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Taxa de Armadura Transversal Mínima em Vigas de Concreto Armado. Sergio Luis González Garcia
Taxa de Armadura Transversal Mínima em Vigas de Concreto Armado. Sergio Luis González Garcia
CONCRETO ARMADO
Aprovada por:
_____________________________________________
Prof. Ibrahim Abd El Malik Shehata, Ph. D.
_____________________________________________
Prof. Lídia da Conceição Domingues Shehata, Ph. D.
_____________________________________________
Prof. Giuseppe Barbosa Guimarães, Ph. D.
_____________________________________________
Prof. Ronaldo Barros Gomes, Ph. D.
_____________________________________________
Prof. Silvio de Souza Lima, D. Sc.
_____________________________________________
Prof. Regina Helena Ferreira de Souza, D. Sc.
ii
DEDICATÓRIA
iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pelo amor constante e pelos ensinamentos recebidos ao longo de
toda minha vida.
iv
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Doutor em Ciência (D.Sc.)
Maio/2002
Tendo por base os resultados obtidos, faz-se análise dos critérios já propostos
para definir a taxa de armadura transversal mínima, recomenda-se novo critério e
propõe-se também expressão simples para avaliação dessa armadura que varia em
função da resistência do concreto da viga.
v
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.)
May/2002
A review of the existing literature is made in the order to determine the main
factors that have influence on the shear strength of reinforced concrete beams.
The experimental program of this work included tests on fourteen beams: seven
made of high strength concrete and seven of normal strength concrete. Most of them
had shear reinforcement ratio in the range of variation of the minimum reinforcement
proposed in the literature. The shear span/effective depth ratio of the beams was
approximately 3.
On the basis of the obtained results, analysis of the existing criteria for defining
the minimum shear reinforcement is made; a new criterion is proposed together with a
simple expression for the evaluation of the minimum reinforcement that depends on the
concrete strength.
vi
NOTAÇÕES
LETRAS ROMANAS
vii
fy tensão de escoamento da armadura longitudinal;
fyw tensão de escoamento da armadura transversal;
fywd tensão de escoamento de cálculo da armadura transversal;
fywk tensão de escoamento característica da armadura transversal;
fsu resistência à tração do aço das armaduras longitudinal e transversal;
H altura da viga;
L vão da viga;
K coeficiente que leva em conta a influência do estado biaxial de tensões do
concreto segundo AHMAD e LUE (1987);
Mu momento correspondente à ruptura por cortante;
Mf momento resistente da viga;
s espaçamento entre os estribos (centro a centro);
T força no banzo tracionado na seção;
V força cortante na seção;
Vc parcela da força cortante resistida pelo“concreto”;
Vcr força cortante correspondente à fissuração diagonal;
Vd força cortante resistida pelo efeito de pino segundo REGAN E HAMADI
(1980);
Vs força cortante resistida pela armadura longitudinal;
Vp força cortante resistida pela armadura protendida;
Vu força cortante última;
Vu, exp força cortante última experimental;
Vg força cortante resistida pelo atrito segundo REGAN E HAMADI (1980);
Vy força cortante correspondente ao início do escoamento da armadura
transversal;
Vy,l força cortante correspondente ao início do escoamento da armadura
longitudinal;
Vy* força cortante média correspondente ao escoamento de todos os estribos de
cada viga que atingiram a deformação εsy*;
X distância do bordo mais comprimido à linha neutra;
Y distância da seção de aplicação da carga a uma seção da viga;
ω taxa mecânica da armadura longitudinal;
Z distância entre os centróides das seções dos banzos comprimido e
viii
tracionado (braço da alavanca);
LETRAS GREGAS
ix
ρb taxa geométrica da armadura longitudinal de tração balanceada;
ρsw taxa geométrica da armadura transversal = Asw/(s.bw);
ρsw, min taxa geométrica da armadura transversal mínima= Asw, min/(s.bw);
σcp tensão de compressão;
τwy tensão de cisalhamento nominal correspondente ao início do escoamento
da armadura transversal;
τwy* tensão de cisalhamento nominal média correspondente ao escoamento εsy*
de todos os estribos;
τwu tensão de cisalhamento nominal última;
τwu, cal tensão de cisalhamento nominal última de cálculo;
τwu, exp tensão de cisalhamento nominal última experimental;
τwcr tensão de cisalhamento nominal de fissuração;
τ tensão cisalhante nominal;
ξ coeficiente que leva em conta o efeito da altura efetiva da viga.
x
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 04
2.1- Comportamento de Vigas sem Armadura Transversal Submetidas a
Flexão Simples 04
2.1.1- Parâmetros que Influenciam o Comportamento e Modos de
Ruptura 04
2.1.2- Comportamento das Vigas em Função da Relação Entre Vão de
Cisalhamento e Altura Efetiva e da Taxa de Armadura
Longitudinal 07
2.1.3- Influência da Altura Efetiva da Viga na Resistência à Força
Cortante 14
2.1.4- Influência da Taxa de Armadura longitudinal Tracionada e da
Resistência à Compressão do Concreto 19
2.2- Capacidade Resistente ao Cortante de Vigas sem Armadura Transversal 23
2.2.1- Introdução 23
2.2.2- Métodos Propostos por Diferentes Autores 24
2.2.2.1- Método de Cálculo Baseado no Modelo de Pente 24
2.2.2.2- Métodos de Cálculo Baseados na Teoria da Plasticidade 33
2.2.2.3- Método de Cálculo Baseado na Teoria de Campo de
Compressão Modificada 37
2.2.2.4- Outros Métodos 44
2.2.3- Métodos Propostos por Normas 44
2.2.4- Análise dos Métodos de Cálculo 48
2.2.5- Considerações Gerais 50
2.3 – Taxa de Armadura Transversal Mínima 55
2.3.1 – Definição 55
2.3.2 - Fatores que Influenciam a Resistência ao Cortante de Vigas de
Concreto Armado com Armadura de Cisalhamento 56
2.3.3- Análise Teórico-Experimental da Taxa de Armadura Transversal
Mínima 58
xi
2.3.3.1- Análise Baseada na Força Cortante de Fissuração
Diagonal 58
2.3.3.2- Análise Baseada em Modelo de Treliça 61
2.3.3.3- Taxa de Armadura Mínima de Cortante para Vigas com
Fissuração de Flexão 62
2.3.3.3.1- Taxa Proposta por KRAUTHAMMER (1992) 62
2.3.3.3.2- Taxa Proposta por QUEIRÓZ (1999) 62
2.3.3.3.3- Taxa Proposta por SHEHATA et a1 (2000 e
2002) 63
2.3.4 - Estudos Sobre Armadura Mínima de Cortante 64
2.3.4.1 - JOHNSON e RAMIREZ (1989) 64
2.3.4.2 - ROLLER e RUSSELL (1990) 69
2.3.4.3 - XIE et a1 (1994) 71
2.3.4.4 - YOON, COOK et al (1996) 74
2.3.4.5 - OZCEBE et a1 (1999) 79
2.3.4.6 – SIMPLÍCIO (1999) 81
2.3.5 - Taxas de Armadura Transversal Mínima Recomendadas por
Normas 82
2.3.6 – Considerações Gerais 87
CAPÍTULO 3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL 89
3.1 – Introdução 89
3.2 - Materiais das Vigas 89
3.2.1 – Concreto 89
3.2.2 – Aços das Armaduras Longitudinal e Transversal 91
3.3 - Descrição das Vigas 95
3.3.1 - Características Geométricas e Estruturais 95
3.3.2 - Capacidades Resistentes Teóricas das Vigas 100
3.3.2.1 - Resistência à Flexão 100
3.3.2.2 - Resistência ao Cortante 101
3.4 - Execução das Vigas 102
3.5 – Instrumentação 103
3.6 - Montagem e Execução dos Ensaios 105
3.7 - Resultados dos Ensaios 106
xii
3.7.1- Cargas de Fissuração Diagonal e Modos de Ruptura 106
3.7.2 – Deslocamentos Verticais 106
3.7.3 – Rotações 106
3.7.4 - Deformação Específica das Armaduras 115
3.7.4.1 - Deformação Específica da Armadura Longitudinal 115
3.7.4.2 - Deformação Específica da Armadura Transversal 115
3.7.5 – Fissuração 124
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS 134
4.1 – Introdução 134
4.2 – Deslocamentos Verticais 134
4.3 – Rotações 137
4.4 - Deformação Específica ao Longo da Seção no Meio do Vão 139
4.5 - Deformação Específica da Armadura Longitudinal 139
4.6 - Deformação Específica da Armadura Transversal 142
4.7 – Análise Visando Determinar a Armadura Transversal Mínima 148
4.7.1- Parâmetro Proposto para Definir a Armadura Mínima em Vigas
Ensaiadas 148
4.7.2- Verificação dos Critérios de Definição de Armadura Transversal
Mínima já Propostos 154
4.7.2.1- Critério de Reserva de Resistência Proposto por
OZCEBE et a1 (1999) 154
4.7.2.2- Critério de Índice de Ductilidade Proposto por
OZCEBE et a1 (1999) 156
4.8- Proposta de Expressão para Avaliação de ρswfyw 155
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS
FUTUROS 160
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 163
ANEXO A – TABELAS DOS RESULTADOS 171
ANEXO B – DIAGRAMA DE DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA NA SEÇÃO
DO MEIO DO VÃO 194
ANEXO C - FOTOGRAFIAS 204
xiii
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
O advento dos concretos de alta resistência, que, por suas características, levam
os elementos feitos deste concreto a ter comportamento diferenciado com relação aos de
concretos de baixa resistência, levou a modificações nos métodos de cálculo.
Vigas submetidas a níveis de carga e/ou com dimensões que as levam, segundo
cálculo, a não precisar de armadura, são normalmente providas de armadura mínima.
Esta armadura visa prevenir, na eventualidade da existência de sobrecargas não
previstas, ruptura brusca das vigas assim que ocorra a fissuração.
Sendo assim, define-se aqui taxa de armadura transversal mínima como aquela
necessária para que a viga não tenha ruptura frágil após a força cortante ter alcançado o
valor do cortante de fissuração diagonal.
Os resultados de ensaios de 390 vigas são usados para avaliar várias expressões
disponíveis para cálculo da força cortante de fissuração diagonal.
2
vão de cisalhamento / altura efetiva de aproximadamente 3 e taxa de armadura
longitudinal de 1,95% e 0,97% (apenas uma viga). As taxas de armadura transversal
usadas estão, aproximadamente, na faixa de variação das taxas dadas pela expressões já
propostas para determinar essa armadura.
3
CAPITULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Estudos experimentais efetuados por KANI et a1 (1964), com vigas deste tipo,
permitiram concluir que o comportamento das mesmas depende essencialmente da
relação entre o vão de cisalhamento (a) e a altura útil da viga (d) e da taxa de armadura
longitudinal (ρ). Com base nestes ensaios, foi elaborado o gráfico da figura 2.1, no qual
se constata a existência de um determinado intervalo de valores de a/d em que a
capacidade resistente é influenciada pelo cortante dentro de uma zona em que o
momento correspondente à ruptura por cortante (Mu) é inferior ao momento fletor
resistente (Mf).
4
A figura 2.1 revela, também, que quanto maior é a porcentagem de armadura
longitudinal (ρ) maior é a probabilidade de uma ruptura regida pelo cortante, já que o
incremento desta armadura origina um aumento da resistência à flexão superior ao da
resistência ao cortante.
Figura 2.1- Variação de Mu/Mf com a/d, para diferentes porcentagens de armadura
longitudinal (ρ) (KANI et a1 (1964)).
6
porcentagem desta armadura tem-se uma maior contribuição do efeito de pino da
mesma na resistência da viga à força cortante.
M M + ∆M (2.1)
T= e T + ∆T =
z z
ou
∆M (2.2)
∆T =
z
onde z é o braço de alavanca.
7
∆x
C
C+∆C
V
z z
V
τ
T
T+∆T
Como
∆M = V∆x (2.3)
tem-se
V∆x (2.4)
∆T =
z
Por outro lado
d
V = (Tz ) (2.5)
dx
ou seja,
d (T ) d ( z) (2.6)
V = z+ T
dx dx
Nesta expressão dois casos extremos podem ser identificados. Se o braço de
alavanca (z) for considerado constante, como é assumido na teoria elástica, tem-se,
d (T ) (2.7)
V= z
dx
Já se não houver aderência entre o concreto e armadura longitudinal ou se
ocorrer fissuração inclinada da carga até o apoio, tem-se a ação de arco e d(T)/d(x) igual
a zero, resultando em
d ( z) (2.8)
V =T
dx
8
Considerando esses dois casos extremos de comportamento: “ação de viga” e
“ação de arco”, KANI et a1(1964) propuseram dois modelos físicos para explicar o
comportamento de elementos de concreto armado sem armadura transversal:
Dentes
T+∆T
T ∆X
Diagrama de Corpo Livre
do Dente
Foi mostrado por KANI et a1 (1964) que existe uma transformação do modelo
de pente no modelo de arco atirantado, por meio das deformações medidas na região
entre carga e apoio mostradas na figura 2.4, para níveis de carga iguais a 1,0, 1,5, 1,75
vezes a carga de serviço segundo o código ACI-318, em uma viga com relação a/d=2,5.
10
Figura 2.4 – Transformação da viga no modelo de arco atirantado (KANI et a1 (1964).
V V
V V
T=constante
11
As vigas sem estribos cujos ensaios encontram-se descritos na literatura, todas
com cargas concentradas, apresentaram tipo de ruptura por cisalhamento variável com a
relação a/d. Com maiores valores de a/d, a ruptura foi súbita e ocorreu logo após o
aparecimento das fissuras inclinadas críticas. Já para menores valores de a/d (<≈2,5),
ocorreu uma significativa reserva de resistência após o aparecimento dessas fissuras
devido ao efeito de arco, sendo ela maior nas vigas com maior fc. Para maiores valores
de a/d, as fissuras de cortante formaram-se a partir das fissuras de flexão (indicando um
comportamento predominantemente de flexão em vigas não protendidas), enquanto que
nas vigas com menor a/d estas, em geral, desenvolveram-se repentinamente e
freqüentemente não associadas a qualquer fissura de flexão (mostrando um
comportamento de arco atirantado com menos fissuras de flexão).
CASTRO (1997) também concluiu que em vigas sem armadura transversal com
maiores valores de a/d a ruptura se dá por tração diagonal, enquanto em vigas com
menores relações de a/d pode ocorrer ruptura da zona comprimida com altura diminuída
devido ao efeito do esforço cortante, ou por esmagamento do “arco comprimido” da
viga. Nas vigas com altos valores de fc, baixas relações a/d e sem armadura transversal a
ruptura torna-se súbita e “explosiva”.
12
formação de um concreto não homogêneo ao redor da barra. Entretanto, nenhum estudo
específico neste sentido foi realizado para confirmar esta hipótese.
fc = 77,8 MPa
fc = 58,0* MPa
0,08
fc = 86,4 MPa
fc = 97,7 MPa
0,06
τwcr/fc
fc = 54,0 MPa
fc = 77,8 MPa
fc = 97,7 MPa
ρ = 1.82 %
0,02
ρ = 3,23 %
0,10 ρ = 3,93 %
0,09
ρ = 1,77 %
0,08
ρ = 5,04 %
0,07
0,06
ρ = 2,25 %
c
τ /f
ρ = 6,64 %
wcr
0,05
0,04 ρ = 3,26 %
0,03
fc = 60,8 MPa
0,02 fc = 66,9 MPa
fc = 64,3 MPa
0,01
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5
a/d
Figura 2.7 - τwcr/fc em função de a/d e ρ, para as vigas sem estribos de AHAMAD,
KHALOO et al (1986), segundo QUEIRÓZ (1999).
13
A influência de a/d e de ρ na tensão cisalhante nominal última relativa τwu/fc é
mostrada na figura 2.8, onde se encontram resultados de ensaios reunidos por CASTRO
(1997) e CARDOSO (1998) de 400 vigas que apresentam ruptura por cortante. Nestas
vigas, os valores de a/d variam de 0,5 a 8, ρ de 0,5 a 6,64% e fc de 15 a 113 MPa.
Apesar de estarem também envolvidas outras variáveis nessas vigas, pode-se notar
nessa figura que há tendência de aumento de τwu/fc com a diminuição de a/d e o
aumento de ρ.
0,35
0,3
0,25
0,2
wu/fc
0,15
0,1
0,05
0
0 2 4 6 8 10
a/d
ρ (0 − 1,0) % ρ (1,0−2,0) % ρ(2,0 − 3.0)% ρ (3 − 4,0) %
ρ (4,0 − 5,0) % ρ (5,0 − 6,0) % ρ (6,0 − 7,0) %
14
mostrado na figura 2.9 que as vigas com maiores dimensões tenderam a apresentar
menores valores de τwu/fc.
0,08 Série B2
0,07 Série B6
0,06
ρ =1,82 %
0,05
/ fc
wu
0,04
τ
0,03
0,02
0,01
2,0 3,0 4,0
a/d
(a)
0,08 Série B2
0,07 Série B6
0,06 ρ =3,23 %
0,05
/ fc
wu
0,04
τ
0,03
0,02
0,01
2,0 3,0 4,0
a/d
(b)
Figura 2.9 - τwu/fc em função de a/d, para vigas sem estribos com fc=77,8 MPa ensaiadas
por THORENFELD e DRANGSHOLT (1990).
15
Isto parece ser devido a, em vigas mais altas, ter-se abertura de fissuras maiores, o que
acarreta menor contribuição de engrenamento dos agregados.
16
Tabela 2.1- Fator de efeito da atura efetiva da viga ξ na expressão para avaliação de
Vc(d em mm).
