Você está na página 1de 10

Suplemento de revisão 1

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

TEMA

17 Acústica
O aparelho auditivo humano é capaz de distinguir um amplo espectro de frequências e
captar sons de intensidade muito variada. Porém, a vida em grandes centros urbanos e o uso
inadequado de aparelhos portáteis de som têm provocado o aumento dos casos de indivíduos
com problemas permanentes de audição. Agora, vamos revisar conceitos e fenômenos
relacionados as ondas sonoras e qualidades fisiológicas do som.

Ondas sonoras suportável, chamada limiar de dor, vale I = 1 W/m2. O


logaritmo da razão entre duas intensidades I e I0 é co-
As ondas sonoras têm origem mecânica necessitando nhecido como nível sonoro d. Na escala mais comum,
assim de um meio para se propagar. Em virtude da forma o decibel (dB), temos:
longitudinal dessas ondas, ocorrem zonas alternadas de
compressão e de rarefação das moléculas do meio.
Em geral, a velocidade de propagação do som nos só- I
d = 10 3 log
I0
lidos é maior que nos líquidos, e é, por sua vez, maior que
nos gases.
Para o caso de ondas periódicas valem as mesmas consi-
derações feitas para as ondas sonoras, inclusive a equação Timbre
fundamental da ondulatória. A qualidade fisiológica que permite distinguir sons de
mesma altura e mesma intensidade emitidos por fontes
diferentes é denominada timbre.

Qualidades fisiológicas do som


Diapasão Vogal “a” (voz)

Altura
Altura é a qualidade fisiológica que permite diferen- Violino Baixo (voz)
ciar sons graves de sons agudos. Ela está relacionada à
frequência do som.
Flauta Vogal “o” (voz)
Tipo de som Frequência

Agudo Alta
Piano
Grave Baixa
s A mesma nota (com a mesma altura) emitida por
Para o sistema auditivo humano (audição normal), os instrumentos distintos tem diferentes timbres.
limites de frequência situam-se entre 20 Hz, para os graves,
e 20.000 Hz, para os agudos. Sons de frequências inferiores Para formar uma nota musical ocorre a superposição
a 20 Hz são denominados infrassons, e sons de frequências de diversos sons de frequências múltiplas. O som de
superiores a 20.000 Hz são conhecidos como ultrassons. menor frequência constitui o som fundamental e os
demais, com frequências múltiplas, são os harmônicos.
A superposição do som fundamental com os harmônicos
Intensidade determina a forma da onda.
A qualidade fisiológica pela qual é possível diferenciar
os sons fracos dos sons fortes é denominada intensidade
auditiva ou sonoridade, ou ainda nível sonoro do som.
Ela depende da energia transportada pela onda sonora e,
portanto, de sua intensidade física. Fenômenos ondulatórios
A intensidade física I de uma onda é definida pela
razão entre a potência P de uma onda sonora e a área A Reflexão do som
atravessada por ela: O cérebro humano tem persistência auditiva de cerca
de 0,1 s. Isso significa que, se dois sons chegarem a um
ouvinte em um intervalo de tempo menor que esse, a
P pessoa não será capaz de distingui-los. Dependendo do
I= intervalo de tempo entre o som direto e o som refletido,
A
temos os seguintes casos:
• eco: o intervalo de tempo é superior a 0,1 s. O indivíduo
A menor intensidade audível pelo ser humano (au- ouve o som direto e o som refletido separadamente.
dição normal) é conhecida como limiar de audibili- • reverberação: o intervalo de tempo é ligeiramente infe-
dade e vale I0 = 1 3 10212 W/m2. A intensidade máxima rior a 0,1 s. A sensação do som emitido está começando
Suplemento de revisão 2

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

a desaparecer quando ele é reforçado pelo som refletido. O indivíduo interpreta o som original como tendo
duração ampliada.
• reforço: o intervalo de tempo é bem inferior a 0,1 s. O organismo não distingue os sons, interpretando-os
como um som único, de maior intensidade.

