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NÃO
LIKE
Aqui
vai
um
conselho
para
o
homem
de
Estado
no
seu
Facebook:
faça
como
no
tempo
da
saudosa
quarta
classe,
decore
as
preposições
portuguesas
(...) As preposições são umas palavrinhas, umas Devido às numerosas utilizações e significados das
coisinhas, que fazem a ligação entre orações. preposições, melhor consultar a “Gramática”,
Por exemplo, na belíssima frase do dito aquela que os alunos equivalentes ou equiparados
Facebook passoano, que não é o mesmo que da busca do conhecimento desconhecem. E a frase
pessoano, aparece “Este não foi o Natal que seguinte, também belíssima, “Já aqui estivemos
merecíamos. Muitos não conseguiram ter na antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida
Consoada os pratos que se habituaram.” Falta esticava para chegar a todos”, pode suscitar
uma coisinha? O ‘a’ de “a que se habituaram”, algumas dúvidas. A repetição de “em” não é
porque quem se habitua habitua-se ‘a’ alguma enfática. Sentar-se à mesa ou em mesa,
coisa, quanto mais não seja a escrever mau brasileirismo, como em fui e sentei na (contração,
português. (...) etc.) mesa de... Juca Chaves?
Na verdade, (...) sou contra o que mexe com os Em cima da mesa? Sobre a mesa?
pratos que me habituaram. Mas como podem os (...) Vossa excelência senta-se em cima das mesas
pratos habituar-me? A mim? Ah, se eu sob-esse, na Consoada? Para esticar a comida? Aí, pode o
ou melhor, se eu soubesse, que escrever homem de Estado responder no Facebook com
português era assim tão difícil, pensa o homem advérbios de afirmação, sim, certamente, realmente,
de Estado com os seus botões, tinha mandado decerto, efetivamente, certo, decididamente,
um dos meus assessores escrever. Não o fiz deveras. Indubitavelmente. Eu respondo: não like.
porque eles dão erros ortográficos de tanto
escreverem em blogues. Confio neles para tudo
exceto para isto. Porque me habituaram, entre
outras coisa, a não saber escrever português. (...)