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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologias

Curso: Engenharia Informática

Cadeira: Redes Sem Fio

Projecto Final de Redes sem fio

Tema: Redes Ad Hoc – Veiculares

Discentes:

Altino Sérgio Pente

Eugénio António Uaceda

Docente: MSc. Eng⁰ . Félix Macueia


Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
Resumo ........................................................................................................................................... 4
Objectivos Gerais e Específicos...................................................................................................... 5
Gerais .......................................................................................................................................... 5
Específicos .................................................................................................................................. 5
Redes Ad Hoc – Veiculares ............................................................................................................ 6
Tipos de comunicacao em redes vieuclares: ............................................................................... 6
História ........................................................................................................................................ 6
Caracteristicas ............................................................................................................................. 7
Aplicações ................................................................................................................................... 8
Protocolos .................................................................................................................................... 9
Segurança .................................................................................................................................. 13
Conclusão...................................................................................................................................... 15
Bibliografia ................................................................................................................................... 16
Introdução
Uma rede ad hoc é uma rede composta por dispositivos individuais que se comunicam
directamente. O termo implica construção espontânea ou improvisada, porque essas redes
geralmente ignoram o hardware de gatekeeper ou o ponto de acesso central, como um roteador.
Muitas redes ad hoc são redes locais em que computadores ou outros dispositivos estão
habilitados para enviar dados directamente um para o outro, em vez de passar por um ponto de
acesso centralizado.
Resumo
O presente trabalho versa sobre Redes Ad Hoc - Veiculares. Nesta pesquisa, pretende-se discutir
a criação de redes sem fio para um local ou cidade história, aplicações, características, vantagens,
desafios, protocolos, arquitectura, segurança, dificuldades e principais protocolos. Esta
investigação constitui do trabalho da disciplina de Redes Sem Fio e diante da sobrecarga de
conteúdos existentes e descritos em diferentes padrões, foi observada a necessidade de organizar
e descrever. Foram analisados artigos científicos e sites disponíveis pela internet que
possibilitaram o crescimento do conhecimento da turma sobre este tema. Para pequenas redes de
área local, as redes ad hoc podem ser mais baratas de serem construídas porque não exigem tanto
hardware. No entanto, pode ser difícil gerenciar um grande número de dispositivos sem uma
infra-estrutura maior e mais concreta.
Objectivos Gerais e Específicos
Gerais
 Criação de redes sem fio para um local ou cidade

Específicos
 Criação de redes ad hoc - veiculares
Redes Ad Hoc – Veiculares

As redes ad-hoc veiculares (VANETs) são criadas aplicando os princípios das redes ad-hoc
móveis (MANETs) - a criação espontânea de uma rede sem fio para troca de dados de veículo-
para-veículo (V2V) - para o domínio de veículos. VANETs foram mencionadas e introduzidas
pela primeira vez em 2001 em aplicações "comunicação e rede ad-hoc móveis carro-para-carro",
onde as redes podem ser formadas e as informações podem ser transmitidas entre os carros. Foi
demonstrado que as arquiteturas de comunicações veículo-para-veículo e veículo-para-estrada
irão coexistir nas VANETs para fornecer segurança viária, navegação e outros serviços na
estrada. As VANETs são uma parte fundamental do sistema de transporte inteligente (ITS). Às
vezes, as VANETs são chamadas de redes inteligentes de transporte.

Tipos de comunicacao em redes vieuclares:

Tipos de comunicação nas redes veiculares. Em amarelo estão as comunicações entre veículos e
a infra-estrutura (V2I); em vermelho as comunicações entre veículos (V2V); um veículo que faz
uso da comunicação híbrida está em vermelho e amarelo. Infra-estruturas podem conectar as
redes veiculares à outras redes, como a Internet. Veremos mais ao longo do trabalho…

