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E APROVADA EM
______________________________________________________
PAULO EMÍLIO MATOS MARTINS
Doutor em Administração
______________________________________________________
ALEXANDRE LINHARES
Doutor em Pesquisa Operacional
______________________________________________________
ALAELSON VIEIRA GOMES
Doutor em Engenharia de Materiais
2
AGRADECIMENTOS
A Nilsa e Francisco, por terem se preocupado, antes de tudo, com minha saúde e minha
felicidade.
A Marcelo, Michelle, Alessandra, Taís, Breno, Marlon e Caio, pela alegria motivadora
que provaram só o ambiente familiar poder proporcionar.
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RESUMO
Este estudo tem como objetivo analisar alguns dos programas e medidas
adotados pelo Exército Brasileiro, bem como suas eventuais contribuições, para a
modernização da sua Logística. Para isso, enfoca um dos principais instrumentos de
apoio logístico da Força, o Serviço de Intendência, abordando algumas das funções
exercidas por este Serviço que configuram a atual concepção da Logística Militar
Terrestre. Esse processo de modernização se desenvolve principalmente por meio de um
programa de excelência estabelecido para todo o Exército que visa, dentre outros
fatores, a adoção de práticas gerenciais que conduzam a um melhor desempenho
operacional e à melhoria da qualidade dos produtos e serviços da Instituição: o
Programa Excelência Gerencial do Exército Brasileiro (PEG-EB). Neste ensaio, a
Logística é considerada peça-chave do sucesso organizacional e um dos principais
fatores de diferencial competitivo das empresas, relacionado diretamente à redução de
custos e ao aumento do nível de serviço prestado aos clientes. Para a Força Terrestre, o
aperfeiçoamento e atualização da doutrina logística despontam como prioridade para a
consecução dos seus objetivos, enfatizando principalmente a necessidade da integração
de suas atividades logísticas, a fim de otimizar os recursos disponíveis, reduzir custos e
priorizar suas ações. Na busca de uma abordagem integrada para sua logística, o
Exército criou um órgão central com a incumbência de coordenar toda a cadeia de
suprimento de suas Unidades: o Departamento Logístico (D Log). Este órgão coordena,
de forma centralizada, grande parte das funções logísticas de emprego da Força. Conclui
afirmando que o desenvolvimento dessa mentalidade de integração interna das
atividades vai permitir uma racionalização nos processos de gestão, um acréscimo nos
índices de disponibilidade de material das organizações militares e, conseqüentemente,
um ganho de operacionalidade para o Exército Brasileiro.
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ABSTRACT
This study has the purpose to analyze some of the programs and measures
adopted by the Brazilian Army, as well as eventual contributions, for the modernization
of its Logistics. Thus, focus one of the main devices of logistic support of the Forces,
the Quartermaster, approaching some roles performed by this Service that comprises the
current conception of the Army Logistics. This modernization process is mainly
developed through a excellence program implemented for the whole Army aiming,
amongst other factors, the adoption of managerial practices leading to a better
operational performance and to the improvement of the Institution' services and
products quality: the Managerial Excellence Program of the Brazilian Army (PEG-EB).
Here, the Logistics is deemed as key part for the organizational success and one of the
main factors of competitive differential of companies, directly related to costs reduction
and increase in the level of services provided for the customers. For the Army, the
improvement and update of logistic doctrine emerge as priority for achieving the goals,
especially focusing the need to integrated the logistics activities, in order to optimize the
resources available, reduce costs and prioritize its actions. While searching for an
integrated approach for its logistics, the Army created a central body with the
responsibility to coordinate all the supply chain of its Units: the Logistic Department (D
Log). This body centrally coordinates a major segment of logistics functions in the
Forces. The conclusion states that the development of this mentality about the internal
integration of activities will allow a rationalization of the management process,
increasing the indexes of availability of material from military organizations, and
consequently a serviceability gain for the Brazilian Army.
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LISTA DE QUADRO
LISTA DE GRÁFICO
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
2.1 O PROBLEMA....................................................................................................... 18
2.1.1 Objetivos................................................................................................... 19
2.1.2 Delimitação do Estudo............................................................................. 19
2.1.3 Relevância do estudo................ ............................................................... 20
. .