Faixa de d dentro
Norma e Autores ξ da qual considera-
se influência em Vc
400
BS8110: 1997 4 d ≤ 400
d
200
CEB-FIP Model Code 1+ -
90 d
d
(1,6− ) ≥1,0 d ≤ 600
EC2-92 d1
d1 =1000
200
DIN1045: 1978(*) 1,0 ≥ +0,33≥ 0,5 300 ≤ d ≤ 600
d
1,50 d < 200
JSCE 1991(*) -
1000
4 d ≥ 200
d
1,4 para d < 200
BBK: 79(*) 1,6−d /1000 para 200<d ≤ 500 200 ≤ d ≤ 1000
1,3−d / 250 para 500<d ≤1000
0,9 para d >1000
NS3473-92 1,5-d/1000 100 ≤ d ≤ 500
260
CSA A23.3-94 d > 300
1000 + d
−1 / 2
d
BAZANT e KIM (1984) 1 + -
25d a
5,08
1+
da
BAZANT e SUM (1987) -
d
1+
25d a
1
KIM et a1 (1993) + 0,15 -
1 + 0,008d
(*) apud REGAN (1998)
17
3
2,5
ξ 1,5
0,5
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
d (mm)
BS8110 : 1985 CEB-FIP M odel Code 90
EC2 DIN1045 : 1978(*)
1997
JSCE 1991(*) BBK : 79(*)
NS3473 CSA A23.3-94
(*)apud REGAN (1998)
0,3
0,25
0,2
τwu/fc
0,15
0,1
0,05
0
0 250 500 750 1000 1250
d (mm)
ρ (0 − 1,0) % ρ (1,0−2,0) % ρ(2,0 − 3.0) % ρ (3 − 4,0) % ρ (4,0 − 5,0) %
ρ (5,0 − 6,0) % ρ (6,0 − 7,0) %
Figura 2.11- Variação de τwu/fc com d segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d<3.
18
0,3
0,25
0,2
wu/fc
0,15
0,1
0,05
0
0 250 500 750 1000 1250
d (mm)
ρ (0 − 1,0) % ρ (1,0−2,0) % ρ(2,0 − 3.0) % ρ (3 − 4,0) % ρ (4,0 − 5,0) %
ρ (5,0 − 6,0) % ρ (6,0 − 7,0) %
Figura 2.12- Variação de τwu/fc com d segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d≥3.
Nas figuras 2.13, 2.14, 2.15 e 2.16, mostra-se a influência dos parâmetros (ρ) e
(fc) na tensão cisalhante nominal relativa segundo resultados de ensaios reunidos por
CASTRO (1997) e CARDOSO (1998). A relação τwu/fc foi usada para vigas com
relação a/d ≤ 3 e a relação τwu/ft para vigas com a/d ≥ 3, a fim de considerar, em cada
caso, a propriedade do concreto mais relevante.
19
Para as vigas com a/d ≥ 3 optou-se por considerar na figura 2.16 a relação ρ/ρb,
em vez de ρ, pois, como estão sendo reunidas vigas com resistências de concreto
variando numa larga faixa, o mesmo valor de ρ teria significado diferente em cada uma
delas.
x fc
ρb = .α.β. (2.9)
d b fy
2
εcu 1 εcu
α.β = . (2.10)
εc0 3 εc0
εco = (1,65 + 0,0165.fc) 0/00 (2.11)
20
0,30
0,25
0,20
τwu/fc
0,15
0,10
0,05
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7
ρ (%)
Figura 2.13- Variação de τwu/fc com ρ segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d<3.
0,8
0,7
0,6
0,5
τwu/ft
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 1 2 3 4 5 6 7
ρ (%)
Figura 2.14- Variação de τwu/ft com ρ segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d ≥ 3.
21
0,35
0,3
0,25
0,2
τwu/fc
0,15
0,1
0,05
0
0 20 40 60 80 100 120
fc (MPa)
ρ (0 − 1,0) % ρ (1,0−2,0) % ρ(2,0 − 3.0) % ρ (3 − 4,0) %
Figura 2.15- Variação de τwu/fc com fc segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d<3.
0,8
0,7
0,6
0,5
τwu/ft
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 20 40 60 80 100 120
fc (MPa)
ρ/ρb<0,15 ρ/ρβ(0.15
ρ/ρβ<0.15 ρ/ρb ρ/ρb(0.45 − 1.0)
− 0.45) ρ/ρβ
Figura 2.16- Variação de τwu/ft com fc segundo resultados de ensaios de vigas com
a/d ≥ 3.
22
2.2- CAPACIDADE RESISTENTE AO CORTANTE DE VIGAS SEM
ARMADURA TRANSVERSAL
2.2.1- Introdução
23
2.2.2- Métodos Propostos por Diferentes Autores
Depois que KANI et a1 (1964) apresentaram seu modelo físico para explicar o
comportamento de elementos de concreto armado sem armadura transversal submetidos
a flexão simples, vários pesquisadores o usaram para desenvolver seus métodos de
dimensionamento.
24
Considerando-se ∆T/∆X igual a T/a (caso de carregamento concentrado), um
valor médio de ∆X/ld pode ser encontrado a partir de
∆T f t ∆Xb w T
= = (2.13)
∆X 6ld a
O momento fletor máximo na viga é dado por
M u = Tz (2.14)
z f t b w d ∆X a
2
M u = (2.15)
d 6 l d
d
A relação entre o momento último dado pelo modelo (Mu) e o momento
resistente`a flexão da viga (Mf) é dada por:
M u z f t b w d 2 ∆X a
=
l M d (2.16)
M f d 6 d f
Após a ruptura dos dentes (modelo de pente), a viga pode encontrar seu
equilíbrio no segundo modelo estático constituído por um arco do concreto e tirante de
aço (ver figura 2.17). Para isto, é necessário que a armadura longitudinal na região do
apoio seja capaz de resistir à força na armadura (T). Para determinar a resistência dada
por este modelo, é considerado que antes da ruptura dos dentes do modelo anterior, a
transferência da carga para o apoio é feita por meio de sistema de arcos subseqüentes
cuja soma das suas regiões comprimidas na seção de momento máximo corresponde à
altura da linha neutra (x0). O primeiro arco considerado a contribuir para esta
transferência é aquele inclinado a 450 com relação ao eixo da viga e o último é aquele
que chega ao apoio e se estende até a seção de momento de fissuração. Após a ruptura
dos dentes, todos os arcos menos o último perdem sua sustentação e a transferência da
carga ocorre através deste arco resistente. Considerando que todas as trajetórias de
compressão convergem para o ponto O, a relação entre o momento fletor Mf e o
momento correspondente à ruptura por cortante Mu é dada por
Mu x
= (2.17)
M x
f 0
25
x d
= (2.18)
x0 a −m + x0
Como m e xo são da mesma ordem de grandeza, pode-se admitir
x d
= (2.19)
x0 a
a
m a-m V xo
O
x C
xo
o que resulta em
Mu d
= (2.20)
Mf a
A figura 2.18 representa as equações 2.16 e 2.20.
26
Mu/Mf
1,0
(Mu/Mf)min
a/d
0 1 2 3 4
Com base na figura 2.18 e nos resultados de seus ensaios, KANI et a1 (1964)
concluíram, então, que:
27
Considerando o esgotamento da capacidade resistente à tração do concreto no
engastamento do dente, estes pesquisadores obtiveram a seguinte expressão:
Vc 1
[(
= q1 + q1 + q 2
bwd 2
)] (2.21)
com
Dentes
T1
T2
T=M/z
fct
Vg Vg
∆T
Vd ∆X Vd
Diagrama de Corpo Livre
do Dente
4,12φ 2 / 3 b 3n f c (2.22)
−5
q 1 = 1,75 E c 10 + Ec em MPa
b d
w
d A
q2 = 67,4 (10 −7 kE s ) 100 s Es em MPa (2.23)
a bw d
onde
bn=bw-Σφ (φ=diâmetro da armadura longitudinal)
k- Coeficiente empírico, igual a 1,2 para agregados britados, e 1,1 para seixos
rolados
Ec, Es- Módulo de elasticidade do concreto e do aço, respectivamente.
Esta expressão é válida apenas para vigas com relação a/d>3, fc>20MPa e
diâmetro da armadura longitudinal maior que 10mm.
28
AHMAD e LUE (1987) propuseram também um modelo de interação flexão -
cortante com a variação de a/d, que tem por base os modelos de pente e de arco
atirantado usados por KANI et a1 (1964).
[ ]
M f = ρb w d 2 f y 1 − ρf y / (1,7f c ) (2.24)
Figura 2.20- Representação do modo de ruptura por flexão no dente (apud AHMAD e
LUE (1987)).
29
n
M u 1 d
= (2.27)
M f K a
ρf y
1 −
s
1,7f c
para a / d = ρf y 1 −
3,28 f c dx (2.29)
Mu/Mf=0,1
Usando as condições limites dadas em (2.28) e (2.29) obtêm-se os valores de n
dados na tabela 2.2 para os diferentes valores de ρ e fc das vigas ensaiadas pelos
autores.
1,11
Μu/Mf
0,1
1,0
a/d
Figura 2.21- Variação de Mu/Mf com a/d segundo AHMAD e LUE (1987).
30
RUSSO et a1 (1991) propuseram um modelo de interação momento fletor -
cortante onde é considerada a soma das parcelas de efeito de viga e efeito de arco. O
momento fletor último é dado por
M u = Vu a (2.30)
ou
a
M u = b w d 2τ wu (2.31)
d
com τwu=V/bwd = τwub + τwua, sendo τwub e τwua as parcelas que representam os
mecanismos de viga e de arco, respectivamente.
Para τwub e τwua foram adotadas as equações propostas por BAZANT e KIM
(1984):
−5 / 2
a
τ wua = 206,9ξρ 5/ 6
(2.33)
d
onde ξ é o coeficiente que leva em conta o efeito da altura efetiva da viga na
resistência à força cortante:
1
ξ= , da=dimensão máxima do agregado
1 + d /( 25d a )
−3 / 2
0 ,83ρ1 / 3 f c1 / 2 a + 206,9ρ 5 / 6 a
Mu d
d (2.35)
= ξ bwd2
ρb w d f y [1 − ρf y /( 1,7f c )]
2 fy e fc em MPa
Mf
Derivando-se a equação 2.35 com relação a a/d, obtém-se o valor de a/d que
corresponde ao valor mínimo de Mu/Mf:
1/ 5
a ρ
= 10 ,69 fc em MPa (2.36)
d fc
31
E, portanto,
Mu 14,79ρ 8 / 15 f c3 / 10
= ξ fy e fc em MPa
ρf y (2.37)
Mf min ρf y 1 −
1,7f c
A equação 2.35 é uma função contínua que representa a relação Mu/Mf, tanto na
zona onde predomina o efeito de arco como na zona onde predomina o efeito de viga; o
que a diferencia das outras apresentadas anteriormente que analisam a influência de a/d
e de ρ no comportamento de vigas submetidas a cortante e flexão por meio de modelos
de interação de momento fletor – cortante.
1,4
fy =425MPa
fc=71,8MPa
1,2
ρ=3,26%
d=206mm
1 bw=127mm
n=2,29
Mu/Mf
0,8 As=852,9mm 2
ft=5,7MPa
0,6 ld /∆ X=0,73
0,4
0,2
0
0 1 2 3 4 5 6 7
a/d
KANI et a1 (1964). AHMAD e LUE (1987) RUSSO et a1 (1991)
32
2.2.2.2- Métodos de Cálculo Baseados na Teoria da Plasticidade
Para vigas com relação a/d pequena, foram desenvolvidos por SIGRIST et a1
(1995) modelos que tentam simular um efeito equivalente ao de arco atirantado por
meio de um modelo de escoras e tirantes, admitindo a transmissão das cargas aplicadas
diretamente aos apoios. Estes modelos são baseados na teoria da plasticidade (teorema
limite inferior), admitindo comportamento rígido-plástico para as escoras de concreto e
para a armadura longitudinal de tração. O modelo que é mostrado na figura 2.23 é para
o caso de carga concentrada.
x
h-2x
d
h
x
bw
b a+b
Figura 2.23- Modelo de escoras e tirantes para vigas paredes com carga concentrada
(SIGRIST et a1 (1995)).
h h2 Va
x= − − (2.40)
2 4 b wνf c
νf c
A s = xb w (2.41)
fy
33
fy h ω (2.42)
x = ωd = ρ d e =1 +
íf c d 2
chega-se a
íf c h ω (1 − ω / 2 ) (2.43)
τ wu = para ω ≤ 2/3
a (1 + ω / 2)2
íf c h (2.44)
τ wu = para ω ≥ 2/3
4a
Para vigas com cargas uniformemente distribuídas, os modelos são os mostrados
na figura 2.24, a partir dos quais são obtidas as expressões
34
íf c 8 h 2 ω (1 − ω / 2 )
τ wu= 1− 1− 2 para ω ≤ 2/3 (2.45)
2 a (1 + ω / 2 ) 2
íf c 2 h2
τ wu = 1− 1− 2 para ω ≥ 2 / 3 (2.46)
2 a
α
45°
35°
a)
b)
Tração
Compressão
35
a − xf a − xf
2
1 (2.47)
τ wu = íf c 1 + −
2 h h
u α
As
h
bw
l0 xf
a
Figura 2.26- Mecanismo de ruptura por cortante para vigas com carregamento
concentrado (ZHANG 1997).
36
Para o caso de carga uniformemente distribuída, considerando a superfície de
ruptura mostrada na figura 2.27, chega-se a
a o + x f 2 a o − x f
a
1 + −
1 h h h
τ wu = íf c (2.52)
2 a ao
−
h h
Neste caso, o valor de xf pode ser determinado igualando-se a equação de força
cortante de fissuração diagonal à equação de força cortante última dada por ZHANG
(1994), e o valor de ao/h (ao definido na figura 2.27) é obtido de forma aproximada de
ao (a / h) 2 − 1
= (2.53)
h 2( a / h )
ao
u α
As
h
β
CL bw
l0 xf
a
37
Para se estabelecer a compatibilidade das deformações, considera-se o concreto
no estado fissurado, com coincidência das direções das tensões e das deformações
principais, como é mostrado na figura 2.28a, e admite-se que as deformações no
concreto e no aço que o atravessa são as mesmas.
a) b)
Figura 2.28- Compatibilidade das deformações para almas fissuradas (COLLINS et a1
(1991))
a) deformações médias na alma;
b) círculo de Mohr de deformação.
εx −ε2
tg 2θ = (2.54)
ε y −ε2
ε ε2
2
f 2 = f c 2 2 2 − (2.55)
ε 0 ε0
onde:
38
f c2 1
= ≤ 1,0
fc ε (2.56)
0,8 + 0,34 1
ε0
com ε1= deformação específica principal de tração, ε0= deformação específica do
concreto correspondente à máxima tensão (usualmente considerada 0,002).
ft 0,33 f c 0,18 f c
σt = = ≤ (2.58)
1 + 500ε 1 1 + 500ε 1 24w f
0,3 +
d a + 16
onde ft é a tensão de tração correspondente à fissuração do concreto, wf é a abertura das
fissuras diagonais e da a dimensão máxima do agregado.
Tendo por base esta teoria, foi proposto por COLLINS et a1 (1996).um método
de dimensionamento a cortante geral.
39
Partindo das equações de compatibilidade, de equilíbrio e de tensão-deformação,
chegou-se à equação 2.59, que relaciona a tensão cisalhante nominal resistente ao
ângulo θ e às deformações εx e ε1.
σ
c
fc
f2
fc2 ε1
ε2
ε0 ε2
a)
fc2
fc
0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7
ε1
b) ε0
Figura 2.29- Relação tensão-deformação para o concreto fissurado (VECCHIO e
COLLINS (1986))
a) relação tensão de compressão-deformação para o concreto fissurado;
b) fc2 em função de ε1/εo.
V
ε 1 = ε x + ε x + 0,0021 − 1 − (tgθ + cot θ )(0,8 + 170ε 1 ) cot 2 θ (2.59)
b w zf c
V
σ2 = ( tgθ + cot θ ) (2.61)
bw z
40
chega-se, a partir da equação 2.55, a
σ
ε 2 = −0,0021 − 1 − 2 (2.62)
fc2
e, então, a
ε 1 = ε x + (ε x − ε 2 ) cot 2 θ (2.63)
Vc = σ t b w z cot θ = β f c b w z (2.64)
onde
0,33 cot θ 0,18
β= ≤ (2.65)
1 + 500ε 1 24 w f
0,3 +
d a + 16
41
≈3
00m
m
a)
Sx/s
enθ
S x ≈z
θ
b)
Sx/s
enθ
Sx
c)
42
Tabela 2.3- Valores de θ e β para elementos sem armadura na alma (COLLINS et a1
(1996)).
Deformação longitudinal εx x1000
sx(cm) ≤0 ≤0,25 ≤0,50 ≤1,00 ≤1,50 ≤2,00
≤12,7 θ (graus) 27,0 29,0 31,0 34,0 36,0 38,0
β 0,412 0,315 0,266 0,213 0,183 0,161
≤25,4 θ (graus) 30,0 34,0 37,0 40,0 43,0 450
β 0,387 0,287 0,236 0,183 0,156 0,137
≤38,1 θ (graus) 32,0 37,0 40,0 45,0 48,0 50,0
β 0,373 0,267 0,216 0,165 0,137 0,121
≤63,5 θ (graus) 35,0 41,0 45,0 51,0 54,0 57,0
β 0,349 0,237 0,188 0,141 0,117 0,098
≤127 θ (graus) 38,0 48,0 53,0 59,0 63,0 66,0
β 0,319 0,199 0,152 0,106 0,083 0,069
≤254 θ (graus) 42,0 55,0 62,0 69,0 72,0 75,0
β 0,289 0,157 0,113 0,073 0,054 0,043
43
2.2.2.4- Outros Métodos
Existem outras equações propostas por diferentes pesquisadores que têm como
base algum modelo e resultados de ensaios. Estas são resumidas na tabela 2.4.
• ACI 318-99
De acordo com a norma ACI 318, em seu item 11.3, a parcela (τc)
correspondente à força cortante das vigas para a qual ocorre a fissuração diagonal é
dada por:
44
τ c = 0,158 f c + 17,2 ρ (Vd / M ) ≤ 0,29 f c τc em MPa (2.68)
Para vigas curtas com a/d ≤ 2,5, o código, no item 11.8.7, indica uma equação
alternativa que considera o aumento da resistência devido à transmissão direta de carga
para o apoio:
a
(
τ c = 3,5 − 2,5 0,158 f c + 17,2 ρ (Vd / M ) ≤ 0,29 f c
d
) (2.70)
com fc em MPa, d em mm e V em N, sendo:
a
3,5 − 2,5 ≤ 2,5
d
• CEB-FIP MC90
Segundo esta norma, a parcela da força cortante resistida pelo “concreto” é dada
pela seguinte equação, onde está embutido um coeficiente de segurança de 1,5:
As (2.71)
τ c = 0,12(100 f ck ) 1 / 3 (1 + 200 / d ) τc em MPa
bwd
• CSA A23.3-94
A revisão da norma NBR-6118 objetiva englobar estruturas com fck 50,0 MPa.
