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Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 3
TUDO COMEÇOU ASSIM... ................................................................................................................................ 6
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA................................................................................................................................ 8
HORÁRIOS DA PARÓQUIA ................................................................................................................................ 9
ORAÇÃO DO ANO JUBILAR ............................................................................................................................... 10
DOZE ENCONTROS ESPIRITUAIS ....................................................................................................................... 11
NOVENÁRIO ...................................................................................................................................................... 46
NOVENA PERPÉTUA .......................................................................................................................................... 63
CÂNTICOS .......................................................................................................................................................... 64
MAPA – SETORES DA PARÓQUIA ..................................................................................................................... 70
PROJETO ........................................................................................................................................................... 72
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................. 74
COMO COLABORAR ......................................................................................................................................... 75

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APRESENTAÇÃO
CELEBRANDO O CINQUENTENÁRIO PAROQUIAL

Amados irmãos em Cristo! Estamos celebrando nosso cinquentenário


paroquial. A abertura deste ano de ouro acontece a partir deste novo
ano litúrgico: 1º domingo do advento do ano de 2019, até a festa de
Cristo Rei do ano seguinte, último domingo do ano litúrgico de 2020.
Passaram-se cinquenta anos vividos nos passos de Pedro, um homem à
procura de Deus. Todos nós temos um pouco de Pedro, acredito. Este
santo apóstolo, nosso padroeiro, tem muito a nos ensinar... Meditando
sua vida conseguiremos dar passos fecundos em nossa caminhada
batismal. Apresentamos aqui doze ricos encontros a serem realizados
em nossas casas, famílias, setores, grupos... Esperamos que, com este
material, você consiga fazer a experiência profunda de ser discípulo de
Jesus e aprofunde sua vida espiritual. Vivamos com fé e alegria este ano
jubilar! Celebremos! Procuremos de coração sincero a Deus,
espelhando-nos em São Pedro. Que a Santíssima Virgem Maria e nosso
santo apóstolo intercedam por nós para que, neste jubileu e a partir
dele, nossa paróquia se torne fecunda na graça, no amor e no
seguimento a Deus.
Invoco as mais copiosas bênçãos de Deus a todos! Deus abençoe!

Pe. Julio César Urzedo Gonçalves


- Pároco -

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TUDO COMEÇOU ASSIM...
“Há mais de 60 anos, mais precisamente, no dia 29 de junho de
1958, o MONS. EDUARDO ANTONIO DOS SANTOS, Vigário da Paróquia
de Santa Terezinha, benzeu e assentou a primeira pedra para a
construção da CAPELA DE SÃO PEDRO, no local onde já havia um
Cruzeiro, levantado pelos Missionários Redentoristas no mês de junho
de 1957 por ocasião da Semana Eucarística celebrada nesta cidade de
Uberlândia-MG (registrado em “Redentoristas de Aparecida do Norte”
livro Ata que se encontra no Santuário Nacional de Aparecida do Norte-
SP e em Nossos pais nos contaram: História em Uberlândia, livro do
nosso saudoso Monsenhor Afonso).
No terreno doado pelo Sr. Joaquim Saraiva, hoje localizado no
bairro Saraiva, foram construídos uma “barraquinha” com madeira
roliça e folhas de buriti e um pequeno coreto, onde eram realizadas as
festas tradicionais de São Pedro.
Ao pé do Cruzeiro, construiu-se um piso de tijolos e cimento, com
degraus, que era improvisado como altar e onde, aos domingos, rezava-
se o terço. Ali os vicentinos ministravam o catecismo às crianças do
bairro e integravam a Comissão encarregada da construção da futura
Capela. Inicialmente, neste território, já se realizava trabalhos sociais
para a evangelização, com o grupo de jovens “JOC” – Juventude operária
cristã – tendo à frente os Reverendíssimos Monsenhor Eduardo e Pe.
Durval.
A primeira Comissão teve como participantes os senhores Edésio
do Nascimento Lacerda (Presidente), José Passos Damasceno (vice-
Presidente) e João Moura Lucas (Secretário). Com a doação de 10.000
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tijolos, feita pelo Sr. Luiz Finotti, iniciou-se a construção da pequena
capela.
Em 17 de junho de 1961, Mons. Eduardo nomeia a segunda
Comissão, constituída dos senhores Leonardo Zago (Presidente),
Arlindo Monteiro (Vice-Presidente), Carloto Marques (Secretário) e
Joaquim Carlos da Fonseca (Tesoureiro). Concluídas as obras, a Capela
foi festivamente inaugurada no dia 29 de junho de 1964.
Desde 29 de junho de 1967, a então capela de São Pedro já
guardava o Santíssimo Sacramento. O primeiro batizado foi ali
realizado no dia 3 de setembro de 1967, registrado em Livro próprio da
Capela, aberto pelo PE. CIRILO AMBROSI, no mesmo dia.
A PARÓQUIA DE SÃO PEDRO foi instalada no dia 28 de junho de
1970, com a presença do Sr. Bispo Auxiliar, DOM ONOFRE CÂNDIDO
ROSA, no mesmo local onde já existia a CAPELA DE SÃO PEDRO, Bairro
Saraiva.
O primeiro Vigário foi o PE. CIRILO AMBROSI, responsável pela
Capela desde o dia 3 de setembro de 1967 e que tomou posse no dia 28
de junho de 1970.” (Bibliografia: Livros Memórias: Monsenhor Antônio
Afonso. - Nossos pais nos contaram: História em Uberlândia, 1818 –
1989).

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HORÁRIOS DA PARÓQUIA

IGREJA MATRIZ SÃO PEDRO:


Praça Vasco Gifone, 20 - Saraiva
Missas: de terça a sábado às 7h; domingos às 8h, 18h e 19:30h
Adoração ao Santíssimo Sacramento: toda quinta-feira às 19:30h
Missa Votiva em honra a São Pedro: Todo dia 29 do mês
Batizados: todo 3º domingo do mês

COMUNIDADE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS:


Rua Bento Faria, 477 - Lagoinha
Missas: sábados às 19h
Celebrações da Palavra: terças-feiras às 19h

COMUNIDADE SÃO LUCAS:


Rua Professor Eudóxio Casassanta Pereira, 722 - Carajás
Missas: domingos às 10h
Celebrações da Palavra: quintas-feiras às 19h

COMUNIDADE SANTOS REIS:


Rua Barão de Ouro Preto, 73 - Carajás
Missas: Terceiro domingo do mês às 10h
Celebrações da Palavra: domingos às 8h (exceto 3º domingo)

SECRETARIA DA PARÓQUIA
Rua Tapuios, 734 - Saraiva
Horário de Expediente: de terça a sexta-feira das 13h as 17:30h
Horário de Expediente do Padre: de quarta a sexta-feira (agendar)
Contatos: (34) 3234-7857 / saopedroudi@hotmail.com
Paróquia São Pedro

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ORAÇÃO DO ANO JUBILAR
TEMA: 50 anos nos passos de Pedro
LEMA: Um homem à procura de Deus

Senhor Nosso Deus, Uno e Trino, queremos agradecer tantas graças


recebidas durante estes cinquenta anos de caminhada. Obrigado por
nossas famílias, pelos diversos acontecimentos em nossa paróquia, sua
edificação física e espiritual. Queremos continuar nossa caminhada
seguindo o testemunho de São Pedro, vosso e nosso querido apóstolo
padroeiro. “É a vossa face que buscamos Senhor” (Sl 26,8)! Auxiliados pela
vossa graça, sejamos sal da terra e luz do mundo, missionários a propagar
vossa misericórdia. Por intercessão da Santíssima Virgem Maria e de São
Pedro Apóstolo, que venha a vossa bênção sobre nós e nossas famílias.
Amém!
Hino a São Pedro (Jubilar)
1. A ti, santo portentoso, sempre devemos louvor, /Pois és o nosso
zeloso, vigilante protetor! / Por ti o céu nos tem dado, /sem conta,
inefáveis bens, / São Pedro, do céu amado, que poder no céu não
tens!? (bis)

2.Glória a ti, da santa Igreja, fundamento e defensor/ Das almas que o


inferno almeja, / Diligente pescador, / Afastar-nos quer da glória; dos
perversos o parcel/ São Pedro, dá vitória a quem te impetra fiel!
(bis)

3.És pastor, de luz divina, o Senhor te iluminou, / Propagaste a sã


doutrina que das trevas nos livrou! / Vê as crenças em perigo, vê
corrompida a moral,/ São Pedro, de Deus amigo, livrai-nos de todo
o mal! (bis)

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DOZE ENCONTROS ESPIRITUAIS
NOS PASSOS DE SÃO PEDRO: UM HOMEM À PROCURA DE DEUS

1. OS ANOS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE PEDRO

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Tu és Simão, filho de João (ou Jonas)” (Jo 1, 42).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“De Simão ou Simeão, transliteração grega do hebraico Shim’on,
um nome antigo e glorioso em Israel, natural de Betsaida e talvez um
pouco mais velho em idade com relação a Jesus; o Evangelho diz que era
filho de Jonas (ou de João) e irmão de André.
Sobre sua vida anterior ao encontro com Jesus, não diz mais nada.
Mas, baseando-nos em notícias que nos foram transmitidas pela
tradição apostólica e patrística e no que nós podemos deduzir com base
na realidade histórica, religiosa e social da Palestina da época, Simão
era de família simples, pescador desde pequeno no lago de Genesaré,
judeu de nascimento e prática, e companheiro de Filipe, Tiago e João.
Nas homilias de São Clemente, Pedro diz: ‘Eu e André, que é meu
irmão segundo a carne e segundo Deus, desde crianças fomos criados
como órfãos e, além disso, por causa da pobreza e da miséria, nos
habituamos ao trabalho; por isso, também agora, suportamos
facilmente as dificuldades do caminho’. Assim, o pequeno Simão vivia a
sua infância e superava os umbrais da puberdade e da juventude, entre
a sua casa de Betsaida e os barcos, as redes, o mar da Galileia, os
rumorosos mercados de peixe em Cafarnaum, e a sinagoga.”

iii) Para partilhar


“Como filhos obedientes, não consintais em modelar vossa vida de
acordo com as paixões de outrora, do tempo da vossa ignorância”
(1 Pd 1, 14).
 No nosso batismo recebemos um nome, que nos foi dado pelos
nossos pais. Como nos chamamos? (cada um diga seu nome)

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 Nossa caminhada cristã está alicerçada nesse nome. Assim como
Pedro, também nascemos e vivemos dentro de uma família. Recorde
aqui sua caminhada cristã dentro de sua família até hoje.