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CONCLUSÃO..............................................................................................................107
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Seria muito provável que, caso houvesse a conveniência das pessoas viverem
próximas dos lugares em que estivessem as matérias-primas e a produção de bens e
serviços, a logística seria esvaziada de sua importância. Todavia, o fenômeno da
globalização gerou, e gera cada vez mais, o rompimento das fronteiras entre países,
fazendo com que fornecedores e consumidores estejam em lugares muito distantes.
1 O professor Paulo Emílio Matos Martins, orientador deste trabalho, ressaltou, em depoimento a este
autor, a importância do estado da evolução do pensamento logístico para melhor compreensão da arte.
13
É sabido que o mundo viveu, no século XX, mais precisamente após o término
da II Guerra Mundial, um período intenso de conflitos. As guerras Árabe-Israelenses, a
guerra do Vietnã, a guerra Irã-Iraque, a guerra das Malvinas, a guerra do Golfo, o
conflito dos Bálcãs e a guerra no Afeganistão são exemplos desse período.
Observando esses episódios, nota-se que seu desfecho nem sempre pendeu para
o lado do contendor supostamente mais forte. Da mesma forma, verifica-se que
enquanto algumas guerras duraram poucas semanas, outras se prolongaram por vários
anos. Nos últimos conflitos, observa-se também que alguns exércitos foram
surpreendidos por seus adversários quanto ao desenvolvimento tecnológico de seus
meios de combate ou apoio ao combate. As táticas de combate adotadas na última
grande guerra foram novamente aplicadas com sucesso em algumas situações e ao
mesmo tempo, outras vezes, foi a razão de seu fracasso. Diante disto, conclui-se que o
combate nos dias atuais adquiriu características especiais.
Com base nesse pensamento, a partir do início dos anos 90, a doutrina de
logística foi assunto de estudos continuados no Estado-Maior do Exército (EME) e nos
estabelecimentos de ensino do Exército, particularmente na Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), que
freqüentemente sugerem atualizações nos manuais que tratam de logística. Da mesma
forma, notou-se a necessidade de estruturar a logística da Força Terrestre em tempo de
paz, o mais próximo do exigido em tempo de guerra. A partir daí, o Exército Brasileiro
deu um novo enfoque sistêmico à sua logística após a aprovação do Manual de
Campanha Logística Militar Terrestre, em 1993.
logísticas do Exército.
CAPÍTULO 2
O PROBLEMA E A METODOLOGIA
2.1 O PROBLEMA
2.1.1 Objetivos
O objetivo final deste estudo é analisar, tendo por base o Programa Excelência
Gerencial do Exército Brasileiro, algumas das medidas adotadas pela Força, bem como
suas eventuais contribuições, para o processo de modernização do seu sistema logístico,
principalmente aquelas relativas ao Serviço de Intendência.
diz respeito à identificação das funções e atividades logísticas. Assim, não serão objeto
deste estudo as logísticas militares dessas Forças.
Por fim, cabe ressaltar que as atividades logísticas do Exército Brasileiro são
exercidas, principalmente, pelo Serviço de Intendência, pelo Quadro de Material Bélico
e pelo Serviço de Saúde. No entanto, será dada ênfase aos assuntos relativos ao
funcionamento, organização e emprego do Serviço de Intendência, por ser considerado
este o instrumento principal de execução das principais atividades logísticas da Força
Terrestre.
A logística, em tudo isso, desponta como a atividade que pode criar a diferença
com os concorrentes e oferecer uma vantagem competitiva para a organização. Para as
organizações militares, o assunto apresenta significativa relevância, na medida que um
sistema logístico militar integra duas realidades extremamente complexas: homem e
instituição. Para essas organizações, isso exige a compreensão de fatores como
desempenho, valorização das pessoas, melhoria e aprendizado contínuos, e satisfação do
21
2.2 A METODOLOGIA
CAPÍTULO 3
Trata este capítulo de apresentar estudos já realizados por outros autores sobre a
Logística, destacando sua origem, evolução e atualidades, bem como abordando alguns
eventos de importância histórica, como a revolução da microeletrônica e a globalização,
que influenciaram no desenvolvimento da Logística até os dias atuais.
