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Criação de redes ad hoc - veiculares
Redes Ad Hoc – Veiculares
As redes ad-hoc veiculares (VANETs) são criadas aplicando os princípios das redes ad-hoc
móveis (MANETs) - a criação espontânea de uma rede sem fio para troca de dados de veículo-
para-veículo (V2V) - para o domínio de veículos. VANETs foram mencionadas e introduzidas
pela primeira vez em 2001 em aplicações "comunicação e rede ad-hoc móveis carro-para-carro",
onde as redes podem ser formadas e as informações podem ser transmitidas entre os carros. Foi
demonstrado que as arquiteturas de comunicações veículo-para-veículo e veículo-para-estrada
irão coexistir nas VANETs para fornecer segurança viária, navegação e outros serviços na
estrada. As VANETs são uma parte fundamental do sistema de transporte inteligente (ITS). Às
vezes, as VANETs são chamadas de redes inteligentes de transporte.
Tipos de comunicação nas redes veiculares. Em amarelo estão as comunicações entre veículos e
a infra-estrutura (V2I); em vermelho as comunicações entre veículos (V2V); um veículo que faz
uso da comunicação híbrida está em vermelho e amarelo. Infra-estruturas podem conectar as
redes veiculares à outras redes, como a Internet. Veremos mais ao longo do trabalho…
História
Caracteristicas
Apesar de, à primeira vista, as redes MANET’s parecerem ser a solução perfeita para as redes
veiculares, há algumas características únicas que as diferenciam e revelam que algumas
adaptações devem ser feitas para que possam suportar as VANET’s, as quais incluem:
Topologia altamente dinâmica: Veículos se movem em altas velocidade e podem
provocar mudanças constantes na topologia da rede devido a enlaces de curta duração.
Rede frequentemente desconectada: Há a probabilidade da rede perder a conectividade,
provocando várias componentes conexas, principalmente em áreas de baixa densidade de
nós.
Energia e capacidade de processamento suficientes: Com nós sendo veículos, não há
limitação de energia ou armazenamento de dados e estes podem ser capacitados com alto
poder de processamento.
Tipo de comunicação: As VANET’s se caracterizam pelo grande tráfego broadcast,
sendo contrário à maioria das redes Ad Hoc.
Mobilidade previsível: Ao contrário de MANET’s, onde os nós possuem uma
mobilidade aleatória, os nós em VANET’s são limitados a se moverem respeitando as
vias de transporte. Portanto, é possível prever a localização do nó com base em sua
velocidade e no mapa da via.
Vários ambientes de comunicação: Há diferenças significativas entre os cenários nos
quais se dão as comunicações, sendo influenciadas pela existência de obstáculos, pelos
sentidos das estradas ou pela densidade dos nós. Consistem basicamente de ambientes
urbanos, rurais e rodovias.
Limites de latência reduzidos: Por lidarem com a vida humana e aos enlaces de curta
duração, as trocas de mensagens, principalmente aquelas relacionadas à segurança,
devem ocorrer num intervalo de tempo extremamente curto, ou seja, essa tecnologia
exige uma latência bem reduzida.
Interação com sensores on-board: Os nós costumam possuir grande quantidade de
sensores, os quais podem ser usados para dar suporte às decisões das aplicações.
Aplicações
Há mais de uma forma de categorizar as aplicações das redes veiculares. Uma delas as divide
em aplicações não voltadas para a segurança (destinadas ao conforto e entretenimento) e
aplicações voltadas para a segurança. Os principais exemplos de cada uma são citados abaixo.
A eficiência é um benefício importante dos alertas. Caso haja a detecção de trânsito à frente, o
motorista pode utilizar uma rota alternativa, como mostrado na (Figura 2).
É possível agrupar os exemplos das aplicações destinadas à segurança em quatro categorias. Vale
ressaltar que alguns necessitam de uma arquitetura infraestruturada (alerta de violação do limite
de velocidade, por exemplo), enquanto que outras requerem a comunicação V2V (alerta de
colisão iminente, por exemplo).
Prevenção de colisão em cruzamentos: alerta de violação de sinais de trânsito, alerta de
violação de parada obrigatória e alerta de confluência mal sinalizada.