História

Em 1970 temos o desenvolvimento da primeira tecnologia que posteriormente viria a se


caracterizar como uma rede Ad Hoc, sendo financiada pela Defense Advanced Research Projects
Agency (DARPA). A Packet Radio Network (PRNET), como era chamada, foi desenvolvida
usando radiocomunicação comutada por pacotes para prover uma rede móvel no campo de
batalha sem infraestrutura e em ambiente hostil (aviões, soldados e tanques). Posteriormente nos
anos 80 o projeto expandiu para Survivable Adaptive Radio Network (SURAN). mantendo o
mesmo propósito. O começo dos anos 90 marcam uma nova fase do desenvolvimento de redes
Ad Hoc, com a popularização de Notebooks, o uso de softwares open-source e equipamentos de
comunicação baseado em radiofrequência e infravermelho. Nessa época o termo Redes Ad Hoc é
adotado pelo IEEE 802.11, além do expansão do uso dessa tecnologia para fins não militares.

Caracteristicas

As redes veiculares, ou simplesmente VANET’s (Vehicular Ad hoc NETworks), são uma


subcategoria das redes móveis ad hoc (MANET’s – Mobile Ad hoc NETworks). Portanto,
consistem de uma rede auto configurável e distribuída, sendo composta por nós móveis, ou seja,
veículos em movimento. Esse tipo de rede costuma não necessitar de uma infra-estrutura fixa
para comunicação ou disseminação de informação, entretanto há três tipos de comunicação que
podem ser utilizadas: ad hoc puro (V2V – Vehicle-to-Vehicle), infraestruturada (V2I – Vehicle-
to-Infrastructure) e a forma híbrida.

Na comunicação V2V, apenas veículos fazem parte da comunicação, actuando como


roteadores e transmitindo as mensagens do remetente ao destinatário através de múltiplos saltos.
Assim, não há necessidade de um elemento centralizador ou gastos com infra-estruturas, porém a
conectividade da rede é dependente da densidade da rede e da mobilidade dos nós, podendo
interferir no alcance de propagação das mensagens. Além disso, é necessário que os algoritmos
de roteamento sejam capazes de lidar com particionamento da rede e enlaces perdidos, pois a
topologia da rede é altamente dinâmica e os nós se movem em velocidades altas. Diferentemente,
a comunicação V2I exige a construção de infra-estrutura para suportar as redes veiculares, pois
nesse tipo de comunicação, veículos só trocam informações com as infra-estruturas às margens
das vias. Essa técnica envolve custos extremamente altos, porém aumenta a cobertura da
comunicação e possibilita a integração com outras redes, como a Internet, por exemplo. Por
último, a comunicação híbrida busca unir os dois tipos de comunicação já descritos, de forma
que um veículo possa trocar informações com outro veículo ou com a infra-estrutura. Nesse caso,
há ainda a necessidade de pontos fixos de interconexão, porém em quantidades bem menores, o
que reduz o custo da rede, aumenta a conectividade, possibilita o fornecimento de serviços de
outras redes e mantém as comunicações V2V e V2I.

Apesar de, à primeira vista, as redes MANET’s parecerem ser a solução perfeita para as redes
veiculares, há algumas características únicas que as diferenciam e revelam que algumas
adaptações devem ser feitas para que possam suportar as VANET’s, as quais incluem:
 Topologia altamente dinâmica: Veículos se movem em altas velocidade e podem
provocar mudanças constantes na topologia da rede devido a enlaces de curta duração.
 Rede frequentemente desconectada: Há a probabilidade da rede perder a conectividade,
provocando várias componentes conexas, principalmente em áreas de baixa densidade de
nós.
 Energia e capacidade de processamento suficientes: Com nós sendo veículos, não há
limitação de energia ou armazenamento de dados e estes podem ser capacitados com alto
poder de processamento.
 Tipo de comunicação: As VANET’s se caracterizam pelo grande tráfego broadcast,
sendo contrário à maioria das redes Ad Hoc.
 Mobilidade previsível: Ao contrário de MANET’s, onde os nós possuem uma
mobilidade aleatória, os nós em VANET’s são limitados a se moverem respeitando as
vias de transporte. Portanto, é possível prever a localização do nó com base em sua
velocidade e no mapa da via.
 Vários ambientes de comunicação: Há diferenças significativas entre os cenários nos
quais se dão as comunicações, sendo influenciadas pela existência de obstáculos, pelos
sentidos das estradas ou pela densidade dos nós. Consistem basicamente de ambientes
urbanos, rurais e rodovias.
 Limites de latência reduzidos: Por lidarem com a vida humana e aos enlaces de curta
duração, as trocas de mensagens, principalmente aquelas relacionadas à segurança,
devem ocorrer num intervalo de tempo extremamente curto, ou seja, essa tecnologia
exige uma latência bem reduzida.
 Interação com sensores on-board: Os nós costumam possuir grande quantidade de
sensores, os quais podem ser usados para dar suporte às decisões das aplicações.