Em grande parte das obras pesquisadas, seus autores afirmam que o termo em
discussão provém do antigo substantivo latino logisticus, utilizado para designar os
técnicos das finanças, controladores, contabilistas, intendentes do Exército romano ou
bizantino encarregados de efetuar o pagamento às tropas. Outros autores afirmam que,
na Grécia, ao tempo da dominação romana, o termo designava o membro de uma
comissão de dez cidadãos, escolhidos à sorte, anualmente, que se encarregavam de
verificar as contas dos magistrados. Há, ainda, autores que afirmavam que logística
27
deriva da palavra grega logistikos, que teve acepção, na era clássica, de “método de
vida” ou modo de viver (DEL RE, 1955; CAMINHA, 1982; CAMPOS, 1952).
Tudo indica que Jomini inspirou-se no título de major général des logis –
atribuído ao oficial francês encarregado de prover alojamento, suprimento, dirigir as
marchas e colocar as colunas das tropas francesas no terreno - para criar uma primeira
definição de logística militar como sendo tudo ou quase tudo, no campo das atividades
militares, exceto o combate (DEL RE, 1955).
Del Re (1955) afirma que, após o seu pioneiro emprego em 1836 com o
sentido militar atual, o termo “logística" caiu no esquecimento. Napoleão Bonaparte,
assim como os grandes generais que o precederam, nunca usou esse termo, não
querendo isto dizer que Bonaparte nunca empregou a logística. Afirma ainda este autor
que Napoleão “empregou-a e o fez genialmente” (p. 51), apenas não designou o
conjunto das atividades dos serviços, com essa expressão genérica.
logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas
condições desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa”
A economia mundial é caracterizada nos dias atuais pela troca e fluxo quase
que instantâneos de informação, capital e comunicação. Esses fluxos regulam o
consumo e a produção. A dependência dos indivíduos em relação aos novos modos de
fluxo informacional dá um enorme poder de controle sobre a sociedade àqueles que
estão em posição de controlá-los.
era, advinda de uma revolução silenciosa, mas que está aqui, agora, e está fazendo cada
vez mais barulho, venha tomar o seu lugar: a Era da Logística.
36
A primeira era denominada “do campo ao mercado”, teve seu início situado na
virada para o século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A
principal preocupação, no caso, era com questões de transporte para escoamento da
produção agrícola.
37
Funções integradas
Era da especialização
Economia agrária
Figura 3.1 – Evolução do Pensamento Logístico (Kent e Flint, apud Fleury et al. , 2000)
Fonte: Fleury et al. , 2000
A era seguinte, estendendo-se do início dos anos 80 até meados dos anos 90,
corresponde ao “foco no cliente”, com ênfase na aplicação de métodos quantitativos e
qualitativos às questões logísticas, com o objetivo final de atender as necessidades e
satisfazer as expectativas de seus clientes. Seus principais focos são as questões de
produtividade e custos de estoque. É exatamente neste período que se irá identificar uma
intensificação do interesse pelo ensino e pesquisa da Logística nas escolas de
administração.
A quinta era, que vai de meados da década de 90 até o presente, tem ênfase
estratégica, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: “A logística como elemento
diferenciador”. Identificada como a última fronteira empresarial em que se podem
explorar novas vantagens competitivas, é ai que surge o conceito de Supply Chain
Management, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço na tecnologia da
informação. Esse período implica e implicará maior preocupação com as interfaces,
dentro das organizações, entre as diferentes funções, além de maior destaque das
considerações logísticas no mais alto nível de planejamento estratégico das corporações.
O período entre 1980 e 2000 foi marcado por grandes transformações nos
conceitos gerenciais, especialmente no que toca à função de operações. O momento da
qualidade total trouxe consigo um conjunto de técnicas e procedimentos como o Just in
Time (JIT), Kanban2 e o Controle Estatístico de Processo (CEP).
2. Ferramenta conhecida na forma de um cartão utilizado para esclarecer a produção (Fleury et al., 2000).
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O que parece claro é que esses novos conceitos chegaram para ficar. Os
resultados obtidos pelas empresas que já conseguiram implementá-los com sucesso são
uma garantia de que estes não são apenas “modismos gerenciais”, mas algo que vem
crescentemente despertando a atenção da alta cúpula gerencial nas grandes e mais
modernas organizações internacionais.
3. Sobre a integração externa da logística militar pode ser citado Taguchi (1999), que realizou um estudo
sobre a integração da logística entre as três Forças Armadas brasileiras.
