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Apresentação
O projeto Interligados 2011 é uma realização do IF Goiano – Ceres (Instituto Federal Goiano –
Campos Ceres) juntamente com a UEG (Universidade Estadual de Goiás) com o apoio do CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e sob minha coordenação.
O mesmo visa oferecer o curso de Linux Básico, tendo em vista o grande crescimento desta
plataforma que hoje está sendo utilizada tanto por usuários finais como empresas e órgãos
governamentais pois, dentre suas muitas vantagens (que veremos no decorrer deste projeto), está
uma das primordiais que faz com que muitas das empresas utilizem e migrem para ela: ser gratuito.
O curso pode ser feito por todos aqueles que:
• Tenham pouco ou nenhum conhecimento sobre Linux, e deseja aprender mais;
• Prestar concursos públicos;
• Trabalham ou desejam trabalhar em empresas públicas;
• Trabalham ou desejam trabalhar em empresas privadas.
Espero que o curso lhe seja útil e lhe permita desfrutar de um grande número de oportunidades que
surgirão nesta área.
Atenciosamente,
Prof. Msc. Raphael Gomes – Coordenador
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Curso Linux Básico
Apostila para o Treinamento
Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
Você pode:
Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta
obra.
Qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde que você obtenha permissão do autor.
Para mais informações sobre esta licença, visite este endereço na Internet:
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/br/
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Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
Introdução – História do
1 Linux e Tipos de Licença
Apesar da ainda modesta utilização, o Linux está cada vez mais ocupando espaço como
Sistema Operacional devido às inúmeras vantagens que discutiremo no decorrer deste curso. Antes
de começarmos a colocar a mão na massa, vamos discutir um pouco da história deste Sistema e
explicar alguns tipos de licença de software disponíveis. No final deste capítulo você será capaz de
entender as diferenças entre um software proprietário e software livre.
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Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
www.sintel.net podemos ter uma ideia da variedade de softwares shareware e freeware disponíveis.
Os softwares freeware podem ser usados e eventualmente distribuídos gratuitamente, sem
limitações de tempo. O freeware não impõe nenhum pagamento ao seu autor, para seu uso. Algumas
vezes é adotado como parte de uma estratégia de marketing para promover produtos
complementares. Um exemplo clássico foi a estratégia adotada pela Microsoft quando
disponibilizou gratuitamente o navegador Internet Explorer, para conseguir market share e assim
alijar do mercado a Netscape e seu navegador, então distribuído no modelo de pagamento para
licença de uso. Os softwares freeware podem ser obtidos gratuitamente, mas não podem ser
modificados, porque são liberados apenas em código binário.
O software livre é diferente das modalidades tradicionais de comercialização e distribuição de
software por que é também distribuído em formato fonte, portanto legível e passível de ser alterado
e redistribuído pelos usuários. Além disso, seu autor outorga a todos o direito de usar, copiar, alterar
e redistribuir o programa. De maneira geral, são gratuitos quando copiados a partir de um site na
Web.
Em inglês existem duas expressões para designar o que estamos considerando como software livre.
O termo free software costuma causar alguma confusão na língua inglesa, porque a palavra free é
geralmente associada a grátis. A confusão é tanta que a Free Software Foundation, organização sem
fins lucrativos fundada em 1985 e voltada a divulgar o conceito de software livre, define o termo
"livre" do software livre como liberdade de uso, e não gratuidade: "Free software is a matter of
liberty, not price. To understand the concept, you should think of free as in free speech, not as in
free beer" ("Software livre é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito,
pense em livre como em liberdade de expressão, e não como em cerveja grátis").
Devido a essa confusão, foi criado o termo Open Source (código aberto) para eliminar a
ambiguidade da língua inglesa.
Em português não temos estes problemas de entendimento, pois livre não é igual a grátis. O mesmo
se aplica ao espanhol (software libre) e francês (logiciel libre). Nestas línguas não se adota termos
como código aberto ou software aberto. O termo que eles adotam é o similar ao nosso software livre
e esta é, portanto, a nomenclatura que geralmente adotamos para designar os programas que
oferecem liberdade de uso, modificação e distribuição.
É importante destacar que software livre não significa software de domínio público, mas aderente a
licenciamentos que em maior ou menor grau permitem as liberdades de usar, copiar, alterar e
redistribuir o programa.
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Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
era de que o Multics tivesse características de tempo compartilhado (vários usuários compartilhando
os recursos de um único computador), sendo assim, o sistema mais arrojado da época. Em 1969, já
exisita uma versão do Multics rodando num computador .
Ken Thompsom era um pesquisador do Multics e trabalhava na Bell Labs. No entanto, a empresa se
retirou do projeto tempos depois, mas ele continuou seus estudos no sistema. Desde então, sua idéia
não era continuar no Multics original e sim criar algo menor, mas que conservasse as idéias básicas
do sistema. A partir daí, começa a saga do sistema Unix. Brian Kernighan, também pesquisador da
Bell Labs, foi quem deu esse nome.
Em 1973, outro pesquisador da Bell Labs, Dennis Ritchie, rescreveu todo o sistema Unix numa
linguagem de alto nível, chamada C, desenvolvida por ele mesmo. Por causa disso, o sistema
passou a ter grande aceitação por usuários externos à Bell Labs.
Entre 1977 e 1981, a AT&T, alterou o Unix, fazendo algumas mudanças particulares e lançou o
System III. Em 1983, após mais uma série de modificações, foi lançado o conhecido Unix System
IV, que passou a ser vendido. Até hoje esse sistema é usado no mercado, tornando-se o padrão
internacional do Unix. Esse sistema é comercializado por empresas como IBM, HP, Sun, etc. O
Unix, é um sistema operacional muito caro e é usado em computadores poderosos (como
mainframes) por diversas multinacionais.