• BS8110 – 97
0,79 100A s
τc = ξ3 para fcu<25MPa (2.77)
γm bwd
0,79 100A s f cu
τc = ξ3 3 (2.78)
γm bwd 25 para fcu>25MPa
A proposta de revisão da BS8110 para incluir concretos com fcu<100 MPa limita
fcu a este valor e não 40 MPa.
• NS3473-92
47
3. Método geral que se baseia na Teoria de Campos de Compressão Modificada,
(itens 12.5 e A12.5).
A norma NS3473-92 é aplicável nos casos em que fck 94 MPa e propõe para τc
a seguinte equação:
100 ρ
τ c = 0,33 f td + ξ ≤ 0,66f tdξ (2.79)
γ c
Com ftd e τc em MPa, γc=1,4, ftd= ftn/γc (ver tabela 2.5), e ξ=1,5-d/1000, sendo
1,0 ξ 1,4, d em mm
Tabela 2.5 - Valores de ftn da norma NS-3473/92.
fc (MPa) 20 28 36 44 54 64 74 84 94
ftn (MPa) 1,4 1,7 2,0 2,25 2,5 2,6 2,7 2,7 2,7
• EC2-92
3
f ck2
τ c = 0,0525 (1,2 + 40 ρ )ξ (2.80)
γc
onde ρ 0,02, γc=1,5, fck em MPa, ξ = (1,6 - d) ≥ 1, sendo ξ=1 para os membros onde
mais de 50% da armadura de tração é reduzida ao longo do vão e ξ ≥ 1 nos outros casos
(d em metros).
• EC2-2001
48
MC90, CSA 23.3-94, Proposta de Revisão da NBR6118-01 e BS8110 – 97, NS3473-92
e EC2-92.
Para análise das equações da tabela 2.4 foram consideradas todas as vigas. Para
as normas foram realizadas duas análises: uma para as vigas com relação a/d≥2,5
considerando todas as normas e outra para as normas que consideram a possibilidade de
cálculo de Vc para diferentes relações a/d (ACI-318-99, CEB-FIP MC90, e BS8110-97).
Nas equações das normas não foram consideradas as limitações de fc e ρ.
Na tabela 2.6 são apresentadas as faixas dos parâmetros das vigas ensaiadas.
Quando foram analisadas as normas que têm expressões para cálculo de τwu que
levam em conta a relação a/d (ACI-318-99, CEB-FIP MC90, e BS8110-97) e
consideram-se todas as vigas, os valores do coeficiente de variação aumentaram de
21,8% para 37,6% (ACI-318), de 17,2% para 29,8% (CEB-FIP MC90) e de 18,9 a 32,0
(BS8110-97); já os valores médios de (τwu, exp/τwu, cal) passaram da faixa de 0,9 (CEB-
FIP MC90) a 1,39 (ACI-318-99) para a de 1,05 a 1,77.
50
Mantendo-se os demais parâmetros constantes, a capacidade resistente ao
cortante (Vu/bwd) diminui com o incremento da altura dos elementos estruturais. Várias
normas consideram este efeito na determinação de (Vc/bwd), mas a taxa de diminuição
desta grandeza com o aumento de d segundo diferentes normas pode diferir
razoavelmente.
51
12 12 12
BAZANT e KIM (1984) BAZANT E SUM (1987) KIM et a1 (1994)
10 10 10
8 8 8
6 6 6
4 4 4
2 2 2
0 0 0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
8
τwu, cal (MPa)
8
Bazant e
6 6
Sum (1987) 1.02 17.6 61
4 4 Kim et a1
2 2 1999 1.02 21.6 54
Bazant e
0 0
Kim (1984) 1.06 18 48
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
REBEIZ
τwu, exp (MPa) N=390 τwu, exp (MPa) N=390 1999 1.32 19.2 15
Figura 2.31- Comparação das resistências ao cortante experimental e calculada pelas equações da tabela 2.4 para vigas
sem armadura transversal.
52
5 5
ACI-318-99 CEB-FIP MC 90 (Eq. 2.72 e 2.73)
4 4
τwu, cal (MPa)
2 2
1 1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
N=390
τwu, exp (MPa) τwu, exp (MPa) N=390
5 5
Proposta de Revisão da NBR6118-01 BS8110-97
4 4
τwu, cal (MPa)
2 2
1 1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Figura 2.32- Comparação das resistências ao cortante experimental e calculada pelas equações de normas para
vigas sem armadura transversal.
53
5 5
CSA A23.3-94 NS3473-92
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
N=287
τwu, exp (MPa) τwu, exp (MPa) N=287
5
a/d>=0,52(*) a/d>=2,5(**)
EC2-92 Normas Valor Médio C. V(%) Valor Médio C.V(%) % de Valores
4
(τwu, exp/τwu, cal) (τwu, exp/τwu, cal) (τwu, exp/τwu, cal)<1
τwu, cal (MPa)
Figura 2.32- Comparação das resistências ao cortante experimental e calculada pelas equações de normas para
vigas sem armadura transversal.
54
2.3- TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL MÍNIMA
2.3.1 - Definição
55
Segundo OZCEBE et a1 (1999), podem ser considerados três critérios para a
determinação da armadura transversal mínima nos ensaios:
• Tendo por base o índice de ductilidade (∆u/∆cr), definido como sendo a relação entre
o deslocamento vertical da viga no meio do vão para a carga última (∆u) e o deslo-
camento vertical no meio do vão para a carga de fissuração diagonal (∆cr). O cor-
tante de fissuração diagonal é determinado a partir das curvas de força cortante-
deformação dos estribos e é aquele para o qual a inclinação desta curva muda signi-
ficativamente. É estabelecido que o índice de ductilidade de (∆u/∆cr=2,5) é aceitável
para que as vigas possam ser consideradas como tendo armadura transversal míni-
ma.
• A partir da relação (Vu, exp/Vc) entre o cortante último experimental (Vu, exp) e a con-
tribuição “do concreto” (Vc) de acordo com as equações das normas, recomendan-
do-se o valor mínimo de (Vu,exp/Vc=1,5).
• Admitindo-se que a abertura de fissura diagonal, quando totalmente desenvolvida,
deva ser menor que 0,3 mm, critério não deixado claro pelos autores.
CASTRO (1997) estudou também o caso de vigas com estribos, concluindo que
a influência de a/d em τwu/fc também é restrita a valores de a/d < ≈ 3, sendo ela, entre-
tanto, menor que nas vigas sem estribos. Também para as vigas com estribos foi obser-
vado um aumento em τwu/fc com o aumento de ρ.
2438 mm
0,18
a/d=3,6
0,16
0,14 a/d=2,5
0,12 a/d=1,5
0,10
/ fc
0,08
wu
0,06
τ
0,04
0,02
0,00
0 20 40 60 80 100
fc (MPa)
Figura 2.33 - τwu/fc em função de a/d e fc, para vigas sem estribos com ρ = 3,36% ensai-
adas por MPHONDE e FRANTZ (1984), segundo QUEIRÓZ (1999).
57
0,12
ρsw.fyw= 0,34
0,10 ρsw.fyw= 0,69
ρsw.fyw= 1,03
0,08
/ fc
wu
0,06
τ
0,04
0,02
10 20 30 40 50 60 70 80 90
fc (MPa)
Figura 2.34 - τwu/fc em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 3,36% e a/d = 3,6 ensaia-
das por MPHONDE e FRANTZ (1985), segundo QUEIRÓZ (1999).
58
Em havendo força normal acarretando tensão de compressão igual a σcp (consi-
derada positiva), a tensão máxima de cisalhamento correspondente à fissuração diago-
nal, de acordo com o critério do Mohr-Coulomb modificado, é
τ max = (f 2
ct + f ct ⋅ σ cp ) (2.82)
Dado que, em ambos os casos, ao atingir-se Vcr, a ruptura da viga por cortante é
iminente e brusca levando a perda total de resistência, é importante que a viga tenha
uma armadura transversal mínima para dar à viga certa ductilidade. Considerando-se o
plano de ruptura da viga por cortante a um ângulo θu com o eixo da viga e estribos a 900
com este eixo, condição de equilíbrio de forças leva à área de estribos mínima no com-
primento (h cot θu):
59
Figura 2.35 – Diagramas de tensões cisalhantes para vigas de seção transversal retan-
gular, quando da fissuração diagonal crítica, considerando-se distribui-
ções elástica e plástica.
ou
2 f σ cp
ρ sw,min = ⋅ ct 1 + ⋅ tgθ u (2.85)
3 f yw f ct
O ângulo do plano de ruptura (θu) normalmente varia entre cerca de 20º e 45º,
tendendo a ser menor para menores taxas de armadura transversal. Para o caso de arma-
dura transversal mínima, pode-se, portanto, considerar θu = 20º, tendo-se, então,
f ct σ cp
ρ sw,min = 0,24 ⋅ 1 + (2.86)
f yw f ct
60
No caso de vigas protendidas com cabos inclinados, a taxa de armadura trans-
versal mínima pode ser reduzida considerando-se a componente vertical das forças de
protensão (Vp), ou seja,
Asw,min ⋅ f yw = Vcr − V p (2.87)
e, portanto,
Vcr − Vp
ρ sw ,min = ≥0 (2.88)
b w ⋅ h ⋅ f yw ⋅ cot θ u
(ν 2
⋅ f ct2 + ν ⋅ f ct ⋅ σ cp ) 2 f ct 3σ cp
(2.89)
ρ sw,min = = ⋅ 1 + ⋅ tgθ u
f yw ⋅ cot θ u 3 f yw 2 ⋅ f ct
Esta expressão fornece os mesmos valores de ρsw,min que a (2.86) quando σcp =
0, e valores um pouco diferentes quando σcp > 0.
As análises acima realizadas são válidas para as vigas em que a fissuração dia-
gonal ocorre em região onde não há fissuras de flexão, caso das vigas com protensão
completa. Em vigas de seção transversal retangular sem força normal e sem armadura
transversal, resultados de ensaios mostram que a fissura diagonal que causa a ruptura
forma-se a partir de fissura de flexão para força cortante menor que a dada pela expres-
são (2.83).
O mecanismo de formação dessa fissura diagonal é complexo, envolvendo o
processo de aumento do comprimento e da abertura da fissura de flexão e o efeito de
pino da armadura de flexão. Tem-se verificado que os principais parâmetros que influ-
enciam a força cortante de fissuração diagonal são as dimensões da seção bw e d, as
propriedades do concreto e a taxa de armadura longitudinal de tração. Análises feitas
por CASTRO (1997) e QUEIROZ (1999), entre outros autores, mostram que a tensão
cisalhante nominal de fissuração relativa, Vcr/bdfct, diminui com o aumento de fc e de d
e aumenta com o aumento de ρ. Destas análises, conclui-se que, para as vigas de alturas
usuais, a influência do parâmetro d não é tão relevante e, segundo REGAN (1998), o
efeito de escala tende a diminuir em vigas com alguma armadura transversal.
61
A partir dos resultados de ensaios de vigas sem armadura transversal analisado
por QUEIROZ (1999), constata-se também que, em vigas com pequena taxa de armadu-
ra longitudinal (caso das vigas com armadura transversal mínima), pode-se admitir que
em vigas com fissuração de flexão o valor de Vcr é cerca de 40% do obtido da análise
elástica.
A expressão (2.92), diferentemente das (2.86) e (2.89), não leva em conta a in-
fluência da força normal, já que, na análise por treliça a força normal afeta apenas as
forças nos banzos superior e inferior.
62
O fato de que um dos mecanismos relevantes relacionados à resistência ao cor-
tante de vigas sem armadura de cisalhamento é o engrenamento do agregado na face da
fissura, e que para estágios de cargas avançados a abertura de fissura aumenta, diminu-
indo o contacto entre as faces da fissura e fazendo crítico este mecanismo resistente,
levou KRAUTHAMMER (1992) a determinar a armadura mínima considerando que ela
deve ser tal que o esforço cortante seja resistido apenas pelo engrenamento do agregado.
A equação proposta por KRAUTHAMMER (1992) é
0,45
ρ sw ,min = fyw em MPa (2.93)
f yw
QUEIROZ (1999) obteve uma equação para a taxa mínima de armadura de cor-
tante tendo por base o modelo de treliça e considerando que após à fissuração diagonal
crítica o cortante é resistido apenas pela armadura transversal constituída por estribos
perpendiculares ao eixo da viga
A s w, min z
τwcr = .fyw. cot θ (2.95)
bw.s d
z
ou, admitindo-se = 0,91,
d
τwcr = ρsw,min.fyw.0,91.cot θ (2.96)
e, portanto,
τwcr
ρsw,min = .1,1.tg θ (2.97)
fyw
63
τwcr
ρsw,min = 0,5. (2.98)
fyw
3
fck 2
ρsw,min = 0,049. (2.99)
fywk
A equação 2.99 não foi verificada pela falta de resultados experimentais para tal.
chega-se a
f ck0,67 σ cp
ρ sw,min = 0,029 ⋅ 1 + 0 , 67
(2.101)
f yw 0,3 f ck
f ck0,67
ρ sw,min = 0,06 ⋅ (2.102)
f yw
539
610
305
235 1670 914 1670 235
Dimensões em mm
65
0,69 MPa. A viga sem estribos apresentou apenas uma fissura diagonal ao longo do vão
de cisalhamento e as vigas com estribos duas ou três fissuras.
66
aumento de ρsw (ver figura 2.37). Na figura 2.38 verifica-se que τwu/fc aumentou signifi-
cativamente com o aumento de ρsw.fyw/fc.
A resistência à fissuração relativa foi menor para maiores valores de fc, como
pode ser observado na figura 2.39.
A figura 2.40 mostra a relação τwu/τwcr em função de fc. Nota-se que fc parece
não influenciar esta relação para valores de fc de até cerca de 50 MPa. Entretanto, devi-
do ao número limitado de pontos não se pode afirmar que tal fato realmente ocorra.
0,06
ρ sw= 0,000 %
0,05 ρ sw= 0,072 %
ρ sw= 0,144 %
0,04
τ/ fc
wu
0,03
0,02
0,01
30 40 50 60 70 80
fc (MPa)
Figura 2.37 - τwu/fc em função de fc, para vigas com diferentes valores de ρsw ensaiadas
por JOHNSON e RAMIREZ (1989), segundo QUEIRÓZ (1999).
67
0,06
fc = 36,41 MPa
fc = 55,85 MPa
0,04
fc = 72,33 MPa
τwu/ fc
0,03
0,02
0,01
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020
(ρsw.fyw)/fc
Figura 2.38 - τwu/fc em função de fc e (ρsw.fyw)/fc, para vigas com ρ = 2,49% e a/d = 3,1
ensaiadas por JOHNSON e RAMIREZ (1989), segundo QUEIRÓZ
(1999).
0,032
ρsw= 0,000 %
0,030
ρsw= 0,072 %
0,028
ρsw= 0,144 %
0,026
/ fc
0,024
τ wcr
0,022
0,020
0,018
0,016
30 40 50 60 70 80
fc (MPa)
Figura 2.39 - τwcr/fc em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 2,49% e a/d = 3,1 ensaia-
das por JOHNSON e RAMIREZ (1989), segundo QUEIRÓZ (1999).
68
2,4
ρsw= 0,000 %
2,2
ρsw= 0,072 %
2,0
ρsw= 0,144 %
1,8
wcr
1,6
τ /τ
wu
1,4
1,2
1,0
0,8
30 40 50 60 70 80
fc (MPa)
Figura 2.40 - τwu/τwcr em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 2,49% e a/d = 3,1 ensai-
adas por JOHNSON e RAMIREZ (1989), segundo QUEIRÓZ (1999).
Para as vigas com taxa mínima de armadura na alma, verificou-se relação Vu/Vc
(Vc calculado segundo a norma ACI 318) entre 1,08 a 1,35; para as vigas com o dobro
desta armadura transversal esta relação foi de 1,77 e 1,89.
Duas séries de vigas de concreto de alta resistência foram ensaiadas por RO-
LLER e RUSSELL (1990), cada série consistindo de cinco vigas. As variáveis foram a
altura (635 mm a 870 mm), a relação vão de cisalhamento/altura efetiva (2,5 e 3,0), a
taxa de armadura longitudinal (1,64% a 6,62%), a resistência à compressão do concreto
(72MPa a 125MPa) e a taxa de armadura transversal (ρsw.fyw de 0,28MPa a 9,30MPa).
Os demais dados das vigas encontram-se na figura 2.41 e na tabela 2.9.
A taxa de armadura longitudinal de cada viga foi projetada para que a mesma
pudesse suportar um momento fletor 5 a 40% maior do que o correspondente à ruptura
por cisalhamento.
69
As cinco vigas da primeira série (1 a 5) tinham concreto com a mesma resistên-
cia à compressão mas diferentes taxas de armadura transversal. A altura efetiva destas
vigas foi mantida constante, mas a altura dependeu do número de camadas de armadura
longitudinal, variando de 635 a 743 mm.
Nas vigas da segunda série (6 a 10), foram usados concretos com duas resistên-
cias à compressão e a taxa de armadura transversal variou da quantidade mínima da
ACI 318-83 até aproximadamente três vezes esta quantidade.
MPa
70
Série 1 559
variável
356
Série 2 762
870
457
152 2286 2286 152
Dimensões emmm
Figura 2.41 - Vigas de ROLLER e RUSSELL (1990).
A primeira fissura diagonal, que não foi iniciada de uma fissura de flexão, ge-
ralmente ocorreu para uma força cortante (Vcr) menor do que Vc calculada usando-se a
fórmula da ACI 318-83. Contudo, a diferença entre este Vc e Vcr decresceu gradual-
mente com o incremento de armadura transversal.
A ductilidade a cortante foi definida por meio de dois índices relacionados com
a área sob a curva carga-deformação, como mostra a figura 2.43.
A análise realizada mostrou que apenas o índice (µ2) levou a resultados coeren-
tes.
