Você está na página 1de 1

Aluno: Edson Pereira da Silva – Arquitetura e Urbanismo – Matrícula 01438701

História da Arquitetura e do Urbanismo II


Formação Urbanística no Brasil
Iniciada nos primeiros séculos da colonização portuguesa, a urbanização no Brasil constitui-se
em um processo histórico e espacial em curso. Acompanhou de modo singular a formação do
território colonial e posteriormente, a do território nacional. Com uma configuração litorânea,
a urbanização integrou-se às práticas econômicas e às políticas de conquista territorial por todo
o interior do país. A ação urbanizadora do sistema colonial português deu ao Brasil um caráter
urbano antes mesmo do rural.
É importante enfatizar que a colonização portuguesa no Brasil, a partir do século XVI, mostrou
que o desempenho das cidades na conquista de territórios foi de grande importância para o
sucesso do empreendimento colonizador. A fundação de vilas, freguesias e povoados ocorria,
muitas vezes, como uma técnica de apropriação territorial. O papel específico da cidade era o
de demarcar fronteiras e garantir o domínio sobre as terras conquistadas. A sobrevivência
dessas cidades dependeu menos do campo do que da geopolítica administrativa realizada pela
coroa portuguesa. O espaço urbano, como lugar de concentração de bens e pessoas, controle
político, militar e religioso e difusão do poder instituído, integrou-se de modo singular à prática
de conquista territorial, desde o período colonial.
A oficialização de núcleos urbanos perante o poder institucional dava-se com a edificação de
uma capela, A união entre Estado e Igreja, desempenhou papel fundamental na fundação e na
elaboração de políticas de expansão urbana. O espaço urbano passou a representar não só o
poder do Estado como o da Igreja católica. A influência exercida pela organização dessas
relações de poder entre Estado-Igreja sobre o urbano, representou, fator importante na
definição da rede urbana brasileira.
Na verdade, o processo de urbanização sofreu poucas alterações entre o final do século XIX e o
início do século XX. A aceleração do processo se deu entre os anos 20 e 40, período em que a
população ocupada em serviços cresceu mais rapidamente que o total da população
economicamente ativa.
O processo histórico de aglomerações de pessoas, no decorrer do tempo, onde foram existindo
os personagens de cada época, ciclos de exploração de territórios (cana-de-açúcar, mineração e
café), sendo os fatores de deslocamento de grande número de pessoas de uma região para
outro, com o objetivo único do lucro. Fatores estes desencadearam o chamado êxodo rural, ou
seja, a mudança do homem do campo para a cidade, onde a mecanização do campo também
teve sua parcela de resultado para o inchaço das cidades decorrentes da urbanização acelerada
no início da década de 1940, em especial na macrorregião sudeste do Brasil, em especial pela
movimentação que a Revolução Industrial fazia no País. É importante observar que o processo
de urbanização das cidades brasileiras, iniciado com a revolução industrial e desencadeando o
êxodo rural, e, após o processo de crescimento das cidades, a preocupação das políticas públicas
em tentar conservar o meio ambiente, regular o aspecto econômico, político, social das
populações que se encontram em níveis de desigualdades com as demais. A urbanização trouxe
melhor qualidade de vida, salários, educação, moradia, mas também poluição ambiental,
desigualdades sociais, criminalidade, zonas periféricas em situação de edificação irregular, em
especial na macrorregião sudeste, havendo uma urbanização concentrada nas metrópoles, mas
também o efeito de desconcentração da própria metrópole, ou seja, a migração do homem da
cidade (metrópole) para outra cidade de médio porte, pertencente à mesma região, onde a
população busca melhor emprego e qualidade de vida.

Você também pode gostar