44
Uma abordagem integrada para a logística minimiza estas falhas. Com esta
abordagem, o processo logístico é visto como um canal de atividades inter-relacionadas.
A questão da abordagem de canal é fazer com que todo silo não seja visto como uma
peça isolada, mas como em elo crítico para o sucesso de toda a cadeia, o desempenho
individual ainda é importante tanto como o trabalho em equipe e a integração. Cada elo
deve estar disposto a trabalhar com os outros e ocasionalmente fazer sacrifícios no seu
próprio desempenho final para o bem comum.
CAPÍTULO 4
• Defender a Pátria;
• Garantir a lei;
• Garantir a ordem;
• Cooperar com o desenvolvimento nacional;
• Cooperar com a defesa civil e;
• Participar de operações de paz.
DI REÇÃO
G ERAL
PESSOAL
COMANDO
LO GÍSTICA
O PERACION AL
MOBI LIZAÇÃO
E NSIN O
Nas antigas batalhas, as grandes colunas lutavam com o que seus homens
podiam carregar “nas costas” e as preocupações logísticas não iam além do
equipamento e do suprimento. Do vestuário ao armamento, passando pelo equipamento
e alimentação, todo o necessário para combater e para a sobrevivência era transportado
pelo homem, o que os tornavam elementos bastante pesados, dificultando a
movimentação das tropas.
Para Campos (1952), a logística é o ramo dos conhecimentos militares que tem
por fim proporcionar às Forças Armadas os meios humanos e materiais necessários para
satisfazer as exigências de guerra.
Castro (1991, p.69) expõe o termo como “a ciência dos transportes e dos
suprimentos, na guerra. É arte de colocar um número exato de homens, no lugar certo,
no tempo certo, com o equipamento adequado”. Continuando, afirma: “uma boa
Logística, isoladamente, não vence uma guerra é bem verdade, mas uma Logística má
por si só constitui a causa da perda dessa guerra” (p.70).
Assim, admite-se que tenham sido as lutas dos homens pré-históricos, já bem
mais adiantados do que o troglodita, as precursoras dos conflitos organizados e, de
degrau em degrau, chega-se às lutas das grandes coletividades e das colisões de povos,
cujos engenhos bélicos são a resultante da grande evolução no campo da ciência e de
todos os ramos do saber e das atividades humanas (LANNING, 1999).
Ainda segundo Del Re (1955), o crescente ritmo acelerado dos efetivos, a partir
do reinado de Luiz XIV, deu lugar a que os dirigentes, antes de recrutar os homens que
iriam engrossar as fileiras do Exército, pensassem sobre a forma de alimentá-los e vesti-
los. A alimentação do homem armado estava a cargo exclusivo dos governos e, nesses
tempos, estava fora de cogitação deixá-lo viver em detrimento da população civil.
Diante desse novo quadro militar, surgiu uma organização à parte para prover a
subsistência dos exércitos, cujos efetivos dependiam do número de homens que o
inimigo contrapunha e da capacidade do Estado para mantê-los. Assim, as necessidades
vitais do homem (alimento, abrigo e locomoção) eram assistidas por um segmento mais
recente em sua organização e funcionamento regular do que as armas-base de combate,
mas, na verdade, existente desde o alvorecer do mundo: o Serviço de Intendência, ou,
simplesmente, a Intendência.
De acordo com Lanning (1999), Ciro foi além da assistência primária a seus
homens, preocupou-se, particularmente, com a saúde da sua tropa, fazendo seguir
médicos com os seus exércitos. A partir daí, a Intendência se amplia e começa a
esboçar-se a Logística, que se originou daquela como a estratégica emanou da tática.
Por isso, hoje em dia, Intendência e Logística, freqüentemente, se superpõem e se
confundem em termos militares.
No que diz respeito à alimentação da tropa, o sistema não tinha mudado, até
que, em 1821, foi criado o Comissariado Militar do Brasil, instituição destinada a
prover necessidades dos corpos, em gêneros.
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Por fim, em 1919, chega ao Brasil a Missão Militar Francesa que, entre outras
realizações, teve uma participação efetiva na criação do Serviço de Intendência. Sob
influência francesa, em 1º de outubro de 1920, pelo decreto n.º 14.385, foi aprovado o
regulamento para o Serviço de Intendência da Guerra. Este decreto, bem como a data
de sua aprovação, são considerados como os de criação do atual Serviço de Intendência
do Exército Brasileiro.
