ANÁLISE DE

VARIÂNCIA
Brenda Janielli
Clara Amorim Mozine
Júlia Rocha
Luisa Lacerda
Victor da Costa
 O QUE É ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA)?

● É um método para testar a igualdade de três ou mais médias populacionais,

baseado na análise das variâncias amostrais;

● Os dados amostrais são separados em grupos segundo uma característica

(fator).

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 O QUE É ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA)?

● A ANOVA permite fazer a comparação

global de diversas amostras ou
subamostras, minimizando a
probabilidade de erro amostral, já que,
conforme aumenta o número de
amostras, o total de comparações
entre pares aumenta
exponencialmente.

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 O QUE É TRATAMENTO?

● Fator (ou tratamento): é uma característica que permite distinguir

diferentes populações umas das outras. Cada fator contém dois ou mais
grupos (classificações);

● Normalmente, em um experimento, é utilizado mais de um tratamento;

● Os tratamentos são chamados de variáveis independentes;

● Em um experimento, um fator pode ter várias categorias que são

chamadas de níveis.

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EXEMPLO 1

◉ Amostras do consumo de combustível para 3 tipos de

carros, de marcas diferentes;

◉ Neste caso, temos amostras de 3 populações de carros;

◉ Temos um único fator: a marca, e esse fator se separa

em 3 categorias, cada uma das marcas.

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EXEMPLO 2

◉ Amostras do consumo de combustível para 3 tamanhos de

motor (1,5 L, 2,2 L e 2,5 L) e tipo de transmissão (manual
ou automática);

◉ Temos dois fatores: o fator tamanho do motor que contém 3

categorias: (1,5 L, 2,2 L e 2,5 L) e o fator tipo de
transmissão, que contém 2 categorias: (manual ou
automática).

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TESTES SOBRE VARIÂNCIA
Problema: saber se há diferenças
estatisticamente significativas entre os
desvios-padrão de duas amostras, ou seja, se
elas são ou não homocedásticas.

Em termos de teste de hipótese isso significa:

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PROPRIEDADES DA DISTRIBUIÇÃO F

● Família de curvas determinada pelos graus de liberdade no numerador e

no denominador (ν1 e ν2);

● São representadas graficamente de forma positiva;

● A área total sob cada curva de uma distribuição F é 1;

● Valores F são sempre iguais ou maiores que zero;

● Para todas as distribuições F, o valor médio de F é aproximadamente 1.

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EXEMPLO DE TABELA F: P = 5%

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PRESSUPOSTOS DA ANOVA

● Amostras aleatórias simples;

● Amostras independentes;

● Populações normais;

● As populações são homocedásticas.

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ETAPAS PARA APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA

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Em um experimento, existe o interesse em testar se há diferenças
entre as médias dos tratamentos, com base nas seguintes etapas:

1) ENUNCIAR AS HIPÓTESES:

H0: tratamento A = tratamento B = tratamento C

H1: pelo menos um dos tratamentos difere dos demais
ou seja
H0: µ1 = µ 2 = µ 3
H1: pelo menos uma das médias é diferente das outras

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2) ESTABELECER ALFA E GL:

O alfa representa a máxima probabilidade de erro que se tem ao rejeitar

uma hipótese e é chamado de nível de significância.
α = 5% = 0,05

O grau de liberdade representa o número de classes menos 1

Grau de liberdade dentro do tratamento: GLD = N – k

Grau de liberdade entre os tratamentos: GLE = k – 1
Grau de liberdade total: GLT = N – 1
Tal que: k = número de amostras, N = tamanho amostral total

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3) CALCULAR A VARIÁVEL DE TESTE (F):

O teste F indica o tamanho da diferença entre as amostras, em função do

tamanho da variação dentro de cada amostra.

A comparação das variâncias de duas amostras entre si é feita pela divisão da

variância entre as amostras pela variância dentro das amostras.

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4) COMPARAR F CALCULADO COM F CRÍTICO:

O F crítico é consultado na tabela F.