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
É hora de viver o que aprendemos. Rezar agradecendo a Deus pela
sua família, através dela você veio ao mundo. Ir ao encontro de sua
família (quem sabe um telefonema), para saber como está; diga,
expresse o quanto a ama.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

2. O ENCONTRO COM JESUS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Estando Jesus a caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois
irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede
ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: Segui-me, e eu farei de vós
pescadores de homens. Eles, deixando imediatamente as redes, o
seguiram” (Mt 4, 18-20).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Simão estava à procura de uma dimensão mais profunda da
existência, queria que Deus se tornasse para ele alguma coisa a mais,
queria sondar mais profundamente a própria alma e o sentido da
própria vida. Mas como fazer? Como encontrar um caminho? O seu dia
estava cheio de compromissos: trabalho, mulher, filhos, parentes.
Mas, por volta dos 35 anos, ele conheceu um grande pregador da
Judeia: João Batista; por ele foi batizado e ouviu falar de alguém que
seria mais forte e o ‘batizaria com o Espírito Santo e com fogo’. Então,
Simão, que aguardava o Messias, encontrou Jesus. Seu irmão André
estava com João Batista quando este saudou Jesus: ‘Eis o Cordeiro de
Deus!’; ouvindo-o falar assim, seguiu Jesus, viu onde ele morava e
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permaneceu com ele aquele dia. Depois foi até Simão e lhe disse:
‘Encontramos o Cristo’, levando-o até ele, que lhe disse: ‘Tu és Simão,
filho de João. Tu te chamarás Cefas’ (que significa Pedro).
Foi assim que Simão pela primeira vez viu com seus olhos Deus
feito homem. Simão estava sentado com ele e repetia o habitual
versículo do salmo: ‘Tua face, Senhor, eu busco’ (Sl 27,8); não sabia que
aquele que estava se aproximando dele era justamente o rosto do
Senhor. Ninguém poderá dizer o que Simão sentiu naquele momento,
mas da continuação da narração evangélica deduzimos que tanto para
ele quanto para os outros discípulos foram necessários muitos anos
antes de compreender verdadeira e completamente que aquele homem
era o mesmo Deus que tinha aparecido a Moisés na sarça ardente e que
Ezequiel havia visto em visão sentado num trono de glória acima dos
querubins. Por agora, Simão (já então Pedro) via só um homem, embora
no segredo de seu coração se agitassem as palavras misteriosas de João:
‘Eis o Cordeiro de Deus!’.
Para ele, tudo era ainda novo; não sabia o que seria dele.
Continuava a viver em sua casa e a trabalhar como pescador, mas o
encontro com Jesus lhe havia deixado uma preocupação contínua...
Porém, a verdadeira mudança radical na sua vida aconteceu num
dia, quando Jesus, caminhando à beira do mar da Galileia, viu dois
irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as
redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: ‘Segui-me, e eu
farei de vós pescadores de homens’. Eles, imediatamente, deixaram as
redes e o seguiram. Sabemos que Pedro deixou tudo, para sempre. Não
compreendia ainda quem realmente era Jesus, mas intuía que era
alguém pelo qual valia a pena se sacrificar: eles levaram os barcos para
a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus.”

iii) Para partilhar


O sim a Deus: Pedro é um dos apóstolos de Jesus. Ele é o patrono
da Igreja, exemplo de vida e fé para todos os cristãos. Quando
convidado a seguir Jesus, deixou o barco e redes e tornou-se pescador
de homens. Deixou tudo para unir-se com Jesus. E ele nos diz:
“Aproximai-vos dele, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida
e honrada por Deus” (1 Pd 2,4).

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 Você se lembra quando ouviu o primeiro chamado de Deus?
Relembre seu primeiro amor com Deus, partilhe em grupo. Fale
sobre sua vocação. Renove o seu sim a Deus.

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Você está inserido em uma paróquia, sabia? Está em uma
comunidade, dentro de um setor. Verifique como você exerce seu
chamado, como corresponde a Deus concretamente na sua comunidade
eclesial. Conhece a Igreja matriz ou uma de nossas comunidades?
Participa das missas dominicais? Participa de alguma pastoral?
Algumas de nossas pastorais são: Catequese, canto, liturgia,
leitores, dízimo, familiar, jovens, batismo, movimentos de oração, etc.
(Convidar para participar)
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

3. A VIDA COTIDIANA COM JESUS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Jesus percorria toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas,
pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou
enfermidade do povo. Sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo
que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e
atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados,
lunáticos e paralíticos. E ele os curava. Seguiam-no multidões
numerosas vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e da
Transjordânia” (Mt 4, 23-25).
“Em seguida, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os
discípulos às multidões. Todos comeram e ficaram saciados” (Mt 14, 19-
20).

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ii) Citação sobre a vida de Pedro
“Desde o dia em que deixaram os barcos na praia, Pedro, junto com
André, Filipe, João e Tiago, viveu com Jesus. Mesmo tendo um ponto de
referência em Cafarnaum, levavam uma vida errante, passando de
povoado em povoado, comendo daquilo que a Providência os fazia
encontrar, dormindo ao relento ou hóspedes de alguma alma piedosa.
Pedro não podia mais voltar atrás: não era mais um entre muitos
da multidão que seguia Jesus. Agora era um dos poucos íntimos.
Começava para ele uma vida totalmente nova, para um futuro
desconhecido.
Nessa intimidade com Jesus, Pedro ia se dando conta de que Jesus
lhe estava dando o alimento certo, estava saciando sua fome de uma
espiritualidade autêntica e profunda. Sabia que a novidade da
mensagem de Jesus estava no retorno à integridade e à pureza da lei
divina dada a Israel por meio de Moisés e dos Profetas, purificada de
todas as alterações, acréscimos sucessivos, supressões e acordos feitos
por comodidade humana. Jesus chama a uma aplicação radical da Lei de
Deus, sem subterfúgios hipócritas e os discípulos – apesar de serem
homens normais habituados a trabalhar para ganhar o pão, a pensar
nas necessidades econômicas da própria família, a comerciar para
economizar algum dinheiro – compreendiam que Jesus os estava
chamando para uma opção de vida radical, para a pobreza radical, para
a confiança total em Deus.
É aquilo que Pedro procurava: finalmente um verdadeiro caminho
de introspecção, de trabalho espiritual sobre si mesmo. E é por isso que,
no episódio da Transfiguração no Monte Tabor, sem nem saber o que
estava dizendo, Pedro propõe ao Senhor: ‘Mestre, é bom ficarmos aqui,
vamos fazer três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para
Elias’.”

iii) Para partilhar


Deus é nosso alimento: Jesus disse que era o Pão Vivo descido do
Céu, que saciava toda a fome. Pedro fez das palavras e da vida de Cristo
seu alimento e repartiu este pão para com os outros na ânsia de
evangelizar. Nos diz Pedro: “Como é doce o Senhor” (1 Pd 2,3).
 Pensemos sobre nossa relação cotidiana com Deus. Tenho feito
diariamente minhas orações, tirado ao menos cinco minutos para
meditar um pouco a Palavra de Deus?
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iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Rezar o salmo 138 em casa com a família. “Senhor, vós me sondais
e conheceis.”
Lembrar a data e horário da próxima missa, escolha da casa para
rezarmos juntos.

4. CAMINHANDO PARA A PAIXÃO DE CRISTO: O PRENÚNCIO E PRIMEIROS SINAIS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“‘E vós, quem dizeis que eu sou?’. Simão Pedro, respondendo,
disse: ‘Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo’. Jesus respondeu-lhe: ‘Bem-
aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue
que te revelaram isso, e sim meu Pai que está nos céus. Também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as
portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves
do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que
desligares na terra será desligado nos céus’. Em seguida, proibiu
severamente aos discípulos de falarem a alguém que ele era o Cristo”.
Jesus começou a mostrar aos seus discípulos ser necessário que fosse a
Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciãos, dos chefes dos
sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro
dia. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Deus
não o permita, Senhor! Isso jamais te acontecerá! Ele, porém, voltando-
se para Pedro, disse: Afasta-te de mim, Satanás! Tu me serves de pedra
de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!”
(Mt 16, 15-23).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Jesus anunciou sua Paixão aos apóstolos, mas eles não
compreendiam o que lhes dizia e tinham medo de perguntar. Sua
proximidade de Jerusalém e as suas visitas periódicas ao Templo
deixaram alarmados os fariseus e os sacerdotes, a tal ponto que
decidiram matar Jesus. Por isso, Jesus não andava mais em público no
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meio dos judeus. Enquanto isso, o Senhor escolheu outros 72 e enviou-
os, dois a dois, à sua frente; sabia que sua vida terrena caminhava para
o fim e cuidou, portanto, de constituir um primeiro núcleo dos seus
discípulos e herdeiros, além dos Doze.
O Evangelho testemunha o embaraço, a preocupação e a
inquietação das autoridades religiosas judaicas diante do agir de Jesus.
Os apóstolos tiveram que ver naqueles dias um Jesus mais severo e
duro. Todos já compreendiam que alguma coisa grandiosa estava
prestes a acontecer. A fala de Jesus, sempre mansa e suave, estava se
tornando um tanto triste e amargurada. O aproximar-se do mistério da
cruz tingia tudo de uma luz diferente, a ponto de Jesus dizer: ‘Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te foram
enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos como uma galinha
reúne seus pintainhos debaixo das asas, mas não quisestes’ (Mt 23, 37).
Chegou o dia dos pães sem fermento, quando se devia sacrificar o
cordeiro pascal. Jesus mandou Pedro e João fazer os preparativos para
a ceia. Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos e
disse: ‘Ardentemente desejei comer convosco esta ceia pascal antes de
padecer’. Pegou o cálice, deu graças e o passou aos seus discípulos; a
seguir tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: ‘Isto é o
meu corpo, que é dado por vós, fazei isto em memória de mim’. Depois
da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança
do meu sangue, que é derramado por vós’ (Lc 22, 7-20).
Pedro ouvia pela primeira vez as palavras destinadas a serem
repetidas por ele e por milhões de outros sacerdotes depois dele, até
hoje, na celebração da Eucaristia. Mas, naquele momento, tudo isso
ainda lhe era muito misterioso e obscuro. A Páscoa judaica, memorial
solene da libertação de Israel da escravidão do Egito, tinha sido
celebrada por Pedro em todos os anos da sua vida, mas esta, com Jesus,
era uma Páscoa diferente do habitual. Antes de tudo, onde estava o
cordeiro? Os apóstolos não compreendiam. Não podiam ainda
compreender que o cordeiro, que até aquele momento Israel tinha
sacrificado durante cada Páscoa, não era outro senão a prefiguração do
verdadeiro Cordeiro, que justamente naqueles dias estava para se
sacrificar no altar da cruz para libertar não somente Israel da
escravidão do Egito, mas a humanidade da escravidão do pecado e da
morte.

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iii) Para partilhar
“Chegai-vos a ele, a pedra viva, rejeitada, é verdade, pelos homens,
mas diante de Deus eleita e preciosa. Do mesmo modo, também vós,
como pedras vivas, prestai-vos à construção de um edifício espiritual ,
para um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
aceitáveis a Deus por Jesus Cristo, com efeito, nas Escrituras se lê: Eis
que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa; quem nela
crê não será confundido” (1 Pd 2, 4-6).
 Celebramos todos os domingos a Páscoa do Senhor. Procuramos
conhecer mais intimamente em nossa vida (estudar, rezar,
compreender) o Mistério celebrado? Qual efeito tem realizado em
nossa vida? Para quê participamos da missa? Por que comungamos?

