Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIVISÃO DE ENSINO
1202RP01
Código de Trabalho
CCEM 2008
Curso e Ano
MONOGRAFIA
4 set. 2008
DATA
CCEM 2008
CURSO
ECEMAR. Seu conteúdo, quando não for citada a fonte da matéria, reflete a
ECEMAR ou da Aeronáutica.
RESUMO
O presente estudo científico tem por objetivo identificar até que ponto as ferramentas
de gestão, atualmente utilizadas nas Bases Aéreas do Comando da Aeronáutica
(COMAER), permitem uma avaliação eficaz do desempenho de seus gestores. Para
tanto, utiliza como método uma abordagem dedutiva, com objetivo exploratório,
através de pesquisa bibliográfica e documental, de natureza qualitativa. Após uma
breve introdução, inicia-se com as definições dos termos eficiência, eficácia e
economicidade, considerados como fundamentais ao entendimento de um
planejamento estratégico. O capítulo 3 explora a contextualização desses conceitos,
diretamente afetos à mensuração de desempenho, em relação aos preceitos legais.
O capítulo 4 traz o referencial teórico aplicado à pesquisa, qual seja, uma das
metodologias mais amplamente utilizadas no mundo corporativo. O capítulo explora
a avaliação de desempenho através da perspectiva de dois renomados estudiosos,
Robert Kaplan e David Norton, que criaram uma das ferramentas mais utilizadas
para gestão estratégica, o Balanced Scorecard – BSC. A avaliação de desempenho
nas Bases Aéreas do COMAER é descrita no capítulo 5, resultado de pesquisa
documental extraída dos Programas de Trabalho Anual da Unidade Gestora
(PTUG), e dos Relatórios de Gestão de duas dessas Unidades, nos anos de 2005 a
2007. Foram escolhidas a Base Aérea de Santa Cruz (BASC) e a Base Aérea do
Galeão (BAGL) pela importância de ambas no contexto operacional da Força Aérea
Brasileira (FAB), sendo essas Unidades perfeitamente capazes de refletirem a
realidade das demais Bases do COMAER. O capítulo 6 se detém na análise
minuciosa dos dados coletados, de maneira a possibilitar a resposta à questão
objetivo desta pesquisa. Apresenta, ainda, os resultados desse levantamento, que
identificam a dicotomia entre o planejamento e os instrumentos de mensuração
utilizados pelas Bases Aéreas, e a conseqüente ineficácia dessas medidas. Conclui-
se, no capítulo 7, que as Bases Aéreas não dispõem de ferramentas adequadas que
possibilitem medir a qualidade da atuação dos gestores, em resposta à questão de
pesquisa formulada.
Palavras-chave: Planejamento estratégico. Avaliação de desempenho. Balanced
Scorecard. Indicador de desempenho de gestão.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 06
2 CONCEITUAÇÕES.............................................................................. 10
2.1 EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E ECONOMICIDADE................................... 10
3 ASPECTOS LEGAIS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO............... 12
3.1 ÂMBITO FEDERAL.............................................................................. 12
3.2 COMANDO DA AERONÁUTICA.......................................................... 13
4 A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NO MUNDO CORPORATIVO.... 14
4.1 A ORIGEM DO BALANCED SCORECARD......................................... 15
4.2 FUNDAMENTOS DO BSC................................................................... 16
4.3 MAPAS ESTRATÉGICOS.................................................................... 28
5 A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NAS BASES AÉREAS.............. 31
5.1 O PROGRAMA DE TRABALHO DAS BASES AÉREAS...................... 32
5.2 O RELATÓRIO DE GESTÃO............................................................... 41
6 ANÁLISE DE DADOS.......................................................................... 48
7 CONCLUSÃO....................................................................................... 53
REFERÊNCIAS.................................................................................... 56
6
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITUAÇÕES
Identificação Satisfação
das das
necessidades necessidades
do cliente dos clientes
Após a definição dos objetivos que devem ser alcançados para que as
estratégias sejam cumpridas, as empresas necessitam de ferramentas que
acompanhem os esforços de seus gestores nessa direção. Dessa forma, ao
contrário de simplesmente atestar, ao final de um período, se os resultados foram ou
não atingidos, é possível direcionar os esforços, durante o processo, para garantir
que esses resultados sejam favoráveis, dentro da estratégia proposta. Deve-se,
portanto, utilizar indicadores de desempenho.
