UDP – User Datagram Protocol

Resumo: Este documento mostra as características de um dos protocolos da Camada

de Transporte: o UDP (User Datagram Protocol), apresentando também, suas
vantagens e desvantagens. Por ser não orientado à conexão, ou seja, sem
confiabilidade, é altamente recomendável para conexões que priorizam a velocidade.
Ao final deste artigo compreende-se que apesar de não ser considerado o melhor para
conexões que necessitam de alguma segurança, o UDP pode ser um grande aliado aos
interessados em agilidade na transmissão de informação.

Palavras-chave: UDP. Protocolo. Velocidade.

Abstract: This document shows the characteristics of Protocols of Transport Layer:

UDP(User Datagram Protocol) also presenting their advantages and disadvantages.
Because it is not connection-oriented, ie, withoutreliability, it is highly recommended
for connections that emphasize speed.At the end of the article it is understood that
although not considered the best for connections that need some security, UDP can be
a great ally for those interested inagility in the transmission of information.

Key-words:UDP.Protocol.Speed.

Segundo Comer (1998), no UDP

1. Introdução
Conforme Torres (2009), o UDP
(User Datagram Protocol) não é um
protocolo de transporte de conexão
confiável, ou seja, não é recomendável
usá-lo na necessidade de transmissão de
documentos importantes., pois, não há a
verificação dos pacotes, se chegaram
intactos, em ordem ou se foram
perdidos antes de atingir o seu destino.
não há algo que indique que os pacotes
foram bem recebidos, não põe em
ordem as mensagens que chegam e
não manipula a velocidade com que os
dados são transmitidos. Enfim, ou
haverá perda de pacotes, ou serão
duplicados ou chegarão ao destino com
falhas.
Apesar das características
apresentadas serem consideradas
negativas em relação ao UDP, ele
apresenta um ponto positivo: agilidade.
Isso é óbvio, pois o tamanho de pacotes
UDP comparado com o de TCP
(Transmission Control Protocol), é
“bem menor”, e o protocolo que
estudaremos não confirma o
recebimento desses pacotes, acelerando
a transmissão. O UDP não tem de
esperar uma resposta para poder enviar
o próximo datagrama (TORRES, 2009).
2. Características
2.1 Datagrama
Segundo Comer (1998), um
datagrama é uma mensagem UDP,
constituindo-se de duas partes:
cabeçalho e área de dados UDP. A
Figura 1 mostra como é o cabeçalho:
Porta de Origem Porta de Destino
UDP UDP
Comprimento de Soma de verificação
Mensagem UDP UDP
Dados
...
Figura 1 - Fonte: Figura 12.1 O formato dos
campos em um datagrama UDP. Pag. 202,
Comer (1998).
O campo Porta de Origem
reconhece a aplicação para onde serão
enviados os pacotes recebidos. Se não
existir esse campo, ele será zerado.
(Comer,1998). Na Porta de Destino há o
endereço para onde as mensagens
devem ser enviadas. (Postel, 1980).
Em relação ao tamanho, existe o
Comprimento de mensagem UDP, que
mostra quantos bytes há no cabeçalho e
na “área de dados” do UDP (Torres,
2009).
2.1.1 Detecção de Erros
É através do campo Soma de
verificação ou Checksum, que se
identifica se um pacote foi bem
recebido ou não.
Segundo Casad e Willsey
(1999), como se trata do UDP, a soma
de verificação, geralmente realizada por
meio de números binários, será feita
através dos seguintes fatores: um
pseudocabeçalho, o cabeçalho UDP e os
dados UDP, além de incluir a
possibilidade de preencher com octetos
zero, como forma de se obter um
“tamanho par de octetos”.
O cabeçalho UDP e os dados
UDP utilizados são aqueles vistos
anteriormente. Já o uso de um
