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Aula 01

Dia 03/03/2010
Prof. ª Patrícia

Doutrinas recomendadas:
- Eduardo Sabbag – Manual de Direito Tributário.

Conceito de tributo: Art. 3º do CTN - Tributo é toda prestação


pecuniária (paga em dinheiro) compulsória (obrigatória – ex lege o
Estado está na condição de Império), em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito (o tributo não
é ato ilícito, mas um ato ilícito pode ser gerador de tributo), instituída
em lei (em sentido estrito) e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

Medida provisória institui tributo?


Antes da publicação da emenda constitucional n. 32, era permitida a
aplicação de tributo por Medida Provisória, porém havia discussão
(2000).
Em 2001 com a emenda acima citada, com a inclusão do § 2°, no art.
62, pacificou o entendimento regulamentando a questão.

Atuando com poder de império (ex lege) – a obrigação de pagar um


tributo gera uma receita para o Estado, sendo essa receita derivada.

Princípio do non alet – (dinheiro sem cheiro) Não importa o ato,


deverá ser tributado.

Ler a Lei 4.320/64 – Direito Financeiro:


Receita originária – origina da relação estatal com o particular. Ex: o
estado aluga um imóvel a um particular.
Receita derivada – Deriva do poder de império, não se tem a
faculdade de não pagar (tributos, multa e reparação de guerra).

Espécies tributárias:

1) Impostos;
Teoria Tripartite ou
2) Taxas; tricotômica. Art. 145, CF
Art. 5°, CTN
3) Contribuição de melhoria;

4) Contribuição parafiscais (art. 149, CTN);

5) Empréstimos compulsórios. (art. 148, CTN)


Impostos

Teoria bipartite: entende haver apenas duas espécies tributárias, os


tributos vinculados e os não vinculados a uma ação estatal (Geraldo
Ataliba)

Teoria tripartite: entende como tributo os impostos, as taxas e as


contribuições de melhorias (Rubens Gomes de Sousa, Paulo de Barros
Carvalho)

Teoria quadripartite: considera como tributo os impostos, as taxas, as


contribuições de melhorias e o empréstimo compulsório (Bernardo
Ribeiro de Moraes, Luciano Amaro);

Teoria quimpartite ou pentapartite: considera como tributo os


impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, empréstimo
compulsório e as contribuições especiais. (Hugo de Brito Machado,
Ives Gandra da Silva Martins, Kiyoshi Harada, Sérgio Pinto Martins
entre outros) Teoria adotada pelo STF.

Art. 145. CF A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter


pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de


impostos.

O STF entende que este artigo fala em imposto taxas e


melhorias porque são concorrentes.

Fato gerador situação necessária e suficiente para surgir a


obrigação.
Características dos impostos – independe de atividade estatal, não
vinculado, as receitas dos impostos não podem ser vinculadas
(servem para custeios gerais do Estado, ex. art. 6° da CF).

Exceções acerca da vinculação das receitas: art. 167, §4° da CF.

§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas


pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos
recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e
II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e
para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

O tributo pode ser:

Necessidade ou não de atividade estatal.


a) Vinculado – o Estado precisa fazer algo para criar este tributo.

b) Não vinculado – não depende de nada para a criação do tributo.

Taxas

“Art. 77, CTN - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição”.

Aqui tem-se duas espécies de taxas:

a) Taxa de serviço – está disponível, prestado, posto à disposição.


Específico e divisível. Você utiliza ele ou não.

b) Taxa de polícia –efetivamente prestado, não pode se furtar a


prestar o serviço. Ex: vigilância sanitária.

Lembrar da palavra fiscalização taxa de polícia. Essa palavra é


necessária para identificar o tipo de taxa.

“Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato


gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada
em função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34,
de 30.1.1967)”

Característica de retributividade da taxa


Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de
ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão
ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato
Complementar nº 31, de 28.12.1966)

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia


quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos


à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas


de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte


de cada um dos seus usuários

O pedágio pode ser taxa ou tarifa.


- Tarifa = preço público (luz, água, porque ninguém é obrigado a
usar)
- Tarifa se distingue pela obrigatoriedade.

Para o STF o pedágio é taxa de serviço – art. 150, inciso V, CF:

” V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio


de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança
de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”.

Contribuições de melhoria

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Tributo que começa a surgir em Londres, quando resolveram a
investir, começaram a tributar a população. Logo, surgiram regras de
contribuição de melhoria.

No Brasil copiou-se a legislação americana de forma


equivocada.
Valorização do imóvel;
Custo da Obra.
Paga-se o menor limite, logo, se a obra custava mais do que a
valorização do imóvel, cobrava-se o valor daquela.

É um tributo que pode ser cobrado por qualquer ente da


Federação, embora só se tenha conhecimento de cobrança desta taxa
pelo Município.

A obra pública, valorização imobiliária e limites (o que será


valorizado primeiro).

Empréstimo Compulsório

Art. 148, CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir


empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de


calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de


relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III,
"b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de


empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.

O empréstimo compulsório não possui fato gerador próprio, a


guerra, calamidade etc... é uma situação constitucional
deflagradora do empréstimo, que transformam o tributo que se
parecia com um imposto em empréstimo compulsório. O que
caracteriza é a finalidade.