Difração do som
Fenômeno no qual o som consegue contornar uma abertura (ou um obstáculo), desde que as dimensões
dessa abertura (ou desse obstáculo) sejam próximas do comprimento da onda sonora. No ar, respeitando o
espectro de frequências audíveis, essas dimensões estão compreendidas entre 1,7 cm e 17 m.

Interferência sonora
Um caso importante de interferência sonora é o batimento, que ocorre quando há interferência de ondas
sonoras de frequências ligeiramente diferentes. A intensidade varia de um som forte, ouvido em dado instante,
a um silêncio quase total; a seguir, ouve-se novamente o som forte; e assim por diante. A razão desse compor-
tamento é mostrada na figura 1: os sons fortes ocorrem quando as ondas interferem construtivamente, uma,
reforçando a outra, e o silêncio, quando há interferência destrutiva e as ondas se anulam total ou parcialmente.

f1
a
2a
f2

Interferência Interferência Interferência Interferência Interferência


construtiva destrutiva construtiva destrutiva construtiva

2a

t
22a
Onda resultante
Figura 1 Batimentos.
A frequência do batimento (fb) é igual à diferença entre as frequências componentes:

fb = Of2 - f1O

Ressonância
Todo corpo possui uma frequência de vibração natural (ou própria). Se ele receber estímulos de frequência
similar à natural, a amplitude de vibração irá atingir valores elevados, o que caracteriza a ressonância. Se o
aumento for drástico, o material poderá se romper.

Fontes sonoras
Cordas vibrantes
Ao aplicar um pulso numa corda fixa pelas duas extremidades,
as ondas se propagam em ambos os sentidos, refletem e retornam, L
provocando interferência. Em alguns pontos, a interferência é T T
construtiva e, em outros, é destrutiva, determinando a formação
de ondas estacionárias com nós nas extremidades (fig. 2). λ1
5L
Para o n-ésimo modo de vibração, valem as expressões abaixo: 2

2L v
Hn = n e fn = nf1  ]  fn = n 
2L λ2
2 5L
2
Em uma corda de massa m e comprimento L e, portanto,
m λ3
densidade linear j = , com extremidades fixas e submetidas 3 5L
L 2
à força de tração de intensidade T, as ondas se propagam com
velocidade: λ4
4 5L
2
T
L= j Figura 2 Ondas estacionárias em uma corda vibrante.
Suplemento de revisão 3

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

Tubos sonoros Tubos abertos


Em um tubo aberto uma das extremidades apresenta a
Tubos fechados embocadura e a extremidade oposta é aberta. Nesse tipo
de tubo as ondas estacionárias apresentam ventres em
Os tubos fechados apresentam em uma extremidade ambas as extremidades, todos os harmônicos são possíveis,
uma embocadura e a extremidade oposta fechada. Nesse e as expressões deles são totalmente análogas às usadas
tipo de tubo, apenas os harmônicos ímpares são permitidos. nas cordas vibrantes.

L L

λ1 λ1
f1 5L
4 f1 5L
2

λ3
f3 3 5L
4
f2 λ2 5 L
λ
f5 5 5 5L
4

λ3
s Modos naturais de vibração de uma coluna de f3 3 5L
ar em um tubo fechado em uma extremidade. 2
As regiões mais escuras, em que a pressão do
s Modos naturais de vibração de uma
ar é maior, correspondem aos nós.
coluna de ar em um tubo aberto. A
natureza longitudinal é sugerida pelas
regiões mais escuras. Nos locais onde a
Para o i-ésimo modo de vibração, valem as expressões pressão do ar é maior formam-se os nós.
abaixo:

4L v Para o n-ésimo modo de vibração, valem as expressões


Hi = e fi = if1  ]  fi = i 
i 4L abaixo:

A variável i assume valores da sequência dos números 2L v


Hn = n e fn = nf1  ]  fn = n 
2L
ímpares {1, 3, 5, ...}.

Efeito Doppler
Efeito Doppler é o fenômeno no qual a frequência do som ouvida pelo observador é diferente da emitida
pela fonte, por causa do movimento relativo entre eles.

vO 2 2 vF
1 1

O F

Figura 3

A frequência aparente f e do som percebida pelo observador a partir de uma fonte que se aproxima dele
é maior que a frequência real f do som, pois as frentes de onda se aproximam na direção do movimento
(fig. 3). Ela obedece à seguinte expressão:

v ! vO
fe = f $ e v ! v o
F

em que v é a velocidade do som.