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Promover em nosso setor um encontro litúrgico sobre o mistério
pascal de Cristo e seu efeito em nossa vida.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

5. CAMINHANDO PARA A PAIXÃO DE CRISTO: TRAIÇÃO DE JUDAS, NEGAÇÃO DE


PEDRO E FUGA DOS APÓSTOLOS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Ao cair da tarde, ele pôs-se à mesa com os Doze e, enquanto
comiam, disse-lhes: ‘Em verdade vos digo que um de vós me entregará’.
(...) Então Judas, seu traidor, perguntou: ‘Porventura sou eu, Rabi?’.
Jesus respondeu-lhe: ‘Tu o disseste’. (...) Depois de terem cantado o
hino, saíram para o monte das Oliveiras. Jesus disse-lhes então: ‘Essa
noite todos vós vos escandalizareis por minha causa, pois está escrito:
Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois que
eu ressurgir, vos precederei na Galileia’. Pedro, tomando a palavra,
disse-lhe: ‘Ainda que todos se escandalizem por tua causa, eu jamais me
escandalizarei’. Jesus declarou: ‘Em verdade te digo que esta noite,
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antes que o galo cante, me negarás três vezes!’ (...) No Getsêmani,
levando Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Jesus começou a entristecer-
se e a angustiar-se. Disse-lhes, então: ‘Minha alma está triste até a
morte. Permanecei aqui e vigiai comigo’. E, indo um pouco adiante,
prostrou-se com o rosto em terra e orou: ‘Meu Pai, se é possível, que
passe de mim este cálice: contudo, não seja como eu quero, mas como
tu queres’. E ao voltar para junto dos discípulos, encontrou-os
adormecendo. E diz a Pedro: ‘Não fostes capazes de vigiar comigo por
uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, pois o
espírito está pronto, mas a carne é fraca’. (...) E enquanto ainda falava,
eis que veio Judas, um dos Doze, acompanhado de grande multidão com
espadas e paus, da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do
povo. Seu traidor dera-lhes um sinal dizendo: ‘É aquele que eu beijar;
prendei-o’; e logo, aproximando-se de Jesus, disse: ‘Salve, Rabi!’ e o
beijou’. (...) “Então todos os discípulos, abandonando-o, fugiram”. (Mt
26, 21.25.30-34.36-41.47-49.56).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Se Jesus era verdadeiramente o Messias, o Rei de Israel
prenunciado pelos profetas, o Santo de Deus, como podia estar
destinado a ser até zombado, flagelado e crucificado? Então não era o
Messias de Deus! Se fosse, deveria vencer, triunfar e reinar! Não tinham
ainda compreendido que Cristo anunciava uma vitória diferente,
verdadeira e definitiva, mas que aos olhos do mundo parecia fraqueza
e derrota”. Sua entrada triunfal em Jerusalém num jumentinho também
desiludiu as expectativas. E agora estava sendo preso... Pedro não
entendia.
Apesar de sua profissão de fé, é Jesus quem avisa Pedro sobre sua
traição (Mc 14, 30). E mesmo que todos tenham dito: ‘morreremos
contigo e não te negaremos’, ao ser ferido o Pastor, todas as ovelhas se
dispersaram.
Antes de fugir e negar Jesus, Pedro fere com a espada o servo do
sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. “Pedro é tão humano! Ama a
Cristo e quer defendê-lo com aquilo que tem: uma espada. Talvez
trouxesse a espada como arma de defesa contra eventuais agressões de
homens ou animais na solidão do bosque; mas, depois de três anos de
vida com ele, não tinha ainda compreendido que Jesus não era um rei
que devia ser defendido com uma espada. Ou talvez o tivesse entendido,
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mas naquele momento sua fragilidade humana foi envolvida pelo medo
e pelo amor a Jesus.
Apesar da solícita tentativa de resistência por parte de Pedro,
Jesus foi preso e levado para ser condenado e morto. Os apóstolos,
então, ‘abandonando-o, fugiram’. Também Pedro? Sim, também Pedro,
porque está escrito: ‘Todos, abandonando-o, fugiram’. Para onde
foram? Onde encontraram refúgio para o seu medo? O Evangelho não
faz menção da maioria deles. Provavelmente não viram mais Jesus, até
a sua morte. Fugiram depressa, na escuridão, sem sequer saudá-lo.
Mas de Pedro o Evangelho diz alguma coisa. ‘Levaram Jesus ao
sumo sacerdote, e reuniram-se todos os sumos sacerdotes, os anciãos e
os escribas. Pedro tinha seguido Jesus de longe até dentro do pátio do
sumo sacerdote. Sentado com os guardas, aqueciam-se perto do fogo’
(Mc 14, 53-54). Por um aceno do evangelho de Lucas (22, 61), sabemos
que a sala onde Jesus estava, circundado pelo sumo sacerdote, pelas
outras autoridades rabínicas e pelos soldados, estava muito próxima e
visível para Pedro. Ele, portanto, via seu mestre sendo levado para ser
julgado como um ladrão, ultrajado e ofendido pelos seus acusadores.
Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada aproximou-se
dele e disse: ‘Tu também estavas com Jesus, o galileu!’. Mas ele negou
diante de todos: ‘Não sei de que estás falando’. E saiu para a entrada do
pátio. Então, uma outra criada viu Pedro e disse aos que estavam ali:
‘Este homem estava com Jesus, o nazareno’. Pedro negou outra vez,
jurando: ‘Nem conheço esse homem!’. Pouco depois, os que estavam ali
aproximaram-se de Pedro e disseram: ‘É claro que tu também és um
deles, pois o teu modo de falar te denuncia!’. Pedro começou a praguejar
e a jurar: ‘Não conheço esse homem!’. E nesse instante, um galo cantou
(Mt 26, 67-74). Então o Senhor se voltou e olhou para Pedro. E Pedro
lembrou-se da palavra que o Senhor lhe tinha dito: ‘Hoje, antes que o
galo cante, três vezes me negarás’. Então Pedro saiu do pátio e se pôs a
chorar amargamente (Lc 22, 61-62).
Poucas horas depois, Pedro soube que Jesus tinha sido levado ao
Pretório, sede da autoridade judiciaria romana. Enquanto isso, raiava
um novo dia. Era sexta-feira, e Jesus esperava ser interrogado pelo
governador Pôncio Pilatos. Não sabemos onde Pedro estava e o que
fazia. O Evangelho cala, concentrado no único fato essencial: a Paixão
do Filho de Deus.

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iii) Para partilhar
Professar a fé: São Pedro acreditou em Deus e seguiu Jesus até os
últimos passos. Assistiu sua condenação e professou que amava Cristo.
“Não há salvação em nenhum outro, porque, sob o céu nenhum outro
nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4, 12).
 Temos professado incondicionalmente nossa fé por Cristo? Revisitar
(relembrar) a nossa Profissão de Fé (credo). Certamente já o
traímos! Você se lembra? Vamos partilhar de que forma podemos
trair Cristo?

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Renovemos nossas promessas batismais, nosso amor e nosso
servir a Cristo em sua Igreja.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

6. CAMINHANDO PARA A PAIXÃO DE CRISTO: PRISÃO E FLAGELAÇÃO DE JESUS


E A “DERROTA” DA CRUZ

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Pilatos perguntou: ‘Que farei de Jesus, que chamam de Cristo’?
Todos responderam: ‘Seja crucificado’! Tornou a dizer-lhes: ‘Mas que
mal ele fez’? Eles, porém, gritavam com mais veemência: ‘Seja
crucificado’! Vendo Pilatos que nada conseguia, mas, ao contrário, a
desordem aumentava, pegou água e, lavando as mãos na presença da
multidão, disse: ‘Estou inocente desse sangue. A responsabilidade é
vossa’. A isso todo o povo respondeu: ‘O seu sangue caia sobre nós e
sobre nossos filhos’. Então soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois
de açoitá-lo, entregou-o para que fosse crucificado. (...) Chegando ao
lugar chamado Gólgota, isto é, lugar que chamavam de Caveira, deram-
lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas não quis beber.
E após crucificá-lo, repartiram entre si suas vestes, lançando a sorte. E,
sentando-se, ali montavam-lhe guarda. E colocaram acima da sua
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cabeça, por escrito, o motivo da sua condenação: ‘Este é Jesus, o Rei dos
Judeus’. Com ele foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à
esquerda” (Mt 27, 22-26.33-38).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Antes de se dirigir para o tormento final, Jesus previne seus
apóstolos sobre a maldade do mundo: ‘Então vos entregarão à tortura
e à morte. E por causa do meu nome sereis odiados por todas as nações.
Muitos sucumbirão, trairão uns aos outros e se odiarão mutuamente.
Hão de surgir muitos falsos profetas, que enganarão muita gente’ (Mt
24, 9-11).
Enquanto o Evangelho silencia sobre Pedro, sabemos que Jesus,
depois de ter sido dispensado por Herodes Antipas, foi levado
novamente diante de Pilatos. Era o fim da manhã. Pilatos apareceu no
terraço do seu palácio para perguntar, como era de costume, à multidão
que estava reunida na praça em frente, qual prisioneiro ele deveria
beneficiar. A multidão, instigada pelos sacerdotes, escolheu o bandido
Barrabás, e também que Jesus fosse condenado à morte. Então Pilatos
soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser
crucificado. Em seguida, os soldados do governador levaram Jesus ao
pretório e reuniram todo o batalhão em volta dele. Tiraram-lhe a roupa
e o vestiram com um manto vermelho; depois trançaram uma coroa de
espinhos, puseram-na em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita.
Então se ajoelharam diante de Jesus e zombavam dele, dizendo: ‘Salve,
rei dos judeus!’. Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram-lhe na
cabeça’ (Mt 27, 26-30).
Essa cena dolorosa e repugnante, que os cristãos há vinte séculos
meditam e relembram, foi vista por Pedro? Ele estava lá? Ouvia o sibilo
das chibatadas, os golpes surdos sobre a pele, a respiração sufocada do
Cristo de Deus, os insultos e os golpes dos soldados? Provavelmente
sim.
Junto com outros condenados, Jesus, com a túnica manchada de
sangue, o madeiro pesado da cruz, amarrado com cordas nas costas e
com a perna esquerda presa para conservá-lo na fila dos prisioneiros,
começou a caminhar na direção da colina do Gólgota, onde aconteceria
a crucifixão.
Da narração evangélica, pareceria que o único apóstolo que subiu
com Jesus ao Gólgota foi João. Nenhum outro. Talvez Pedro o tenha visto
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e a partir daí não o seguiu. Talvez os soldados os impedissem de
acompanhar. Talvez Pedro estivesse perturbado e teve medo de segui-
lo. Quem sabe trocou pelo menos uma última palavra com o seu mestre;
se, por uma última vez, os seus olhares se encontraram...
De qualquer modo, para onde quer que Pedro fosse, ‘já era mais
ou menos meio-dia, e uma escuridão cobriu toda terra às três da tarde’
(Lc 23, 44).”

iii) Para partilhar


(...) Se, fazendo o bem, sois pacientes no sofrimento, isto sim
constitui ação louvável diante de Deus. Com efeito, para isto é que fostes
chamados, pois que também Cristo sofreu por vós, deixando-vos o
exemplo, a fim de que sigais seus passos. Ele não cometeu nenhum
pecado; mentira nenhuma foi achada em sua boca. Quando injuriado,
não revidava; ao sofrer, não ameaçava, antes, punha a sua causa nas
mãos daquele que julga com justiça. Sobre o madeiro, levou os nossos
pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os nossos
pecados, vivêssemos para a justiça. Por suas feridas fostes curados, pois
estáveis desgarrados como ovelhas, mas agora retornastes ao Pastor e
guarda de vossas almas” (1 Pd 2, 20-25).
 Como temos disposto nosso tempo em servir a Deus? Nas situações
diversas em que vivemos, o mundo nos sugere preferir Barrabás que
Jesus. Sofremos com Cristo, colocando Nele nossa esperança?
 Tem consciência de que pelo batismo foi crucificado com Cristo para
uma vida de ressurreição? Recordar os grandes feitos de Deus em
nossa vida, sobretudo, nos momentos mais difíceis.