No Sistema Econômico-Financeiro:
No Sistema Logística:
Sim, porque não faltavam soldados, nem material bélico. Prova disso foi o
desastre da expedição Moreira César, que proporcionou farto remuniciamento para os
jagunços. Faltaram recursos de subsistência, indispensáveis aos militares que, nas
condições apresentadas, tiveram de enfrentar, além dos insurretos, o isolamento no
sertão abrasador e a fome.
CAPÍTULO 5
Peter F. Drucker
de importantes missões brasileiras levadas a efeito no exterior, como foi o caso das
Operações Moçambique, Angola, Timor Leste e, recentemente, Haiti.
Não se trata, com isto, de se estabelecer uma logística de curto prazo, mas de
aceitar imposições realistas, procurando adquirir desde já o preparo para apoiar a tropa
nas suas reais possibilidades de emprego. Para o caso do Brasil, o cenário mais
provável, no contexto atual, é o de defesa da integridade do território nacional,
compreendendo para isto ações defensivas e, possivelmente, ações ofensivas limitadas,
fora deste território.
• Recursos Humanos;
• Manutenção;
• Saúde;
• Suprimento e;
• Transporte.
A fim de estar sempre pronta a atender sua principal demanda com o Emprego
Operacional da Força Terrestre, a função logística de manutenção atua balizada por
parâmetros, como o aumento da disponibilidade, o aumento da confiabilidade e a
redução dos custos da manutenção.
Segundo Neiva Filho (2001), para atender a essa finalidade, esse sistema tem
que possuir algumas características, tais como:
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SUPRIMENTO INSTALAÇÕES
Armazém de Víveres
Classe Armazém de Forragens
Subsistência Armazém Central de Rç Operacionais
Complexo de 7 Câmaras Frigoríficas
Depósito de Fardamento e Calçados
Classe
Equipamento Ind e Roupa de Cama
Intendência
Mobiliário e Eqp em Geral
Classe Depósito de Material Permanente
Engenharia Depósito de Material de Consumo
Classe Depósito de Material Permanente
Comunicações Depósito de Material de Consumo
Classe Depósito de Suprimento de Saúde
Saúde
Classe Depósito de Peças de Vtr
Motomecanizção Depósito de Oléos e Lubrificantes
c. seleção e;
d. gerência de transportes.
77
Raimundo Nonato Barreto Rosa, com sua moderna frota de viaturas é capaz de levar o
suprimento até a cidade de Manaus em 15 dias.
Com esses meios, tem capacidade para transportar, de uma única vez, cerca de
200 toneladas de suprimento. Eventualmente, contrata o concurso de empresas civis do
ramo. Isso ocorre particularmente quando há urgência na chegada ao destino dos artigos
a transportar ou quando o transporte com meios orgânicos for antieconômico.
MENOS DE 10 ANOS
18% ENTRE 11 E 20 ANOS
MAIS DE 20 ANOS
64%
CAPÍTULO 6
Com tudo isso, os produtos e serviços certamente não eram os melhores, mas
isso também não era fundamental, já que o modelo não privilegiava a obtenção de
resultados, mas apenas o cumprimento das normas e a obediências às ordens.
80
A gestão baseada em processos deve ser orientada para atender aos usuários do
Exército, ou de cada OM, com vistas a atingir os objetivos estabelecidos no escopo da
88
missão e dos planejamentos da Força e de cada OM. Deve ser destacado que coube ao
EME propor uma definição dos macroprocessos do Exército.
Cada ODS, ODG e Cmdo Mil A estabeleceu seus respectivos indicadores com
os correspondentes gráficos e tabelas. Softwares mais modernos foram adotados para
facilitar o gerenciamento de macroprojetos e projetos e conter os principais indicadores
de desempenho, possibilitando aos comandantes melhores condições de decidir sobre
determinado assunto ou questão.
Bases do SIMATEx
6. Sistema concebido para propiciar aos países signatários da OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) uma maneira padronizada para identificar, classificar e codificar item de suprimento.