Suplemento de revisão 4

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

NO VESTIBULAR

1 (UFPR) Identifique uma propriedade característica do

Exercício 1
som dentre as propostas a seguir: O som é uma onda mecânica e, portanto, necessita de
um meio material para se propagar (por exemplo, o ar).
a) Propaga-se no vácuo com a mesma velocidade
Alternativa d.
que a luz.
b) Tem velocidade de 340 m/s, qualquer que seja o meio.
c) Tem o mesmo comprimento de onda, qualquer que Com base no enunciado, H = 3 mm = 3 $ 1023 m.
seja o meio. A frequência do som em questão é obtida pela equação
fundamental da Ondulatória:

Exercício 2
d) Necessita de um meio material para se propagar.
v = Hf  ] 330 = 3 $ 1023 $ f 
e) Não se propaga no ar.
`  f = 110.000 Hz
A orelha humana é capaz de perceber sons de frequência
2 (Unipac-MG) Os morcegos voam emitindo curtos gri- máxima de 20.000 Hz; portanto, não podemos detectar o
tos constituídos por ondas mecânicas de comprimen- som emitido pelos morcegos.
to 3 mm, orientando-se pela reflexão dessas ondas
sobre os eventuais obstáculos. Adotando a velocidade Usando a equação fundamental da Ondulatória, temos:
da onda emitida pelo morcego como sendo 330 m/s, • para f = 7.000 Hz
qual a frequência correspondente? Um ser humano v = Hf  ] 330 = H $ 7.000 
Exercício 3

detectaria esta onda? Por quê? ` H 7 4,7 $ 1022 m


• para f = 120.000 Hz
3 (UFPA) O diagrama a seguir apresenta intervalos v = Hf  ] 330 = H $ 120.000 
de frequência de sons audíveis (em laranja) e de `  H 7 2,8 $ 1023 m
sons emissíveis (em azul) pelo homem e por alguns Alternativa c.
animais.

Frequência

Hz Homem Cão Gato Golfinho Morcego Rã


106

105

104

103

102

101

100

Considerando-se a velocidade do som no ar de


330 m/s e os valores no diagrama dos limites emis-
síveis para o golfinho de 7.000 Hz a 120.000 Hz,
conclui-se que o comprimento de onda para os
limites dos sons desse animal, em metros, varia
aproximadamente entre:
a) 3,0 $ 1023 e 4,0 $ 1022
b) 4,1 $ 1022 e 2,1 $ 1023
c) 2,8 $ 1023 e 4,7 $ 1022
d) 4,0 $ 1023 e 3,0 $ 1022
e) 3,0 $ 1022 e 2,1 $ 1023
Suplemento de revisão 5

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

4 (Fatec-SP) Uma área profissional que tem tido muita Desta forma, em relação às velocidades das ondas
oferta de trabalho é a exploração do petróleo no fundo sonoras e aos pontos destacados no gráfico, repre-
do mar. Para se efetuar uma exploração petrolífera, sentados na figura 2, podemos afirmar que:
é necessária uma pesquisa sísmica. Essa pesquisa é a) I e II referem-se à camada pré-sal.
como uma ultrassonografia da região oceânica, pois
b) III e IV referem-se ao oceano.
permite reconhecer e mapear as várias camadas que
constituem o subsolo marinho. c) II refere-se à camada sal.
Para isso, um navio emite, por meio de canhões de d) IV refere-se à camada pós-sal.
ar comprimido à alta pressão, ondas sonoras. Essas e) V refere-se ao petróleo.
ondas comportam-se de maneira diferente em meios
de propagação diferentes (sólidos, líquidos mais den- 5 (Fatec-SP) Um artista, para apresentar uma canção, toca
sos, líquidos menos densos, gases, etc.), produzindo, (faz vibrar) a corda de um violão no ponto A com uma
assim, uma mudança de velocidade na propagação das mãos e com a outra tensiona, com o dedo, a mesma
da onda. No oceano, essa mudança de velocidade corda no ponto X. Depois disso, começa a percorrer essa
depende basicamente da salinidade, da temperatura corda da posição X até a posição Y, com o dedo ainda
e da densidade do meio. a tensionando, conforme a figura a seguir.
Desta forma, comparando-se os dados gerados e rece-
bidos com o retorno dessas ondas sonoras (sísmicas),
é possível a confirmação da existência de reservas de
óleo e gás no subsolo marinho e da distância destas
do nível da superfície do mar (profundidade).
X