Utilizamos a tabela com o alfa equivalente a 2,5% = 0,025

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16
5) REGRA DE DECISÃO:

Rejeita Ho se: Fcal > Fcrítico

Não rejeita Ho se: Fcal ≤ Fcrítico

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ANOVA DE UM FATOR

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 ANOVA SIMPLES

Avalia se várias médias populacionais são iguais ou se, pelo menos uma, é
diferente.

► H0 : μ1 = μ2 = ... = μn

Para isso, verifica como se comporta a variação entre as médias das várias
populações e a variação dentro dessas populações.

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HIPÓTESES DA ANOVA DE UM FATOR

HIPÓTESE NULA: a média de todas as populações são iguais, ou seja, o

tratamento (fator) não tem efeito (nenhuma variação em média entre os
grupos).

HIPÓTESE ALTERNATIVA: nem todas a médias populacionais são iguais, ou

seja: pelo menos uma média é diferente, isto é, existe efeito do tratamento.
Não quer dizer que todas as médias são diferentes (alguns pares podem ser
iguais).

H0: µ1 = µ2 = µ3 = µk

H1: nem todas as médias populacionais são iguais

20
1

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Cada observação pode ser escrita na forma onde eij mede o desvio
da j-ésima observação da i-ésima média amostral e também representa o erro
aleatório.

Uma forma alternativa de equação é onde μi = μ + α, sujeito à

restrição e μ é a média geral e α é chamado de efeito do i-ésimo
tratamento.

A hipótese nula agora pode ser substituída pela hipótese equivalente

H0: α1 = α2 = …= αk = 0

H1: pelo menos um dos αi’s não é igual a zero

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TRÊS IMPORTANTES MEDIDAS DE VARIABILIDADE

SQT = Soma dos quadrados total

SQA = Soma dos quadrados do tratamento

SQE = Soma dos quadrados do erro

A identidade da soma dos quadrados pode ser representada simbolicamente

pela equação -> SQT = SQA + SQE

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Estimativas da variância:

Se H0 for verdadeira, uma estimativa de 𝛔², baseada em k-1 graus de

liberdade, é fornecida pela expressão que representa o quadrado
médio do tratamento.

Se H0 for verdadeira, então, cada α é igual a zero, temos que

e é uma estimativa não viciada de 𝛔².

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Se H1 for verdadeira, temos e estima 𝛔² mais um
termo adicional, que mede a variação devido a efeitos sistemáticos.

Uma segunda estimação independente de 𝛔², baseada em k(n-1) graus de

liberdade é a fórmula do quadrado médio do erro

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TABELA ANOVA

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

1. O teste Enem foi aplicado pelo governo brasileiro nos 27 estados de

Federação. Deseja-se descobrir se existe diferença significativa entre as
médias de notas de cada Estado.

a. Amostra aleatória de alunos de cada estado.

1 2 3

4 5

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b. Calcula-se em seguida o desvio médio.
c. Eleva-se cada desvio ao quadrado.
1 2 3
1

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d. Na posse destes dados, é possível construir a tabela ANOVA

29
EXEMPLO DE APLICAÇÃO

2. Suponha, em um experimento industrial, que um engenheiro está

interessado em saber como a absorção média de uma mistura em
concreto varia entre cinco agregados de concreto. As amostras foram
expostas à mistura por 48 horas. Decidiu-se que seis amostras seriam
testadas para cada agregado, requerendo um total de 30 amostras para
serem testadas. Queremos testar a hipótese de que μ1 = μ2 = … = μ5, no
nível de significância de 0,05, para os dados da tabela sobre a absorção
das misturas por vários tipos de agregados de cimento.

30
RESOLUÇÃO

Queremos testar a hipótese de que μ1 = μ2 = … = μ5, no nível de

significância de 0,05, para os dados da tabela sobre a absorção das
misturas por vários tipos de agregados de cimento.