Aplicações

Diferentemente das redes de celulares já existentes, as redes veiculares permitem o envio de


informações com latência mínima, garantindo rápido conhecimento de perigos e do trânsito, por
exemplo, pelos motoristas. As VANETs podem ser consideradas uma aplicação das MANETs,
com diferenças na arquitetura, aplicações e desafios. A aplicabilidade das redes veiculares se
baseia na coleta, no processamento e na disseminação das informações, que por serem
diversificadas levam à categorização das aplicações.

Há mais de uma forma de categorizar as aplicações das redes veiculares. Uma delas as divide
em aplicações não voltadas para a segurança (destinadas ao conforto e entretenimento) e
aplicações voltadas para a segurança. Os principais exemplos de cada uma são citados abaixo.

 Não voltadas para a segurança: alerta de pedágios, identificação de pontos de interesse


e acesso à internet (os passageiros podem jogar online e receber mensagens instantâneas
enquanto conectados à rede).
 Voltadas para a segurança: alertas de velocidade, sensor de colisão iminente, alerta de
sinais da via e alerta de mudança de faixa.

A eficiência é um benefício importante dos alertas. Caso haja a detecção de trânsito à frente, o
motorista pode utilizar uma rota alternativa, como mostrado na (Figura 2).

É possível agrupar os exemplos das aplicações destinadas à segurança em quatro categorias. Vale
ressaltar que alguns necessitam de uma arquitetura infraestruturada (alerta de violação do limite
de velocidade, por exemplo), enquanto que outras requerem a comunicação V2V (alerta de
colisão iminente, por exemplo).
 Prevenção de colisão em cruzamentos: alerta de violação de sinais de trânsito, alerta de
violação de parada obrigatória e alerta de confluência mal sinalizada.
 Segurança pública: alerta de aproximação de veículo de emergência (Figura 3) e alerta
de serviços de SOS.
 Diagnósticos do veículo: alerta de recalls e de manutenções preventivas.
 Informações de outros veículos: alerta cooperativo de colisão, alerta de mudança de
faixa e alerta sobre condições da via.

Para que o envio de informações aconteça da melhor forma, ele deve ser organizado. Conforme
Chen e Cai (2005), os veículos devem ser agrupados, de modo que a área e a direção das
mensagens sejam controladas (ver Figura 4).