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação.
Benção de crucifixos para colocar nas casas.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

7. MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico
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i) Palavra de Deus
“Desde a hora sexta até a hora nona, houve treva em toda a terra.
Por volta da hora nona, Jesus deu um grande grito: ‘Eli, Eli, lamá
sabachtháni?’, isto é, ‘Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?’.
Alguns dos que tinham ficado ali, ouvindo-o, disseram: ‘Está chamando
Elias!’. Imediatamente um deles saiu correndo, pegou uma esponja,
embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa vara, dava-lhe de beber. Mas
os outros diziam: ‘Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo!’. Jesus, porém,
tornando a dar um grande grito, entregou o espírito. Nisso, o véu do
Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e
as rochas se fenderam. (...) Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da
semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro. E eis
que houve grande terremoto: pois o Anjo do Senhor, descendo do céu e
aproximando-se, removeu a pedra e sentou-se sobre ela. O seu aspecto
era como o do relâmpago e a sua roupa, alva como a neve. Os guardas
tremeram de medo dele e ficaram como mortos”. (Mt 27, 45-51; 28,1-4).
“Ele, porém, lhes disse: ‘Não vos espanteis! Procurais Jesus de
Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou, não está aqui. Vede o lugar onde o
puseram. Mas ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que ele vos
precede na Galileia. Lá o vereis, como vos tinha dito’. Elas saíram e
fugiram do túmulo, pois um temor e um estupor se apossaram delas. E
nada contaram a ninguém, pois tinham medo...” (Mc 16, 6-8).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Não podia haver dúvidas, Jesus estava morrendo na cruz e até o
sol dava testemunho de que aquele não era um simples homem: era
mesmo o Criador descido em forma humana ao mundo. Um temor
indefinido invadiu o coração do apóstolo. Pouco depois, presenciou um
fato inaudito e inexplicável: ‘o véu do Santuário rasgou-se pelo meio’
(Lc 23,45). ‘A terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se
abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram’ (Mt 27, 51-
52).
Entretanto, Jesus, antes que caísse a noite do sábado, tinha sido
tirado da cruz e colocado num sepulcro próximo ao Gólgota. No dia
seguinte, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé encontram
o sepulcro aberto e, tendo entrado, viram que estava vazio. Então Maria
Madalena saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o

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outro discípulo, que Jesus mais amava. Disse-lhes: ‘Tiraram o Senhor do
túmulo e não sabemos onde o colocaram!’ (Jo 20, 2).
Mas é em Tiberíades que acontece um episódio determinante no
relacionamento entre Cristo e Pedro e para a futura missão petrina. Nas
palavras contidas no diálogo entre Jesus e Pedro após a refeição, a
tradição da Igreja, desde os primeiríssimos séculos, viu uma clara
enunciação do primado de Pedro, isto é, da Igreja de Roma. São
Cipriano, por exemplo, escreve: ‘Cristo sobre um só edifica a Igreja e a
ele ordena que apascente as suas ovelhas. Embora atribua a todos os
apóstolos um poder igual, no entanto, constitui uma só cátedra e
estabelece com a sua autoridade a origem e a motivação que
fundamenta a unidade.
Certamente também os outros eram aquilo que Pedro era, mas o
primado é concedido a Pedro. Quem, portanto, abandona a cátedra de
Pedro, sobre a qual está fundamentada a Igreja, como pode pensar que
pertence à Igreja?’. Quanto a Pedro, ele, naquele momento, talvez não
se desse conta do alcance daquelas palavras, mas quem sabe quantas
vezes no futuro lhe soará na mente a voz e o tom daquele ‘Tu me
amas?’.”

iii) Para partilhar


“Com efeito, também Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo
pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus. Morto na carne, foi
vivificado no espírito, no qual foi também pregar aos espíritos em
prisão, a saber, aos que foram incrédulos outrora, nos dias de Noé,
quando Deus, em sua longanimidade, contemporizava com eles,
enquanto Noé construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito,
foram salvas por meio da água. Aquilo que lhe corresponde é o batismo
que agora vos salva, não aquele que consiste na remoção da imundície
do corpo, mas no compromisso solene da boa consciência para com
Deus pela ressurreição de Jesus Cristo, que, tendo subido ao céu, está à
direita de Deus, estando-lhe sujeitos os anjos, as Dominações e as
Potestades” (1 Pd 3, 18-22).
 O que entendo por ressurreição? Quais elementos, ações em minha
vida são atitudes de ressurreição?
 Neste encontro, recebamos a aspersão da água benta, símbolo do
nosso batismo.

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iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Oração e vida caminham juntas. Ressuscitar com Cristo é lutar
contra elementos de morte que o mundo nos impõe. Morrer para o
mundo e nascer para Deus. Como atitude concreta, vamos ajudar a
amenizar a fome de tantos que não tem o que comer e passam extremas
necessidades, até à morte. Vamos trazer para o próximo encontro
alimentos não perecíveis e também remédios para uma farmácia
comunitária. Cada um faça uma visita caridosa a um irmão que precisa
da presença amiga.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

8. OS PRIMÓRDIOS DA COMUNIDADE CRISTÃ: A RELAÇÃO COM OS JUDEUS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à
comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2, 42). “E a palavra
de Deus crescia. O número dos discípulos multiplicava-se enormemente
em Jerusalém, e considerável grupo de sacerdotes obedecia a fé” (At 6,
7). “As Igrejas gozavam de paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Elas
se edificavam no temor do Senhor, repletas da consolação do Espírito
Santo” (At 9, 31).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“No dia seguinte à ascensão de Cristo, a vida dos apóstolos mudou
profundamente. O mestre não se encontrava mais – fisicamente – entre
eles. Por dez dias, até o dia de Pentecostes, eles permaneceram numa
situação, por assim dizer, de espera. ‘E estavam sempre no templo,
bendizendo a Deus’ (Lc 24, 53). Os onze apóstolos, de fato, depois que
Jesus subiu ao céu, tinham voltado para Jerusalém, onde estavam
alojados, todos juntos, numa casa. ‘Entraram na cidade e subiram para
a sala de cima onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e
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André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão
Zelota e Judas, filho de Tiago. Todos eles perseveravam na oração em
comum, junto com algumas mulheres – entre elas Maria, Mãe de Jesus –
e com os irmãos dele’ (At 1, 13-14).
Nesses primeiros dias, a comunidade cristã não faz outra coisa:
está toda concentrada na oração, em casa e no templo. E as colunas
dessa Igreja primitiva são substancialmente duas: Maria, a mãe de
Jesus, e Pedro, que o Senhor mesmo havia designado para guiar os
discípulos.
Passaram-se ainda alguns dias e aconteceu a solenidade de
Pentecostes. Quase certamente Pedro, Maria e os apóstolos se dirigiam,
como, aliás, também nos outros dias, ao templo. Esse fenômeno
extraordinário de Pentecostes desconcertou não somente a multidão
daqueles que acorreram, mas também os apóstolos. Certamente foi
uma sensação estranha e misteriosa para Pedro ver a si mesmo quase
arrebatado em êxtase e pronunciando palavras e frases em línguas para
ele totalmente desconhecidas.
Um acontecimento miraculoso, portanto, que não deixou de
suscitar ceticismo e ironia entre os presentes: ‘Outros zombavam deles
e diziam: estão bêbados de vinho doce’, ao que Pedro, de pé, levantou a
voz e falou à multidão: ‘Homens da Judeia e todos vós que residis em
Jerusalém, seja do vosso conhecimento o que vou dizer. Escutai-me com
toda a atenção’. ‘Está acontecendo o que foi anunciado pelo profeta Joel’
(At 2, 14-21); “Homens de Israel, ouvi estas palavras!’, ‘De fato, é a
respeito de Jesus, o Nazareu, que diz Davi’ (At 2, 22-36)... Que todo o
povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e
Cristo a este Jesus que vós crucificastes!’.
Quando ouviram isto, ficaram com o coração compungido e
perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, que devemos
fazer?’. Pedro, agora já consciente de sua autoridade, respondeu:
‘Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo,
para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom do Espírito
Santo. Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles
que estão longe, todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar’. Com
muitas outras palavras ainda, Pedro dava testemunho e os exortava,
dizendo: ‘Salvai-vos desta geração perversa!’. Os que aceitaram as
palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, foram
acrescentadas mais ou menos três mil pessoas.
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Dessa maneira, portanto, a comunidade primitiva se expandia e se
consolidava. A Igreja apostólica não se propunha a mudar os preceitos
judaicos, mas renovar o espírito, recuperando o ardor religioso original
de Abraão e de todos os patriarcas e profetas. Um verdadeiro espírito
de comunidade cristã, caracterizado pelo ensinamento de Jesus e pelo
seu exemplo de simplicidade e de confiança em Deus. O que mais
impressiona em Pedro, agora, é sua extrema franqueza, coragem e
autoridade.
A pregação dos apóstolos estava perfeitamente de acordo com o
ensinamento de Moisés e as profecias de Davi e de Isaías. O puro
judaísmo, restaurado na sua integridade original e purificado das suas
incrustações sucessivas, era justamente aquele, ensinado e vivido por
Pedro e pelos cristãos.
A maioria dos judeus, no entanto, sobretudo nas poderosas elites
clericais, via nos seguidores do Messias nada mais que arrogantes
rebeldes, loucos e exaltados, perigosos perturbadores da ordem pública
e dos costumes sociais e religiosos.
As autoridades do sinédrio, gozando do poder jurídico e penal
concedido pelo governo de Roma, passaram à ação desencadeando uma
verdadeira e própria perseguição, que devia eliminar fisicamente essa
nova seita. Entre as vítimas mais ilustres, Estêvão, o primeiro mártir da
Igreja de Cristo, foi apedrejado por aprovação também de Saulo, o
futuro São Paulo, também mártir e coluna da Igreja.

iii) Para partilhar


“Mas vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação
santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as
excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz
maravilhosa, vós que outrora não éreis povo, mas agora sois o Povo de
Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes
misericórdia” (1 Pd 2, 9-10).
Deus nos quer todos juntos, todos irmãos: Pedro levou ao mundo a
palavra do Mestre Jesus. Queria que todos conhecessem o Senhor e a ele
se achegassem. Pedro entendia que era chegada a hora de sermos povo
de Deus.
 Somos Igreja, Paróquia São Pedro. Como batizados exercemos um
sacerdócio régio. O que entendemos por sacerdócio régio?

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 O que é ser Igreja? Nossa vida está envolvida com a nossa
comunidade cristã paroquial? Como vivemos a nossa unidade
paroquial?
iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Para o próximo dia 29 do mês, vamos em procissão para a Igreja
matriz levando conosco a imagem do padroeiro do nosso setor.
Celebremos em unidade a missa votiva em honra a São Pedro e
recebamos uma bênção para nossas famílias. (29 de agosto às 19
horas na matriz de são Pedro)
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

