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Alien RPGzine
Este zine é um projeto de criação coletiva produzido por:
Editorial
02
Colaborador da comunidade
Marcos Marques Pereira
Editorial
"Aqui neste universo a vida é dura e cheia de desafios. Ela é
cruel e implacável."
Esta é mais uma iniciativa de produção de zines do Aliança RPG,
contando sempre com a colaboração de parceiros que fazem a
revisão, diagramação e contribuem com material dentro das
comunidades rpgísticas, porém, agora a iniciativa é contribuir
em específico com a comunidade do Alien RPG. Você tem em mãos um
material criado com o intuito de estimular novas ideias para
suas aventuras ambientadas no universo de Alien. Você pode
explorar esse material da melhor forma possível, inclusive, se
você quiser, poderá contribuir com material para as próximas
edições. Desejo boa leitura e excelentes aventuras dentro desse
universo incrível e cheio de mundos sem leis das colônias na
Fronteira do espaço conhecido.
Tom AliançaRPG
02
Ilustração do Jorge Raphael
“No espaço ninguém te escuta gritar”
05
Oscar, de maneira completamente bronca, correu até a
Câmara de Fossicking. Os corredores do centro de prospecção
eram muito mal iluminados. Típico da Companhia, tentar
economizar energia da iluminação enquanto as brocas e
furadeiras gigantescas gastavam infinitamente mais.
Era possível escutar os passos de Oscar ecoando por toda
a estrutura. Era como se estivessem martelando uma chapa de
metal. Se ele tivesse alguma intenção de ser sorrateiro, ele
falhou miseravelmente. Ao adentrar a Câmara de Fossicking a
escuridão reinava. As luzes estavam completamente apagadas e
as tentativas de ligar o interruptor nada adiantaram.
Só seus batimentos cardíacos não conseguiam ser
escutados, pois havia o barulho das brocas no local. Seu
estômago estava revirado. O rapaz possuía uma deficiência de
flatulências, quanto mais nervoso ficava mais soltava gazes.
Fazia um esforço sobre-humano para permanecer em pé. Suas
pernas bambas o traíam.
Acendeu sua lanterna cautelosamente enquanto uma lágrima
escorria do seu olho direito sem que percebesse. A
iluminação se limitava a um círculo de menos de um metro de
diâmetro. Parecia vazio. Entretanto, uma pequena tonalidade
vermelha estava mais ao fundo da sala. Oscar soltou um
pequeno grunhido:
- Vi-Victoria?
O silêncio foi sua resposta.
Sabia que se retornasse para a capitã seria chamado de
covarde e confrangido. Seguiu adiante, mesmo com todas as
células de seu corpo indicando para não ir. Chamou mais uma
vez por Victoria, obtendo a mesma resposta. Conforme se
aproximava, conseguia notar que o rastro de sangue se
tornava maior. O rastro começava a ter pedaços de carne.
Oscar segurou a respiração e o esfíncter.
Uma mescla de carne moída na região das pernas com o
peitoral e a face desfigurada por ácido. Aquele ser que
estava ali não poderia ser reconhecido se não fosse pelo seu
crachá. Oscar tentou se aproximar para confirmar o que já
sabia. Quando leu “Victória”, golfou em cima do resto de
corpo da antiga companheira.
06
Olhou ao redor. Não via qualquer tipo de movimentação,
porém aquela sala cheia de instrumentos mecânicos fazia com
que o novato visse o Xenomorfo em todos os locais.
Tentando colocar a arma juntamente com a lanterna, igual
assistiu em diversos filmes, Oscar saiu correndo com maior
desespero que chegara. Tropeçou em uma broca, caindo no chão
e desligando a lanterna. Ficou tateando o chão até encontrá-
la e religá-la. Viu um vulto seguido de uma ventosidade
saída do próprio corpo. Ficaria com vergonha se não
estivesse completamente desesperado.
Ele queria estar errado, mas era o lendário Xenomorfo. A
capitã agora teria que acreditar. Chegou na sala dela
gritando.
- Capitã Mila! Capitã Mila! É ele! Eu juro! É o
Xenomorfo.
Entretanto, foi distraído por um pedaço do estômago da
capitã, que, enrolado em torno de seu pescoço a enforcava no
teto. Oscar começou a gritar de forma agoniada, socando as
pernas da capitã em uma histeria desenfreada. Apontava a sua
arma para todas as direções procurando a criatura.
Tamanho foi seu desespero que direcionou a arma para sua
própria cabeça. Neste momento, seu senso começou a retornar.
Ficava repetindo para si mesmo “pensa Oscar, pensa Oscar”
enquanto o suor escorria fazendo o papel de suas lágrimas.
Precisa avisar a companhia. Tem o módulo de fuga. Isso!
Talvez tenha chance. Agora com mais calma, olhou o corpo da
capitã. Destruída de uma forma teatral, com ácido em sua
face e peito. Maldita criatura!
Acessou o terminal da capitã e gravou uma mensagem
rápida para a Companhia:
- Aqui é Oscar! Fomos atacados pelo Xenomorfo! Todos
morreram! Só restei eu! Tentarei escapar pelo módulo de
fuga. Se não conseguir, diga a minha família que eu os amo.
Pôs-se a movimentar-se em direção ao módulo de fuga. Não
era longe, mas não com uma criatura dessa solta. Ele não
morreria ali. Não daquela maneira horrível.
07
Quando estava a cerca de cem metros do módulo de fuga,
viu um vulto passando a sua frente. Deu um tiro no reflexo.
Diante da morte certa, não existem corajosos e Oscar não era
particularmente aguerrido em qualquer momento.
Com os olhos repletos de lágrimas, somente repetia “não
quero morrer” enquanto sua arma tremia de tal forma que ele
não acertaria nem um alvo parado.
No momento que viu o vulto pela segunda vez, descarregou
todo o resto de sua munição no completo escuro. Ajoelhou-se
no chão de metal. Não possuía mais água em seu corpo para
excretar em forma de lágrima. Pelo menos, era o que ele
achava.
Quando levantou a cabeça, avistou o inconcebível e
soltou lágrimas de alegria:
- Oliver!
Jamais ficou tão feliz em ver o antigo companheiro. Sua
felicidade foi tão rápida quando o barulho seguinte. Oscar
sentiu um melado escorrendo de seu peito. Aquilo era seu
sangue!?
Caiu no chão. Estava completamente confuso. Oliver sacou
uma faca incomensurável e retirou um frasco com ácido de sua
bolsa. Oscar, completamente abstruso em seus últimos
momentos, só consegue perguntar:
- Por que, Oliver?
- Assim eu fugirei deste inferno e ainda ganharei o
seguro da companhia sozinho! Todos assustados com o lendário
Xenomorfo, enquanto a única criatura que nós realmente
devemos nos preocupar é o ser humano.
A última visão de Oscar foi o ácido sendo despejado em
seu rosto.
08
Ilustração do Jorge Raphael
Ordem da companhia (Premissa de aventura)
Projeto Invólucro
Por Tom AliançaRPG
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“Todos vão morrer. A única questão é como você
morre”.
Aventura: O clandestino
Local: Nave exploradora
Gancho:
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Área 2: Refeitório
- Cheiro de comida estragada
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Área 5: Compartimento de Carga
- Chão viscoso e corroído
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“É isso aí gente. É isso aí, o jogo acabou! O jogo
acabou!”
Estrutura de aventura
Aventura: Destino definido
Por Marcos Marques Pereira
Colônia sintética
PLANETA RS-3
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A TRIPULAÇÃO
MISSÃO PRINCIPAL
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Concluindo
Cyro Baylao
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Jorge Raphael
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