72
8 103,3 2 2,07 0 0 0 1,71 3,70 2,16 0,016 0,03
9 104,2 3 2,07 0 0 0 1,47 1,52 1,03 0,014 0,01
10 97,7 1 4,54 0,51 1,65 99 3,92 12,27 3,13 0,040 0,12
11 99,7 2 4,54 0,51 1,65 99 2,40 6,76 2,82 0,024 0,07
12 103,4 3 4,54 0,51 1,65 99 1,75 3,88 2,22 0,017 0,04
13 94,93 3 4,54 0,65 2,01 76 1,95 4,10 2,10 0,020 0,04
14 108,7 3 4,54 0,78 2,53 64 2,46 4,65 1,89 0,023 0,04
15 104,0 4 4,54 0,51 1,65 99 1,58 3,55 2,25 0,015 0,03
Nas vigas de concreto de alta resistência com a/d igual a 3,0, verificou-se com-
portamento aproximadamente plástico quando a armadura transversal era o dobro da
mínima recomendada pelo ACI 318-89.
73
216
254
127
a(variável) a(variável)
variável
254
127
a(variável) a(variável)
Dimensões em mm
74
transversal da viga adotada foi a maior altura permitida pelas normas ACI e CSA sem
que haja necessidade de armadura longitudinal de pele para controle de fissuras. A
quantidade de armadura longitudinal foi escolhida de modo a garantir que as vigas rom-
pessem por cortante. Outros dados das vigas encontram-se nas tabelas 2.11 e 2.12 e na
figura 2.44.
2000
150
655
750
375
Dimensões em mm
ρsw, min = 0,345/fyw ACI 83, ACI 89 (para fc ≤ 69 MPa) e CSA 84;
75
Nas vigas sem estribos a ruptura se deu de maneira frágil. Mesmo para uma pe-
quena quantidade de armadura transversal, a ductilidade melhorou significativamente e
houve aumento da resistência ao cortante.
A figura 2.46, assim como a 2.38, mostra que τwu/fc cresce quando ρsw.fyw/fc au-
menta. Segundo esta figura, ocorre um decréscimo de τwu/fc com o aumento de fc, no-
tando-se um decréscimo significativo de τwu/fc ao se aumentar o valor de fc de 36 MPa
para 67 ou 87 MPa.
Observando a figura 2.47, e também a figura 2.39, nota-se que ρsw parece não
influir em τwcr/fc e que τwcr/fc decresce com o aumento de fc.
A figura 2.48 indica maior relação τwu/τwcr para maiores valores de ρsw, e mostra
um comportamento discordante do apresentado na figura 2.40: tendência de τwu/τwcr fi-
car praticamente constante com a variação de fc ou tendência de diminuição com o au-
mento de fc.
Tabela 2.11 - Critérios de definição da armadura transversal das vigas de YOON, CO-
OK et al (1996).
76
Viga fc Diâmetro dos estribos e ρsw.fyw
Comentário
(MPa) espaçamento (mm) (MPa)
N1-S 36 --- 0,00 sem estribos
N1-N 36 φ 8,0 cada 325 0,35 Asw mínima para ACI 83, ACI 89 e
CSA 84; s = d/2
N2-S 36 φ 9,5 cada 465 0,35 Asw mínima para ACI 83, ACI 89 e
CSA 84; s = 0,7d***
N2-N 36 φ 9,5 cada 325 0,50 Asw > mínima para ACI 83, ACI 89, CSA
84 e CSA 94; s=d/2
M1-S 67 --- 0,00 Sem estribos
M1-N 67 φ 8,0 cada 325 0,35 Asw mínima para ACI 83, ACI 89, CSA
84; s = d/2
M2-S 67 φ 9,5 cada 325 0,50 Asw mínima para CSA 94;
s = d/2
M2-N 67 φ 9,5 cada 230 0,70 Asw mínima para ACI 89**;
s < d/2
H1-S 87 --- 0,00 sem estribos
H1-N 87 φ 8,0 cada 325 0,35 Asw mínima para ACI 83, ACI 89*,
CSA 84; s = d/2
H2-S 87 φ 9,5 cada 270 0,60 Asw mínima para CSA 94;
s < d/2
H2-N 87 φ 9,5 cada 160 1,00 Asw mínima para ACI 89;
s < d/2
* Menor quantidade de armadura mínima (ρsw, min = 0,345/fyw, com fyw em MPa).
** Maior quantidade de armadura mínima (ρsw, min = 0,01.fc/fyw, com fc e fyw em MPa).
*** Maior espaçamento permitido pela CSA 94.
77
0,06 ρsw=0,00
0,05
ρsw=0,08
ρsw=0,12
0,04
ρsw=0,15
/ fc
wu
0,03 ρsw=0,24
τ
0,02
0,01
30 40 50 60 70 80 90 100
fc (MPa)
Figura 2.45 - τwu/fc em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 2,8% e a/d = 3,3 ensaiadas
por YOON, COOK et al (1996), segundo QUEIRÓZ (1999).
0,06 fc = 36 MPa
fc = 67 MPa
0,05
fc = 87 MPa
0,04
τ/ fc
wu
0,03
0,02
0,01
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020
(ρsw.fyw)/fc
Figura 2.46 - τwu/fc em função de fc e (ρsw.fyw)/fc, para vigas com ρ = 2,8% e a/d = 3,3
ensaiadas por YOON, COOK et al (1996), segundo QUEIRÓZ (1999).
78
0,030 ρsw=0,00
ρsw=0,08
0,025
ρsw=0,12
ρsw=0,15
/ fc
0,020
wcr
ρsw=0,24
τ
0,015
0,010
30 40 50 60 70 80 90 100
fc (MPa)
Figura 2.47 - τwcr/fc em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 2,8% e a/d = 3,3 ensaia-
das por YOON, COOK et al (1996), segundo QUEIRÓZ (1999).
2,6 ρsw=0,00
2,4
ρsw=0,08
2,2
2,0 ρsw=0,12
1,8 ρsw=0,15
wcr
τ /τ
1,6
ρsw=0,24
wu
1,4
1,2
1,0
0,8
30 40 50 60 70 80 90 100
fc (MPa)
Figura 2.48 - τwu/τwcr em função de fc e ρsw, para vigas com ρ = 2,8% e a/d =3,3 ensaia-
das por YOON, COOK et al (1996), segundo QUEIRÓZ (1999).
79
2.3.4.5 – OZCEBE et a1 (1999)
Os dados e resultados das vigas podem ser vistos na figura 2.49 e na tabela 2.13.
O modo de ruptura das vigas, em geral, foi por tração diagonal. A relação
(τwu/τwcr) nas vigas providas com armadura mínima sugerida na norma ACI 318-83 foi
maior ou igual a 1,20. As providas com armadura mínima sugerida pela norma TS500-
83 tiveram esta relação entre 1,68 e 2,30 e as com armadura mínima de acordo com a
equação proposta entre 1,37 e 2,03. As vigas com relação a/d=5 tiveram menores valo-
res de (τwu/τwcr) que as com relação a/d=3.
80
100 Variável 400 Variável 100
310
310
310
325
360
360
360
360
360
4-16 4φ20
TS refere-se a (TS500-83), e TH refere-se à equação proposta pelos autores, o número refere-se à série,
V d
(*) Vc é calculado usando a equação da norma ACI-318-95 Vc = 0,16 f c + 17 ρ u b w d
Mu
81
Para avaliar as equações analisadas no trabalho, os autores consideraram aceitá-
vel para o índice de ductilidade um valor mínimo de 2,5 e para (τwu/τwc) (τwc calculado
segundo a norma ACI-318-95) um valor maior que 1,5, tendo concluído que
As vigas da série 1 tinham seção transversal retangular de 150 x 300 mm, vão de
3000 mm, comprimento total de 3300 mm, relação a/d=3,8 e altura útil de 270 mm. Na
série 2 alterou-se apenas a altura dos modelos para 400 mm, tendo-se então a/d=3,3,
altura útil de 354mm, ρswfyw variando de 0 a 1,53 MPa, (barras com diâmetro de 4,2, 5 e
6mm tensão de escoamento de 713 MPa e deformação de escoamento de 6,46%0), ρ de
2,3% e 2,96% (fy de 573 MPa e deformação de escoamento de 3,16%0).
O valor de τwcr foi obtido pela expressão τwcr=τwu-τws, e τws segundo as deforma-
ções dos estribos no momento da ruptura da viga.
Foi mostrado no trabalho que quando ρswfyw aumentou de 0,75 para 1,53 MPa, a
relação τwu/τwc aumentou de 1,09 para 2,14. Segundo o critério de OZCEBE et a1
(1999), de que um valor de τwu/τwc maior que 1,5 é aceitável, as vigas com ρswfyw meno-
82
res que 0,93MPa (V4-S1, V5-S1 e V2-S2) não têm armadura transversal mínima ade-
quada.
V1-S1 76,4 3,8 2,33 --- --- --- 1,73 --- 1,73 --- --- 1,00 0,023 1,01
V2-S1 72,7 3,8 2,33 --- --- --- 1,60 --- 1,60 --- --- 1,00 0,022 0,95
V4-S1 69,3 3,8 2,33 0,11 0,75 250 1,68 1,83 1,83 1,00 1,00 1,09 0,026 1,09
V5-S1 73,5 3,8 2,33 0,13 0,93 200 1,13 2,34 2,47 2,07 1,05 2,18 0,034 1,45
V6-S1 76,1 3,8 2,33 0,15 1,07 175 --- --- 2,90 --- --- --- 0,038 1,68
V1-S2 73,0 3,3 2,96 0,15 1,07 175 1,44 2,56 2,87 1,77 1,12 1,99 0,039 1,50
V2-S2 69,6 3,3 2,96 0,11 0,75 175 0,73 2,35 2,35 3,22 1,00 3,22 0,034 1,25
V3-S2 73,0 3,3 2,96 0,22 1,53 175 1,75 3,43 4,01 1,96 1,17 2,29 0,055 2,14
−Αs vigas da série 1 tinham diâmetros dos estribos de 5mm, e as vigas V1-S2, V2-S2 e V3-S2 tinham diâmetros de 5,
4,2 e 6mm, respectivamente;
-Ruptura da viga V6-S1 foi por flexão;
−τwc calculado usando a equação de Zsutty, τ wc = 2,29( f c ρ )1 / 3 ( d / a )4 / 3 para a / d > 2,5 .
Na tabela 2.15 são apresentados os valores mínimos de ρsw indicados por algu-
mas normas, para o caso de estribos perpendiculares ao eixo das vigas. São dadas tam-
bém as fórmulas destas normas para o cálculo do cortante resistente de vigas esbeltas
sem armadura transversal, Vc, que corresponde ao cortante de fissuração diagonal.
Nessa tabela, verifica-se que algumas taxas de armadura mínima propostas de-
pendem apenas da tensão de escoamento do aço, e outras dependem também da resis-
tência do concreto. Nota-se também que Vc/(bw.d) depende só da resistência do concre-
to, ou desta resistência e da taxa de armadura longitudinal, ou ainda destes parâmetros e
da altura efetiva da viga.
83
Tabela 2.15 - Valores de ρw,min e Vc segundo algumas normas
ρsw, min Vc Observações
NBR
0,25 % para aços Vc = bw.d.ψ1. fck ρ1 é a menor taxa de armadura longitudinal de tra-
CA-25 e 32 ção a 2.h da face do apoio.
6118-80 Coeficiente γc = 1,4 embutido.
0,07 ≤ ψ1 = 0,065+5ρ ≤ 0,14
0,14 % para aços No cálculo de ρw, min não se deve tomar para bw
CA-40, 50 e 60 valores maiores que d.
0,2.fctm Vc = 0,6.fctd.bw.d fck ≤ 50 MPa
fywk
NBR
0,21 3 2
2 f ctd = . f ck
fctm = 0,3. 3
f ck γc
6118-2001
γc = 1,4
CEB-FIP
0,2.fctm/fywk Vc = 0,12.ξ.bw.d. 3 100.ρ .f c k fck ≤ 80 MPa
Coeficiente γc = 1,5 embutido.
MC90 200
fctm = 0,3. 3
f ck
2 ξ =1 +
d
Vc = [τrd.k.(1,2 + 40.ρ1)].bw.d k = 1 para os membros onde mais de 50% da armadura de
tração é reduzida ao longo do vão; k = (1,6 - d) ≥ 1 nos
τrd = (0,25.fctk0,05)/ γc outros casos (d em metros)
fckU50MPa
Ver Tabela 2.16
EC2-92 f ctk 0 ,05 = 0,213 f 2
ρ1 = As1/(bw.d)
ck
Unidades em N e mm
83
Tabela 2.15 - Valores de ρw,min e Vc segundo algumas normas (Continuação)
ρsw, min Vc Observações
0,2.f tk 0,51 0,33 f tn kv = 1,0 para vigas com estribos.
≥ Vc = (ftn + 100.ρ).bw.d.kv ≤ 0,66. .bw.d.kv f ck ≤ 94 MPa
NS
f ywk f ywk γc γc
Os valores de ftn são dados na ta-
ftk = 0,343.fck0,6 para fck ≤44 MPa d bela 2.17.
3473-92 1,0 ≤ kv = (1,5 - ) ≤ 1,4
0,6 1000
ftk = 0,3.(fck+11) para fck ≥ 44MPa
γc = 1,4
Quando V>0,5Vc ρw, min para fc > 69 MPa é a equação
Vc = φ.(0,167.bw.d f c )
para fc ≤ 69 MPa multiplicada por
ACI 0,345 fc/34,5. Esta armadura visa possibi-
para fc ≤ 69 MPa
f yw litar calcular Vc considerando fc >
φ = 0,85 69 MPa.
318-95 0,01.f c
para fc > 69 MPa, não
f yw
precisando ser maior que
1,035/fyw
Quando V>0,5Vc Vc = 0,2. φc.bw.d. f c fc ≤ 80 MPa.
Unidades em N e mm
84
Tabela 2.15 - Valores de ρw,min e Vc segundo algumas normas (Continuação)
ρsw, min Vc* Observações
Vc = 0,12.ξ.bw.d. 3 100.ρ .f c k
0,08. f ck 200
EC2-2001 ξ =1 + fckU90MPa
f yw d
ρU2%
0,79 100A s
Vc = ξ3 bwd para fcu<25MPa
γm bwd
0,42
BS8110-97 onde 0,15<100As/bwd<3, γm=1,25 e ξ=(400/d)1/4>1, e
f yw 0,79 100A s f cu
Vc = ξ3 3 b w d para 40MPa>fcu>25MPa
γm bwd 25
fcu<100MPa
0,42
para f CU ≤ 40MPa mesmas equações da norma, só que fcu pode chegar até
BS8110rev. f yw
100MPa
0,42
(f )
CU
2
3
para 100MPa ≥ f CU > 40MPa
f yw
85
Tabela 2.16 - ρsw,min (%) segundo a EC2-92.
fywk
(MPa)
fck (MPa) 220 400 500
12 e 20 0,16 0,09 0,07
25 a 35 0,24 0,13 0,11
40 a 50 0,30 0,16 0,13
86
0,25
ACI-318-99
0,20 CEB-FIP MC90
EC2-92
EC2-2001
ρsw, min (%)
0,15 BS8110-97
BS8110rev.
0,10 NS 3473-92
CSA A23.3-94
NBR 6118-01
0,05 NBR 6118-80
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
fc (MPa)
Figura 2.50 –Valores de ρsw,min de algumas normas em função de fc, com fyw = 500 MPa
e fc=0,85fcu (BS8110rev).
Constatou-se que nem nos artigos sobre o assunto nem nas normas fica clara a
definição de armadura transversal mínima, e como as expressões para estimar essa ar-
madura foram derivadas. Verificou-se que as expressões propostas para determinar a
taxa de armadura transversal mínima levam a valores significativamente diferentes e
que algumas não incluem como parâmetro a resistência do concreto. A diferença entre
as taxas dadas por essas expressões tende a ser maior para concretos de maior resistên-
cia.
87
dura. As fórmulas do item 2.3.3 consideram a possibilidade de haver protensão, as-
pecto não abordado na literatura;
• há necessidade de esclarecer a influência de alguns parâmetros como resistência do
concreto e taxa de armadura longitudinal na taxa de armadura transversal mínima;
• há falta de um critério unificado para a definição da taxa de armadura transversal
mínima nas vigas ensaiadas.
Com base nessas constatações, foi planejado o programa experimental deste tra-
balho, que visou preencher algumas das lacunas existentes.
88
CAPÍTULO 3
PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.1- INTRODUÇÃO
O primeiro grupo englobou vigas de concreto de alta resistência, com relação a/d
em torno de 3,0. Todas as vigas tinham seção transversal retangular, foram
simplesmente apoiadas e carregadas com duas cargas simétricas.
3.2.1- Concreto
Para as vigas do primeiro grupo, o traço do concreto utilizado para as vigas (1R,
2 e 3) foi 1 : 1,04 : 2,09 (cimento : areia : agregado graúdo) e a relação água-cimento foi
de 0,38. Para as vigas (4, 5, 6 e 7) o traço foi 1 : 0,94 : 1,89 (cimento : areia : agregado
graúdo), com relação a/c de 0,38. Todas as vigas tinham fator água/material cimentício
89
de 0,34, 1% de superplastificante e 10% de sílica ativa em relação à massa de cimento.
O abatimento do tronco de cone foi de 90 mm.
Foram usados dois traços nesse grupo devido à utilização de dois tipos de
cimento, CPV ARI PLUS nas vigas 1, 2 e 3 e CPV ARI RS nas vigas 4, 5, 6 e 7. A
dosagem de cada traço foi feita visando obter resistência semelhante para o concreto de
todas as vigas desse grupo.
Para as vigas do segundo grupo (8R, 9, 10, 11, 12, 13 e 14) foi utilizado o traço
de 1 : 2,25 : 3,25 (cimento : areia : agregado graúdo), e relação água-cimento de 0,58. O
abatimento do tronco de cone foi de 80mm.
O cimento empregado no preparo do concreto das vigas 1R, 2 e 3 foi CPV ARI
PLUS e das vigas 4, 5, 6 e 7 foi CPV ARI RS. A areia era de rio lavada e o agregado
graúdo era de traquito britado com dimensão máxima de 19 mm. Nas vigas 1R, 2 e 3
usou-se sílica ativa em pó (SILMIX) e nas vigas 4, 5, 6 e 7 sílica ativa em forma pastosa
(Sikacrete 950) (50% de sílica ativa). Em todas as vigas o superplastificamente utilizado
foi o Sikament 320.
Para as vigas do segundo grupo (8R, 9, 10, 11, 12, 13 e 14) o cimento
empregado foi CPII F-32, a areia era de rio lavada e o agregado graúdo era de gnaisse
com dimensão máxima de 19mm.
Tabela 3.1- Quantidade de material empregado por m3 de concreto nas vigas ensaiadas.