9. OS PRIMÓRDIOS DA COMUNIDADE CRISTÃ: A RELAÇÃO COM OS PAGÃOS

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico
i) Palavra de Deus
“Pedro estava ainda falando estas coisas, quando o Espírito Santo
desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da
circuncisão, que vieram com Pedro, ficaram estupefatos ao ver que
também sobre os gentios se derramara o dom do Espírito Santo, pois
ouviam-nos falar em línguas e engrandecer a Deus. Então disse Pedro:
‘Poderia alguém recusar a água do batismo para estes, que receberam
o Espírito Santo assim como nós?’. E determinou que fossem batizados
em nome de Jesus Cristo” (At 10, 44-48).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“A dispersão de muitos cristãos na região da Samaria, causada pela
citada perseguição, abriu providencialmente um novo campo de
evangelização. Entretanto, em Jerusalém se espalhou a voz de um fato
desconcertante: o rabino fariseu Saulo, conhecido de todos, como
violento perseguidor dos cristãos, tinha se tornado também ele cristão,
e agora se fazia chamar de Paulo, tendo pregado, corajosamente, em
nome de Jesus na cidade de Damasco.
Provavelmente, Pedro já tinha visto Saulo em outras ocasiões:
certamente durante o apedrejamento de Estêvão e nas vezes em que foi
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convocado com os outros apóstolos no Sinédrio. E devia ser para ele
realmente extraordinário vê-lo diante de si, humilde e submisso.
Temos, porém, de acreditar que, depois de ter superado a natural
suspeita inicial, Pedro, começando a conversar pela primeira vez com
Paulo, tenha se sentido em grande sintonia com ele: ambos
ardentemente enamorados de Deus, ambos sinceros buscadores da
verdade, ambos zelosos da autêntica e original fé de Israel. Até seu
martírio comum em Roma, cerca de trinta anos depois, Pedro e Paulo
permanecerão ligados por uma amizade muito profunda: não faltarão,
certamente, entre esses dois gigantes espirituais, homens ardentes de
Espírito, nobres discussões e afrontas, mas permanecerão sempre
unidos, mesmo depois da morte, na trilha comum da fé.
Será sobretudo Paulo que se vai distinguir como infatigável
evangelizador das gentes. Mas também Pedro começava as suas
primeiras breves viagens missionárias. Os Atos dos Apóstolos
mencionam, depois da missão na Samaria, uma viagem nas cidades
judaicas de Lida e Jope.
Em Jope, aconteceu um fato de importância fundamental para a
evolução da consciência religiosa de Pedro e para a mesma formação do
cristianismo: uma visão mostrava-lhe um cenário onde se
apresentavam todos os quadrúpedes e répteis da terra, e as aves do céu,
enquanto uma voz lhe dizia: ‘Levanta-te, Pedro, imola e come’; sucedeu-
lhe isso por três vezes. Antes que entendesse o significado da visão,
Pedro foi visitado pelos homens enviados por Cornélio, um centurião
romano que vivia em Cesareia, e orientado pelo mesmo Espírito da
visão: ‘Desce, pois, e vai com eles sem hesitação, porque fui eu que os
enviei’.
Cesareia era uma cidade eminentemente pagã; Cornélio e sua
família eram pagãos. Pedro sabia muito bem que, segundo a Lei de
Moisés, um judeu deve se abster do contato com tudo aquilo que é
impuro, inclusive as pessoas pagãs: não é lícito, portanto, hospedar-se
nas casas deles ou comer junto com eles. Era um modo de preservar os
judeus de se contaminar com os usos, muitas vezes imorais e
irreligiosos, dos idólatras.
Pedro estava consciente de tudo isto, mas começou a
compreender que embora as observâncias rituais não sejam em si
erradas ou lamentáveis, é todavia errado e lamentável dedicar tempo e
energia a elas e por causa delas esquecer-se das coisas realmente
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importantes: o cuidado da própria alma, o amor para com Deus e para
com o próximo, a luta contra os vícios, os egoísmos e as paixões que
corrompem o coração do homem.
De repente tudo lhe pareceu claro: ‘Vós bem sabeis que a um judeu
é proibido relacionar-se com um estrangeiro ou entrar em sua casa. Ora,
Deus me mostrou que não se deve dizer que algum homem é profano
ou impuro. Por isso, logo que me mandaste chamar, eu vim sem hesitar’.
Pedro estava ainda falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos
os que ouviam a Palavra e ‘os fiéis que eram da circuncisão, que vieram
com Pedro, ficaram estupefatos ao ver que também sobre os gentios se
derramara o dom do Espírito Santo, pois ouviam-nos falar em línguas e
engrandecer a Deus’ (At 10, 1-48).
Para Pedro, Cornélio não era nem um respeitável centurião nem
um romano pagão: era simplesmente um homem temente a Deus e,
portanto, aceito por Deus. Esse foi o começo da missão cristã entre os
povos, posto que ‘logo, também aos gentios, Deus concedeu o
arrependimento que conduz à vida’ (At 11, 18).

iii) Para partilhar


Anunciar aos confins da terra: Pedro anunciava a palavra de Deus
por toda a terra. Anunciava com amor, com obras e palavras. Foi
perseguido, mas não se entregou. Anunciava que Jesus desceu dos céus,
se tornou humano, era o filho de Deus vindo a nós por amor à
humanidade. Dizia Pedro: ‘Que a graça e a paz aumentem em vós, cada
vez mais, pelo conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, nosso Senhor’
(2 Pd 1-2).
 Como temos anunciado a Palavra de Deus em nossa vida, na família
e na comunidade? (gestos concretos)
 Temos acolhido as pessoas que encontramos em nossa vida? As
vezes algumas ações nossas ainda nos colocam em atitudes de
preconceito, intolerância, discriminação, etc. Nossas atitudes de
acolhimento demonstram ser gestos de inclusão ou exclusão?
 Pensemos nas atitudes de Jesus: as nossas estão se assemelhando às
Dele? Ou ainda falta muito?

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
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Devemos lutar diariamente contra os vícios, os egoísmos e as
paixões que corrompem o coração do homem. Nos empenharmos ao
cuidado da própria alma, ao amor para com Deus e para com o próximo.
Anunciar a Deus primeiramente com nossas vidas, e se necessário com
palavras. Façamos um exame de consciência e busquemos nos
reconciliar com Deus, confiando em sua misericórdia. Procurar fazer
uma boa confissão.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

10. NOS PASSOS DE PEDRO

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Aqueles que haviam sido dispersos desde a tribulação que
sobreviera por causa de Estêvão, espalharam-se até a Fenícia, Chipre e
Antioquia, não anunciando a ninguém a Palavra, senão somente a
judeus. Havia entre eles, porém, alguns cipriotas e cireneus. Estes,
chegando a Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a
Boa Nova do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e grande
foi o número daqueles que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor”.
“E foi em Antioquia que os discípulos, pela primeira vez, receberam o
nome de ‘cristãos’” (At 11, 19-21.26).
“O Rei Herodes começou a tomar medidas visando a maltratar
alguns membros da Igreja. Assim, mandou matar à espada Tiago, irmão
de João. E, vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender
também Pedro”. “Entretanto, a palavra de Deus crescia e se
multiplicava” (At 12, 1-3.24).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


“Bem depressa Pedro deverá se encontrar com os problemas,
quase desconhecidos deles, da conversão dos pagãos. Até então, os
cristãos eram quase todos judeus, circuncisos, descendentes de Abraão
e de Moisés (com a escandalosa exceção do centurião Cornélio e sua
família). Mas de Antioquia, cidade da Síria profundamente helenizada e

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em sua maioria pagã, chegavam os primeiros sinais de uma crise no
método missionário.
De início, há uma perseguição de Herodes a alguns membros da
Igreja, que fez matar à espada Tiago, irmão de João, amigo de infância
de Pedro, companheiro de pesca no lago de Genesaré; tinham vivido
lado a lado como discípulos de Cristo por mais de dez anos, e agora
Pedro o via levado pelos soldados para o suplício. Uma dor enorme para
Pedro.
Vendo que isso agradava aos judeus, Herodes mandou prender
também a Pedro, mas este foi libertado miraculosamente, pelo Anjo do
Senhor (At 12, 1-17). Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja
orava continuamente a Deus por ele. Depois de libertado, Paulo e
Barnabé levam-no consigo na missão em Antioquia.
Enquanto isso, em Jerusalém se espalha a voz de que os discípulos
começam a se descuidar de aspectos fundamentais da lei mosaica, como
a circuncisão e a distinção entre alimentos puros e impuros. Isso
provocou muita confusão; então os apóstolos e os anciãos reuniram-se
colegiadamente (o Concílio de Jerusalém), sob a autoridade final e
determinante de Pedro, para discutir sobre o assunto (At 15, 1-11).
Assim, restou definida de maneira explícita a não obrigatoriedade
da observância da Lei mosaica, estabelecendo um mínimo de
observância moral (‘Evitar o que está contaminado pelos ídolos, as
uniões ilícitas, comer carne de animais sufocados e o uso do sangue’,
conforme At 15,20). Quanto ao mais, era preciso dedicar o próprio
tempo e as próprias energias não a mil detalhes rituais, mas a purificar
a própria alma das paixões, do egoísmo e do apego. Assim, Pedro
reconhece, para todos os efeitos, o valor da fé e da pureza de coração
independentemente da Lei (tanto no caso de Cornélio, quanto no caso
do Concílio de Jerusalém).
A presença de Pedro em Antioquia teve, na história da Igreja, uma
grande relevância. Desde o início, são recordadas como principais e
tradicionais sedes do apóstolo, fora de Israel, Antioquia e Roma. Pedro
teve provavelmente em Antioquia, pela primeira vez, a ocasião de ver
de perto uma sociedade pagã não mais somente em algum centro
menor de província, mas no mesmo coração do helenismo. Com certeza
ficou tristemente impressionado com os traços característicos de todas
as sociedades metropolitanas decadentes e ateias: consumismo e
agitação comercial, imoralidade nas roupas femininas e nos
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relacionamentos entre os sexos, libertinagem e prostituição,
superficialidade dos valores e desorientação ética e espiritual. Ao
mesmo tempo, porém, dentro desse vazio religioso e dessa falta de
pontos de referência, Pedro pôde observar uma insatisfação de fundo,
uma inquietude, uma procura de verdade: viu-o, sobretudo, quando foi
levado à comunidade cristã local, fundada poucos anos antes por Paulo
e Barnabé. Agora Pedro começava a compreender verdadeiramente
que Deus ama os pagãos tanto quanto ama os judeus, embora a tradição
da Igreja seja unânime em atestar que Pedro pregou o Cristo para os
judeus, enquanto a Paulo foi confiada a evangelização dos pagãos.
Desse momento em diante, os dados históricos sobre a vida de
Pedro são muito exíguos. Além da sua permanência e martírio em
Roma, não sabemos mais nada. Dante diz muito bem, referindo-se a
Pedro e Paulo, que eles viajavam magros e descalços, tomando alimento
em qualquer albergue. Acompanhado por poucos aventureiros homens
de fé, Pedro provavelmente não levava quase nada consigo: talvez
somente algum objeto pertencente ao Senhor, talvez algum papiro com
algumas passagens ou livros inteiros da Bíblia em hebraico ou em
grego. Paravam para dormir sob as árvores nos campos, ou em alguma
gruta da montanha, ou em albergues espartanos. Quando ele se
encontrava só e meditava, talvez percorrendo os lugarejos isolados,
chorava amargamente quando lhe vinha a recordação de como tinha
renegado o Senhor, de tal modo que o seu rosto ficava regado de
lágrimas. Toda noite, quando ouvia o canto de algum galo, Pedro se
levantava e se punha em oração e de novo as lágrimas brotavam
copiosas dos seus olhos.
Em Roma, a tragédia da crudelíssima perseguição de Nero foi para
a jovem comunidade cristã um suceder de lutos, trazendo consternação
e dúvida espiritual, e fazendo nascer a necessidade urgente de refletir
sobre o acontecido. Por isso, Pedro escreve sua Carta, dirigindo-se à
comunidade cristã, para edificação e exortação de todos os fiéis. Essas
breves exortações concernentes aos pastores da Igreja e à vida de
família não são para Pedro um simples programa social, mas a
consequência concreta da visão cristã do mundo, da sua dimensão
espiritual e transcendente que permeia todo e cada gesto da vida
cotidiana.

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iii) Para partilhar
“O fim de todas as coisas está próximo. Levai, pois, vida de
autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração. Acima de tudo,
cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma
multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para com os outros, sem
murmurar. Todos vós, conforme o dom que cada um recebeu,
consagrai-vos ao serviço uns dos outros, como bons dispenseiros da
multiforme graça de Deus” (1 Pd 4, 7-10).
Deus nos salva e nos liberta: Jesus veio ao mundo para trazer
libertação. Ele libertou-nos do pecado e nos fez participantes do reino
do Pai. Pedro seguiu o exemplo de Jesus e espalhou aos povos o ideal da
caridade e da ajuda, mostrando que Deus é o pastor que nos guia.
‘Porque vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora vos
convertestes ao pastor e bispo de vossas almas’ (1 Pd 2, 25).
 Quais os momentos mais difíceis que você já passou? Como foi sua
experiencia com Deus?
 Você é capaz de sentir a presença de Deus nos momentos mais
críticos de sua vida? E nos mais serenos?