Protocolos
Conforme já visto, a VANET é uma subcategoria da MANET, mas assim como a tecnologia
precisou ser adaptada, é preciso que os protocolos também levem em conta as características
dessa rede.
Uma das novidades que acompanham a arquitectura WAVE se encontra na terceira e na quarta
camada, segundo o modelo OSI - camada de rede e camada de transporte, respectivamente. O
padrão WAVE suporta duas pilhas de protocolo na camada de rede, sendo elas o IPv6 (Internet
Protocol version 6) e WSMP (WAVE Short Message Protocol), ocupando ainda a camada de
transporte com os protocolos TCP/UDP, caso o IPv6 seja utilizado, e WSMP, caso contrário.
 IPv6: Essa pilha de protocolos é incluída para suportar aplicações não voltadas para
segurança , principalmente para transmissão de dados da Internet.
 WSMP: Em aplicações voltadas para a segurança , as quais possuem alta prioridade e
são sensíveis ao tempo, exigindo baixa latência nas comunicações, o ideal é a troca de
mensagens através do protocolo WSMP, facilitando a comunicação entre os veículos
nesse ambiente. Isso ocorre porque o WSMP permite o controle directo dos parâmetros
das camadas inferiores, tais como poder de transmissão, taxa de dados e endereços MAC
do receptor. Além disso, a comunicação através do canal de controle pode pular as etapas
de formação de uma WBSS (WAVE Basic Service Set). O formato de uma mensagem
WSMP é apresentado na Figura 7. Após o recebimento de dados de uma WSM (WAVE
Short Message), WSMP gera e inclui seu cabeçalho nos dados recebidos e faz uma
requisição para que as camadas inferiores façam a transmissão do pacote. Ao chegar no
destino, as camadas inferiores fazem o seu processamento e entregam o pacote para o
protocolo da camada de rede especificado no pacote, nesse caso, o WSMP.

Nos últimos anos, muita atenção se tem dado ao desenvolvimento de protocolos de


roteamento para o ambiente de redes veiculares. Diante disso, (Taleb, 2018) apresenta
alguns desses protocolos que têm sido desenvolvidos utilizando o critério de classificação
baseado nas características e técnicas usadas pelo protocolo de roteamento. Assim, eles
podem ser divididos nas seguintes categorias: Topology Based, Position Based, Geocast
Based, Broadcast e Cluster Based. A Figura 8 mostra os protocolos de roteamento
divididos conforme essas categorias e alguns protocolos desenvolvidos que se encaixam
nelas.

 Topology Based: Nessa categoria, cada nó mantém uma tabela de roteamento


contendo todas as informações relacionadas ao roteamento. O objectivo é encontrar o
menor caminho entre o nó origem e o nó destino. O momento em que um nó actualiza sua
tabela de roteamento é de essencial importância, dando origem a uma subdivisão dessa
categoria em três outras, sendo elas: Protocolos de Roteamento Proactivos, Reactivos e
Híbridos. 1) Em protocolos de roteamento proactivos, a tabela de roteamento de cada nó
deve ser mantida sempre actualizada e pronta para uso, de modo que essa actualização
precisa ocorrer quando novos nós entram ou deixam a rede ou quando um enlace é
estabelecido ou quebrado. Há, entretanto, uma sobrecarga da rede e, por consequência,
um efeito negativo sobre a vazão. São exemplos de protocolos de roteamento proactivos
os protocolos DSDV (Destination Sequence Distance Vector), OLSR (Optimized Link
State Routing) e Fisheye State Routing (FSR). 2) Nos protocolos de roteamento reactivos,
a rota só é determinada quando há necessidade. Isso significa que quando um nó móvel
precisa transmitir um pacote para um dado destino, uma rota será descoberta usando
técnicas de descoberta e manutenção de rotas. São exemplos de protocolos de roteamento
reactivos: Ad Hoc On Demand Distance Vector (AODV), AODV Preferred Group
Broadcasting (AODV + PGB), Dynamic Source Routing (DSR) e Temporally-Ordered
Routing Algorithm (TORA). 3) Protocolos que combinam as duas categorias acima
mencionadas se encaixam na categoria dos protocolos de roteamento híbridos. O motivo
de tal combinação é reduzir o tempo gasto em descobrir uma rota entre um nó fonte e um
nó destino. Zone Routing Protocol (ZRP) e Zone-based Hierarchical Link State (ZHLS)
são exemplos de protocolos que caem nessa categoria.
 Position Based: São protocolos que dependem das informações de localização dos
veículos para enviarem ou receberem mensagens. Essas informações podem vir de
diferentes fontes, como por exemplo o GPS (Global Positioning Systems). Dessa forma,
não é necessário manter informações sobre a topologia da rede. Esses protocolos,
portanto, para que funcionem adequadamente, devem determinar as velocidades e
direcções dos movimentos de nós intermediários para obterem informações para um
roteamento correto. São exemplos de protocolos nessa categoria os protocolos Distance
Routing Effect Algorithm for Mobility (DREAM), Greedy Perimeter Stateless Routing
(GPSR) e Reliability Improving Position-based Routing (RIPR).
 Geocast Based: Esses tipos de protocolos fazem o roteamento de um pacote de origem
no nó fonte a todos os nós que se encontram na zona de relevância (ZOR – Zone of
Relevance ), ou seja, há uma transmissão multicast baseada na posição da área de
interesse na qual se encontram os veículos que irão receber a mensagem geocast. Dentre
os protocolos desenvolvidos para essa categoria, pode-se citar o protocolo RObust
VEhicular Routing (ROVER), The Distributed Robust Geocast (DRG) e A geographic
Routing over VANETs (GROOV).
 Broadcast Based: Técnicas de roteamento broadcast são usadas para rotear
informações em VANET. Baseiam-se em uma inundação da rede quando há a
necessidade de trocar informações com veículos que se encontram fora do alcance do nó
fonte. Essas trocas de mensagens estão relacionadas às condições das estradas em
situações de emergência e, portanto, precisam atingir todos os nós da rede. Alguns
exemplos de protocolos nessa categoria são: Distribute Vehicular Broadcast Protocols
(DV-CAST), Nth-Powered P-persistent Broadcast (NPPB) e Hybrid Data Dissemination
Protocol (HYDI).
 Cluster Based: Esse protocolos consistem em dividir os nós da rede em grupos (ou
clusters). Assim, veículos vizinhos formam um cluster e escolhem um dos nós como o
líder de seu grupo, sendo esse responsável por gerenciar o cluster a fim de permitir
comunicação entre clusters. Diferentes critérios podem ser utilizados para a divisão da
rede em clusters, como o número de veículos, posição geográfica dos veículos ou a
velocidade ou direcção do movimento. Location-Based Routing Algorithm with Cluster-
Based Flooding (LORA-CBF), Clustering for Open IVC Network Routing Protocol
(COIN) e Cluster-Based Directional Routing Protocol (CBDRP) são alguns exemplos de
protocolos categorizados como Cluster Based.

