. ISBN: 85-336-2148-5.
ROUANET, Sergio Paulo. “As razões do Iluminismo”. São Paulo: Companhia das
Letras, 1987, p. 27, 209, 239. ISBN: 85-85 095-14-8.