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Deus está presente em todos nós. Reconhecer Deus no próximo é
reconhecer o amor de Deus por nós. Amar o próximo é amar a Deus. A
caridade com os irmãos mais necessitados é a expressão do amor
divino. Ajude com alimentos, roupas ou dinheiro, generosamente,
conforme seus recursos, um irmão que necessita.
“A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna;
é também uma prática que agrada a Deus.” (CIC, 2462)
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

11. DETENÇÃO E MARTÍRIO NO VATICANO

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

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i) Palavra de Deus
“(...) Jesus perguntou: Pedro tu me amas? Pedro respondeu:
Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo! Disse Jesus: Apascenta
minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem,
tu te cingias e andavas por onde querias; quando fores velho,
estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde não queres’.
Disse isso para indicar com que espécie de morte Pedro daria glória a
Deus. Tendo falado assim, Jesus disse-lhe: ‘Segue-me’” (Jo 21, 17-19).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


Como se deduz da continuação da narração evangélica, Jesus tinha
dito essas palavras a Pedro tomando-o consigo, à parte, e caminhando
com ele pela praia do lago. Naquele colóquio tão íntimo e, no entanto,
lapidar, Jesus dirigiu a Simão também algumas palavras misteriosas,
pede-lhe para cuidar do rebanho, e também lhe dá a entender com que
morte Pedro iria glorificar a Deus. Pedro ouve forte o chamado do
Senhor: ‘Segue-me’.
Uma tradição historicamente digna de fé e atestada desde tempos
muito antigos diz que a autoridade imperial mandou prender Pedro e
Paulo e os encerrou no Cárcere Marmetino. Na escuridão úmida da cela,
com tornozelos apertados por pesadas cadeias, com o estômago doendo
por causa da fome, Pedro compreende que a sua existência terrena está
rapidamente se encaminhando para o fim. De joelhos, no piso de pedra
da cela, reza com fervor, tem Jesus na mente, os dias passados com ele
em Cafarnaum, em Betânia, em Jerusalém, a enorme e radical mudança
da sua vida, o nascimento da nova comunidade crente e todas as
vicissitudes até aquele dia.
Decide escrever ainda uma carta, uma espécie de testamento
espiritual, não mais dirigida a destinatários específicos, mas a toda a
cristandade. ‘Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo’ (2 Pd 1,1).
O afastamento da terra de Israel, a nova vida em meio aos pagãos, a
progressiva separação dos cristãos dos judeus, tudo isso não prejudicou
minimamente o amor, a veneração e a fé de Pedro em relação à Torá e
às Sagradas Escrituras judaicas. Está em Roma, escreve em grego, mas
os santos profetas judeus permanecem como seu ponto de referência.
Cristo não o afastou do Deus de seus pais; ao contrário, é justamente ele
que lhe fez redescobrir Deus, o Deus de Israel e a verdade da Torá. Jesus

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foi para ele a revelação do rosto de Deus. Graças a Jesus, Pedro
conheceu Deus.
Em seus momentos finais, o apóstolo não pensa em se vingar do
mal sofrido, não quer sequer mudar a sociedade romana, influenciar
sobre a política de Nero, fazer pressão sobre os seus colaboradores.
Pedro já se sente completamente projetado numa dimensão
transcendental e escatológica, na qual toda essa realidade terrena e
social, com todas as suas injustiças e as suas lutas pela justiça, parece
de repente pequena, efêmera e insignificante.
Pedro está como desligado do seu corpo mortal, já velho e
cansado. Quis escrever este seu último testamento espiritual. ‘Sim, creio
ser meu dever, enquanto habitar nesta tenda, despertar a vossa
memória. Estou certo de que em breve será desarmada esta minha
tenda, conforme nosso Senhor Jesus Cristo me tem manifestado’ (2 Pd
1, 13-14). Fechou as contas consigo mesmo e com o mundo. Agora não
lhe resta senão se reunir ao Deus do céu e da terra. Tirando a cabeça da
folha, agora está pronto para enfrentar a morte.
Acontece que dois dos guardas do cárcere, Processo e Martiniano,
foram tocados pela personalidade de Pedro e, falando com ele, seus
olhos se abriram para Deus e quiseram ser batizados na prisão. Os dois
ajudaram-no a fugir; quando, porém, abriram a cadeia que apertava o
tornozelo, viram uma grande ferida, provocada pelo ferro rústico.
Deram-lhe, então, uma faixa para proteger e medicar a ferida. Pedro
saiu do cárcere. Provavelmente era noite, e ele deveria tomar o cuidado
de não ser reconhecido. Segundo a tradição, a faixa que lhe apertava a
ferida no tornozelo teria se soltado por causa da longa caminhada e
seria ainda hoje conservada no lugar onde caiu por terra.
Neste ponto, é provável que ele tenha se encontrado com os seus
discípulos e companheiros de fé, os quais teriam começado a pedir-lhe
que saísse de Roma, porque sabiam que diversamente seria preso e
levado à morte. Pedro já estava cansado, queria voltar para o Senhor,
mas os discípulos lhe diziam: ‘Até quando tiver força, deves ainda servir
ao Senhor’. Ele então, dando ouvidos a estas palavras, se vestiu de
maneira a não poder ser reconhecido e ‘partiu sozinho’. Talvez
começasse a clarear. Não sabemos o que havia no seu coração enquanto
fugia de Roma: certamente, assim salvava a sua vida; assim podia
também continuar a ser útil à Igreja guiando-a e governando-a, embora
de longe. Mas é isto que Deus queria dele? Pedro caminhava e rezava:
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‘Indica-me a estrada que devo seguir’. Nunca tinha perdido sua
profunda humildade e a consciência da sua fragilidade humana.
Enquanto rezava e refletia sobre estas coisas e saía de Roma, viu o
Senhor Jesus que entrava em Roma. Vendo-o, Pedro lhe disse: ‘Senhor,
por que tu estás aqui? Para onde vais (Domine, quo vadis)?’. O Senhor
respondeu a Pedro: ‘Entro em Roma para lá ser crucificado’. Pedro
perguntou ao Senhor: ‘Senhor, serás crucificado novamente?’. O Senhor
respondeu: ‘Sim, Pedro, vão me crucificar novamente’. Pedro então caiu
em si e compreendeu que aquilo que o Senhor lhe dissera: ‘Serei
crucificado novamente’, devia realizar-se nele. Deus lhe reservava a
mais dilacerante e dolorosa das mortes: a morte de cruz. Pedro voltou
para Roma exultando e louvando o Senhor.
Pedro, portanto, retornando para junto dos seus discípulos, disse-
lhes que queria enfrentar a morte, seguindo o exemplo de Cristo. Pedro
falava assim e todos os irmãos choravam, quando quatro soldados o
agarraram e o conduziram ao prefeito Agripa, o qual, por causa da sua
mórbida paixão, ordenou que fosse crucificado por ateísmo.
Depois disto, os soldados tomaram Pedro e, quando chegaram ao
lugar da crucificação, na colina do Vaticano, o bem-aventurado lhes
disse: ‘Não sou digno de ser crucificado como o meu Senhor, a minha
cruz deve ser plantada com a cabeça para baixo, a fim de que eu dirija
os meus pés para o céu’. Eles então viraram a cruz e pregaram os pés no
alto. E Pedro, elevando os olhos para Deus, disse: ‘Eu te agradeço, ó bom
Pastor, porque me julgaste digno desta hora. Ó nome da cruz, mistério
arcano! Ó graça inefável que direi sobre a cruz! Ó mistério escondido
desde o princípio e que agora se manifestou por meio do corpo do meu
Salvador! Possa eu agora ser digno de caminhar para ti, pois chegou o
tempo. Ó cruz santa, desde o princípio escondida no meu coração! E vós,
que acreditastes na cruz de Cristo, fazei que a cruz não seja para vós
somente uma imagem. Ouvi, vós que sabeis ouvir. Estou na minha
última hora’.
Depois, foi levantado pelos soldados e pregado na cruz, com a
cabeça para baixo. Estraçalhado por dores lancinantes, com o rosto e os
cabelos inundados pelo sangue de todo o corpo, já no fim da vida, teve
ainda a força de dizer as suas últimas palavras: ‘Ó Palavra de Vida... eu
te agradeço os lábios pregados... agradeço-te, ó Rei, com aquela voz que
é compreendida pelo silêncio... que não está escrita em livros e não
pertence a uns com exclusão dos outros. É com esta voz, ó Jesus Cristo,
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que eu te agradeço, com o silêncio desta voz com a qual o Espírito que
está em mim te ama, te fala, te vê, te suplica. Tu és compreensível
somente através do Espírito, tu és para mim um pai, tu és para mim uma
mãe, tu és para mim um irmão, um amigo, um servo, um patrão, tu és o
tudo, e o tudo está em ti, tu és o ser e não existe outro além de ti. Assim
seja’. O amém que sai da boca de Pedro ecoa nas bocas dos discípulos. E
Pedro entregou o espírito ao Senhor.
A tradição diz que no mesmo dia, em Roma, foi martirizado
também São Paulo, decapitado a três milhas da cidade. “Roma feliz,
tornada cor de púrpura e estes heróis no sangue tão fecundo, não por teus
méritos, mas por estes santos, que golpeaste com a cruz e a espada, em
formosura excedes todo o mundo” (Liturgia das Horas, dia 29 de junho,
nas Segundas Vésperas).

iii) Para partilhar


“Amados, não vos alarmeis com o incêndio que lavra entre vós,
para a vossa provação, como se algo de estranho vos acontecesse; antes,
à medida que participais dos sofrimentos de Cristo, alegrai-vos, para
que também na revelação da sua glória possais ter alegria
transbordante. Bem-aventurados sois, se sofreis injúrias por causa do
nome de Cristo, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa
sobre vós. Mas ninguém dentre vós queira sofrer como assassino ou
ladrão, ou malfeitor ou como delator, mas, se sofre como cristão, não se
envergonhe, antes glorifique a Deus por esse nome. Com efeito, é tempo
de começar o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós,
qual será o fim dos que se recusam a crer na Boa Nova de Deus? Se o
justo com dificuldade consegue salvar-se, em que situação ficará o
ímpio e pecador? Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus
confiam suas almas ao fiel Criador, dedicando-se à prática do bem” (1
Pd 4, 12-19).
Dar a vida a Deus: Pedro conheceu Jesus, se apaixonou por seu
projeto e deu a vida por este. Deu a vida pelo ideal da salvação. Deu seu
sangue para anunciar às pessoas quão maravilhoso é Deus.
 Como estamos entregando nossa vida a Deus? Nossa caminhada
paroquial nos conduz a Cristo? Morremos todos os dias para o
mundo afim de nascermos para Deus?
 Se hoje passássemos por perseguições cruéis, daríamos também
nossa vida por Cristo?
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 Qual é a nossa reação diante das situações de injustiças e de morte
quando nos deparamos com a difícil realidade das pessoas (em
situação de rua, alcoolismo, droga, etc) que estão desfavorecidas de
qualquer sorte? Ficamos indiferentes ou nos sentimos impelidos a
alguma ação concreta em transformar esta situação desumana?

iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Combinarmos um dia para assistirmos em comunidade o filme de
São Pedro: “Quo Vadis Domine? Para onde vais Senhor?” Pode ser um
dia no salão da Igreja matriz de nossa paroquia.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

12. EDIFICAÇÃO DA FÉ DE PEDRO

• Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


• Cântico

i) Palavra de Deus
“Depois da ceia, quando lavou os pés dos apóstolos, Jesus dirigiu-
se a Pedro: ‘Simão, Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos,
como se faz com o trigo. Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não
desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos’ (Lc 22, 31-
32). Simão Pedro perguntou: ‘Senhor, para onde vais? Jesus respondeu-
lhe: Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me
seguirás’. Pedro disse: ‘Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu
darei minha vida por ti’! Jesus respondeu: ‘Darás tua vida por mim? Em
verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas
negado três vezes (Jo 13,34-38).