Y
A
0 (Nível da
superfície
Oceano do mar)
2140
metros

Cama pós-sal
Camada de sal 3500

Camada pré-sal 5500


Assinale a alternativa que preenche, correta e res-
pectivamente, as lacunas do texto que descreve esse
Rocha
reservatório de processo.
petróleo e gás Verifica-se, nesse processo, que o som emitido fica
Figura 1 natural do pré-sal
mais _____________, pois, ao _____________ o compri-
A figura 1 apresenta quatro camadas: pré-sal, sal, mento da corda, _______________ a frequência do som
pós-sal e água, sendo que o petróleo (a mancha emitido.
escura na parte inferior da figura 1) encontra-se
a) grave ... aumentar ... diminui
incrustado na rocha do pré-sal. Suponha, para esse
caso, que as densidades (d) dessas camadas na região b) grave ... diminuir ... aumenta
explorada obedecessem à relação: c) agudo ... diminuir ... aumenta
dágua 1 dpetróleo 1 dpós-sal 1 dsal 1 dpré-sal d) agudo ... diminuir ... diminui
e) agudo ... aumentar ... diminui
e que as condições de pressão, temperatura e salini-
dade do oceano nessa região em análise fossem con- 6 (UFMG) Uma corda esticada e presa nas duas extremi-
sideradas normais, ou seja, causando pouca variação dades pode vibrar em diferentes frequências, sendo
na velocidade da onda sonora. a mais baixa delas denominada frequência do modo
fundamental. Em um violino, a distância entre as
extremidades em cada corda é de 0,32 m.
7.500 Maria Sílvia coloca esse violino próximo a um alto-
V -falante conectado a um dispositivo capaz de produzir
6.500 sons com frequências que variam continuamente en-
tre 500 Hz e 1.500 Hz. Ela observa que uma das cordas
Profundidade (m)

5.500
oscila apenas quando o dispositivo emite sons com
4.500 IV as frequências de 880 Hz e 1.320 Hz.
a) Na situação dessa corda vibrando em seu modo
3.500 fundamental, determine:
III 1. a frequência da vibração;
2.500
2. o comprimento de onda da onda na corda.
1.500 b) Com relação ao som emitido por essa corda quando
II
ela vibra em seu modo fundamental, determine:
500 I
1. a frequência dessa onda sonora;
0 Velocidade do som 2. o comprimento de onda dessa onda sonora.
Figura 2 (Velocidade de propagação do som no ar: 330 m/s)
Suplemento de revisão 6

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

Comparando as figuras 1 e 2, podemos afirmar que:


A região I corresponde à profundidade de 500 m; portanto,
oceano.
A região II corresponde à profundidade de 1.200 m;
portanto, oceano.
A região III corresponde à profundidade de 3.200 m;
Exercício 4

portanto, pós-sal.
A região IV corresponde à profundidade de 5.000 m;
portanto, sal.
A região V corresponde à profundidade de 6.700 m;
portanto, petróleo.
Podemos, então, afirmar que a região V refere-se ao
petróleo.
Alternativa e.