Qual a relação entre o Unix e o Linux, ou melhor, entre o Unix e Linus Torvalds?
Para responder essa pergunta, é necessário falar de outro sistema operacional, o Minix. O Minix é
uma versão do Unix, porém, gratuita e com o código fonte disponível. Isso significa que qualquer
programador experiente pode fazer alterações nele. Ele foi criado originalmente para uso
educacional, para quem quisesse estudar o Unix "em casa". No entanto, vale citar que ele foi escrito
do “zero” e apesar de ser uma versão do Unix, não contém nenhum código da AT&T e por isso pode
ser distribuído gratuitamente.
A partir daí, “entra em cena” Linus Torvalds. Ele era um estudante de Ciências da Computação da
Universidade de Helsinki, na Filândia e em 1991, por hobby, Linus decidiu desenvolver um sistema
mais poderoso que o Minix. Para divulgar sua idéia, ele enviou uma mensagem a um grupo pela
Usenet (uma espécie de antecessor da Internet. No mesmo ano, ele disponibilizou a versão do
kernel (núcleo dos sistemas operacionais) 0.02 e continuou trabalhando até que em 1994
disponibilizou a versão 1.0.. O Linux é um sistema operacional livre e é uma re-implementação das
especificações POSIX (padronização da IEEE, Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica) para
sistemas com extensões System V e BSD. Isso signfica que o Linux é bem parecido com Unix, mas
não vem do mesmo lugar e foi escrito de outra forma.
Mas porque o Linux é gratuito?
Linus Torvalds, quando desenvolveu o Linux, não tinha a intenção de ganhar
dinheiro e sim fazer um sistema para seu uso pessoal, que atendesse suas
necessidades. O estilo de desenvolvimento que foi adotado foi o de ajuda
coletiva. Ou seja, ele coordena os esforços coletivos de um grupo para a melhoria do sistema que
criou. Milhares de pessoas contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux,
simplesmente pelo prazer de fazer um sistema operacional melhor.
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GPL: a Licença Pública Geral GNU acompanha os pacotes distribuídos pelo Projeto GNU
(General Public License). É a mais utilizada, sendo adotada pelo Linux. Ela impede que o software
seja integrado em um software proprietário e garante os direitos autorais. Não permite que as
liberdades originais sejam limitadas, nem que sejam impostas restrições que impeçam a distribuição
da mesma forma que foram adquiridos.
BSD: a licença BSD foi inicialmente utilizada nos softwares da Berkeley Software Distribution. Ela
impõe poucas restrições sobre as formas de uso, alterações e redistribuição do software e, por isso, é
chamada de copycenter. O programa pode ser vendido e não precisa incluir o código fonte.
Copyleft: retira barreiras à utilização, difusão e modificação do software, mas impedem a utilização
não-autorizada. Ele requer que as alterações sejam livres, passando adiante a liberdade de copiá-lo e
modificá-lo novamente.
Software proprietário: é aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são proibidos pelo autor
em determinado grau. É necessário solicitar permissão ou pagar para utilizar. Pode ser freeware,
shareware, trial ou demo.
Freeware: software proprietário que é disponibilizado gratuitamente, mas não pode ser modificado.
Trial: versão de teste de vários softwares. É disponibilizada algumas funções, geralmente por 30
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Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
dias, para que o usuário experimente o programa para saber se ele atende às suas necessidades.
Demo: versão de demonstração, semelhante ao Trial. É possível usar o programa por um tempo ou
com apenas algumas funções disponíveis.
Open Source: o software de código aberto é aquele que disponibiliza seu código fonte e restringe-
se aos termos técnicos da questão. Pode ser livre, ou proprietário. Algumas empresas como IBM,
HP, Intel e Nokia investem em software de código aberto.
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Parte I – Introdução – História do Linux e Tipos de Licença
O Ubuntu é desenvolvido visando segurança. Você tem atualizações de segurança gratuitas por pelo
menos 18 meses para desktops e servidores. Com a versão de Longo Tempo de Suporte (LTS) você
tem três anos de suporte para desktops, e cinco anos para servidores. Não é cobrado nenhum valor
pela versão LTS, bem como qualquer outra, nós disponibilizamos livremente o melhor que podemos
oferecer para todos sob os mesmos termos. Atualizações para novas versões do Ubuntu são e
sempre serão gratuitas.
Tudo o que você precisa em apenas um CD, que lhe proporciona um ambiente completo e
funcional. Programas adicionais são disponibilizados através da Internet.
O instalador gráfico lhe permite ter um sistema funcional de forma rápida e fácil. Uma instalação
padrão deve levar menos de 30 minutos.
Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto para o uso. Na versão desktop você tem
um conjunto completo de aplicativos para produtividade, internet, imagens, jogos, entre outras
ferramentas.
Na versão servidor você tem tudo o que precisa para ter seu servidor funcional sem coisas
desnecessárias.
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Referências
http://www.brasilescola.com/informatica/historia-do-linux.htm
http://www.magnux.org/doc/GPL-pt_BR.txt
http://www.gnu.org/licenses/gpl.html
http://www.gnu.org/licenses/gpl-howto.pt-br.html
http://noticias.uol.com.br/mundodigital/softwarelivre/2004/09/15/ult2449u3.jhtm
http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/12/20/ult4213u266.jhtm
http://www.ubuntu-br.org/ubuntu
http://www.cultura.ufpa.br/dicas/linux/li-u-car.htm
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