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2017.

1 Álgebra Linear A - MAT1250 1 TEORIA DE CONJUNTOS

Pontifí ia Universidade Católi a do Rio de Janeiro


Álgebra Linear A - MAT1250

AULA 01 - 07/MAR

Um pou o de teoria de onjuntos e o Rn Ultima Revisão1 : 2 de Março de 2017 09:48

Resumo
Nessa primeira aula do urso, trazemos um iní io (muito) bási o de teoria de onjuntos e uma primeira onversa
sobre o terreno onde todo o urso a onte erá: o Rn . Começamos, também, a xar notação. Tenha MUITA
atenção om a notação. É om ela que vo ê vai es rever Matemáti a e é mandatório que vo ê es reva om
pre isão.

1 Teoria de Conjuntos
A Teoria de Conjuntos se baseia em três noções primitivas ( oisas que não podem ser denidas e que se assume
que todos sabem o que signi a). São elas:

• Conjunto: uma  oleção de objetos;

• Elemento: os objetos do onjunto;

• Relação de pertinên ia: uma maneira de dizer tal elemento perten e a tal onjunto. (Notação ∈)

Exemplo 1.1. Alguns onjuntos onhe idos: Naturais (N), Inteiros (Z), Ra ionais (Q), Reais (R) e Complexos
(C).

Existem várias maneiras de des rever um onjunto. Algumas delas são:

• Listando todos seus elementos entre haves:

A = {aluno 1, aluno 2, ..., aluno 69}

B = {... − 4, −2, 0, 2, 4...}


Q = {uma or, ar o-íris , dinossauro, raiz de jiló, feijão tropeiro}

• Exibindo propriedades que ara terizam os elementos do onjunto:

P = {x ∈ Z | existe k∈Z om x = 2k}


[1, 2] = {t ∈ R | t ≥ 1 e t ≤ 2}

• Exibindo a  ara dos elementos do onjunto (é também uma forma de lista):

H = {2k | k ∈ Z}
Rn = {(a1 , . . . , an ) | ai ∈ R para todo i = 1, . . . , n}

Uma das tarefas mais orriqueiras na Matemáti a é de idir se um elemento perten e ou não a um onjunto.

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Elaboração: Alessandro Gaio e Otavio Kaminski. Edição: Otavio Kaminski. Reporte erros para: kaminskimat.pu -rio.br

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2017.1 Álgebra Linear A - MAT1250 2 O ESPAÇO RN

• Roberval ∈ A? • −18 ∈ B ? • 8 ∈ Q?

• 50 ∈ P ? • 35 ∈ P ? • 37 ∈ H ?

• 10 ∈ [1, 2]? • 0, 5 ∈ [1, 2]? • (π, 3) ∈ R3 ?

Denição 1.1 (Relação de in lusão). Dizemos que o onjunto A está ontido no onjunto B (Notação: A ⊂ B ) se

x∈A⇒x∈B

ou seja, perten er a A impli a em perten er a B. Ou ainda, que todo elemento de A é também elemento de B.

Denição 1.2 (Igualdade de onjuntos). Dizemos que o onjunto A é igual ao onjunto B (Notação: A = B) se

A⊂B e B ⊂ A.

Exemplo 1.2. Seja S = {x ∈ Z | existe k ∈ Z om x = 4k}. S ⊂ P ? Para veri ar isso devemos testar a validade
da armação x ∈ S ⇒ x ∈ P . Se x ∈ S , então x = 4k para algum k ∈ Z. Mas x = 4k = 2(2k), ou seja, x = 2h
om h ∈ Z (nesse aso h = 2k ), logo x ∈ P . Portanto, S ⊂ P .

Note que a pergunta do exemplo a ima é a mesma que Será que todo múltiplo de 4 é também múltiplo de 2?. A
resposta é óbvia, mas es revê-la om rigor matemáti o exige uidado.

Denição 1.3 (Operações om onjuntos). Sejam A⊂C e B ⊂ C. Denimos:

• União: A ∪ B = {x ∈ C | x ∈ A ou x ∈ B}

• Interseção: A ∩ B = {x ∈ C | x ∈ A e x ∈ B}

• Complementar: Ac = {x ∈ C | x 6∈ A}

2 O espaço Rn
Formalmente, um vetor do Rn é uma lista ordenada de n números reais:

u = (a1 , . . . , an ), ai ∈ R.

Os números a1 , . . . , an são as oordenadas do vetor u. O espaço Rn é o onjunto de todas essas listas ordenadas:

Rn = {(a1 , . . . , an ) | ai ∈ R para todo i = 1, . . . , n}.

Vo ê deve estar se perguntando: Até agora estávamos usando as palavras elemento e  onjunto. O que o Rn tem
de espe ial para o hamarmos de espaço e seus elementos de vetores? (Di a: não tem nada a ver om setinhas.)
A razão para isso é que o Rn não é um mero balaio heio de elementos dentro. Existe uma forma de operar dois
n n
elementos do R e fabri ar um ter eiro elemento ainda em R . Há também uma maneira de operar um elemento
n n
do R om um número real e riar outro elemento ainda em R . Essas operações são assim denidas:

Sejam u = (a1 , . . . , an ), v = (b1 , . . . , bn ) e λ ∈ R.

1. Soma: u + v = (a1 + b1 , . . . , an + bn )

2. Produto por número: λu = (λa1 , . . . , λan )

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Essas duas operações induzem uma estrutura ao onjunto que nos permitirá extrair muito resultados interessantes.

Exemplo 2.1. É simples assim!

• (1, 2) + (3, −π) = (4, 2 − π)


√ √
• 5(1, 3, −2, 7) = (5, 15, −10, 5 7)

• 2(3, 6, 21 ) − 4(1, −1, 0) = (2, 16, 1)

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