Como se trata da mesma corda (mesmo material) e da


mesma força de tensão, a velocidade de propagação
sempre será a mesma; à medida que o dedo se desloca
de X para Y, ele está diminuindo o comprimento da corda
Exercício 5

e, consequentemente, o comprimento de onda H. Da


equação fundamental da Ondulatória, sabemos que o
comprimento de onda é inversamente proporcional à
frequência f; como H diminui, f aumenta e o som se torna
mais agudo.
Alternativa c.

a) 1. A corda entra em ressonância e oscila quando o alto­


‑falante emite sons nas frequências 880 Hz e
1.320 Hz. Essas frequências são múltiplas sucessivas
da frequência fundamental f. Assim, podemos
escrever:
880 = nf e 1.320 = (n + 1)f
Subtraindo membro a membro, temos:
Exercício 6

1.320 Hz - 880 Hz = (n + 1)f - nf ]


] 440 Hz = nf + f - nf ]
] f = 440 Hz
2. Vibrando no seu modo fundamental, temos dois nós
nas extremidades e um ventre. Logo:
H H
2 = L ] 2 = 0,32 m ] H = 0,64 m
b) 1. A frequência fundamental da onda sonora é a
frequência fundamental de vibração da corda.
Portanto: f = 440 Hz
2. v = H $ f ] 330 = H $ 440 ` H = 0,75 m
Suplemento de revisão 7

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

7 (UFPR) Sobre uma corda tensa de extremidades fixas, 10 (Unifei-SP) A figura a seguir representa uma onda
estabelece-se uma onda estacionária de frequência estacionária que se forma no ar contido no interior
24 Hz. Sabendo que a frequência do harmônico ime- do tubo, ao ser acionado o diapasão.
diatamente superior é de 30 Hz, calcule a frequência
de onda estacionária quando esta corda vibra de
maneira fundamental.

8 (UFPR) Uma das extremidades de um fio está presa


a um diapasão elétrico, e a outra extremidade está
presa a um peso de 3 N, que mantém o fio esticado.
Quando o diapasão vibra com uma determinada fre-
quência constante, o fio apresenta a configuração do
3o harmônico, como mostra o esquema a seguir:

1,20 m

A velocidade de propagação do som no interior do


Sabendo-se que o comprimento do fio vibrante é tubo, nas condições da experiência, é de 340 m/s. Qual
L = 1,0 m e que sua densidade linear é j = 3,0 $ 1024 kg/m, a frequência de vibração da coluna no ar no interior
deduzimos que a frequência do diapasão, nestas cir- do tubo?
cunstâncias, é de: a) 212,5 Hz c) 340,5 Hz e) 567,50 Hz
a) 50 Hz b) 284,5 Hz d) 425,5 Hz
b) 75 Hz 11 (UFSCar-SP) Em música, uma oitava da escala denomi-
c) 100 Hz nada temperada constitui um grupo distinto de doze
d) 125 Hz sons, cada um correspondendo a uma frequência de
vibração sonora.
e) 150 Hz

9 (UFMS) Os morcegos, quando voam, emitem ultrassom Escala musical


(5a oitava da escala temperada)
para que, através das reflexões ocorridas pelos obstá-
culos à sua frente, possam desviar deles, e também Frequência
Nota musical
utilizam esse mecanismo para se orientarem durante aproximada (Hz)
seu voo. Imagine um morcego voando em linha reta Dó 1.047
horizontal com velocidade V, em direção a uma parede
Dó# 1.109
vertical fixa. Considere que não esteja ventando e que
Ré 1.175
a fonte sonora no morcego seja puntiforme e, então,
quando ele ainda está a uma certa distância da parede, Ré# 1.245
emite uma onda sonora com uma frequência f de ul- Mi 1.319
trassom. Com fundamentos da mecânica ondulatória,
Fá 1.397
assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
Fá# 1.480
(01) A velocidade das ondas sonoras que possuem
frequência de ultrassom é maior que a veloci- Sol 1.568
dade de ondas sonoras que possuem frequência Sol# 1.661
menor que as de ultrassom.
Lá 1.760
(02) A velocidade da onda sonora no ar, emitida pelo Lá# 1.865
morcego em movimento, é diferente da veloci-
dade da onda sonora no ar emitida pelo morcego Si 1.976
quando em repouso. Numa marcenaria, uma serra circular, enquanto executa
(04) A frequência da onda sonora, refletida pela o corte de uma prancha de madeira, gira com frequência
parede e percebida pelo morcego, é maior que a de 4.500 rpm. Além do ruído do motor da máquina e
frequência da onda sonora emitida por ele. do ruído produzido pelos modos de vibração do disco
de serra, o golpe frenético de cada um dos 20 dentes
(08) A velocidade da onda sonora no ar, refletida pela presentes no disco de serra sobre a madeira produz
parede, é igual à velocidade da onda sonora no um som característico dessa ferramenta. O som emiti-
ar emitida pelo morcego. do pelos golpes sequenciados dos dentes da serra em
(16) Esse efeito de mudança na frequência de ondas funcionamento produz também, junto com a madeira
sonoras emitidas por fontes em movimento que vibra, um som próximo ao da nota musical:
chama-se batimento. a) Ré# b) Mi c) Fá# d) Sol e) Lá#
Suplemento de revisão 8