22
Vetores de
Indicadores Estratégicos de
Desempenho
Objetivos Estratégicos Resultado
(Indicadores de
(Indicadores de Ocorrência)
Tendência)
24
Perspectiva Financeira
F1- Corresponder às
Expectativas dos
Acionistas
Desempenho dos
Aquisição/Retenção Corretores (versus
C2- Atender aos Objetivos dos (versus plano) plano)
Segurados (versus plano)
Pesquisa de Opinião
Perspectiva Interna para Verificar o Nível
de Satisfação dos
Segurados
I1- Desenvolver Negócios em Aquisição/Retenção
Mercados-alvo (por seguimento)
Índice de Despesas
Despesas
Desenvolvimento
Produtividade dos Gerenciadas
L2- Melhorar Acesso a Funcionários de Pessoal
(versus plano)
Informações Estratégicas
conhecimento dos resultados que deve alcançar, e que esses resultados servirão de
medida para a avaliação de seu desempenho, o colaborador concentrará toda a sua
capacidade e esforço para cumprir suas metas.
Na definição dos indicadores, um dos maiores desafios é o
desenvolvimento da cultura estratégica na organização. Nesse enfoque, devem ser
definidos indicadores em número suficiente para monitorar e avaliar a estratégia,
sem, contudo, criar uma quantidade superestimada de variáveis, que dificultem sua
implementação. A figura 6 exemplifica indicadores estratégicos da National
Insurance, indicando as relações de causa e efeito entre as diversas perspectivas.
O Exército Brasileiro, através do Sistema de Medição de Desempenho
(SMD), utiliza-se de vários indicadores para acompanhamento das estratégias
estabelecidas. O SMD prevê uma Ficha de Indicador de Desempenho (fig. 7), onde
são descritas as unidades de medida, o responsável pelo estabelecimento de metas,
os referenciais comparativos, a metodologia de medição, entre outras características
de cada indicador utilizado.
26
Para cada indicador, deve ser definida uma meta, qual seja um valor ou
medida capaz de quantificar ou qualificar a estratégia. No caso de um indicador de
participação de mercado, por exemplo, considerando que a empresa detenha 15%
desse mercado, pode ser definido como meta o percentual de 20%, em um
determinado prazo, representando uma estratégia de crescimento de 5%.
As metas devem guardar, prioritariamente, consistência com a estratégia.
Devem, ainda, ser factíveis, sob o risco de perderem credibilidade.
Uma incompatibilidade entre o que se deseja e o que se pode (tanto
tecnicamente quanto em termos de recursos humanos treinados e
motivados e procedimentos) desestimula as pessoas na busca desse
desempenho esperado. (COSTA, 2006, p. 62).
COMPRA DE EQUIPAMENTOS,
ANÁLISE E IMPLANTAÇÃO DE RENOVAÇÃO TÉCNICA DOS
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE E TREINAMENTO ESPECIALIZADO, E
MÉTODOS INOVADORES NO PROCEDIMENTOS DE GESTORES CONTINUAMENTE FRESHFOOD A VERIFICAR
AGREGAÇÃO DE VALOR AO PRODUTO IMPLANTAÇÃO DE NOVAS TÉCNICAS DE
NEGÓCIO PRODUÇÃO E DO NEGÓCIO
GESTÃO NO MERCADO DE FOODSERVICE
de forma clara, simples e objetiva. A Força Aérea dos Estados Unidos, a Força
Aérea Norueguesa e o Ministério da Defesa Britânico (JESUS, 2006, p. 42) utilizam
o BSC. No Brasil, o Exército Brasileiro já possui um sistema de medição de
desempenho baseado no BSC, o já citado Sistema de Medição de Desempenho
Organizacional.
Fica evidente, portanto, a importância de que se reveste a avaliação de
desempenho no mercado corporativo. Trata-se de uma questão de sobrevivência
para as empresas aplicar a gestão estratégica, tendo foco no médio e longo prazo, e
não mais apenas baseada no imediatismo do curto prazo. Planejamento e estratégia
são palavras de ordem no cenário da globalização, onde o valor e a diferenciação
percebidos pelo cliente significam a permanência no mercado.
As organizações públicas brasileiras já começam a se alinhar a essa
tendência, fazendo uso de metodologias para medir a eficiência e eficácia de suas
gestões. Desta forma, esta pesquisa prossegue identificando, no próximo capítulo,
as ferramentas utilizadas nas Bases Aéreas do COMAER, para avaliar o
desempenho de seus gestores.
31
b) aquisição de software;
c) substituição de equipamentos; e
d) realização de cursos específicos.
SAÚDE:
a) aprimorar o serviço das juntas de saúde;
b) realizar palestras ;
c) realizar campanha de doação de sangue;
d) implementar programa de prevenção de perdas auditivas;e
e) aumentar capacidade de atendimento da odontologia (8 consultórios).