Primeiro Grupo Segundo Grupo
Material (Vigas 1R, 2 e 3) (Vigas 4, 5, 6 e 7) (Vigas 8R, 9, 10, 11, 12, 13 e
14)
Quantidades (kg)
Cimento 500 550 329
Areia 520 520 740
Brita (19 mm) 1043 1043 1069
Sílica ativa 50 55 -
Superplastificante 4,17 4,59 -
Água 190 154 191
90
Para cada uma das vigas ensaiadas foram moldados corpos de prova cilíndricos,
conforme a norma da ABNT NBR-5738 (1993). Após 24 horas, os corpos de prova
foram desformados e imersos em tanque com água saturada de cal por sete dias, sendo
então mantidos sob as condições ambientais do laboratório.
91
A armadura transversal das vigas 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 foi
confeccionada com barras de 3,4 mm de diâmetro (CA-60). Na viga 8R (viga de
referência) só foi colocada armadura na zona de flexão pura, com diâmetro de 3,4 mm.
900
800
700
600
fy=760MPa
σ(MPa)
500 εsy=5,75%0
400 εsy*=3,8%o
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε(%0)
Figura 3.1- Diagrama tensão x deformação da barra lisa de 3,4mm de diâmetro das
vigas 4, 5, 6 e 7.
92
800
700
600
fy=710MPa
500
εsy=5,5%0
εsy*=3,4%o
σ(MPa)
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε(%0)
Figura 3.2- Diagrama tensão x deformação da barra lisa de 3,4mm de diâmetro das
vigas 8R, 9, 10, 11, 12, 13 e 14.
800
700
600
500
(MPa)
400
fy=390M Pa
300 εsy=2,25%0
*
εsy =2,25%o
200 fsu =526M Pa
εsu =112%0 (após rotura)
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε(% 0)
93
800
700
600
500
σ(MPa)
fy=570MPa
400 εsy=4,6%0
*
εsy =2,8%0
300
fsu =744MPa
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε(%0)
Figura 3.4- Diagrama tensão x deformação da barra nervurada de 8mm de diâmetro.
900
800
700
600
500
(MPa)
400
f sy =520MPa
300 εsy =2,4%0
f su=857MPa
200 εsu=84%0 (após rotura)
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε(% 0)
94
800
700
600
500 fy=546MPa
σ(MPa)
εsy =3,37%0
400 *
εsy =3,37%o
fsu =658,9MPa
300
εsu =89,9%0 (após rotura)
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ε (%0)
95
As características geométricas e o detalhamento das armaduras transversal e
longitudinal das vigas ensaiadas são mostradas nas figuras 3.9 a 3.12 e outros dados são
fornecidos na tabela 3.4.
recomendados (vigas 2, 4 e 9). As demais vigas têm valores de ρswfyw dentro da faixa
limitada pelos menores e maiores valores propostos pelas normas.
96
Figura 3.8- Dimensões e diagramas de esforços solicitantes das vigas.
97
φ
2φ8
5φ20
φ(m m )
2φ8
5 φ20
98
φ
2φ8
6φ16
φ
φ
Figura 3.12- Detalhamento das armaduras longitudinal e transversal das vigas 9, 10, 11,
12, 13 e 14.
99
ACI-318-99
1,2 CEB-FIP MC90
NS 3473-92
CSA A23.3-94
1,0 Eq. (2.101)
Eq. (2.102)
Eq. (2.99)
ρsw, min fyw(MPa)
0,8 Eq. (2.93)
EC2-2001
0,6 BS8110rev.
Viga 7
Viga 6
0,4 Viga 5
Viga 3
Viga 4
0,2 Viga 2
Viga 14
0,0 Viga 13
Viga 12
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Viga 11
Viga10
fc(MPa) Viga 9
Figura 3.13- Valores de ρsw, minfyw recomendados e valores de ρswfyw das vigas ensaiadas.
100
segurança unitários, chegou-se aos valores de cargas de ruptura por flexão mostrados na
tabela 3.5.
De acordo com a norma CEB-FIP MC90, as vigas com armadura transversal têm
a força cortante resistente determinada por meio do modelo de treliça:
101
Vu = Vs = (A sw f ywd / s)z co t θ (3.3)
Utilizou-se uma lupa associada a uma escala graduada com precisão de 0,1 mm
para a medição de aberturas de fissuras.
Para a medição das rotações em cada apoio, foram utilizados clinômetros com
precisão de 1”(figura 3.17).
103
Figura 3.14- Detalhes da instrumentação interna das vigas.
Figura 3.15- Localização das placas de cobre para medição das deformações do concreto com
extensômetro mecânico.
104
CL
Figura 3.16- Localização dos deflectômetros elétricos para medição dos deslocamentos verticais.
LE LD
Após serem posicionadas segundo o esquema da figura 3.7, as vigas tiveram as placas de
cobre para medição das deformações do concreto coladas e foram pintadas com cal a fim de
facilitar a visualização e a marcação das fissuras.
A aplicação da carga foi com incrementos de 10kN nas vigas 1R, 2 e 3, até se alcançar a
ruptura. Nas vigas 4, 5, 6 e 7, o incremento de carga até a fissuração diagonal foi de 20kN, e
depois de 10kN até a ruptura. Nas vigas 8R, 9, 10, 11, 12, 13 e 14, o aumento de carga desde o
início até a ruptura foi de 10kN. Após cada incremento de carga, foram feitas medições de
deslocamentos e deformações, marcadas as fissuras e medidas as aberturas das primeiras fissuras
105
que apareceram em ambos vãos de cortante, e da fissura na região de flexão pura com maior
abertura.
Os resultados de todas as medições feitas encontram-se nas tabelas A.1 a A.26 do Anexo
A. Os gráficos traçados a partir destes resultados são mostrados a seguir.
As forças cortantes e modos de ruptura das vigas encontram-se na tabela 3.7, assim como
os valores das forças cortantes de fissuração diagonal.
Fotos das vigas, após sua ruptura, podem ser vistas no anexo C.
O valor da força cortante de fissuração das vigas do primeiro grupo foi considerado como
sendo a mesma da viga de referência (1R). Para esta carga, próxima da de ruptura da viga com
menor taxa de armadura, foi observada mudança de comportamento em gráficos de carga-
rotação e carga-deformação nos estribos.
O valor do cortante de fissuração diagonal da viga 14 foi diferente do das demais vigas
do segundo grupo, pois ela teve a metade da armadura longitudinal das outras.
Os valores dos deslocamentos verticais observados no meio do vão das vigas ensaiadas
são apresentados nas figuras 3.18 a 3.31. Os deslocamentos verticais na seção de aplicação de
carga não diferiram muito dos do meio do vão.
3.7.3- Rotações
Os diagramas carga x rotação nos apoios são mostrados nas figuras 3.32 a 3.45.
Considerou-se para rotação a média das rotações medidas nos dois apoios.
106
Tabela 3.7- Dados e resultados das vigas ensaiadas.
fc fct,sp ρs s φ ρswfyw ρswfsu Vu, t Vu, f Vu Vcr Vy Vy,l
Vigas Modo de Ruptura
(MPa) (MPa) (%) (mm) (mm) (MPa) (MPa) (kN) (kN) (kN) (KN) (kN) (kN)
14 42,6 2,23 0,97 240 3,4 0,358 0,42 60 60 + - Tração diagonal, com ruptura da armadura transversal
67 95
13 37,3 2,13 240 3,4 0,358 0,42 90 80 + - Tração diagonal, com ruptura da armadura transversal
79 168
12 37,3 2,13 210 3,4 0,409 0,48 80 80 + - Tração diagonal, com ruptura da armadura transversal
79 167
11 37,5 2,00 180 3,4 0,477 0,56 115 80 108 - Tração diagonal, com ruptura da armadura transversal
80 167
107
300 300 Vu
250 250
200 200
Carga (kN)
Carga (kN)
Vu
150 150
100 100
50 50
∆u ∆u
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical (mm) Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.18- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 1R. Figura 3.19- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 2.
300 300
Vu
Vu
250 250
200 200
Carga (kN)
Carga (kN)
150 150
100 100
50 50
∆u
∆u
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento vertical (mm) Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.20- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 3. Figura 3.21- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 4.
108
300 300
250 250
Vu Vu
200 200
Carga (kN)
Carga (kN)
150 150
100 100
50 50 ∆u
∆u 0
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical(mm)
Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.22- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 5. Figura 3.23- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 6.
200
300
250 150
Carga (kN)
200
Carga (kN)
100
150 Vu
Vu
100 50
50
∆u ∆u
0
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical(mm)
Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.24- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 7. Figura 3.25- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 8R.
109
200 200
150 Vu 150 Vu
Carga (kN)
Carga (kN)
100 100
50 50
∆u ∆u
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical (mm) Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.26- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 9. Figura 3.27- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 10.
200 200
150 150
Vu
Carga (kN)
Carga (kN)
100 100 Vu
50 50
∆u
∆u
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical (mm) Deslocamento Vertical (mm)
Figura 3.28- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 11. Figura 3.29- Diagrama carga x deslocamento vertical no meio do vão da Viga 12.
110
200
200
150 150
Carga (kN)
Carga (kN) 100 Vu 100 Vu
50 50
∆u
∆u
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36
Deslocamento Vertical (mm) Deslocamento Vertical (mm)
300 300
250 250
200 200
Carga (kN)
Carga (kN)
150 150
100 100
50 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,005 0,01 0,015 0,02
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 3.32- Diagrama carga x rotação da Viga 1R. Figura 3.33- Diagrama carga x rotação da Viga 2.
111
300 300
250 250
200
Carga (kN)
200
Carga (kN)
150 150
100 100
50 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02
0 0,005 0,01 0,015 0,02
Rotação (rad)
Rotação (rad)
300 300
250 250
200 200
Carga (kN)
Carga (kN)
150 150
100 100
50 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,005 0,01 0,015 0,02
Rotação (rad)
Rotação (rad)
112
300 200
250
150
200
Carga (kN)
Carga (kN) 100
150
100
50
50
0
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,005 0,01 0,015 0,02
Figura 3.38- Diagrama carga x rotação da Viga 7. Figura 3.39- Diagrama carga x rotação da Viga 8R.
200 200
150 150
Carga (kN)
Carga (kN)
100 100
50 50
0
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02
0 0,005 0,01 0,015 0,02
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 3.40- Diagrama carga x rotação da Viga 9. Figura 3.41- Diagrama carga x rotação da Viga 10.
113
200 200
150 150
Carga (kN)
Carga (kN)
100 100
50 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,005 0,01 0,015 0,02
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 3.42- Diagrama carga x rotação da Viga 11. Figura 3.43- Diagrama carga x rotação da Viga 12.
200 200
150 150
Carga (kN)
Carga (kN)
100 100
50
50
0
0
0 0.005 0.01 0.015 0.02
0 0.005 0.01 0.015 0.02
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 3.44- Diagrama carga x rotação da Viga 13. Figura 3.45- Diagrama carga x rotação da Viga 14.
114
3.7.4- Deformação Específica das Armaduras
Os diagramas carga x deformação dos estribos são mostrados nas figuras 3.48 a
3.59. Neles são assinalados os valores de εsy* e do cortante último. Como não se tem os
valores das deformações para a carga de ruptura, para alguns estribos, embora não se
tenha medido deformação maior ou igual a εsy*, pode-se concluir, a partir da tendência
mostrada por sua curva, que houve escoamento. Este é o caso da viga 2 (estribos A, C,
D e E), viga 10 (estribos B e F) e viga 9 (estribos A e B).
115
300
Viga 1R
250
200
Carga (kN)
Vu
150
100
*
εsy
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Deformação(%0)
300 300
Viga 7 Viga 6
250 250
Vu
200 200
150 Vu 150
100 * 100
εsy
50 50 *
εsy
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
300 300
250 Viga 4 250 Vu
Viga 3
200 Vu 200
150 150
100 100
50 εsy* 50 *
εsy
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
300 300
Viga 2 Viga 5
250 Vu 250 Vu
200 200
150 150
100 100
εsy*
50 50
εsy*
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
Figura 3.46- Diagramas carga x deformação da armadura longitudinal de tração das vigas
do primeiro grupo.
116
200
Viga 8R
150
Carga (kN)
Vu
100
50 *
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Deformação(%0)
200 200
Viga 14 Viga 13
150 150
Vu
100 100
Vu
50 50
εsy* εsy*
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
200 200
Viga 12 Viga 11
150 150 Vu
100 Vu 100
50 * 50
εsy *
εsy
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
200 200
Vu
Viga 9
Vu
150 150
Viga 10
100 100
50 50
εsy* εsy*
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
Figura 3.47- Diagramas carga x deformação da armadura longitudinal de tração das vigas
do segundo grupo.
117
300
250 Vu
200
Carga (kN)
150
100
50 εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%0)
F E D C B A
300
Vu
250
200
Carga (kN)
150
100
50 εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%0)
F E D C B A
118
300
Vu
250
200
Carga (kN)
150
100
50 εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação(%o)
F E D C B A
Figura 3.50- Diagrama carga x deformação dos estribos da Viga 4.
300
250
Vu
200
Carga (kN)
150
100
50
*
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
E D C F B A
Figura 3.51- Diagrama carga x deformação dos estribos da Viga 5.
119
300
250
Vu
200
Carga (kN)
150
100
50
*
ε sy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o )
E D C F B A
300
250
200
Carga (kN)
150 Vu
100
50 *
ε sy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o )
E D C F B A
120
300
250
200
Carga (kN)
150 Vu
100
50 εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
300
250
200 Vu
Carga (kN)
150
100
50 *
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
121
300
250
200
Carga (kN)
150 Vu
100
50
εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
300
250
200
Carga (kN)
150
100 Vu
50
εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
122
300
250
200
Carga (kN)
150
Vu
100
50
εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
300
250
200
Carga (kN)
150
100 Vu
50
*
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
123
3.7.5- Fissuração
São mostrados nas figuras 3.60 a 3.73 os padrões de fissuração obtidos para as
vigas ensaiadas, enquanto as figuras 3.74 a 3.85 apresentam os diagramas carga x
abertura de fissura das vigas. Os numerais constantes das figuras 3.60 a 3.73
correspondem ao valor das cargas, em 10-1kN, sob as quais se desenvolveram as
fissuras.
124
Figura 3.63- Fissuração da Viga 4.
125
Figura 3.67- Fissuração da Viga 8R.
126
Figura 3.71- Fissuração da Viga 12.
127
250
200
Carga (kN)
150
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissuras (mm)
Fissura 1 Fissura 3 Fissura 2
250
200
150
Carga(kN)
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissuras(mm)
Fissura 1 Fissura 2
200
Carga(kN)
150
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissuras(mm)
250
200
150
Carga (kN)
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissuras(mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3 Fissura 4
129
250
200
Carga (kN)
150
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissura(mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3 Fissura 4
250
200
Carga (kN)
150
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissura (mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3 Fissura 4
130
250
150
100
50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Abertura de Fissura(mm)
120
100
80
Carga (kN)
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Aberturas de Fissuras(mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3
131
120
100
80
Carga (kN)
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Aberturas de Fissuras(mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3
120
100
80
Carga (kN)
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Abertura de Fissuras (mm)
Fissura 1 Fissura 2 Fissura 3
132
120
100
80
Carga (kN)
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Aberturas de Fissuras (mm)
120
100
80
Carga (kN)
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Aberturas de Fissuras (mm)
133
CAPÍTULO 4
4.1- INTRODUÇÃO
134
300
250
200
Carga (kN)
150
Viga 1R(ρswfyw=0)
Viga 7(ρswfyw=0,460MPa)
100 Viga 6(ρswfyw=0,575MPa)
Viga 5(ρswfyw=0,767MPa)
50 Viga 3(ρswfyw=0,853MPa)
Viga 4(ρswfyw=1,150MPa)
Viga 2(ρswfyw=1,158MPa)
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
Deslocamento Vertical (mm)
250
200
Carga (kN)
135
300
Viga 8R(ρswfyw=0)
Viga 14(ρswfyw=0,358MPa)
250 Viga 13(ρswfyw=0,358MPa)
Viga 12(ρswfyw=0,409MPa)
200 Viga 11(ρswfyw=0,477MPa)
Carga (kN)
Viga 10(ρswfyw=0,573MPa)
Viga 9(ρswfyw=0,716MPa)
150
100
50
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
Deslocamento Vertical (mm)
300
Viga 8R(ρswfyw=0
250 Viga 14(ρswfyw=0,358MPa)
Viga 13(ρswfyw=0,358MPa)
200 Viga 12(ρswfyw=0,409MPa)
Viga 11(ρswfyw=0,477MPa)
Carga (kN)
Viga 10(ρswfyw=0,573MPa)
150 Viga 9(ρswfyw=0,716MPa)
100
50
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
Deslocamento Vertical (mm)
136
Observa-se nas figuras 4.1 e 4.2 que apenas a viga 1R tendeu a apresentar
comportamento diferenciado das demais, a partir de carga próxima da de fissuração
diagonal. Nas figuras 4.3 e 4.4 observa-se que o comportamento da viga 14 é
diferenciado das demais, para todos os níveis de carga, já que tinha a metade da
armadura longitudinal das outras. A viga 8R mostra esta diferença a partir de carga
próxima à carga de fissuração diagonal.
4.3 – ROTAÇÕES
Na tabela 4.2 são dados os valores das rotações nos apoios esquerdo e direito
para a carga de fissuração e para a carga de ruptura. O valor da rotação para a carga de
ruptura foi obtido prolongando-se a curva carga x rotação até o valor de carga última.
Nessa tabela constam também os valores das relações entre os valores médios das
rotações nos dois apoios para a carga última e a carga de fissuração diagonal. Como no
caso dos deslocamentos verticais, a menos das vigas com muito pouca armadura
transversal, a relação θu/θcr tende a aumentar com o aumento de ρswfyw.
Tabela 4.2- Valores de rotação nos apoios esquerdo e direito para a carga de fissuração
e a carga última e da relação entre os valores médios dessas rotações.