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

A frequência de uma corda vibrante e fixa nas


extremidades é dada pela expressão:
fn = nf1, em que n é o número do harmônico e f1 é a
frequência do modo fundamental de vibração.
Assim, com base no enunciado, podemos escrever:
Exercício 7

fn = nf1 = 24 Hz  y
fn + 1 = (n + 1)f1 = 30 Hz  x
Dividindo y por x membro a membro, temos:
nf1 24
=   ] 30n = 24(n 1 1)  ]  n = 4
(n + 1)f1 30
Substituindo n = 4 em y, obtemos:
4f1 = 24 Hz  `  f1 = 6 Hz

A frequência do diapasão corresponde à frequência de


vibração do fio, que pode ser calculada como segue:
Exercício 8

n T 3 3
f= j = 2 $1
2L 3 $ 10-4
`  f = 150 Hz
Alternativa e.

(01) Incorreta. A velocidade de propagação de uma onda


só depende da característica da própria onda e das
condições do meio.
(02) Incorreta. A velocidade de propagação da onda
independe da velocidade da fonte.
Exercício 9

(04) Correta. Quando a onda sonora se reflete na parede,


esta funciona como fonte. Como o morcego está se
aproximando da fonte, ocorre o efeito Doppler e ele
detecta um som mais agudo que o emitido, ou seja,
de maior frequência.
(08) Correta, pois o meio é o mesmo.
(16) Incorreta. Como já especificado, chama-se efeito
Doppler.
Alternativas (04) e (08).

A figura ilustra um tubo sonoro fechado no qual se forma


o 3o harmônico. Portanto:
Exercício 10

H
3 3 4 = 1,2 m  ]  H = 1,6 m
Com base na equação fundamental da Ondulatória, temos:
v = H $ f  ] 340 = 1,6f 
`  f = 212,5 Hz
Alternativa a.

A frequência de vibração da madeira corresponde à


frequência com que os dentes da serra a tocam. Dado que
Exercício 11

a frequência de rotação da serra é f = 4.500 rpm, ou seja,


f = 75 Hz, a frequência de vibração da madeira será
f = 20 $ 75 Hz  ]  f = 1.500 Hz , que, na tabela dada,
corresponde à frequência aproximada da nota musical fá#.
Alternativa c.
Suplemento de revisão 9

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

12 (UFMG) Dois diapasões, ao serem acionados, entram 16 (Unicamp-SP) É usual medirmos o nível de uma fonte
em ressonância somente se: sonora em decibéis (dB). O nível de dB é relacionado
a) suas amplitudes de vibração forem iguais. à intensidade I da fonte pela fórmula:
b) a frequência de um não for um múltiplo da frequên- I
cia do outro. Nível sonoro (dB) = 10 3 log10
I0
, em que I0 = 10212 W/m2
c) o período de um não for múltiplo do período do é um valor padrão de intensidade muito próximo do
outro.
limite da audibilidade humana.
d) suas frequências forem iguais.
Os níveis sonoros necessários para uma pessoa ouvir
e) eles sempre entram em ressonância.
variam de indivíduo para indivíduo. No gráfico a se-
13 (PUC-SP) Temos dois tubos sonoros, A e B, cheios de ar. guir, esses níveis estão representados em função da
A é aberto e B, fechado, sendo ambos de 85 cm de frequência do som para dois indivíduos, A e B. O nível
comprimento. Quais as frequências fundamentais, em sonoro acima do qual um ser humano começa a sentir
Hz, destes tubos, respectivamente, sabendo-se que a
dor é aproximadamente 120 dB, independentemente
velocidade de propagação do som no ar do interior dos
tubos é de 340 m/s? da frequência.

