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É o conjunto de normas jurídicas que o Estado estabelece para combater o crime,
através das penas e medidas de segurança.

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É uma ciência cultural e normativa
Cultural porque indaga o dever ser, com regras de conduta que devem ser
observadas por todos no respeito aos interesses sociais.
Normativo, pois o objetivo é o estudo da Lei, da norma do direito positivo.
O Direito Penal positivo é valorativo, finalista e sancionador.
Valorativo porque tutela os valores mais elevados da sociedade, valorando os fatos
de acordo com sua gravidade.
Finalista, pois visam à proteção dos bens e interesses jurídicos merecedores da
tutela mais eficiente que só podem ser eficazmente protegidos pela ameaça legal
de aplicação de sanções de pena.
E Sancionador porque aplica a sanção prevista na lei penal, proporcional à infração
cometida.

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O Direito Penal Objetivo é o conjunto de normas que regulam as ações do Estado,
define os crimes e estabelece as respectivas sanções ou penas.
O Direito Penal Subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi). Ele aplica o
jus puniendi de acordo com a s normas estabelecidas no Direito Penal Objetivo.

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O Direito Penal Comum é aquele que se aplica a todas as pessoas e aos atos
delitivos (crimes e contravenções) em geral. É aquele previsto no Código Penal, nas
leis penais aplicáveis a qualquer pessoa comum.
E o Direito Penal Especial é aquele que se aplica a uma determinada classe de
pessoas e a certos atos ilícitos. O Código Penal Militar e o Eleitoral sujeito a Justiça
Eleitoral são alguns exemplos.

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a Casos de crime envolvendo menor. A qualidade do menor definida no Código
Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente, leis do Direito Civil.
2 No caso de tutela e patrimônio, através dos tipos penais contra o patrimônio.
3 O estado civil do infrator e a idade são estabelecidos por dispositivos do Direito
Civil.
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No caso do Artigo 5 da Constituição Federal
XL- A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
XLI- A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei.
LXI- Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

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No direito penal estudam-se as normas, em que o criminoso infringe a uma norma
penal e deve ser sancionado conforme a sanção prevista ao caso concreto.
Na Criminologia se busca um conhecimento profundo do conjunto de estudos que
compõem a enciclopédia das ciências penais. O delito o delinqüente. Não
encarados de ponto de vista. O criminoso é tido como um ser biológico e agente
social, influenciado por fatores genéticos e por injunções externas.

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Divide-se em dois grandes ramos: a Biologia Criminal e a Sociologia Criminal.
Na Biologia Criminal estuda-se o crime como fenômeno individual , ocupando-se
das condições naturais do homem criminoso em seu aspecto físico, fisiológico e
psicológico. Inclui os estudos da Antropologia, Psicologia e Endocrinologia Criminal.
Tomando o crime como um fato da vida em sociedade, a Sociologia Criminal estuda-o
como expressão de certas condições do grupo social.

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- Psicologia Individual-> Estuda o Delinqüente isoladamente.
- Psicologia Coletiva-> Tem por objetivo o estudo da criminalidade das multidões
em especial.
- Psicologia Forense, ou judiciária-> Estudo dos participantes do processo judicial
(réu, testemunhas, advogado, vítima etc.)

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Fonte, em sentido figurado, significa origem, princípio, causa. Quando se fala


em fontes do Direito Penal, está-se estabelecendo de onde provém de onde se
origina a lei penal. As fontes podem ser materiais (ou substanciais, ou de
produção), se informa a gênese, a substância, a matéria de que é feito o Direito
Penal, como é produzido, elaborado; e formais (ou de conhecimento, ou de
cognição), se referem ao modo pelo qual se exterioriza o direito, pelo qual se dá
ele a conhecer.
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Não. É inadmissível, a utilização da analogia para criar ilícitos penais ou aplicar
juspuniendi.

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Sim. Pois é o resultado dos estudos levados a cabo pelos juristas como escopo de
analisar e sistematizar as normas jurídicas, elaborando conceitos, interpretando
leis, emitindo juízos de valores e respeito do conteúdo das disposições legais e
apontando sugestões de reforma do Direito Vigente.

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Cesare Beccaria -> Dos delitos e das penas

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As ideias defendidas por Lombroso acerca do "criminoso nato" preconizavam que,


pela análise de determinadas características somáticas seria possível antever
aqueles indivíduos que se voltariam para o crime.

Se, naturalmente, com a sucessiva especificação das ciências, estas ideias


revelaram-se passíveis de complementação - especialmente pela ciência
sociológica, então em franca ascensão - Lombroso exerceu ainda por muito tempo,
após as críticas que lhe foram feitas, importante influência no Direito Penal do
mundo, sendo dos primeiros a defender a implantação de medidas preventivas ao
crime, tais como a educação, a iluminação pública, o policiamento ostensivo - além
de outras tantas ideias inovadoras referentes à aplicação das penas. Especialmente
na América Latina, encontramos até os anos a30 seguidores da Escola
antropológica italiana.