Carga de Fissuração Carga Última
θLE θLD θLE θLD Valor médio de
Vigas (graus) (graus) (graus) (graus) θu/θcr
1R 1,17 1,19 1,18 1,21 1,01
7 1,19 1,21 1,19 1,21 1,00
6 1,12 1,18 2,03 2,28 1,87
5 1,20 1,24 2,38 2,54 2,02
3 1,31 1,21 3,65 3,54 2,85
4 1,21 1,22 2,88 2,89 2,37
2 1,37 1,31 3,96 3,82 2,90
8R 1,41 1,44 1,66 1,67 1,17
14 1,80 1,69 1,80 1,69 1,00
13 1,30 1,30 1,48 1,48 1,14
12 1,44 1,39 1,44 1,39 1,00
11 1,34 1,32 2,16 2,30 1,68
10 1,32 1,62 2,84 2,88 1,94
9 1,42 1,43 2,88 2,88 2,02
137
300
250
200
Carga (kN)
150
100
50
0
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030
Rotação (rad)
Figura 4.5 – Diagrama carga x rotação média dos apoios das vigas ensaiadas do
primeiro grupo.
200
175
150
125
Carga (kN)
100
75
50
25
0
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030
Rotação (rad)
Figura 4.6 – Diagrama carga x rotação dos apoios média das vigas ensaiadas do
segundo grupo.
138
4.4 - DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA AO LONGO DA SEÇÃO NO MEIO DO
VÃO
Nas figuras 4.7 e 4.8 podem ser vistas as deformações da seção do meio do vão
das vigas medidas no concreto e na armadura longitudinal, para o cortante (V)
correspondente à última medição (V) de deformações realizadas.
139
0
50 1
2
100
3
150
4
200
h(mm)
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação(%0)
VIGA 3 VIGA 2 VIGA 4 VIGA 5 VIGA 6 VIGA 7 VIGA
Viga 1R 1R
Figura 4.7 – Deformação ao longo da seção transversal no meio do vão das vigas
ensaiadas, para a última carga para a qual foram feitas medições no
primeiro grupo.
0
50
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6
Deformação (%o)
Figura 4.8 – Deformação ao longo da seção transversal no meio do vão das vigas
ensaiadas, para a última carga para a qual foram feitas medições no
segundo grupo.
140
300
250
200
Carga (kN)
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Deformação(%0)
VIGA 3 VIGA 2 VIGA 1R VIGA 4
VIGA 5 VIGA 6 VIGA 7
200
175
150
Carga (kN)
125
100
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6
Deformação (%o)
141
Os valores de deformação específica da armadura para a carga de ruptura são
mostrados na tabela 4.4. Eles foram obtidos prolongando-se a curva carga x deformação
específica até o valor de carga última de cada viga, como indicado nas figuras 3.60 e
3.61.
Na tabela 4.6 estão listados os valores de Vy assinalados nas figuras 4.11 e 4.12
e os de Vy* indicados nas figuras 4.13 a 4.19.
143
300
250
150
100
50
Ponto de escoamento
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%0)
Figura 4.11 – Diagramas carga x deformação dos estribos de cada viga ensaiada onde
foram medidas maiores deformações para o primeiro grupo.
200
175
150
Carga (kN)
125
100
75
50
25
Ponto de escoamento
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
Figura 4.12 – Diagramas carga x deformação dos estribos de cada viga ensaiada onde
foram medidas maiores deformações para o segundo grupo.
144
300
250
Vu
200
Carga (kN)
Vy*
150
100
50
εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
E D C F B A
Figura 4.13- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 6.
300
250
Vu
200 *
Vy
Carga (kN)
150
100
50
*
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
E D C F B A
Figura 4.14- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 5.
145
300
Vu
250
200
Carga (kN)
Vy*
150
100
50 *
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%0)
F E D C B A
Figura 4.15- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 3.
300
250
200
Carga (kN)
150 Vu
*
Vy
100
50
εsy*
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
Figura 4.18- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 9.
146
300
250 Vu
200 Vy*
Carga (kN)
150
100
50 *
εsy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%0)
F E D C B A
Figura 4.16- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 2.
300
250
200
Carga (kN)
Vu
150 Vy *
100
50 *
ε sy
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
F E D C B A
Figura 4.17- Diagrama carga x deformação dos estribos mostrando o valor de Vy* da
Viga 10.
147
4.7- ANÁLISE VISANDO DETERMINAR A ARMADURA TRANSVERSAL
MÍNIMA
Neste trabalho, o critério proposto para avaliar o nível de ductilidade das vigas
ensaiadas é apresentado na figura 4.19. Nesta figura está mostrada esquematicamente a
relação entre a tensão cisalhante nominal relativa numa viga, (τw/τwcr), e a deformação
relativa nos estribos, (εw/εwy). Numa viga com armadura transversal menor que a
mínima tem-se τwu/τwcr=τwy/τwcr=τwy*/τwcr≈1, ou seja, o ângulo α (tg α=τwy*/τwcr-1)
mostrado na figura é aproximadamente igual a zero. Armaduras maiores que as mínimas
levam a diferença entre τwcr, τwy e τwu e entre τwy e τwy*, e, portanto, valores de
α maiores que zero; o que indica maiores níveis de ductilidade.
148
Tabela 4.7 –Tensões cisalhantes nominais absolutas e relativas.
τwu τwcr τwy τ∗wy
Vigas ρswfyw/fcm ρswfyw/fct τwu/τwcr τwu/τwy τwy/τwcr τ∗wy/τwcr τwu/fcm τwcr/fcm τwu/fct τcr/fct
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
1R - - 2,20 1,82 - 1,21 - - - - 0,031 0,026 0,455 0,624
7 0,0068 0,112 1,78 1,78 + 1,00 + + + + 0,027 0,027 0,436 0,446
6 0,0086 0,141 3,04 1,90 1,68 2,30 1,58 1,06 1,26 0,045 0,027 0,745 0,446
5 0,0108 0,125 3,33 2,46 1,84 2,86 1,35 1,36 1,57 0,047 0,025 0,868 0,474
3 0,0119 0,235 4,70 1,82 2,03 2,58 3,39 2,32 1,11 1,86 0,066 0,025 1,294 0,502
4 0,0161 0,270 3,94 3,61 2,18 3,61 1,09 2,00 1,99 0,055 0,025 1,027 0,474
2 0,0165 0,300 4,50 2,44 2,47 3,94 1,84 1,34 2,16 0,064 0,026 1,170 0,473
8R - - 1,45 1,29 - 1,13 - - - - 0,045 0,040 0,800 0,710
14 0,0084 0,179 0,94 0,94 + 1,00 + + + + 0,022 0,022 0,466 0,466
13 0,0096 0,186 1,45 + 1,13 + + + + 0,039 0,035 0,755 0,677
12 0,0110 0,213 1,29 + 1,00 + + + + 0,035 0,035 0,677 0,677
11 0,0127 0,264 1,86 1,29 1,74 1,44 1,74 1,07 1,23 1,35 0,050 0,034 1,032 0,721
10 0,0154 0,317 2,71 2,23 2,10 2,50 1,22 1,73 1,93 0,072 0,034 1,498 0,721
9 0,0224 0,395 2,05 1,94 1,59 1,94 1,06 1,50 1,51 0,064 0,040 1,132 0,888
(+) escoamento e ruptura praticamente simultâneos
149
O parâmetro τwy* (valor médio dos valores de τwy correspondentes aos estribos
que atingiram a tensão de escoamento) é mais representativo do comportamento devido
ao cortante que τwy (valor correspondente ao escoamento do 10 estribo) pois ele engloba
o que ocorre em vários estribos e não apenas em um.
τw/τwcr
τwy*/τwcr
τwy/τwcr
α
1
1
εw/εwy
Viga 7
Viga 8R
1,5
Viga 9
Viga 10
1
Viga 11
0,5 Viga 12
Viga 13
0 Viga 14
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 JOHNSON e RAMIREZ (1989)
YOON, COOK et al (1996)
ρswfwy/fcm OZCEBE et a1 (1999)
SIMPLÍCIO (1999)
Figura 4.20-Relação τwu/τwcr em função de ρswfyw/fcm para as vigas ensaiadas pelo autor
e por JOHNSON e RAMIREZ (1989),YOON, COOK et al (1996), OZCEBE eta1
(1999) e SIMPLÍCIO (1999).
150
Viga 1R
3,5 Viga 2
Viga 3
Viga 4
3
Viga 5
Viga 6
2,5 Viga 7
Viga 8R
2
τwu/τwcr
Viga 9
Viga 10
1,5 Viga 11
Viga 12
1 Viga 13
Viga 14
0,5 JONHZON E RAMIREZ (1989)
YOON, COOK et al (1996)
0 OZCEBE et a1 (1999)
SIMPLÍCIO (1999)
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
ρswfy/fct
Figura 4.21-Relação τwu/τwcr em função de ρswfyw/fct para as vigas ensaiadas pelo autor e
por JOHNSON e RAMIREZ (1989), YOON, COOK et al (1996),
OZCEBE et a1 (1999) e SIMPLÍCIO (1999).
Viga 2
2,5
Viga 3
2 Viga 4
Viga 5
1,5
(τwy/τwcr)
Viga 6
1 Viga 9
Viga 10
0,5
Viga 11
JOON, COOK et al
0
(1996)
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
ρswfyw/fct
Figura 4.22- Relação τwy/τwcr em função de ρswfyw/fct para as vigas ensaiadas pelo autor
e YOON, COOK et al (1996),
151
A dispersão de dados verificada nessas figuras, e também os dados da tabela 4.6,
sugere não ser τwu/τwcr ou τwy/τwcr o melhor parâmetro para servir de base para se definir taxa
de armadura transversal mínima.
As relações entre τwy*/τwcr e ρswfyw/fct constatadas para as vigas deste trabalho podem
ser vistas na figura 4.23. Desconsiderando-se a viga 9, a qual, por motivo não detectado, teve
resultados incoerentes com os das demais vigas, verifica-se que o parâmetro τwy*/τwcr parece
poder ser adotado para definir taxa de armadura mínima.
2,5
Valor recomendado para a
definição da armadura
2 transversal mínima pelo autor
1,5
(τwy*/τwcr)
Cor preto---grupo 1
0,5 Cor azul----grupo 2
0
0,01 0,11 0,21 0,31 0,41 0,51
ρswfyw/fct
Viga 6 Viga 5 Viga 11
Figura 4.23- Relação τwy*/τwcr em função de ρswfyw/fct para as vigas ensaiadas pelo autor.
Na figura 4.24 é feita comparação das deformações dos estribos das vigas 6, 5 e 11,
que tendem a diminuir com o aumento do ρswfyw e de fc. Estes parâmetros, junto com a taxa de
armadura longitudinal, são definidores do padrão de fissuração das vigas.
152
Na figura 4.25 são comparadas as vigas 6 e 10 e as 7 e 11, com ρswfyw
aproximadamente igual e diferente resistência à compressão do concreto e armadura
longitudinal, mostrando-se a influência de fc e ρ no padrão de fissuração. São também
comparadas as vigas 6 e 7 e as 10 e 11, com igual resistência à compressão do concreto e
armadura longitudinal, e diferente ρswfyw, mostrando-se a influência da armadura transversal
no padrão de fissuração.
225
200
175
150
Carga (kN)
125
Viga11, ρswfyw=0,477MPa
100 Viga 6, ρswfyw=0,575MPa
Viga 5, ρswfyw=0,767MPa
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação (%o)
Viga 11 (fc=37,5MPa) Viga 6 (fc=67,1MPa) Viga 5 (fc=71,3MPa)
Figura 4.24- Diagramas carga-deformação dos estribos para vigas com diferentes armadura
transversal e resistência à compressão do concreto que têm esta armadura
próxima da mínima.
153
Pelos resultados mostrados na figura 4.23, o valor de τwy*/τwcr em torno de 1,4,
próximo do das vigas 5, 6, e 11, pode ser adotado para definir a armadura transversal mínima.
A tabela 4.7 apresenta os valores de Vu, exp/Vc, parâmetro adotado por OZCEBE et a1
(1999) para definir desempenho mínimo requerido. Para cálculo de Vc, consideram-se as
fórmulas das normas NS3473-92, ACI-318-99, CEB-FIP MC90, CSA A23.3-94, EC2-2001 e
BS8110rev, com γc=1. Destas, a que levou a valor de Vc mais próximo de Vu, exp das vigas 1R
e 8R foi a norma NS3473-92.
A figura 4.26 mostra os valores de Vu, exp/Vc em função de ρswfyw/fcm para as vigas
ensaiadas, junto com o valor mínimo desta relação proposto por OZCEBE et a1 (1999).
Analisando-se essa figura, pode-se concluir que as variações de Vu, exp/Vc decorrentes
das incertezas nos cálculos de Vc levam a ter-se valores de Vu, exp/Vc das vigas 5, 6 e 11 mais
próximos ou mais distantes do valor de 1,5 proposto por OZCEBE et al (1999). Apesar dessas
variações, independente da norma adotada para cálculo de Vc, esse critério leva a concluir que
as vigas 7, 14, 13 e 12 têm armadura menor que a mínima.
154
Viga 1R
3,5
Viga 2
3 Viga 3
Viga 4
2,5 Viga 5
Viga 6
Viga 7
Vu, exp/Vc
2
Viga 8R
1,5 Viga 9
Viga 10
1 Viga 11
Viga 12
0,5 Viga 13
NS-3473-92 Viga 14
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
ρswfyw/fcm
3,5 3,5
3 3
2,5 2,5
2 2
1,5 1,5
1 1
0,5 0,5
CEB-FIP MC90-EC2-2001
CSA A23.3-94
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
3,5 3,5
3 3
2,5 2,5
2 2
1,5 1,5
1 1
0,5 0,5
ACI-318-99 BS8110rev
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
Figura 4.26- Relação Vu, exp/Vc em função de ρswfyw/fcm para as vigas ensaiadas, sendo Vc
calculado segundo diferentes normas.
Valor mínimo recomendado por OZCEBE et al (1999)
155
Tabela 4.7 – Valores de Vu, exp/Vc para as vigas ensaiadas.
Vc (kN) Vu, exp/ Vc
Vu, exp
Vigas NS- ACI- CSA NS- ACI- CSA
(kN) MC/90=EC2- BS8110rev MC/90=EC2- BS8110
3473/92 318/99 A23.3- 3473/92 318/99 A23.3-
2001 94 2001 94
rev
1R 133 115,1 84,6 105,0 93,9 139,9 1,15 1,57 1,27 1,42 0,95
7 108,5 114,6 83,3 103,8 92,3 137,0 0,95 1,30 1,04 1,17 0,79
6 185 114,6 83,3 103,8 92,3 137,0 1,61 2,22 1,78 2,00 1,35
5 202,5 115,5 85,9 105,9 95,1 141,2 1,75 2,36 1,91 2,13 1,43
3 285 114,9 85,2 105,3 94,6 140,4 2,48 3,34 2,70 3,01 2,03
4 240 115,5 85,9 105,9 95,1 141,2 2,08 2,79 2,27 2,52 1,70
2 272 114,7 84,6 104,8 93,9 139,5 2,37 3,21 2,59 2,90 1,95
8R 90 84,4 58,5 74,9 64,5 83,3 1,07 1,54 1,20 1,39 1,08
14 60 72,0 69,3 66,7 75,8 69,1 0,83 0,86 0,90 0,79 0,87
13 90 90,2 63,2 78,8 69,6 89,9 0,99 1,42 1,14 1,29 1,00
12 80 90,2 63,2 78,8 69,6 89,9 0,87 1,26 1,01 1,15 0,89
11 115 90,3 63,3 78,9 69,8 90,2 1,27 1,82 1,46 1,65 1,27
10 168 90,3 63,3 78,9 69,8 90,2 1,86 2,65 2,13 2,41 1,86
9 127 84,4 58,5 74,9 64,5 83,3 1,50 2,17 1,69 1,97 1,52
156
Viga 1R
3,50
Valor limite recomendado por Viga 2
3,00 OZCEBE et al (1999) Viga 3
Viga 4
2,50 Viga 5
Viga 6
2,00
∆u/∆cr
Viga 7
Valor limite recomendado Viga 8R
1,50
pelo autor Viga 9
1,00 Viga 10
Viga 11
0,50 Viga 12
Viga 13
0,00 Viga 14
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
ρswfyw/fct
Figura 4.27- Índice de ductilidade (∆u/∆cr) em função de ρswfyw/fct para as vigas ensaiadas.
Na figura 4.28, junto com os dados de vigas que foram consideradas como tendo
armadura transversal próxima da mínima, encontram-se as relações entre ρswfyw e fc segundo
diferentes expressões já propostas.
157
A equação (4.1), por acaso, coincide com a média das equações (2.101), com σcp=0 e
(2.102) sugeridas por SHEHATA et al (2000 e 2002) que, aproximadamente correspondem a
limites inferior e superior, respectivamente, de todas as equações de ρsw, min propostas nas
normas. Na figura 4.29, também encontram-se representadas as equações propostas das EC2-
2001 e BS8110rev e de QUEIRÓZ (1999) que, como se vê na figura 4.28, fornecem valores
de ρsw, min mais próximos das vigas 5, 6 e 11. Observa-se nessa figura que a curva da equação
proposta (4.1) fica entre as outras três.
f ck0 ,67
ρ sw,min = 0 ,045 ⋅ (4.1)
f yw
1,4
NS 3473-92
1,2 ACI-318-99
CEB-FIP MC90
1
CSA-A23.3-94
(MPa)
Eq. (2.102)
0,6
Eq. (2.99)
0,4 Eq. (2.93)
Viga 11
0,2
Viga 6
0 Viga 5
10 30 50 70 90 110
fc (MPa)
Figura 4.28- ρsw,minfyw em função de fc segundo diferentes normas, junto com dados de
ensaios.
158
1,2
EC2-2001
1,0
Eq.(4.1)
sw, min fyw (MPa)
Figura 4.29- Vigas com armadura transversal aproximadamente igual à mínima e equações
para avaliação de ρsw, min consideradas mais adequadas.
159
CAPÍTULO 5
• Diferentes procedimentos têm sido adotados para definir o valor da força cortante
de fissuração diagonal em vigas ensaiadas: a partir de diagramas de força-
deformação em estribos ou constatação visual.
• Incertezas consideráveis nas expressões existentes para avaliar a força cortante de
fissuração diagonal, cujo valor depende de vários parâmetros.
• Falta de critério unificado para definir taxas de armadura mínima em elementos de
concreto armado. No caso de vigas, apenas para taxa de armadura mínima de flexão
em algumas normas é encontrado algum critério.