a) 100 e 200 c) 200 e 100 e) 400 e 300 120


b) 100 e 400 d) 300 e 400
A B
14 (FEI-SP) Uma fonte sonora, em repouso, emite som 100
com frequência de 1.000 Hz, no ar. Para que uma pes-
soa perceba esse som com uma frequência de 1.200 Hz, 80
Nível sonoro (dB)

ela deve aproximar-se da fonte com uma velocidade,


em m/s, igual a: 60
a) 34 c) 170 e) 408
b) 68 d) 340 40
Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s

20
15 (ITA-SP) Um automóvel, movendo-se a 20 m/s, passa
próximo a uma pessoa parada junto ao meio-fio. 0
A buzina do carro está emitindo uma nota de fre-
quência f = 2.000 kHz. O ar está parado e a velocidade 10 100 1.000 10.000
do som em relação a ele é 340 m/s. Que frequência o Frequência (Hz)
observador ouvirá:
a) Que frequência o indivíduo A consegue ouvir me-
I. quando o carro está se aproximando?
lhor que B?
II. quando o carro está se afastando?
b) Qual a intensidade I mínima de um som (em W/m2)
I II que causa dor em um ser humano?
a) 2,0 kHz 2,00 kHz c) Um beija-flor bate as asas 100 vezes por segundo,
b) 1,88 kHz 2,12 kHz emitindo um ruído que atinge o ouvinte com um
c) 2,13 kHz 1,89 kHz nível de 10 dB. Quanto a intensidade I desse ruído
d) 2,10 kHz 1,87 kHz precisa ser amplificada para ser audível pelo indi-
e) 1,88 kHz 2,11 kHz víduo B?
Suplemento de revisão 10

Física
Os fundamentos da física
Tema 17 Acústica

O fenômeno de ressonância está relacionado, nesse caso,


Exercício 12

ao aumento da intensidade do som produzido por um dos


diapasões. Para que isso ocorra, os dois diapasões devem
necessariamente oscilar na mesma frequência.
Alternativa d.

Para o tubo A, temos:


v 340
f= = 2 $ 0,85   `  f = 200 Hz
Exercício 13

2L
Para o tubo B, temos:
v 340
f= = 4 $ 0,85   `  f = 100 Hz
4L
Alternativa c.

Orientando a trajetória do observador para a fonte e


admitindo que a velocidade do som no ar seja de 340 m/s,
Exercício 14

temos:
v + vO 340 + v O
fe = f e v + v o  ] 1.200 = 1.000 d 340 n
som F

`  vO = 68 m/s
Alternativa b.

Orientando a trajetória do observador para a fonte,


temos:
Caso I
v + vO
fe = f d v - v n = 2.000 c 340 - 20 m = 2.125 
340
som F
Exercício 15

`  fe - 2,13 kHz
Caso II
v + vO
fe = f e v + v o = 2.000c 340 + 20 m =
340
F

= 1.888,8 
`  fe - 1,89 kHz
Alternativa c.

a) Observando que o gráfico está em escala logarítmica,


a faixa de frequências em questão está entre 20 Hz e
200 Hz.
I
b) A partir do enunciado: N = 10 log 
I0
I
Então: 120 = 10 3 log    `  I = 1 W/m2
10-12
I
c) A partir da relação N = 10 log , calcula-se a
I0
intensidade do som (I) emitido pelo bater das asas do
Exercício 16

beija-flor:
I
10 = 10 log -12   `  I = 10211 W/m2
10
No entanto, dado que a frequência do som é de
100 Hz, a intensidade mínima (Imín.) do som que
o indivíduo B deveria receber para conseguir
detectá-lo é:
Imín.
30 = 10 log  -12   `  Imín. = 1029 W/m2
10
Imín. 10-9
Logo: = -11   ]  Imín. = 100 I
I 10
Ou seja, a intensidade I deve ser amplificada
100 vezes.

Você também pode gostar