ii) Citação sobre a vida de Pedro


Logo no início de sua vida pública, Jesus estava só, caminhado
pelas margens do lago de Genesaré, quando viu dois pescadores, Simão
e André, lançando as suas redes para pescar. Aproximou-se e disse-lhes:

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‘Sigam-me e eu os farei pescadores de homens!’. Abandonando suas
redes, imediatamente os dois o seguiram (Mt 4, 18-20).
Pedro mal conhecia aquele mestre, com o qual, dias antes, havia
conversado apenas uma vez (Jo, 1, 35-44). Daí a pergunta: que força
misteriosa teria ele visto naquela palavra ‘siga-me’, para obedecer com
tanta prontidão? E que teria pensado daquela promessa tão estranha:
‘eu o farei pescador de homens’? Nada perguntou, e nada discutiu.
Simplesmente abandonou as suas redes, e obedeceu.
Ao chamar aquele pescador com uma palavra que já levava um
tom de ordem a ser cumprida, Deus mostrava ao futuro apóstolo o
plano que a sua misericórdia traçara a respeito dele: ‘eu o farei
pescador de homens’.
Desse plano de misericórdia o mestre falou pouco tempo depois a
Simão. ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’. Simão Pedro, respondendo,
disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’ (Mt 16, 15-16). Uma
profissão de fé firme e sincera, à qual o Mestre respondeu, revelando o
seu plano a respeito do discípulo: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho
de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim
meu Pai que estás nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei minha Igreja’. ‘Eu te darei as chaves do Reino dos
Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na
terra será desligado nos céus’ (Mt 16, 17-19).
Quem diria! O pescador humilde de Betsaida, frágil e pecador,
investido de uma dignidade e de um poder superior ao de qualquer rei
ou imperador! A desproporção e o contraste eram tais que Pedro não
podia fazer outra coisa senão acolher na fé, quase sem sequer refletir e
compreender, esta investidura suprema. Um pobre pescador escolhido
para ser o chefe dos apóstolos, e a primeira pedra da Igreja. Com a sua
humildade, Pedro soube agradecer o Mestre, consagrando-lhe toda a
vida, com o suor do seu apostolado e com o sangue do próprio martírio.
A tradição cristã antiga, tanto no Oriente como no Ocidente, foi
praticamente unânime em ver nestas palavras de Jesus a definição de
um papel de absoluta superioridade de Pedro dentro do colégio
apostólico. Um hino bizantino antigo chama Pedro de ‘príncipe dos
gloriosos apóstolos e pedra da fé’, e diz: ‘Tu foste justamente
proclamado a pedra, na qual o Senhor estabeleceu a fé como
indestrutível, constituindo-te pastor supremo das ovelhas espirituais’.

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Ao ouvir a palavra do mestre que o chamava, Pedro não duvidou
um só momento. Abandonou as suas redes e, com toda coragem, saiu ao
encontro da promessa misteriosa. No entanto, sabemos que Pedro foi
sempre um tipo curioso em sua instabilidade e contradições. Impetuoso
muitas vezes, não raro deixava-se dominar pelo medo e indecisão,
acovardando-se quando ameaçado por algum perigo. Muitas vezes rude
e teimoso em suas próprias opiniões, delas desfazia-se às vezes com
estranha facilidade. Ingênuo e até infantil, mas firme e franco em sua
sinceridade. Sempre, em toda parte, o homem que pensava em voz alta
por si e por seus colegas, mas que na última ceia, pede sorrateiramente
ao discípulo amado para questionar o mestre sobre o traidor, temeroso
de possível represália. Tíbio ao negar o Cristo e fugir da sua Paixão, mas
obediente até a morte de cruz.
Mas apesar de todas essas falhas e fraquezas, ele sempre se
distinguiu por sua fidelidade e dedicação ao mestre, virtudes que foram
se edificando na alma de Pedro no seu caminho de santificação. O mais
humano dos apóstolos é um modelo para o cristão quando, interrogado
por Jesus se também gostaria de ir embora, ele diz de pronto: ‘A quem
iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos
firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus’ (Jo 6, 66-69).
Pedro se fez intérprete de todos os apóstolos, como veremos em
muitas outras ocasiões. É claro que eles o viam como seu porta-voz. E
as palavras de Pedro expressam bem o seu caráter: nobremente
impetuoso, corajoso, com aquela coragem que tem aquele que ama com
um amor transbordante. ‘Tu és o Santo de Deus’: Pedro ousou gritar-lhe
diante de todos. Uma frase que para os judeus podia soar quase como
uma blasfêmia, porque significava claramente: ‘Tu não és simplesmente
um homem, tu tens alguma coisa de divino’.
Na passagem em que Jesus é visto pelos discípulos andando sobre
o mar, enquanto todos gritam assustados: ‘É um fantasma’, Pedro, à
simples resposta de Jesus: ‘Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!’,
responde-lhe: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água’. Ao ‘Vem!’ de Jesus, Pedro desceu do barco e
começou a andar sobre a água, em direção ao mestre. Mas, sentindo o
vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-
me!’.
Vemos neste episódio a grande fé de Pedro acompanhada de uma
humanidade profunda. Ele se lança no seu ardor de fé, mas depois
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vacila, duvida, afunda e grita: ‘Senhor, salva-me!’. E se prostra a seus
pés, exclamando, desta vez não mais sozinho: ‘Verdadeiramente, tu és
o Filho de Deus’. Dizer ‘Filho de Deus’ é uma blasfêmia para o judaísmo,
um sacrilégio terrível. Mas Pedro começa a compreender que aqui não
se trata de um homem que se atribui impiamente qualidades divinas,
mas se trata do mesmo Deus que se fez homem – hipótese corajosa e
inquietante.
No entanto, apesar de toda a sua fidelidade, Pedro teve de
passar por momentos críticos, provas difíceis para a sua
sinceridade e dedicação. E foi este caminho que o levou de uma
margem à outra na travessia da salvação, transformando o
‘discípulo que aprendia’ no ‘mestre que ensinava’.
É certo que Pedro fugiu no momento da prisão de Jesus,
acompanhando seu julgamento de longe, e que até a crucificação negou-
lhe por três vezes, mas ao final da vida, podendo fugir de Roma e salvar-
se, seguiu obediente a ordem do mestre e caminhou com honra até o
martírio pela cruz, à qual pediu fosse pregado de cabeça para baixo, por
não se achar digno de morrer como o seu Senhor.
Aquele pescador simples do começo da vida pública de Jesus, mas
judeu observante e sedento de Deus, encontrou em Jesus aquela fonte
de onde brota rios de água viva. Salta logo aos olhos a diferença entre o
estilo das palavras de Pedro durante a vida com Jesus, um estilo
submisso, humilde, de uma simplicidade e de um entusiasmo quase
infantis, e, ao contrário, o estilo de um Pedro não só mais pupilo do
Cristo, mas também agora pastor responsável da Igreja nascente: um
estilo sério, respeitável e solene.
Um dia, depois de morto o seu salvador, indo ao templo para a
oração das três da tarde, Pedro encontra aquele coxo de nascença, que
vinha sendo carregado e que todos os dias ia ali para pedir esmolas. E
Pedro então lhe diz: ‘Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te
dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-se e anda!’. E
tomando-o pela mão direita, Pedro o levantou; na mesma hora, os
tornozelos do homem ficaram firmes (At 3, 1-7).
‘Não tenho ouro nem prata’: Pedro era tão pobre que não tinha
nem um pouco de dinheiro para dar esmola. Com uma palavra Pedro
lhe havia oferecido, porém, um dom precioso: diante da mão estendida
daquele homem, oferece-lhe primeiro, como riqueza, a alegria de ser
pobre. Diz: ‘não tenho ouro nem prata’. De repente lhe propõe a pobreza
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como título de glória e de honra. ‘Não tenho ouro nem prata: abandonei
o mundo que passa. Possuía redes com as quais pescava. Abandonei-as
e agora possuo somente a esperança da fé’ (Romano, o Melódico.
Hymni, LV, 12).
A edificação da fé de Pedro é o símbolo da conversão que deve
nortear todos os dias do cristão. Em toda a sua vida e martírio realizou-
se nele aquela saudação de sua Epístola aos estrangeiros da dispersão:
‘eleito, segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito,
para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu
sangue’. Pedro foi por Cristo ‘gerado de novo’ e, contristado por
diversas provações, como filho obediente, tornou-se santo como é santo
aquele que o chamou.

iii) Para partilhar


“Do mesmo modo, vós, jovens, sujeitai-vos aos anciãos. Revesti-
vos todos de humildade em vossas relações mútuas, porque Deus
resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. Humilhai-vos sob
a poderosa mão de Deus, para que na ocasião própria vos exalte; lançai
nele toda a vossa preocupação, porque é ele que cuida de vós. Sede
sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia
como leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé,
sabendo que a mesma espécie de sofrimento atinge os vossos irmãos
espalhados pelo mundo. Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de
toda a graça, aquele que vos chamou para sua glória eterna em Cristo,
vos restaurará, vos firmará, vos fortalecerá e vos tornará inabaláveis. A
ele seja todo o poder pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Pd 5, 5-11).

 Temos muito de Pedro em nós. Hora somos decisivos em seguir, hora


abandonamos o barco. Partilhemos um pouco sobre esse
temperamento que também se faz presente em nossa vida. Temos
consciência de nossas fragilidades? As entregamos a Jesus, falando
sobre elas?
 A partir dessas fragilidades, buscamos forças em Deus? Pedimos a
constância, perseverança a Deus? Nos esforçamos para segui-Lo?
Vivemos em constante conversão a Deus?
 O que estes encontros sobre a vida de São Pedro acrescentaram em
nossa vida? Serviu para nos ajudar no crescimento da fé?

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iv) Oração jubilar p. 10

v) Ação
Pedro foi a primeira pedra, à qual Jesus confiou a sua Igreja. A
Igreja que somos todos nós. Por isso, devemos amá-la e darmos o nosso
melhor, pois somos uma grande família em Cristo. O que você tem feito
de concreto? Se ainda não participa de uma pastoral, esse é o momento
de se decidir! Compreende a importância de ser um dizimista? Você
compreende as dimensões Religiosa, Social e Missionária do dízimo?
Você conhece a sua Igreja? Estuda o Catecismo da Igreja Católica?
Conhece os santos e santas e suas histórias? Já colaborou com a obra da
nova Igreja Matriz de São Pedro que está sendo realizada? Você é um
verdadeiro cristão católico ou apenas quando lhe convêm? Sigamos o
exemplo de Pedro e sejamos verdadeiros mártires de Cristo.
Lembrar a data e horário da próxima missa e a escolha da casa
para rezarmos juntos.

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NOVENÁRIO
20 A 28 DE JUNHO

1. PRIMEIRO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.
OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

O SIM A DEUS
LEITOR 1: Do Santo Evangelho segundo Mateus: Estando Jesus a
caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado
Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, pois eram
pescadores. Disse-lhes: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.
Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram (Mt 4, 18-20).

LEITOR 2: Pedro é um dos apóstolos de Jesus. Ele é o patrono da Igreja,


exemplo de vida e fé para todos os cristãos. Quando convidado a seguir
Jesus, deixou o barco e redes e tornou-se pescador de homens. Deixou
tudo para unir-se com Jesus. E ele nos diz:

TODOS: “CHEGAI-VOS A ELE, A PEDRA VIVA, REJEITADA, É


VERDADE, PELOS HOMENS, MAS DIANTE DE DEUS ELEITA E
PRECIOSA.” (1Pd 2,4)

LEITOR 1: Simão estava à procura de uma dimensão mais profunda da


existência, queria que Deus se tornasse para ele alguma coisa a mais,
queria sondar mais profundamente a própria alma e o sentido da
própria vida. Mas como fazer? Como encontrar um caminho?