SUPRIMENTO E MANUTENÇÃO:
a) receber, estocar e distribuir material aeronáutico;
b) prestar contas mensalmente;
c) desempenhar as atividades de provisão de combustíveis;
d) reforma de instalações (com custo estimado); e
e) aquisição de equipamentos (com custo estimado).
MATERIAL BÉLICO:
a) padronização da instrução de tiro;
b) aquisição de pessoal;
c) realização de cursos específicos;
d) reforma de instalações; e
e) cumprir o programa de instrução.
ESQUADRÃO DE SIMULAÇÃO E INSTRUÇÃO:
a) formação de instrutores do simulador;
b) vôo de simulador para oficiais estrangeiros;
c) promover visitas técnicas a outros simuladores; e
d) diminuir a ociosidade do equipamento em 50%.
BATALHÃO DE INFANTARIA:
a) reforma de instalações;
b) realizar manobra militar;
c) aquisição de equipamentos;
d) implantar estágio operacional para aspirantes; e
e) realização de cursos específicos.
Em 10 de junho de 2006, a BASC aprovou o PTUG para aquele mesmo
ano. Em relação ao ano de 2005, as metas praticamente se mantiveram as mesmas.
Desconsiderando as alterações no setor de pessoal, que passaram das 129 (cento e
36
vinte e nove) para 5 (cinco) metas, as demais 259 (duzentos e cinqüenta e nove)
metas sofreram apenas 8 (oito) alterações, ou seja, pouco mais de 3%.
O setor de suprimento e manutenção, por exemplo, incluiu a seguinte
meta:
a) buscar a disponibilidade de, no mínimo, 60% das aeronaves.
A área de inteligência trouxe também uma meta que merece destaque:
a) capacitação técnico-profissional do pessoal do setor.
As demais alterações mantiveram o mesmo enfoque do ano anterior, com
significativa ênfase em aquisição de equipamentos, reforma de instalações, e
execução de tarefas de rotina.
Em 30 de abril de 2007, a BASC aprovou seu PTUG para aquele ano, já
mostrando um enfoque diferenciado. Inicialmente, traz a descrição do cenário
desenvolvido pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), do qual está
diretamente subordinada. Em seguida, descreve algumas premissas básicas,
aspectos conjunturais, concepções de comando e define orientações específicas do
III COMAR para as Unidades a ele subordinadas.
Prossegue o PTUG descrevendo as concepções do comando da
Unidade, e definindo tarefas gerais e específicas para os setores da administração.
Em seguida, lista as metas de cada esquadrão, à semelhança dos anos anteriores.
Seguem alguns exemplos.
COMUNICAÇÃO SOCIAL:
a) divulgação dos fatos mais importantes ocorridos na unidade;
b) apoio a visitas no interior da base;
c) apoio a comemoração do aniversário da unidade; e
d) acompanhar, sempre que possível e/ou necessário, os resultados
obtidos através das ações realizadas.
INVESTIGAÇÃO E JUSTIÇA:
a) reforma de instalações;
b) aquisição de equipamentos; e
c) capacitação técnico-profissional.
TECONOLOGIA DA INFORMAÇÃO:
a) reforma de instalações;
b) aquisição de equipamentos; e
37
PESSOAL:
SAÚDE
a) dinamizar a campanha de combate à dengue, treinando dois agentes
por esquadrão (jul/07).
b) otimizar a vacinação, incluindo os idosos e dependentes, com apoio
da secretaria municipal de saúde (fev. a dez. de 2007)
c) implementar o programa de prevenção de perdas auditivas (out. de
2007).
38
aos créditos recebidos no exercício. Nesse detalhamento são informadas, para cada
Programa de Trabalho, as dotações de crédito aprovadas, o quanto desse crédito foi
executado no exercício, e se houve algum saldo não executado. Continua o
Relatório de Gestão com a descrição dos objetivos e metas físicas para os
programas. Cada Programa de Trabalho recebe uma justificativa para sua aplicação
na Unidade, e são descritos os indicadores ou parâmetros de gestão, e seus
respectivos resultados. Finaliza-se o Relatório de Gestão com uma análise crítica do
resultado alcançado na execução dos programas, e a determinação de medidas
implementadas e a implementar, com vistas ao saneamento de possíveis disfunções
estruturais.
Desde o ano de 2005, o modelo de relatório vem sofrendo algumas
alterações, mas o conteúdo permanece como citado acima. Em razão do objeto de
interesse da presente pesquisa, a apresentação dos dados coletados será restrita à
descrição dos objetivos, metas e seus indicadores. Serão selecionados alguns dos
objetivos, de forma a elucidar a forma como são elaborados, bem como suas
correlações com as metas, e os indicadores de desempenho utilizados para
mensurar a eficiência e a eficácia da gestão.