pseudocabeçalho se deve ao fato de não
existir no cabeçalho UDP os “endereços
IP de origem ou destino” e serem
encontrados no pseudocabeçalho
(“sequência de valores extraídos do
cabeçalho IP”). Com o endereço IP do
destino, o receptor pode indentificar
algum problema com um datagrama, se
ele foi entregue corretamente.
“As somas de verificação”
realizadas no transmissor e verificadas
no receptor fazem com que este perceba
se houve alguma alteração no datagrama
recebido (CASAD; WILLSEY, 1999).
2.2 Multiplexação de Aplicação
De acordo com Comer (1998),
esse procedimento acontece através das
portas existentes entre os emissores e os
receptores de datagramas. Primeiro, o
programa receptor ganha um número de
porta do sistema operacional. Em
seguida, ele já pode enviar um
datagrama UDP, carregando no campo
Porta de Origem, no cabeçalho UDP, o
número de porta que lhe foi dado.
Enquanto isso, o UDP, processa os
datagramas recebidos, enviando-os às
portas de destino, realizando a
demultiplexação.
3. Vantagens no uso de UDP
A principal vantagem em se
utilizar o UDP é a agilidade com que ele
pode transmitir os dados. Essa
transferência rápida dá-se pelo fato do
“pacote de dados” ser pequeno em
relação ao do TCP e também porque,
quando o referido protocolo é o UDP,
não há uma confirmação na chegada de
pacotes, evitando que o transmissor
aguarde para enviar um próximo pacote,
transformando em ágil o processo
(TORRES, 2009).
4. Desvantagens ao usar o UDP
O protocolo UDP não abre e
fecha conexões, não confirma ao
transmissor quando recebe um pacote,
não reenvia datagramas perdidos ou
modificados, não coloca em ordem
pacotes recebidos fora de ordem
(CASAD; WILLSEY, 1999).
Conforme cita Comer (1998),
para utilizar o UDP, o “programa
aplicativo” deve estar ciente de que
poderá ter vários problemas como: falta
de confiabilidade, perda de
“mensagens”, duplicação, atraso no
recebimento, transmissão com falhas e a
perda da conexão.
5. Streaming
Streaming é um meio de
transmitir pacotes multimídia pela rede,
como áudio e vídeo. Um exemplo bem
conhecido são as transmissões ao vivo
de jogos, eventos e shows pela internet.
O UDP é um dos protocolos
utilizados para realizar essa passagem
de dados, pois eles não necessitam que
sejam enviados constantemente, mesmo
na ocorrência de falhas.
6. Conclusão
Através deste documento houve
a tentativa de mostrar o significado, as
qualidades e os defeitos, e a forma de
utilização de um dos protocolos da
camada de transporte, o UDP (User
Datagram Protocol).
Na elaboração deste artigo, em
algumas referências, que mencionam o
UDP, à disposição dos autores, existia
pouco conteúdo sobre ele. Daí surgiu o
interesse em relatar por meio deste, os
atributos do protocolo. Com isso, há a
ideia de fornecer maior conhecimento
em relação a ele e proporcionar
discussões a seu respeito.
7. Referências
COMER, Douglas E. Interligação em
rede com TCP/IP. Volume I:
Princípios, protocolos e arquitetura.
Tradução de ARX Publicações. Rio de
Janeiro: Campus, 1998.
CASAD, Joe; Willsey, Bob. Aprenda
em 24 horas TCP/IP. Tradução de
Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Campus,
1999.
TORRES, Gabriel. Redes de
Computadores. Rio de Janeiro:
Novaterra, 2009.
POSTEL, J. RFC 768 – User
Datagram Protocol. 1980. Disponível
em:<http://tools.ietf.org/html/rfc768>.
Acesso em: 24/05/2011.
AGUIAR, Breno. Streaming,
transmissão em tempo real. 2010.
Disponível em:
http://www.artigonal.com/internet-
artigos/streaming-transmissao-em-
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em:24/05/2011.