É de consenso geral que a armadura transversal mínima deve ser tal que assegure às
vigas resistência pelo menos igual à das vigas sem armadura transversal e uma certa
ductilidade. A garantia de “certa ductilidade”, difícil de quantificar, faz com que a
160
armadura mínima leve sempre a resistência ao cortante das vigas maior que a de vigas sem
armadura transversal.
f ck0 ,67
ρ sw,min = 0,045 ⋅ (autor)
f yw
fck 23
ρsw,min = 0,049. (Queiróz 1999)
fywk
0,08. f ck
ρsw,min = (EC2-2001)
f yw
161
0,42
ρ sw,min = para f cu ≤ 40MPa
f yw
0,42 (BS8110rev)
(f cu ) 3
2
ρsw,min = para 100MPa ≥ f cu > 40MPa
f yw
(∆u/∆cr=2,0).
que se considere que a viga deve satisfazer a condição de que a relação entre a
resistência da viga com estribos e a da mesma viga sem estribos tenha um valor
mínimo em torno de 1,4 ou 1,5, poder ser adotado. O resultado da aplicação deste
Como continuação do estudo realizado, sugere-se que, tendo por base o que foi aqui
verificado, sejam feitas investigações experimentais englobando vigas onde sejam variados:
taxa de armadura longitudinal relativa (ρ/ρb), relação vão de cisalhamento / altura efetiva
162
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170
ANEXO A
TABELAS DOS RESULTADOS
171
Tabela A1- Resultados dos ensaios da Viga1R.
Deslocam Deslocam Deformação da
Carga Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
ento ento Armadura
(kN) vertical Vertical (10-3 rad) (o/oo) (mm) Longitudinal
no Meio na Seção (o/oo)
do Vão de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(1) Cortante(3) Posição M
(mm) da Carga
(mm)
0 0,00 0,00 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00
10 0,67 0,54 0,4 0,4 -0,11 0,02 -0,2 -0,04 0,08
20 1,25 1,04 0,7 0,8 -0,35 -0,16 -0,26 -0,11 0,16
30 2,11 1,77 1,3 1,4 -0,22 -0,17 -0,29 -0,09 0,31
40 3,14 2,69 2,0 2,1 -0,34 -0,28 -0,31 -0,09 0,46
50 4,16 3,51 2,8 2,8 -0,41 -0,28 -0,35 -0,11 0,02 0,61
60 5,18 4,33 3,5 3,6 -0,50 -0,34 -0,36 -0,13 0,03 0,02 0,76
70 5,98 4,99 3,8 4,2 -0,58 -0,39 -0,42 -0,12 0,03 0,04 0,88
80 7,01 5,85 4,9 5,3 -0,63 -0,43 -0,41 -0,12 0,06 0,07 1,01
90 7,94 6,64 5,6 5,6 -0,7 -0,54 -0,45 -0,14 0,06 0,1 1,14
100 8,80 7,36 6,2 6,3 -0,77 -0,54 -0,48 -0,15 0,06 0,13 1,25
110 9,34 8,31 6,5 6,6 -0,77 -0,49 -0,49 -0,15 1,34
1 11,01 9,76 1,35
110 11,20 9,92 1,41
114 11,84 10,43 1,46
120 12,67 11,38 1,56
125 13,70 12,26 1,63
130 14,62 13,08
133 Ruptura
172
Tabela A2- Resultados dos ensaios da Viga 2.
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(1) Cortante(2)
(mm) da Carga
(mm)
0 0 0 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,73 0,54 0,4 0,4 -0,07 -0,05 -0,09 -0,03
20 1,23 1,12 0, 9 0,9 -0,12 -0,10 -0,16 -0,04
30 2,13 1,75 1,4 1,5 -0,22 -0,16 -0,17 -0,07
40 2,93 2,52 2,0 2,4 -0,3 -0,21 -0,17 -0,06
50 3,9 3,32 2,7 2,8 -0,36 -0,27 -0,24 -0,16
60 4,88 4,18 3,5 3,6 -0,44 -0,31 -0,35 -0,07 0,02
70 5,83 5,01 4,2 4,2 -0,50 -0,36 -0,27 -0,07 0,04
80 6,84 5,84 4,9 4,7 -0,60 -0,43 -0,30 -0,08 0,06
90 7,67 6,60 5,6 5,7 -0,64 -0,46 -0,32 -0,08 0,06 0,02
100 8,71 7,46 6,5 6,4 -0,72 -0,52 -0,37 -0,08 0,06 0,06
110 10,09 8,56 7,6 7,3 -0,78 -0,55 -0,38 -0,08 0,09 0,06
120 10,98 9,35 8,0 8,0 -0,86 -0,61 -0,40 -0,08 0,08 0,10
130 12,21 10,43 8,8 8,8 -0,92 -0,64 -0,42 -0,06 0,12 0,12
140 13,13 11,33 9,5 9,5 -0,97 -0,68 -0,43 -0,08 0,14 0,15
150 14,26 12,28 10,2 10,5 -1,06 -0,76 -0,48 -0,05 0,2 0,14
160 15,33 13,18 11,0 11,0 -1,12 -0,93 -0,48 -0,05 0,25 0,27
170 16,35 14,11 11,7 11,7 -1,21 -0,87 -0,52 -0,04 0,30 0,28
180 17,48 15,1 12,4 12,4 -1,25 -0,91 -0,56 -0,05 0,30 0,30
190 18,8 16,18 13,3 13,3 -1,35 -0,96 -0,54 -0,06 0,31 0,32
200 19,87 17,17 14,0 13,9 -1,40 -1,00 -0,64 -0,05 0,31 0,32
210 21,29 18,48 14,9 14,6 -1,49 -1,06 -0,65 -0,06 0,31 0,32
220 22,74 19,63 15,8 15,5 -1,55 -1,11 -0,66 -0,03 0,33 0,33
230 24,2 20,24 16,7 16,3 -1,61 -1,17 -0,68 -0,02 0,33 0,35
240 26,02 22,43 17,8 17,3 -1,71 -1,23 -0,71 0,00 0,35 0,36
250 28,43 24,60 19,2 18,6 -0,83 -1,3 -0,72 0,02 0,36
260 30,64 26,33 20,4 19,8 -1,94 -1,36 -0,73 0,12
272 Ruptura
173
Tabela A3- Resultados dos ensaios da Viga 2.
Deformação da Deformação da Armadura Transversal
Carga
Armadura (o/oo)
(kN) longitudinal Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,06 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,14 0,00 -0,17 0,00 0,00 0,00 0,00
30 0,23 0,00 -0,20 -0,01 -0,01 0,01 0,01
40 0,38 -0,01 -0,13 -0,01 0,00 0,01 0,01
50 0,51 -0,01 -0,03 -0,01 0,01 0,01 0,01
60 0,64 -0,01 0,00 -0,01 0,00 -0,02 0,01
70 0,78 0,00 -0,01 0,01 0,00 -0,03 0,01
80 0,90 0,03 -0,02 0,02 0,00 -0,04 0,10
90 1,02 0,10 0,00 0,05 0,04 -0,02 0,35
100 1,14 0,21 0,12 0,09 0,06 0,05 0,81
110 1,28 0,40 0,36 0,21 0,11 0,13 1,34
120 1,39 0,59 0,51 0,25 0,25 0,29 1,51
130 1,52 0,71 0,70 0,39 0,43 0,48 1,78
140 1,64 0,75 0,89 0,55 0,54 0,60 2,01
150 1,77 0,79 1,10 0,68 0,66 0,75 2,30
160 1,90 0,85 1,30 0,80 0,78 0,94 2,28
170 2,02 0,93 1,43 0,88 0,90 1,13 2,38
180 2,14 1,23 1,61 0,96 1,03 1,34 11,65
190 2,29 1,63 2,04 1,05 1,16 1,53 17,49
200 2,41 1,82 2,23 1,15 1,27 1,58 17,75
210 2,56 2,03 2,37 1,26 1,43 1,60 17,93
220 2,71 2,10 2,33 1,34 1,59 1,67 18,17
230 2,89 2,16 2,39 1,43 1,72 1,74 18,77
240 3,14 2,20 2,49 1,53 1,78 1,80 19,33
250 3,66 2,26 8,42 1,70 1,80 1,82 19,94
260 4,18 2,26 8,42 1,84 1,81 1,85 20,36
272 Ruptura
174
Tabela A4- Resultados dos ensaios da Viga 3.
Carga Deslocament Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no vertical na Seção (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão de Aplic. da Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(1) Cortante(3)
(mm) Carga
(mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
10 1,29 0,72 0,7 0,2 -0,06 -0,06 -0,03 -0,02
20 2,19 1,35 1,2 0,7 -0,14 -0,1 -0,07 -0,04
30 2,97 1,92 1,7 1,2 -0,22 -0,16 -0,10 -0,05
40 3,83 2,61 2,4 1,9 -0,28 -0,21 -0,12 -0,07
50 4,71 3,44 3,1 2,7 -0,36 -0,27 -0,16 -0,08
60 5,96 4,16 3,7 3,2 -0,41 -0,3 -0,16 -0,07 0,01
70 7 4,85 4,4 3,9 -0,47 -0,33 -0,19 -0,05 0,01
80 7,94 5,79 5,1 4,6 -0,54 -0,38 -0,2 -0,08 0,01
90 9,02 6,44 5,8 5,2 -0,6 -0,42 -0,22 -0,07 0,01
100 10,07 7,27 ,5 6,0 -0,69 -0,47 -0,25 -0,09 0,01
110 11,2 8,26 7,3 6,8 -0,73 -0,53 -0,27 -0,09 0,01 0,20
120 12,25 9,13 8,0 7,4 - -0,55 -0,28 -0,09 0,01 0,20
130 13,5 10,32 8,8 8,3 -0,82 -0,61 -0,31 -0,09 0,02 0,30
140 14,54 11,22 9,5 9,1 -0,86 -0,64 -0,32 -0,09 0,02 0,35
150 15,21 12,11 10,2 9,8 -0,94 -0,69 -0,34 -0,09 0,02 0,35
160 16,7 12,98 10,9 10,5 -1 -0,74 -0,38 -0,09 0,02 0,40
170 17,87 13,94 11,6 11,1 -1,07 -0,8 -0,39 -0,09 0,02 0,40
180 18,99 14,88 12,3 11,8 -1,15 -0,84 -0,41 -0,07 0,02 0,40
190 19,81 15,62 12,9 12,5 -1,21 -0,87 -0,43 -0,07
200 21,64 17,02 13,9 13,3 -1,29 -0,94 -0,47 -0,07
210 23,07 18,08 14,6 14,3 -1,37 -1,00 -0,51 -0,06
220 24,46 19,3 15,4 14,9 -1,45 -1,06 -0,52 -0,06
230 25,36 19,9 16,1 15,7 -1,52 -1,09 -0,53 -0,06
235
240 -1,61 -1,17 -0,57 -0,06
245
250
260
270
280
285 Ruptura
175
Tabela A5- Resultados dos ensaios da Viga 3.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da (o/oo)
(kN) Armadura Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
longitudinal
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,09 0,02 0,04 0,00 0,01 0,00 0,00
20 0,18 0,05 0,08 0,00 0,01 0,01 0,01
30 0,28 0,08 0,13 0,00 0,00 0,00 0,01
40 0,40 0,10 0,17 -0,01 0,01 0,01 0,01
50 0,52 0,13 0,21 -0,02 0,01 0,00 0,01
60 0,64 0,15 0,25 0,04 0,02 0,00 0,01
70 0,75 0,18 0,30 -0,04 0,05 0,00 0,01
80 0,87 0,27 0,33 -0,05 0,08 0,03 0,01
90 0,98 0,52 0,38 -0,06 0,10 0,29 0,01
100 1,10 0,77 0,42 0,02 0,13 0,45 0,25
110 1,22 1,00 0,47 0,25 0,22 0,59 0,39
120 1,34 1,93 1,00 0,47 0,32 0,80 0,56
130 1,46 2,03 2,94 0,74 0,46 1,13 0,79
140 1,58 2,13 3,67 0,86 0,63 1,35 1,00
150 1,70 2,23 4,39 0,99 0,87 1,62 1,21
160 1,83 2,34 5,11 1,10 1,10 1,78 1,33
170 1,94 3,31 5,82 1,20 1,29 1,96 1,44
180 2,07 3,36 6,33 1,34 1,61 2,15 1,56
190 2,19 4,20 6,60 1,51 1,83 2,74 1,67
200 2,33 4,41 6,87 1,75 2,11 16,58 1,87
210 2,46 4,61 7,10 1,91 2,14 17,27 1,96
220 2,61 5,90 7,40 1,98 2,15 17,49 2,08
230 2,77 6,47 7,66 1,99 2,16 17,65 2,23
235 2,88 6,50 7,80 2,00 2,16 17,76 2,25
240 2,96 6,55 7,93 2,02 2,17 17,94 2,25
245 3,14 6,6 8,06 2,04 2,19 18,25 2,26
250 3,35 - 8,20 2,05 2,20 18,41 2,27
260 4,08 - - 2,10 2,23 18,51 2,30
270 5,00 - - 2,16 2,30 18,71 2,34
280 5,88 - - 2,22 2,48 19,00 2,36
285 Ruptura
176
Tabela A6- Resultados dos ensaios da Viga 4.
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(1)
(mm) da Carga
(mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
20 1,22 1,12 0,7 0,9 -0,10 -0,07 0,00 -0,04
40 2,82 2,51 1,8 1,9 -0,28 -0,19 -0,05 -0,08
60 4,68 4,12 3,2 3,3 -0,41 -0,29 -0,14 -0,09
80 6,51 5,77 4,3 4,6 -0,55 -0,38 -0,2 -0,11
100 8,76 7,62 6,3 6,1 -0,56 -0,47 -0,24 -0,11 0,01 0,10
110 9,71 8,51 6,7 6,8 -0,79 -0,54 -0,3 -0,12 0,03 0,20
120 10,92 9,49 7,5 7,6 -0,83 0,40 -0,32 -0,12 0,04 0,29
130 12,23 10,55 8,2 8,4 -0,93 -0,66 -0,36 -0,13 0,05 0,29
140 13,1 11,34 8,9 9,0 -0,89 -0,70 -0,39 -0,13 0,07 0,30
150 14,33 12,4 9,6 9,8 -1,05 -0,75 -0,42 -0,13 0,10 0,40
160 15,41 13,32 10,3 10,5 -1,10 -0,79 -0,42 -0,17 0,10 0,41
170 16,59 14,37 10,9 11,4 -1,21 -0,81 -0,48 -0,17 0,10 0,42
180 17,85 15,43 11,8 11,9 -1,28 -0,90 -0,52 -0,17 0,15 0,45
190 18,9 16,41 12,4 12,5 -1,29 -0,94 -0,54 -0,19 0,15 0,47
200 19,93 17,31 13,1 13,1 -1,45 -0,92 -0,56 -0,21 0,17 0,60
210 21,02 18,26 13,6 13,8 -1,47 -1,03 -0,66 -0,23 0,40 0,90
220 22,34 19,42 14,5 14,9 -1,57 -1,15 -0,68 -0,24
230 23,59 20,44 15,2 15,3 -1,55 -1,14 -0,69 -0,27
240 Ruptura
177
Tabela A7- Resultados dos ensaios da Viga 4.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da (o/oo)
(kN) Armadura Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
longitudinal
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,13 0,04 0,00 0,00 -0,01 0,00 0,00
40 0,33 0,04 0,00 -0,01 -0,04 -0,01 0,00
60 0,61 -0,07 0,12 0,06 0,00 -0,01 0,04
80 0,89 0,00 0,00 0,02 0,00 0,04 0,41
100 1,15 0,03 0,33 0,06 -0,01 0,04 1,09
110 1,27 0,03 0,45 0,08 0,01 0,05 1,37
120 1,39 0,04 0,59 0,12 0,01 0,06 1,60
130 1,53 0,03 0,81 0,34 0,01 0,08 1,86
140 1,63 0,02 1,04 0,56 0,00 0,11 2,01
150 1,76 0,12 1,30 0,82 0,00 0,23 2,31
160 1,88 0,68 1,51 0,98 -0,01 0,43 2,53
170 1,99 1,23 1,70 1,25 -0,01 0,66 2,75
180 2,13 1,60 1,87 1,45 -0,01 0,92 3,01
190 2,24 1,87 1,97 1,54 -0,02 1,13 3,20
200 2,36 2,05 2,08 1,62 -0,03 1,29 3,33
210 2,48 2,26 2,21 1,72 -0,02 1,50 3,54
220 2,61 2,53 2,38 1,82 0,00 1,78 3,75
230 2,73 2,80 2,52 1,92 0,10 2,01 4,18
240 Ruptura
178
Tabela A8- Resultados dos ensaios da Viga 5.
Carga Deslocament Flecha na Seção Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no de Aplic. da (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão Carga Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(4)
(mm) (mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
20 1,28 1,08 1,3 0,8 -0,05 -0,08 0 0,07
40 2,94 2,51 2,5 2,0 -0,24 -0,18 -0,05 -0,05
60 4,85 4,2 3,6 3,4 -0,36 -0,25 -0,05 0,02
80 6,73 5,81 4,5 4,8 -0,47 -0,30 -0,08 0,06
100 8,74 7,48 6,0 6,3 -0,51 -0,38 -0,15 0,04 0,10 0,02
110 9,8 8,47 6,7 6,9 -0,51 -0,43 -0,2 0,03 0,15 0,10
120 10,86 9,42 7,1 7,8 -0,56 -0,48 -0,22 0,03 0,17 0,10
130 12,12 10,66 8,0 8,7 -0,69 -0,52 -0,05 0,03 0,21 0,15
140 13,36 11,73 9,0 9,4 -0,78 -0,56 -0,23 0,03 0,25 0,40
150 14,39 12,71 9,6 10,0 -0,86 -0,63 -0,25 0,07 0,45 0,60
160 15,59 13,81 10,3 10,7 -0,94 -0,67 -0,28 0,09 0,50 0,80
170 16,75 14,84 11,4 11,4 -1,06 -0,80 -0,31 0,09 0,60 0,90
180 17,78 15,76 11,7 12,2 -1,14 -0,75 -0,31 0,09 0,61 1,10
190 19,09 17,05 12,4 13,0 -1,16 -0,80 -0,31 0,09 0,61 1,4
200 20,18 18,16 12,9 13,8 -1,32 -0,83 -0,36 0,09
202,5 21,69 19,62 Ruptura
179
Tabela A9- Resultados dos ensaios da Viga 5.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da (o/oo)
(kN) Armadura Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
longitudinal
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,15 0,01 0,01 -0,00 -0,00 0,00 0,00
40 0,41 0,01 0,01 -0,010 0,01 -0,01 -0,00
60 0,69 0,00 0,00 -0,00 -0,08 -0,01 -0,02
80 0,96 0,02 0,02 0,09 -0,11 0,03 -0,05
100 1,22 0,08 0,39 0,24 -0,07 0,03 -0,02
110 1,35 0,09 0,70 0,33 0,06 0,04 -0,02
120 1,48 0,09 0,93 0,43 0,15 0,18 -0,01
130 1,61 0,11 2,53 0,57 0,22 0,87 0,13
140 1,73 0,13 3,24 0,60 0,22 1,56 0,52
150 1,85 0,34 4,01 0,64 0,23 1,93 0,72
160 1,98 0,77 - 0,71 0,37 2,59 1,79
170 2,12 1,30 - 0,87 0,56 2,86 2,10
180 2,22 1,79 - 1,24 0,67 3,09 2,26
190 2,37 2,34 - 1,65 0,82 3,43 2,43
200 2,48 2,63 - 1,91 0,98 3,96 2,59
202,5 2,58 2,68 Ruptura 2,23 1,26 4,61 2,75
180
Tabela A10- Resultados dos ensaios da Viga 6.