As figuras abaixo guardam correspondência com os PTUG das Unidades
pesquisadas, viabilizando a análise, no próximo capítulo, do que foi planejado, a
execução das ações, e a metodologia usada para medir o desempenho.
43
deficiências idênticas. Como esses resultados são medidos tendo como parâmetro
exclusivamente a execução orçamentária, não há como haver mudanças ou
progressos significativos. Não há medida corretiva que o gestor possa realizar, que
se contraponha às restrições orçamentárias impostas pela economia do País.
Denota-se, então, que os indicadores estão avaliando o desempenho do gestor
somente no aspecto de execução do orçamento, e não de gestão.
Todos os resultados mensurados, bem como os objetivos definidos, têm
como escopo a Lei de Orçamento Anual, com seus respectivos programas de
trabalho, projetos e atividades, e não os PTUG. As informações coletadas se
referem exclusivamente à execução orçamentária e, embora permeiem
conceitualmente a gestão estratégica, através de objetivos, metas e indicadores, não
se relacionam com os programas de trabalho das Unidades.
As Bases Aéreas planejam sua gestão, através do PTUG, e definem suas
metas. Apesar dos aspectos positivos apontados nesta pesquisa, trata-se de um
planejamento de pouca efetividade. Não há mensuração dos resultados alcançados,
não há estratégia deduzida em objetivos estratégicos, nem tão pouco há ações que
se traduzam em qualidade, ou em aperfeiçoamento dos processos. Os gestores, por
mais inovadores ou eficazes que sejam, não têm a oportunidade de verificar, através
de ferramentas adequadas, as conseqüências de seus atos. Os processos de
gestão, por vezes altamente qualificados, com efeitos significativos para a
administração, passam despercebidos. Ações corretivas, muitas vezes
imprescindíveis, podem não estar sendo tomadas, já que o desenvolvimento da
gestão não é acompanhado por indicadores. Esse relatório, que ensaia uma
avaliação de desempenho, restringe-se exclusivamente aos resultados da execução
orçamentária, tal qual a motivação que levou Kaplan e Norton a desenvolverem o
Balanced Scorecard no início dos anos 90.
Assim, após a análise dos dados coletados na presente pesquisa, pode-
se obter o conhecimento inequívoco acerca da avaliação de desempenho nas Bases
Aéreas do COMAER, a ser comentado de forma conclusiva no próximo capítulo.
53
7 CONCLUSÃO
Esta pesquisa iniciou-se, após uma breve introdução, com a definição dos
conceitos de eficiência, eficácia e economicidade, indispensáveis ao entendimento
do assunto. Seguiu-se, no capítulo 2, com a contextualização do tema, a avaliação
de desempenho, em seus aspectos legais, desde a Constituição Federal, passando
por instruções normativas do TCU, até a legislação específica do COMAER.
Após a definição mais apurada desses conceitos, no capítulo 3, foi trazido
do mundo corporativo o referencial teórico para embasamento do trabalho. O
capítulo 4 explorou a avaliação de desempenho através da perspectiva de dois
renomados estudiosos, Robert Kaplan e David Norton, que criaram uma das
ferramentas mais utilizadas para gestão estratégica, o Balanced Scorecard – BSC.
Buscou-se não descrever a mecânica de implantação dessa ferramenta, muito mais
abrangente do que fora tratado nesta pesquisa, mas tão somente sua lógica e
aplicabilidade na mensuração de resultados. Mostrou-se que, através da definição
da missão da organização, a razão de sua existência, e da sua visão, que se traduz,
segundo Serra, Torres e Torres, na “percepção das necessidades do mercado e os
métodos pelos quais uma organização pode satisfazê-las” (2007, p. 42), deve ser
estabelecida uma estratégia. Essa estratégia, decomposta em objetivos estratégicos
dentro de quatro perspectivas específicas, necessita de acompanhamento durante
sua aplicação, sob pena de não alcançar seus propósitos (visão). Esse
acompanhamento se dá através de instrumentos de avaliação, denominados
indicadores de desempenho, aos quais correspondem metas específicas, com as
características de serem factíveis, simples e quantificáveis.
Após a identificação do referencial teórico como norteador da pesquisa,
foram descritos, no capítulo 5, os dados referentes à pesquisa documental realizada
em duas das maiores Bases Aéreas do COMAER, a Base Aérea de Santa Cruz e a
Base Aérea do Galeão, escolhidas pela magnitude e importância no universo
estudado. Exemplos de objetivos, metas e indicadores de desempenho deixaram
evidentes as técnicas e os parâmetros utilizados pelos gestores, no que diz respeito
54
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define,
não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”.
REFERÊNCIAS