94
CAPÍTULO 7
Setorial;
Com a criação do D Log, as diretorias que antes eram organizadas por serviços
técnicos, passaram a ser organizadas por funções logísticas. Esta mudança de
organização gerou significativas mudanças nas ligações do departamento de logística de
material com os diversos níveis de apoio logístico da Força Terrestre.
6. Na seção 7.2 serão abordados os materiais que não ficaram sob responsabilidade do D Log.
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Uma das principais razões para a criação deste órgão foi a necessidade de
integração entre a Logística Organizacional, inicialmente estruturada em serviços
técnicos, como Intendência, Material Bélico, etc., e a Logística Operacional, estruturada
por funções logísticas, como Suprimento, Manutenção e Transporte.
Dessa forma, O D Log não recebeu sob seus encargos as atividades referentes
às funções logísticas Recursos Humanos e Saúde. Tal fato ocorreu pela necessidade de
se manter à parte, em tempo de paz, o gerenciamento do principal componente da força
que é o seu pessoal. Por isso, coube ao Departamento Geral de Pessoal (DGP) a missão
de gerenciar e controlar todas as atividades relativas ao pessoal militar, naquilo que diz
respeito às funções logísticas citadas anteriormente.
DIRETOR EMP
SUBDIRETOR
SEÇÃO DE SEÇÃO DE
PLANEJAMEN REMONTA
SEÇÕES DE
A gestão dos materiais de emprego militar pelo D Log passará a ser efetiva a
partir do momento em que o SIMATEx estiver totalmente implantado. Este sistema,
como principal ferramenta gerencial da logística de material do Exército, vai permitir ao
D Log levantar necessidades de material, efetuar remanejamentos de itens, priorizar
distribuição de suprimentos, interferir nos processos de controle e de manutenção do
material. Por intermédio do SIMATEx, todas essas informações poderão ser facilmente
obtidas, com elevado grau de confiabilidade e de segurança, de modo adequado e no
momento desejado.
106
CAPÍTULO 8
CONCLUSÃO
Pode-se afirmar, pela análise realizada neste estudo, que o sistema de logística
do Exército, a semelhança de outras organizações brasileiras, encontra-se numa fase de
109
Indícios para esta afirmação não faltam. A terceira era, que trata da visão
integrada das questões logísticas, é o tema central deste estudo e suas razões foram
expostas no decorrer deste trabalho. Quanto à quarta era, cujo foco é a satisfação das
expectativas dos clientes, está sendo buscada a sua concretização na Força através do
Programa Excelência Gerencial do Exército Brasileiro, apresentado no capitulo 6 deste
trabalho como um dos principais impulsionadores da modernização das práticas de
gestão da Força e cujos principais objetivos são a melhoria do desempenho
organizacional e a satisfação de seus usuários.
Além disso, à medida que o Exército aumenta suas bases operacionais nas
mais diversas e inóspitas regiões do país, passa a demandar o desenvolvimento e a
implementação de estratégias logísticas baseadas no conceito de Logística Integrada,
estudado no capítulo 7, que obviamente irão requerer maior qualificação dos
profissionais da área.
A Logística Integrada tem como meta principal fazer com que cada unidade
técnica - como o Serviço de Intendência, o Quadro de Material Bélico e o Serviço de
Saúde, dentre os outros instrumentos da Logística do Exército - não seja vista como
uma peça isolada, mas como um elo crítico para o sucesso de toda a cadeia.
7. Exceto aqueles itens que, por suas características especiais, permaneceram sob gestão específica, como
é o caso, por exemplo, da Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx).
111
Finalmente, se a formação até agora nas escolas militares havia dado ênfase,
por default, aos conhecimentos específicos das unidades técnicas, os Serviços de
Intendência, Quadro de Material Bélico e outras existentes, com o alvo posto na
112
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, Pedro Cordolino F. de. História militar. Rio de Janeiro: Bibliex, 1998.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
DEL RE. Januário João. A Intendência militar através dos tempos. Rio de Janeiro:
Americana, 1955.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987.
LEAL, José de Fátima Moura. Uma nova concepção do apoio logístico. In: Revista do
Exército Brasileiro, Rio de Janeiro, vol. 132, 2. trim, 1995.
SUN TZU. A arte da guerra. Adaptação e prefácio de James Clavell. 31.ed. Rio de
Janeiro: Record, 2003.