Figura 8: Retirada de “VANET Routing Protocols and Architectures: An Overview” (TALEB,


Anas Abu). Categorização de protocolos de roteamento e exemplos de protocolos.
Figura 7: Retirada de ”An overview of the DSRC/WAVE technology” (LI, Yunxin Jeff). O
cabeçalho de uma mensagem WSMP é composto por 11 bytes, evitando a sobrecarga se
comparado a pacotes de outros protocolos. O primeiro byte identifica a versão; o segundo
identifica o tipo de segurança do pacote; os próximos três bytes permitem o controle direto dos
parâmetros das camadas inferiores; os bytes do campo PSID tem função semelhante às portas de
pacotes TCP/UDP; length identifica o número de bytes em WSM Data, que por sua vez de ser
protegido conforme especificado em IEEE 1609.2.

Segurança

Um dos principais desafios encontrados nas Redes Veiculares é o de segurança. Em uma rede tão
mutável e dependente do coletivo, a segurança se torna um dos aspectos centrais para seu correto
funcionamento. Com a quantidade de veículos e de tráfego existentes, uma pequena falha de
segurança pode levar a resultados desastrosos, sejam causados por um usuário mal intencionado
ou por alguma falha acidental. Alguns exemplos de fácil entendimento podem ser citados para
introduzir a questão de segurança no tópico. Por exemplo, é possível que alguém transmita
informações falsamente observadas para ganhar vantagem, como reportar que há um acidente em
certa via para que os outros veículos mudem seus trajetos e a via fique liberada para ele.
Também há casos mais sérios, como alterar o software do veículo a partir da rede, por exemplo,
desabilitando seus freios, podendo causar diversos acidentes.

Os tipos de falha de segurança são diversos. Os principais são descritos abaixo:

 Falta de proteção suficiente do barramento: O barramento CAN carece de proteção.