O sociólogo-criminal socialista Enrico Ferri - à antropologia criminal lombrosiana,


gerando uma nova ordem de estudos científicos sobre o crime: inicialmente,
chamou-se sociologia criminal, e depois, criminologia como hoje nós a
conhecemos.
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Leis penais restritivas de direito, leis que substituem penas de reclusão e de
detenção (lei 720).
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Demonstrando a necessidade de reforma das leis penais, Beccaria inspirado na


concepção do Contrato Social de Rousseau, propõe novo fundamento à justiça
penal: um fim utilitário e político que deve, porém, ser sempre limitado pela lei
moral. São os seguintes os princípios básicos pregados pelo filósofo que, não
sendo totalmente original, firmou em sua obra os postulados básicos do Direito
Penal moderno, muitos dos quais adotados pela Declaração dos Direitos do
Homem, da Revolução Francesa:
a. Os cidadãos, por viverem em sociedade, cedem apenas uma parcela de sua
liberdade e Direitos. Por essa razão, não se podem aplicar penas que atinjam
direitos não cedidos, como acontece nos casos da pena de morte e das sanções
cruéis.
2. Só as leis podem fixar as penas, não se permitindo ao juiz interpretá -las ou
aplicar sanções arbitrariamente.
3. As leis devem ser conhecidas pelo povo, redigidas com clareza para que
possam ser compreendidas e obedecidas por todos os cidadãos.
4. A prisão preventiva somente se justifica diante de prova da existência do
crime e de sua autoria.
5. Devem ser admitidas em Juízo todas as provas, inclusive a palavra dos
condenados (mortos civis).
6. Não se justificam as penas de confisco, que atingem os herdeiros do
condenado, e as infamantes, que recaem sobre toda a família do criminoso.
7. Não se deve permitir o testemunho secreto, a tortura para o interrogatório e
os juízos de Deus, que não levam à descoberta da verdade.
8. A pena deve ser utilizada como profilaxia social, não só para intimidar o
cidadão, mas também para recuperar o delinqüente.

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Lombroso pai da antropologia criminal. Registrou suas experiências vividas em


cárceres, onde estudou o homem delinqüente, período criminológico que vem depois
da escola critica. Que o criminoso era doente e já nascia criminoso. As ideias
defendidas por Lombroso acerca do "criminoso nato" preconizavam que, pela análise
de determinadas características somáticas seria possível antever aqueles indivíduos
que se voltariam para o crime.
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Na época do descobrimento, vigorava em Portugal, as Ordenações Afonsinas, logo


substituídas pelas Manuelinas em a5a2.

Foram, porem, as Ordenações Filipinas nosso primeiro estatuto. Refletia as


Ordenações Filipinas o direito penal daquela época que tinha como principio,
incutir o temor pelo castigo. O "morra por ello" se encontrava a cada passo com a
pena de morte comportando varias modalidades. Havia a morte dada
simplesmente na forca (morte natural); a precedida de tortura (morte natural
cruelmente); a morte para sempre, em que o corpo do condenado ficava suspenso
e, putrefazendo-se, vinha ao solo, ficando até que os ossos fossem recolhidos pela
Confraria da Misericórdia, o que se dava uma vez por ano; a morte pelo fogo, ate o
corpo ser feito em pó. Cominados também eram os açoites com ou sem baraço e
pregão, o degredo para as Galés ou para a África e outros lugares, mutilação das
mãos, da língua, queimaduras com tenazes ardentes, capela de chifres para os
maridos tolerantes, polaina vermelha para os alcoviteiros, o confisco, a infâmia, a
multa etc.

Quanto ao crime, era confundido com o pecado e com a mera ofensa à moral.
Começava pela incriminação dos hereges e apóstatas, prosseguindo com a punição
dos feiticeiros, dos que benziam cães etc. Realce especial merecia o crime de lesa
majestade, comparável a lepra, infamando também os descendentes.

Consagravam amplamente as Ordenações a desigualdade de classes perante o


crime, devendo o juiz aplicar a pena segundo a gravidade do caso e a qualidade da
pessoa: os nobres, em regra, eram punidos com multa, aos peões ficavam
reservadas as penas mais cruéis e humilhantes.

Ao lado da preocupação com a pessoa do soberano, da confusão do crime com o


pecado, e com a falta moral, vê-se a atenção que o legislador dispensava aos fatos
sexuais, enumerando-os em extensa lista, alguns até estranhos e, estendendo a
interdição aos contatos carnais de infiéis e cristãos, ainda com intento de defesa
religiosa.

Tentativas de modificar a legislação do reino houve e, as mais importantes


consistiam nos projetos de Código Penal que nunca foram convertidos em lei, ou
por não resistir as críticas das Comissões Revisoras, ou porque só eram lembrados
com receio, diante dos fatos da Revolução Francesa.

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