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E-Fólio B

Unidade curricular: Educação e Sociedade

Questão 1
O acesso à informação e ao conhecimento está em profunda transformação no contexto da sociedade
em rede, onde existe a necessidade de redefinir estratégias e metodologias educacionais, de modo que
se possa tirar partido das potencialidades dos espaços virtuais de educação à distância.
Parece consensual a necessidade de identificar e partilhar as melhores práticas, as estratégias eficazes,
bem como de garantir É neste âmbito que as redes sociais em educação, por exemplo os blogues ou
a plataforma da Universidade Aberta, cujos conteúdos permitem promover competências de educação
à distância dirigidas a públicos diversificados. Efetivamente, as redes sociais em educação
“proporcionam a formação de comunidades virtuais, que se reúnem em torno de interesses e objetivos
comuns”, (Henriques e Seabra, 2014, p 96). É nesse contexto que é constituída uma base adequada
para o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa em ambientes quer formais, quer não formais
ou informais.
As potencialidades das redes sociais em educação, assentam na ideia de que as aprendizagens são
resultantes de processos que envolvam e impliquem os próprios sujeitos, seguindo estratégias
colaborativas interpares.
As potencialidades educativas dessas comunidades virtuais, que se restringia até então à sala de aula,
são muitas: os conteúdos, o professor e os pares podem interagir sem delimitações do ponto de vista
do tempo e do espaço em ambientes virtuais de aprendizagem; desenvolvimento de trabalhos
colaborativos; interagir com conteúdos interativos. São ambientes virtuais de aprendizagem que
incitam o convívio, discussão e a partilha.

Questão 2
a) Segundo Duart e Sangrá, os vários modelos de E-learning podem ser classificados de três formas
distintas: mais centrados no professor, mais centrados na tecnologia, mais centrados no estudante.
Dos modelos destacados por Monteiro, Moreira e Lencastre (2015), o modelo de Community of
Inquiry de Garrison e Anderson é mais centrado no estudante; o modelo de Brown é mais centrado
no estudante; o modelo de interação em ambientes virtuais de Faerber é mais centrado no professor;
o modelo do e-moderador de Salmon é mais centrado no professor; o modelo de colaboração em
ambientes virtuais de Henri e Basque é mais centrado no professor; por fim, o modelo TPACK é mais
centrado na tecnologia.
b) Dos modelos de E-learning que estudei, o mais adequado à minha prática profissional é o modelo
TPACK. Visto que, sendo licenciado em Informática e professor na mesma área, lido com as novas
tecnologias todos os dias, seja em casa, na sala de aulas, ou em ambientes virtuais de partilha de
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informação, logo é mais lógico que adote um modelo mais centrado na tecnologia. Além disso, como
leciono numa escola profissional, a qual tem parcerias com várias entidades nacionais e
internacionais, existe a possibilidade de eu dar formações presenciais ou à distância a formandos
dessas entidades parceiras. Devido às razões acima mencionadas, é extremamente importante que eu
adote um referencial teórico que me dê suporte de como integrar as tecnologias da web 2.0 em
contexto de sala de aula.
Em termos teóricos, o TPACK advém da interseção de três tipos distintos de conhecimento: o
científico, ou seja, o conhecimento do professor acerca do conteúdo a ser ensinado ou aprendido; o
pedagógico, ou seja, o conhecimento do professor nos processos, práticas e métodos de ensino e
aprendizagem; e o tecnológico, ou seja, engloba o conhecimento acerca do trabalho com tecnologia,
ferramentas e recursos (Monteiro, Moreira & Lencastre, 2015, p 45). No centro do TPACK está a
dinâmica entre conteúdo, pedagogia e tecnologia e um ensino com tecnologia eficaz exige a
compreensão das relações de reforço mútuo entre estes três elementos em conjunto.
O domínio do TPACK impõe ao professor uma compreensão das técnicas pedagógicas que
possibilitam que as tecnologias sejam usadas para a construção do saber por parte do aluno e não
apenas como um apoio para ensinar. Espera-se que o professor seja capaz de tomar decisões
fundamentadas na planificação das suas atividades de ensino/aprendizagem com as tecnologias o que
pressupõe: a escolha dos objetivos, a tomada de decisões a nível pedagógico tendo em conta a
natureza da experiência, a seleção e sequência das atividades, a seleção de estratégias de avaliação
formativa e sumativa mais adequadas ao tipo de estratégia pedagógica adotada, a seleção de recursos
e ferramentas educativas que melhor ajudem os alunos a beneficiar das atividades de
ensino/aprendizagem planeadas (Sampaio & Coutinho, 2012, p 42).

Bibliografia:
• Henriques, S., & Seabra, F. (2014). Redes sociais em educação para a saúde: O caso da
prevenção do consumo de substâncias psicoativas; pp. 95-109. In Moreira, J. A., Barros, D.
M., & Monteiro, A. [coord.]. Educação a Distância e eLearning na Web Social.
• Monteiro, A., Moreira, J. A., & Lencastre, J. A. (2015). Blended (e)Learning na Sociedade
Digital.
• Sampaio, P. A. S. R., Coutinho, C. P. (2012). Avaliação do TPACK nas atividades de ensino
e aprendizagem: um contributo para o estado da arte. (URL:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/20896/1/333-887-2-PB.pdf consultado
a 12/01/2016).

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