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Ja a segunda afirmação (b), o autor rebate com o fato de que muitos serviços
dependem de conexão direta com a indústria e também com a importância da
atividade industrial no PNB dos países ricos.
Alem disso pra ele o conceito de serviços e ambíguo se não errôneo já que este
conceito abarca tudo o que não é agricultura, mineração, construção, empresas de
serviços publico ou industria. Além do que muitos processos cruciais da era da
informação não permite a distinção entre "bens" e "serviços agregados" como por
exemplo softwares, agropecuária com base em biotecnologia dentre outros.
Para Manuel Castells e preciso se fazer um exame mais aprofundado no conteúdo real
destas classificações antes de caracterizar o nosso futuro como uma republica da elite
instruída.
De 1920-70 e 1970-90 podemos ter uma distinçao analitica entre os dois períodos
durante o primeiro período as sociedades em exame tornaram-se pos-rurais, enquanto
no segundo período elas tornaram-se pós-industriais. Ou seja houve queda do
emprego rural no primeiro caso e queda do emprego industrial no segundo.
Em seguida o autor faz uma analise na evolução histórica do setor de serviços nesses
países do G-7, essencial pra entendermos todo este processo.
O autor ressalta alguns pontos importantes da nova estrutura ocupacional dentre eles
a diversidade do emprego, dentro deste fator uma ressalva importante e a variação da
proporçao da mao-de-obra semiqualificada no setor de serviços principalmente nos
EUA, Canada e na Alemanha, bem menor no Japao, Franca e Italia, países que de certa
forma preservam mais as atividades tradicionais como a rural e comerciais. Isso se
deve ao fato do modelo norte-americano caminhar para o informacionalismo
mediante a substituiçao das antigas profissoes pelas novas. O modelo japones tambem
caminha para o informacionalismo, mas segue um rota diferente: aumenta o número
de novas profissoes mas as antigas são redefinidas; ja os países europeus seguem um
misto das duas tendencias.
Por falar em tendencia uma certa aponta para o aumento do peso relativo das
profissoes mais claramente informacionais (administradores,profissionais
especializados e tecnicos), bem como das profissoes ligadas ligadas a serviços de
escritorio em geral (inclusive funcionários administrativos e de vendas).
Tendo primeiro falado da diversidade, Manuel Castells também aponta uma outra
tendência que é a maior presença de conteúdo informacional na estrutura ocupacional
das sociedades avançadas, apesar de seus sistemas culturais/sociais. Dessa forma o
perfil profissional das sociedades informacionais, de acordo com sua emergencia
historica, sera muito mais diverso que o imaginado pela visão seminaturalista das
teorias pós-industrialistas, direcionadas por um etnocentrismo norte-americano que
nao representa toda a experiencia dos Estados Unidos.
Para o autor embora o capital flua com liberdade, o mesmo não acontece com a força
de trabalho mesmo havendo um mercado globalizado isto de deve muitas vezes a
fatores como xenofobia, cultura, política, dentre outros aspectos. Afirma ainda que no
ano de 1993 por exemplo apenas 1,5% da força de trabalho global atuou fora de seu
país que deste total, metade estava na Africa subsaariana e no Oriente Medio.
Segundo o livro, há de fato, um mercado global para uma fracao minuscula da forca de
trabalho composta por profissionais com a mais alta especializaçao. No texto o autor
apresenta diversos dados em diferentes paises e épocas mostrando que embora haja
problemas de imigração em diversos paises ricos, não significa que exista uma
globalizaçao da forca de trabalho. Contudo, afirma o autor, há uma tendência histórica
para a crescente interdependencia da forca de trabalho em escala global por
intermedio de tres mecanismos:
O autor mostra dados de países do G-7 onde aponta pra uma maior flexibilidade no
atual cenário informacional, flexibilidade em termos de jornada de trabalho,
crescimento do trabalho autônomo, mobilidade geográfica, situação profissional,
segurança contratual e desempenho de tarefas.
O autor faz uma introdução dizendo que o crescimento dos investimentos globais não
parece ser o causador destruidor de empregos no Norte, ao mesmo tempo em que
contribui para a criação de milhões de empregos nos países recém industrializados.
Todavia, o processo de transição histórica para uma sociedade informacional e uma
economia global é caracterizado pela deterioração generalizada das condições de
trabalho e de vida para os trabalhadores. Essa deterioraçào assume formas diferentes
nos diferentes contextos: aumento do desemprego estrutural na Europa; queda dos
salários reais; aumento da desigualdade, a instabilidade no emprego nos Estados
Unidos; subemprego e maior concentração de força de trabalho no Japão;
"informalização" e desvalorização da mão-de-obra urbana recém-incorporada nos
países em desenvolvimento; e crescente marginalização da força de trabalho rural nas
economias subdesenvolvidas e estagnadas. Para Castells essas tendências são
resultado da reestruturação atual das relações capital-trabalho, com a ajuda das
poderosas ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias da informação e facilitadas
por uma nova forma organizacional: a empresa em rede.
E estas mesmas tendências apontam para uma maior desigualdade social onde ricos
ficam mais ricos e os pobres mais pobres assim estamos vivendo numa sociedade
dualizada com uma grande camada superior e também uma grande camada inferior,
crescendo em ambas as extremidades da estrutura ocupacional, portanto encolhendo
no meio, em ritmo e proporção que dependem da posição de cada país na divisão do
trabalho e de seu clima político. Mas, sem dúvida nenhuma - conclui o autor -, o
trabalho informacional desencadeou um processo mais fundamental: a desagregação
do trabalho, introduzindo a sociedade em rede.