Segurança pública: alerta de aproximação de veículo de emergência (Figura 3) e alerta
de serviços de SOS.
Diagnósticos do veículo: alerta de recalls e de manutenções preventivas.
Informações de outros veículos: alerta cooperativo de colisão, alerta de mudança de
faixa e alerta sobre condições da via.
Para que o envio de informações aconteça da melhor forma, ele deve ser organizado. Conforme
Chen e Cai (2005), os veículos devem ser agrupados, de modo que a área e a direção das
mensagens sejam controladas (ver Figura 4).
Protocolos
Conforme já visto, a VANET é uma subcategoria da MANET, mas assim como a tecnologia
precisou ser adaptada, é preciso que os protocolos também levem em conta as características
dessa rede.
Uma das novidades que acompanham a arquitectura WAVE se encontra na terceira e na quarta
camada, segundo o modelo OSI - camada de rede e camada de transporte, respectivamente. O
padrão WAVE suporta duas pilhas de protocolo na camada de rede, sendo elas o IPv6 (Internet
Protocol version 6) e WSMP (WAVE Short Message Protocol), ocupando ainda a camada de
transporte com os protocolos TCP/UDP, caso o IPv6 seja utilizado, e WSMP, caso contrário.
IPv6: Essa pilha de protocolos é incluída para suportar aplicações não voltadas para
segurança , principalmente para transmissão de dados da Internet.
WSMP: Em aplicações voltadas para a segurança , as quais possuem alta prioridade e
são sensíveis ao tempo, exigindo baixa latência nas comunicações, o ideal é a troca de
mensagens através do protocolo WSMP, facilitando a comunicação entre os veículos
nesse ambiente. Isso ocorre porque o WSMP permite o controle directo dos parâmetros
das camadas inferiores, tais como poder de transmissão, taxa de dados e endereços MAC
do receptor. Além disso, a comunicação através do canal de controle pode pular as etapas
de formação de uma WBSS (WAVE Basic Service Set). O formato de uma mensagem
WSMP é apresentado na Figura 7. Após o recebimento de dados de uma WSM (WAVE
Short Message), WSMP gera e inclui seu cabeçalho nos dados recebidos e faz uma
requisição para que as camadas inferiores façam a transmissão do pacote. Ao chegar no
destino, as camadas inferiores fazem o seu processamento e entregam o pacote para o
protocolo da camada de rede especificado no pacote, nesse caso, o WSMP.
Segurança
Um dos principais desafios encontrados nas Redes Veiculares é o de segurança. Em uma rede tão
mutável e dependente do coletivo, a segurança se torna um dos aspectos centrais para seu correto
funcionamento. Com a quantidade de veículos e de tráfego existentes, uma pequena falha de
segurança pode levar a resultados desastrosos, sejam causados por um usuário mal intencionado
ou por alguma falha acidental. Alguns exemplos de fácil entendimento podem ser citados para
introduzir a questão de segurança no tópico. Por exemplo, é possível que alguém transmita
informações falsamente observadas para ganhar vantagem, como reportar que há um acidente em
certa via para que os outros veículos mudem seus trajetos e a via fique liberada para ele.
Também há casos mais sérios, como alterar o software do veículo a partir da rede, por exemplo,
desabilitando seus freios, podendo causar diversos acidentes.
As VANETs são uma importante subdivisão das MANETs com características cruciais para seus
propósitos, dos quais se destacam aplicações não voltadas e voltadas para a segurança, cada uma
delas com diversos exemplos.
No que diz respeito à tecnologia sobre a qual a comunicação torna-se possível, a iniciativa de
padronização demonstra que essa rede é possível, já havendo uma arquitectura projectada.
Observa-se também que, apesar dos desafios inerentes às redes veiculares, já existem diversas
propostas de protocolos de roteamento nesses ambientes.
Por ser uma ideia razoavelmente nova e com estrutura altamente mutável, a ideia de rede
veicular deixa claro que não é algo simples de se projectar e de se trabalhar com. Apresenta
assim, diversos problemas a serem resolvidos, principalmente nos quesitos de latência e
segurança.
Bibliografia
Citação vazia (ajuda)
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