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(4)
(mm) da Carga
(mm)
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,95 1,09 0,5 0,5 -0,78 -0,08 -0,27 -0,04
40 2,39 2,62 1,6 1,4 -0,87 -0,18 -0,15 -0,04
60 3,91 4,49 2,8 2,9 -0,87 -0,13 -0,19 -0,01
80 5,48 6,28 4,1 4,3 -1,08 -0,26 -0,19 -0,01
100 7,75 8,56 5,5 5,7 -1,18 -0,39 -0,2 -0,01 0,06 0,4
110 8,74 9,61 6,2 6,6 -1,24 -0,39 -0,29 -0,01 0,08 0,45
120 9,96 10,91 6,6 7,3 -1,28 -0,40 -0,24 -0,01 0,12 0,85
130 10,79 11,95 7,5 7,9 -1,34 -0,45 -0,28 -0,01 0,12 1,00
140 11,94 13,24 8,3 8,8 -1,34 -0,46 -0,30 -0,01 0,14 1,30
150 13,09 14,36 9,1 9,5 -1,45 -0,51 -0,31 -0,01 0,16 1,60
160 13,97 15,38 9,6 10,5 -1,5 -0,53 -0,33 -0,01
170 15,1 16,6 10,3 11,5 -1,53 -0,59 -0,36 -0,02
180 16,48 17,86
185 Ruptura
181
Tabela A11- Resultados dos ensaios da Viga 6.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da (o/oo)
(kN) Armadura Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
longitudinal
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,13 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
40 0,35 0,00 0,00 0,00 0,01 -0,02 0,00
60 0,63 -0,01 0,00 0,01 0,21 -0,03 0,00
80 0,88 0,02 0,00 0,01 0,59 0,09 -0,02
100 1,13 2,68 1,70 0,18 0,97 0,45 -0,03
110 1,24 2,14 3,55 0,43 1,25 1,18 0,21
120 1,37 2,46 4,29 0,69 1,70 1,86 0,65
130 1,48 2,76 5,21 0,86 2,09 2,64 1,21
140 1,62 3,26 6,68 1,15 2,49 3,46 1,87
150 1,74 3,78 8,55 1,45 2,73 3,91 2,24
160 1,85 4,05 9,26 1,63 2,94 4,46 2,58
170 1,97 4,38 - 1,78 3,13 5,40 2,88
180 2,03 - - 1,96 3,33 6,89 3,11
185 Ruptura
182
Tabela A12- Resultados dos ensaios da Viga 7.
Carga Deslocament Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no vertical na Seção (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão de Aplic. da Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(1)
(mm) Carga
(mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
20 1,18 0,95 0,8 0,7 -0,11 -0,06 -0,02 0,09
40 2,83 2,43 1,8 1,7 -0,25 -0,19 -0,06 -0,05
60 4,81 4,18 3,1 3,1 -0,35 -0,27 -0,11 -0,05
80 6,57 5,76 4,6 4,5 -0,5 -0,36 -0,18 -0,08 0,06 0,08
100 8,66 7,54 6,0 5,9 -0,65 -0,51 -0,21 -0,07 0,1 0,1
108,5 Ruptura
183
Tabela A14- Resultados dos ensaios da Viga 8R.
Deslocam Deslocam Deformação da
Carga Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
ento ento Armadura
(kN) vertical vertical (10-3 rad) (o/oo) (mm) Longitudinal
no Meio na Seção (o/oo)
do Vão de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão Cortan Posição M
(mm) da Carga te
(mm)
0 0,00 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 1,03 1,17 0,6 0,8 -0,01 -0,08 -0,05 0,01 0,09
20 2,01 2,15 1,4 1,5 -0,1 -0,05 -0,01 0,07 0,25
30 3,35 3,37 2,4 2,4 -0,15 -0,07 0,00 0,07 0,47
40 4,78 4,64 3,3 3,5 -0,27 -0,21 -0,12 0,02 Não foi medida 0,67
50 6,05 5,67 4,3 4,5 -0,38 -0,27 -0,13 0,06 0,84
60 7,44 7,03 5,4 5,6 -0,53 -0,35 -0,16 0,00 1,05
70 8,95 8,41 6,7 6,9 -0,63 -0,41 -0,18 0,07 1,26
80 12,22 11,83 - - - - - - 1,47
90 17,56 18,76 Ruptura -
184
Tabela a15- Resultados dos ensaios da Viga 9.
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(3)
(mm) da Carga
(mm)
0 0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,77 0,95 0,5 0,6 -0,18 0,05 -0,54 -0,43
20 2,04 2,13 1,4 1,4 -0,22 -0,05 -0,60 -0,60
30 3,26 3,27 2,4 2,3 -0,36 0,07 -0,78 -0,62
40 4,63 4,42 3,4 3,5 -0,71 0,02 -0,93 -0,61
50 6,1 5,43 4,4 4,4 -0,65 -0,15 -0,99 -0,48
60 7,6 6,28 5,4 5,5 -0,68 -0,16 -0,93 -0,70 0,06 0,10
70 9,04 7,55 6,5 6,7 -0,94 -0,46 -1,11 -0,65 0,16 0,20
80 10,75 9,09 7,9 8,0 -0,93 -0,60 -1,22 -0,63 0,18 0,24
90 12,65 10,79 9,1 10,2 -1,06 -0,50 -1,27 -0,75 0,20 0,30
100 14,77 12,75 10,6 10,7 -1,31 -0,71 -1,27 -0,71 0,20 0,40
110 17,37 15,2 12,2 12,3 -1,46 -0,84 -1,46 -0,82 0,22 0,46
112 19,92 26,69 13,8 13,6 -1,75 -0,99 -1,64 -0,81
127 Ruptura
185
Tabela A16- Resultados dos ensaios da Viga 9.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da Armadura (o/oo)
(kN) longitudinal Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,01
20 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,01
30 0,47 -0,01 -0,02 0,01 -0,02 -0,01 0,02
40 0,68 -0,03 -0,03 0,04 -0,05 0,00 0,06
50 0,86 -0,04 0,01 0,05 -0,06 0,01 0,13
60 1,06 -0,03 0,11 0,06 -0,07 0,03 0,25
70 1,26 0,00 0,19 0,08 -0,08 0,04 0,40
80 1,47 0,11 0,35 0,09 -0,09 0,05 0,67
90 1,69 1,16 1,09 0,10 -0,07 0,09 1,01
100 1,86 1,61 1,60 0,43 0,22 0,20 1,66
110 2,10 2,20 2,45 0,93 0,79 1,50 2,64
120 2,32 2,92 3,18 1,64 1,38 2,24 3,35
127 Ruptura
186
Tabela A17- Resultados dos ensaios da Viga 10.
Carga Deslocament Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no vertical na Seção (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão de Aplic. da Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(3)
(mm) Carga
(mm)
0 0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,65 0,88 0,8 2,0 -0,15 -0,12 -0,29 0,60
20 1,72 2,03 1,9 2,8 -0,14 0,08 -0,2 0,92
30 3,01 3,46 2,5 3,5 0,05 0,03 -0,04 0,94
40 3,98 4,67 3,4 4,8 -0,57 0,23 -0,22 0,80
50 5,08 6,02 4,1 5,7 -0,05 -0,12 -0,27 0,85
60 6,32 7,41 5,1 6,8 -0,49 -0,22 -0,60 0,65
70 7,45 8,86 6,1 7,9 -0,86 -0,40 -0,62 1,50 0,03 0,04
80 8,96 10,62 7,0 9,0 -0,78 -0,44 -0,56 0,77 0,04 0,05
90 10,46 12,47 8,4 10,1 -1,05 -0,47 -0,56 0,75 0,07 0,08
100 12,07 14,24 9,4 11,3 -1,10 -0,62 -0,600 0,82 0,08 0,15
110 13,74 16,12 -1,25 -0,87 -0,67 1,47
120 16 18,61 -1,45 -0,99 -0,82 1,52
130 17,55 20,24 -1,57 -1,05 -0,85 0,11
140 19,71 22,78 -1,87 -1,17 -1,24 0,35
150 21,61 24,81 -2,1 -1,52 -1,24 0,11
160 24,45 28,23 -2,18 -1,96 -1,67 -0,14
168 Ruptura
187
Tabela A18- Resultados dos ensaios da Viga 10.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da Armadura (o/oo)
(kN) longitudinal Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,07 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,22 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00
30 0,43 0,01 0,02 0,01 -0,01 0,00 0,00
40 0,60 -0,01 0,01 -0,01 -0,02 0,08 -0,01
50 0,78 -0,04 0,00 -0,02 -0,02 0,13 -0,02
60 0,96 -0,06 0,01 -0,03 -0,03 0,15 0,02
70 1,12 -0,06 0,02 -0,03 0,22 0,17 0,09
80 1,32 -0,01 0,03 -0,02 0,58 0,19 0,12
90 1,48 0,05 0,03 0,48 0,97 0,23 0,13
100 1,65 0,05 0,55 1,27 1,23 0,33 0,14
110 1,84 0,05 1,04 1,72 1,52 0,65 0,14
120 2,04 0,17 1,65 2,26 2,23 1,96 1,02
130 2,18 0,42 1,93 2,46 2,94 2,48 1,68
140 2,41 0,82 2,30 2,87 3,55 2,97 2,29 Tabela A19- Resultados dos ensaios
150 2,58 1,19 2,61 3,19 4,37 3,41 2,72 da Viga 11.
160 5,47 1,63 2,99 3,80 6,70 4,26 3,01
168 Ruptura
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(1
(mm) da Carga )
(mm)
0 0,00 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 1,12 0,96 0,6 0,4 0,17 0,50 0,49 -0,11
20 2,15 1,99 1,4 1,3 0,21 0,31 0,47 0,07
30 3,35 3,24 2,3 2,4 0,10 0,13 0,42 -0,08
188
40 4,72 4,36 3,3 3,3 0,04 0,03 0,23 -0,07
50 5,97 5,58 4,4 4,1 -0,06 -0,17 0,00 -0,03 0,03
60 7,34 6,77 5,5 5,3 -0,14 0,03 0,32 0,15 0,04
70 8,54 7,98 6,4 6,4 -0,24 0,09 0,15 0,09 0,06 0,04
80 10,06 9,23 7,5 7,3 -0,31 -0,10 -0,05 0,09 0,13 0,10
90 11,82 10,9 8,9 8,7 -0,47 -0,2 -0,13 0,40 0,15 0,20
100 13,19 12,19 9,9 9,8 -0,6 -0,26 -0,18 0,31 0,17 0,22
110 16,55 15,33 11,1 11,6 -0,75 -0,3 -0,17 0,35
115 Ruptura
189
Tabela A20- Resultados dos ensaios da Viga 11.
Deformação Deformação da Armadura Transversal
Carga
da Armadura (o/oo)
(kN) longitudinal Posição A Posição B Posição C Posição D Posição E Posição F
(o/oo)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,27 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
30 0,48 0,00 -0,01 -0,01 0,00 -0,01 0,00
40 0,66 -0,01 -0,03 -0,02 0,04 -0,02 -0,01
50 0,86 -0,01 -0,03 -0,02 0,07 0,01 -0,01
60 1,05 0,01 -0,02 0,01 0,09 0,05 -0,01
70 1,24 0,07 -0,01 0,05 0,12 0,07 0,00
80 1,43 0,16 0,00 0,07 0,17 0,08 0,02
90 1,66 0,68 0,08 0,12 0,30 0,10 0,04
100 1,84 1,02 0,14 0,31 0,43 0,12 0,05
110 2,06 1,22 1,51 1,71 1,92 5,13 4,25
115 Ruptura
190
Tabela A21- Resultados dos ensaios da Viga 12.
Carga Deslocament Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no vertical na Seção (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão de Aplic. da Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortante(4)
(mm) Carga
(mm)
0 0,00 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 1,01 0,70 0,8 0,5 -0,16 0,03 -0,47 -0,14
20 1,95 1,26 1,5 1,1 -0,25 0,00 -0,57 -0,1
30 3,34 1,88 2,5 2,3 -0,40 -0,14 -0,65 -0,08
40 4,54 2,62 - -, 0,56 -0,27 -0,73 -0,17
50 4,95 5,00 4,0 3,9 -0,62 -0,43 -0,29 -0,20
60 6,05 5,57 4,7 4,9 -0,68 -0,48 -0,35 -0,22
70 8,01 5,89 6,2 6,3 -0,92 -0,64 -0,49 -0,30 0,01 0,03
80 Ruptura
191
Tabela A23- Resultados dos ensaios da Viga 13.
Deslocamento Deslocamento Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
Carga
vertical no vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
(kN) Meio do Vão Seção de Aplic. Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortant
(mm) da Carga e(4)
(mm)
0 0,70 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,70 0,70 0,4 0,4 -0,21 -0,19 -0,07 -0,09
20 1,66 1,66 1,1 1,1 -0,27 -0,25 -0,11 -0,09
30 2,69 2,69 2,1 2,1 -0,51 -0,43 -0,19 -0,04
40 3,94 3,94 3,0 3,0 -0,72 -0,47 -0,23 -0,04
50 5,1 5,10 4,1 4,1 -0,77 -0,58 -0,25 -0,05
60 6,35 6,35 5,2 5,2 -0,81 -0,7 -0,29 -0,08
70 7,73 7,73 6,2 6,2 -0,95 -0,78 -0,38 -0,07 0,04 0,03
80 9,17 9,17 7,2 7,2 -1,00 -0,88 -0,41 -0,09 0,10 0,20
90 Ruptura
192
Tabela A25- Resultados dos ensaios da Viga 14.
Carga Deslocament Deslocament Rotação no Apoio Deformação do Concreto Abertura de Fissura
(kN) o vertical no o vertical na (10-3 rad) (o/oo) (mm)
Meio do Vão Seção de Pos. LE Pos. LD Pos.1 Pos.2 Pos.3 Pos.4 Flexão(2) Cortant
(mm) Aplic. da e(1)
Carga
(mm)
0 0,00 0,00 0,0 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 1,52 1,33 1,5 0,9 -0,08 -0,14 -0,04 0,00
20 3,2 2,91 3,4 1,9 -0,16 -0,08 0,00
30 5,84 5,07 5,2 3,3 -0,34 -0,17 0,01
40 8,31 7,14 7,0 5,1 -0,55 -0,24 0,00
50 10,41 9,01 8,7 6,8 -0,62 -0,32 -0,02
60 13,83 13,36 Ruptura
193
ANEXO B
DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA DA
SEÇÃO NO MEIO DO VÃO
194
Os diagramas de deformação específica na direção longitudinal da seção no
meio do vão das vigas ensaiadas, obtidas a partir das deformações medidas no concreto
e na armadura longitudinal, encontram-se nas figuras B1 a B14. Eles foram traçados
para diferentes cargas e última carga para a qual foram feitas as medições. O valor de
deformação do concreto que aparece nas figuras é o da fibra superior, obtido por
extrapolação.
0.90%0
0
50
194 mm
187 mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação(%0)
110kN 60kN
Figura B1- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 1R.
195
2.32% 0
0
50
154mm
197mm
178mm
173mm
100
150
4
200
h(mm)
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação(% 0 )
60kN 110kN 200kN 260kN
2.10%0
0
50
182mm
175mm
148mm
168mm
100
150
200
h(mm)
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação(%0)
196
1,84%0
0
50
177mm
175mm
175mm
184mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação (%o)
1,49%0
0
50
158mm
150mm
157mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
Deformação (%o)
60kN 110kN 200kN
197
1,38%0
0
50
190mm
182mm
171mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
Deformação (%o)
0,71%0
0
166mm
167mm
50
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
Deformação (%o)
60kN 100kN
Figura B7- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 7.
198
0.69%0
0
50
157,5 mm
153 mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3
Deformação(%0)
60kN 70kN
Figura B8-Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 8R.
2,27%0
0
50
206mm
211mm
100
150
200
h (mm)
250
300
350
400
450
6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6
Deformação (%o)
60kN 120kN
199
3,27%0
0
50
163m
148m
146m
100
150
200
h (mm)
250
300
350
400 60kN 110kN 160kN
450
7 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7
Deformação (%o)
Figura B10- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 10.
0.83%0
0
62mm
123mm
50
100
150
200
h (mm)
250
300
350
400
450
6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6
Deformação (%o)
60kN 110kN
Figura B11- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 11.
200
1,02%0
0
50
211mm
204mm
100
150
200
h (mm)
250
300
350
400
450
6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6
Deformação (%o)
60kN 70kN
Figura B12- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 12.
1,14%0
0
50
194mm
190mm
100
150
200
h (mm)
250
300
350
400
450
6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6
Deformação (%o)
60kN 80kN
Figura B13- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 13.
201
1,02%0
0
50
153mm
100
150
h (mm)
200
250
300
350
400
450
5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
Deformação (%o)
50kN
Figura B14- Diagrama de deformação específica da seção no meio do vão da Viga 14.
202
ANEXO C
FOTOGRAFIAS
203
Foto 1 - Aspecto da viga 1R após a ruptura
204
Foto 3 – Aspecto da viga 3 após a ruptura
205
Foto 5 – Aspecto da viga 6 após a ruptura
206
Foto 7 – Aspecto da viga 10 após a ruptura
207