Mensagens no barramento podem ser lidas por outros nós, não tem remetente ou
destinatário e não são protegidas por um Autenticador de Mensagem (MAC) ou uma
assinatura digital. O barramento não garante autenticidade, disponibilidade, não repúdio,
integridade e confidencialidade.
 Fraca implementação de protocolo: Em alguns casos, a implementação do protocolo é
feita de tal forma que não reflete o padrão real do protocolo. Isso pode acarretar em
certos problemas já previstos. Protocolos geralmente são feitos com segurança em mente
e sua má implementação pode levar a resultados não desejados.
 Uso incorreto de protocolos: O uso incorreto de protocolos, seja de maneira acidental
ou maliciosa, pode acarretar em problemas de segurança. Ataques podem ser feitos ao
veículo por meio dessas brechas nos protocolos. Por exemplo, pode ser feito um ataque
de Negação de Serviço (DoS) ao se aproveitar do mecanismo de arbitragem do CAN. É
sempre escolhida pelo CAN a mensagem com maior prioridade, ou seja, se um atacante
enviar diversas mensagens de alta prioridade, os outros não poderão usar o barramento.
 Autenticação fraca: Devido à fraca autenticação do CAN, ou até nenhuma autenticação,
é possível reprogramar os ECUs ilicitamente. Isso pode acarretar a diversos problemas de
invasão e de alteração do sistema de um veículo, causando problemas como o de
desativação do freio, como citado anteriormente.
 Vazamento de informação: É possível causar um vazamento de informações pela
manipulação do protocolo de diagnóstico. Pode ser feito com que o Gateway não consiga
diferenciar o tráfego comum do tráfego de diagnóstico, ou seja, ele encaminhará o tráfego
independente de seu tipo.

Com tantos problemas vigentes, e possivelmente mais problemas a serem descobertos, já


existem propostas e ideias de solução e prevenção desses problemas. Pode se combater o
problema de autenticação por meio de algo como um Código de Autenticação de Mensagem
(MAC) ou por meio de uma assinatura eletrônica. Também é um tópico recorrente em pesquisas
o estudo de Sistemas Detectores de Intrusão (IDS) para o protocolo CAN, que pode ser usado
para detectar intrusões e colaborar com a segurança. A implementação de medidas de segurança
se mostra difícil devido às limitações dos ECUs, como memória e processamento.
Conclusão

As VANETs são uma importante subdivisão das MANETs com características cruciais para seus
propósitos, dos quais se destacam aplicações não voltadas e voltadas para a segurança, cada uma
delas com diversos exemplos.

No que diz respeito à tecnologia sobre a qual a comunicação torna-se possível, a iniciativa de
padronização demonstra que essa rede é possível, já havendo uma arquitectura projectada.
Observa-se também que, apesar dos desafios inerentes às redes veiculares, já existem diversas
propostas de protocolos de roteamento nesses ambientes.

Por ser uma ideia razoavelmente nova e com estrutura altamente mutável, a ideia de rede
veicular deixa claro que não é algo simples de se projectar e de se trabalhar com. Apresenta
assim, diversos problemas a serem resolvidos, principalmente nos quesitos de latência e
segurança.
Bibliografia
 Citação vazia (ajuda)
 Toh, Chai K. (3 de dezembro de 2001). Ad Hoc Mobile Wireless Networks: Protocols
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 «Research Challenges in Intelligent Transportation Networks, IFIP Keynote, 2008»
 Sommer, Christoph; Dressler, Falko (dezembro de 2014). Vehicular Networking. [S.l.:
s.n.] ISBN 9781107046719
 «A Comparative study of MANET and VANET Environment». Journal of Computing. 2
 Jia, Dongyao; Lu, Kejie; Wang, Jianping; Zhang, Xiang; Shen, Xuemin. Firstquarter
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 «Future Application Scenarios for MANET-Based Intelligent Transportation Systems -
C. Toh, IEEE Future Generation Communication and Networking, 2007»
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