Hipóteses H0: μ1 = μ2 = μ3 = μ4 = μ5

H1: pelo menos duas médias não são iguais

α = 0,05 k=5 n=6

31
RESOLUÇÃO

32
RESOLUÇÃO
Fazendo as contas, temos que:

SQT = 209377 SQA = 85356

SQE = SQT - SQA = 209377 – 85356 = 124021

S1² = SQA/(k-1) = 85356/4 = 21339

S² = SQE/k(n-1) = 124021/25 = 4960,84

F= S1²/ S² = 21339/4960,84 = 4,30

33
RESOLUÇÃO

Cálculo do grau de liberdade

v1 = k-1 = 5-1 = 4 GL v2 = k(n-1) = 5(6-1) = 25 GL

Região crítica: f > 2,76

Como F> f = 4,30 > 2,76

Decisão: rejeitar H0 e concluir que os agregados não têm a mesma média de

absorção.

34
35
ANOVA DE DOIS FATORES

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Entendemos a ANOVA de dois fatores como:
Cálculos individuais em categorias de acordo com
dois fatores. Ou seja: os valores amostrais são
categorizados de duas maneiras.

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EXEMPLO:

Em uma maratona de NY,

queremos analisar a
diferença de tempo de cada
corredor da maratona e
temos o fator idade e o fator
sexo.

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Ao analisar, observamos que pode haver médias diferentes entre as
diferentes categorias de idade, mas médias iguais para ambos os sexos, e
com isso, temos uma análise mais completa do nosso estudo.

Este exemplo poderia ser caracterizado como uma ANOVA de um fator. No

entanto, queríamos uma análise mais aprofundada sobre os fatores, e
para isso utilizaremos mais um fator que nos trará uma outra análise mais
completa à respeito do que estamos estudando.

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APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE PONTES

“Na ANOVA, uma estatística F, de acordo com a tabela de Snedecor, é

calculada para um parâmetro (neste caso, o ano de construção em
relação às classificações de deck e superestruturas) e comparada com o
valor crítico a um certo nível de confiança, dependendo do número de
graus de liberdade (um nível de confiança de 95% foi empregado no
presente estudo, F0,05). Se um valor de F0 for maior que seu equivalente
F0,05, conclui-se que o efeito do fator é estatisticamente significativo.”

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42
ESTUDO DO DESEMPENHO DAS VIGAS DE CONCRETO ARMADO
REFORÇADAS COM FIBRAS DE CARBONO QUANDO EXPOSTAS A ALTAS
TEMPERATURAS

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“Por meio da análise estatística de variância (ANOVA), foi comprovado que
existe diferença significativa entre as médias das diferentes temperaturas,
resultando num valor de P= 6,79 E-11 < 0,05. Através do teste de Tukey, foi
possível verificar que há diferença significativa entre as amostras de
temperatura, as três amostras são diferentes entre si.”

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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● WALPOLE, R. E. et al. Probabilidade e Estatística: para engenharia e ciências:
Cap. 13. Experimentos com um fator: geral. 8. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2009.
p. 327-366.

● TESTES DE VARIÂNCIA E ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA). Análise de

Variância. Disponível em:
<https://perguntasaopo.files.wordpress.com/2012/02/aula_10_anova.pdf>. Acesso
em: 15 mar. 2021

● ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA). Disponível em:

<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3260534/mod_resource/content/1/T%C3%
B3pico_13.pdf#:~:text=An%C3%A1lise%20da%20Vari%C3%A2ncia%20(ANOVA)%
20%C3%A9,segundo%20uma%20caracter%C3%ADstica%20(fator)>. Acesso em:
20 de mar. de 2021

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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● QUEIROZ, Letícia Bezerra. Uso do método ANOVA para análise de estruturas de

pontes. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Civil) - Universidade Federal
de Alagoas, 2019.

● PEDROSO, Eloísa; GODINHO, Daiane Dos Santos Da Silva. Estudo do

desempenho das vigas de concreto armado reforçadas com fibras de carbono
quando expostas a altas temperaturas. Artigo (Engenharia Civil) - Universidade do
Extremo Sul Catarinense, 2017.

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OBRIGADO!
Alguma pergunta?

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