O empréstimo compulsório tem que ser devolvido, restituído,


necessariamente em dinheiro.
O STF entende como tributo.
A doutrina financeira entende como imposto restituível.
O empréstimo compulsório é destinado para despesa de guerra,
logo, deverá ser usado na guerra.

Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode


instituir empréstimos compulsórios:

I - guerra externa, ou sua iminência;

II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de


atender com os recursos orçamentários disponíveis;

III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder


aquisitivo. (não foi recepcionado pela Constituição)

Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do


empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for
aplicável, o disposto nesta Lei.

Bitributação: 2 entes, 2 normas, 1 FG – é inconstitucional


Exceção da bitributação – art. 154, inciso II, CF.

Bis in idem: 2 normas, 1 ente, 1 FG.

Contribuições parafiscais

Também não tem fato gerador, quem determina é a finalidade.


Competência da União, porém com exceções. Art. 149, §1°, CF.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições


sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146,
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40,
cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001) regras gerais sobre a CIDE.
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros
ou serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 33, de 2001)
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o
valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação
poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão
uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se
refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluído
pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

Espécies:
- contribuições de domínio econômico (CIDE)
- interesses das categorias profissionais e econômicas (OAB)
- Contribuições sociais – Seguridade social – previdência
- assistência (para todos)
- Saúde
- Sistema “S” - Sei , senai, SENAC.

Geralmente se tributa na importação e dá imunidade na


exportação.

Sistema Tributário Nacional

Título VI - da Tributação e do Orçamento

Sistema rígido. Fixa competência.

1) Competência Tributária:

Caracteriza-se pela capacidade de poder legislar. O ente que


possui competência tributária é um ente que pode legislar sobre o
referido tributo.
Indelegável por ter essa característica.
Logo: União, Estados e Municípios.
Quando se fala que um ente arrecada e fiscaliza, este está dotado
de capacidade tributária.

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das


funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos
termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios
processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a
conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato
unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a
pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar
tributos.

Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a


pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a
Constituição a tenha atribuído.Ex. imposto sobre grandes fortunas
que a União não criou o Estado também não poderá criar.

Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios:
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça,
ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65;
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em
lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda;
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de
pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais;
IV - cobrar imposto sobre:
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores,
das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste
Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de
10.1.2001)
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais,
periódicos e livros.
§ 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às
entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos
que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos,
previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações
tributárias por terceiros.
§ 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se,
exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito
público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos.

- Competência residual, art. 154, inciso I, CF – “I - mediante lei


complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição”;

Não-cumulativo: faz-se um “creditamento” do que já foi pago.


Ex: o produto custa 100, eu paguei imposto sobre 100 e repassei, o
atravessador compra por 150, logo, abatendo-se o imposto já pago,
ele pagará o imposto sobre 50.

Competência residual para criação de taxa – seria do Estado.

- Competência concorrente;

- Competência extraordinária: da União

- Competência cumulativa – art. 147, CF: Art. 147. Competem à


União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território
não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Cumula a sua própria competência com outras.

Legislação Tributária

Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis,


os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.

Legalidade estrita:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária
principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do
seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo,
ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua
base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do
disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo.

Basicamente o que gira em torno do pagamento de tributo


deverá ser criado necessariamente por lei.

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou


modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela
que lhes sobrevenha.

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das


leis em função das quais sejam expedidos, determinados com
observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas Quando ocorre a violação de uma norma
complementar normalmente não atinge a questão do pagamento,
mas, sim, norma secundária; Neste caso entraria o costume. Ex dado
em aula do cidadão que preenche declaração de caneta verde.

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste
artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de
mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do
tributo.

Vigência da legislação

Qual a diferença entre interpretação e aplicação?


Quando se interpreta você busca o sentido e aplicação da norma e a
aplicação você faz a aplicação dessa interpretação.
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária
rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em
geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal


e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos
limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de
que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas
gerais expedidas pela União.
Via de regra a legislação tributária vige dentro do território,
mas pode acontecer que este município seja desmembrado, logo, o
município novo não possui legislação, podendo valer-se do antigo
município.

Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:


I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo
100, na data da sua publicação;
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto
a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua
publicação;
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na
data neles prevista.

Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte


àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei
dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o
disposto no artigo 178.
O imposto de renda o IPVA o IPTU. Aqui existe discussão acerca
da constitucionalidade.
Constitucionalidade duvidosa.

Aplicação da Legislação Tributária

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos


fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos
do artigo 116.

Sempre analisar a legislação vigente à época do fato gerador.

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:


I - em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados; Uma lei que trás um conceito para
esclarecer um outro dispositivo. A lei interpretativa apenas aclara.
Interpretação autêntica (pode retroagir).
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
(esfera judicial e não ato administrativo).
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de
tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Ex: João foi autuado, e vai ter que pagar uma multa de 10% de um
valor que dará 10000,00. Advém uma nova lei reduzindo a multa
para 1%.Ele pode pedir a redução, pois, não definitivamente julgado
o processo judicial.

Interpretação e Integração da Legislação Tributária

Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o


disposto neste Capítulo.

Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade


competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada: (nos casos de lacuna)
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência
de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa
do pagamento de tributo devido.

Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para


pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos,
conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos
tributários.

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o


conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do
Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar
competências tributárias.
SISA – transmissão de imposto causa mortis e inter vivos.
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que
disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina


penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em
caso de dúvida quanto: (in dúbio pro contribuinte)
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à
natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

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