LEITOR 2: O seu dia estava cheio de compromissos: trabalho, mulher,


filhos, parentes. Mas, por volta dos 35 anos, ele conheceu um grande
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pregador da Judeia: João Batista; por ele foi batizado e ouviu falar de
alguém que seria mais forte e o ‘batizaria com o Espírito Santo e com
fogo’. Então, Simão, que aguardava o Messias, encontrou Jesus. Seu
irmão André estava com João Batista quando este saudou Jesus: ‘Eis o
Cordeiro de Deus!’; ouvindo-o falar assim, seguiu Jesus, viu onde ele
morava e permaneceu com ele aquele dia. Depois foi até Simão e lhe
disse: ‘Encontramos o Cristo’, levando-o até ele, que lhe disse: ‘Tu és
Simão, filho de João. Tu te chamarás Cefas’ (que significa Pedro). Foi
assim que Simão pela primeira vez viu com seus olhos Deus feito
homem.

TODOS: Porém, a verdadeira mudança radical na sua vida


aconteceu num dia, quando Jesus, caminhando à beira do mar da
Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão
André. Estavam jogando as redes ao mar, pois eram pescadores.
Jesus disse-lhes: ‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de
homens’. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram.
Sabemos que Pedro deixou tudo, para sempre. Não compreendia
ainda quem realmente era Jesus, mas intuía que era alguém pelo
qual valia a pena se sacrificar: eles levaram os barcos para a
margem, deixaram tudo e seguiram Jesus”.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

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2. SEGUNDO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.
OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

DEUS É NOSSO ALIMENTO


LEITOR 1: Do Santo Evangelho segundo Mateus: Jesus percorria toda a
Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e
curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. Sua fama
espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram
acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem
como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. Seguiam-
no multidões numerosas vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da
Judeia e da Transjordânia (Mt 4, 23-25).
Em seguida, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às
multidões. Todos comeram e ficaram saciados (Mt 14, 19-20).

LEITOR 2: Jesus disse que era o Pão Vivo descido do Céu, que saciava
toda a fome. Pedro fez das palavras e da vida de Cristo seu alimento e
repartiu este pão para com os outros na ânsia de evangelizar. Nos diz
Pedro:

TODOS: “DESEJAI, COMO CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS, O LEITE


NÃO ADULTERADO DA PALAVRA, A FIM DE QUE POR ELE CRESÇAIS
PARA A SALVAÇÃO, JÁ QUE PROVASTES QUE O SENHOR É
BONDOSO.” (1Pd 2, 2-3)

LEITOR 1: Desde o dia em que deixaram os barcos na praia, Pedro,


junto com André, Filipe, João e Tiago, viveu com Jesus. Mesmo tendo um
ponto de referência em Cafarnaum, levavam uma vida errante,
passando de povoado em povoado, comendo daquilo que a Providência
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os fazia encontrar, dormindo ao relento ou hóspedes de alguma alma
piedosa.

TODOS: Pedro não podia mais voltar atrás: não era mais um entre
muitos da multidão que seguia Jesus. Agora era um dos poucos
íntimos. Começava para ele uma vida totalmente nova, para um
futuro desconhecido. Nessa intimidade com Jesus, Pedro ia se
dando conta de que Jesus lhe estava dando o alimento certo, estava
saciando sua fome de uma espiritualidade autêntica e profunda”.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

3. TERCEIRO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

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OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

DEUS NOS QUER TODOS JUNTOS, TODOS IRMÃOS


LEITOR 1: Dos Atos dos Apóstolos: Eles mostravam-se assíduos ao
ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às
orações (At 2, 42).

LEITOR 2: Pedro levou ao mundo a palavra do Mestre Jesus. Queria que


todos conhecessem o Senhor e a ele se achegassem. Pedro entendia que
era chegada a hora de sermos povo de Deus:

TODOS: “MAS VÓS SOIS UMA RAÇA ELEITA, UM SACERDÓCIO REAL,


UMA NAÇÃO SANTA, O POVO DE SUA PARTICULAR PROPRIEDADE,
A FIM DE QUE PROCLAMEIS AS EXCELÊNCIAS DAQUELE QUE VOS
CHAMOU DAS TREVAS PARA SUA LUZ MARAVILHOSA, VÓS QUE
OUTRORA NÃO ÉREIS POVO, MAS AGORA SOIS O POVO DE DEUS,
QUE NÃO TÍNHEIS ALCANÇADO MISERICÓRDIA, MAS AGORA
ALCANÇASTES MISERICÓRDIA” (1 Pd 2, 9-10).

LEITOR 1: Pedro sabia que a novidade da mensagem de Jesus estava no


retorno à integridade e à pureza da lei divina dada a Israel por meio de
Moisés e dos Profetas, purificada de todas as alterações, acréscimos
sucessivos, supressões e acordos feitos por comodidade humana. Jesus
chama a uma aplicação radical da Lei de Deus, sem subterfúgios
hipócritas e os discípulos.

TODOS: Apesar de serem homens normais habituados a trabalhar


para ganhar o pão, a pensar nas necessidades econômicas da
própria família, a comerciar para economizar algum dinheiro,
compreendiam que Jesus os estava chamando para uma opção de
vida radical, para a pobreza radical, para a confiança total em
Deus. É aquilo que Pedro procurava: finalmente um verdadeiro
caminho de introspecção, de trabalho espiritual sobre si mesmo. E
é por isso que, no episódio da Transfiguração no Monte Tabor, sem
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nem saber o que estava dizendo, Pedro propõe ao Senhor: ‘Mestre,
é bom ficarmos aqui, vamos fazer três tendas, uma para ti, outra
para Moisés e outra para Elias’.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

4. QUARTO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

O VERDADEIRO SER CRISTÃO


LEITOR 1: Do Santo Evangelho de São João: Dou-vos um mandamento
novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também

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uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos se
tiverdes amor uns pelos outros. (Jo 13, 34-35)

LEITOR 2: Pedro entendeu o ensinamento de Jesus e foi ao máximo um


verdadeiro cristão. Amou a todos e a todos serviu na busca incessante
de mostrar aos povos que o maior mistério de Deus é o amor. Pedro
dizia:

TODOS: “HONRAI A TODOS, AMAI OS IRMÃOS.” (1Pd 2,17)

LEITOR 1: Em Tiberíades acontece um episódio determinante no


relacionamento entre Cristo e Pedro e para a futura missão petrina. Nas
palavras contidas no diálogo entre Jesus e Pedro após a refeição
(‘Pedro, tu me amas? Apascenta minhas ovelhas’), a tradição da Igreja,
desde os primeiríssimos séculos, viu uma clara enunciação do primado
de Pedro, isto é, da Igreja de Roma.

LEITOR 2: São Cipriano, por exemplo, escreve: ‘[Cristo] sobre um só


edifica a Igreja e a ele ordena que apascente as suas ovelhas. Embora
atribua a todos os apóstolos um poder igual, no entanto, constitui uma
só cátedra e estabelece com a sua autoridade a origem e a motivação
que fundamenta a unidade. Certamente também os outros eram aquilo
que Pedro era, mas o primado é concedido a Pedro.

TODOS: Quem, portanto, abandona a cátedra de Pedro, sobre a


qual está fundamentada a Igreja, como pode pensar que pertence
à Igreja?’. Quanto a Pedro, ele, naquele momento, talvez não se
desse conta do alcance daquelas palavras, mas quem sabe quantas
vezes no futuro lhe soará na mente a voz e o tom daquele ‘Tu me
amas?’.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
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e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

5. QUINTO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

DEUS NOS SALVA E NOS LIBERTA


LEITOR 1: Da Carta de São Pedro: O fim de todas as coisas está próximo.
Levai, pois, vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração.
Acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo, porque o amor
cobre uma multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para com os
outros, sem murmurar. Todos vós, conforme o dom que cada um recebeu,
consagrai-vos ao serviço uns dos outros, como bons dispenseiros da
multiforme graça de Deus” (1 Pd 4, 7-10).

LEITOR 2: Jesus veio ao mundo para trazer libertação. Ele libertou-nos


do pecado e nos fez participantes do reino do Pai. Pedro seguiu o
exemplo de Jesus e espalhou aos povos o ideal da caridade e da ajuda,
mostrando que Deus é o pastor que nos guia.

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TODOS: “POIS ESTÁVEIS DESGARRADOS COMO OVELHAS, MAS
AGORA RETORNASTES AO PASTOR E GUARDA DE VOSSAS ALMAS.”
(1Pd 2, 25).

LEITOR 1: Eis a declaração solene, arrojada, sem meias palavras de


Pedro: ‘Portanto, que todo o povo de Israel reconheça com plena
certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós
crucificastes!’. Quando ouviram isto, ficaram com o coração
compungido e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos,
que devemos fazer?’. Pedro, agora já consciente de sua autoridade,
respondeu:

TODOS: ‘Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de


Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom
do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para
todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor, nosso
Deus, chamar’.

LEITOR 2: Com muitas outras palavras ainda, Pedro dava testemunho


e os exortava, dizendo: ‘Salvai-vos desta geração perversa!’. Os que
aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia,
foram acrescentadas mais ou menos três mil pessoas.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL: Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!
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6. SEXTO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

A MAIOR VIRTUDE
LEITOR 1: Da carta de São Pedro: Por isso mesmo, aplicai toda a
diligência em juntar à vossa fé a virtude, à virtude o conhecimento, ao
conhecimento o autodomínio, ao autodomínio a perseverança, à
perseverança a piedade, à piedade o amor fraterno e ao amor fraterno a
caridade. Com efeito, se possuirdes essas virtudes em abundância, elas
não permitirão que sejais inúteis nem infrutíferos no conhecimento de
nosso Senhor Jesus Cristo. (2Pd 1, 5-8)

LEITOR 2: Pedro prega a caridade e a virtude. Leva ao mundo a ideia


da necessidade de fazer o bem. Ser bondoso é gratificante a nós e a
Deus. Fazer o bem eleva o nosso espírito.

TODOS: “POIS SERÁ MELHOR QUE SOFRAIS – SE ESTA É A VONTADE


DE DEUS – POR PRATICARDES O BEM DO QUE PRATICANDO O
MAL.” (1Pd 3,17)

LEITOR 1: A comunidade primitiva se expandia e se consolidava. Eram


perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão
fraterna, na fração do pão e nas orações (At 2, 42). A Igreja apostólica
não se propunha a mudar os preceitos judaicos, mas renovar o espírito,
recuperando o ardor religioso original de Abraão e de todos os
patriarcas e profetas. Um verdadeiro comunitarismo cristão,
caracterizado pelo ensinamento de Jesus e pelo seu exemplo de
simplicidade e de confiança em Deus.
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TODOS: A edificação da fé de Pedro é o símbolo da conversão que
deve nortear todos os dias do cristão.

LEITOR 2: Em toda a sua vida e martírio realizou-se nele aquela


saudação de sua Epístola aos estrangeiros da dispersão: ‘eleito,
segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito, para
obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu
sangue’.

TODOS: Pedro foi por Cristo ‘gerado de novo’ e, contristado por


diversas provações, como filho obediente, tornou-se santo como é
santo aquele que o chamou.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

7. SÉTIMO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

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OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

PROFESSAR A FÉ
LEITOR 1: Do Santo Evangelho de São João: Porque o Pai a ninguém
julga, mas confiou ao Filho todo julgamento, a fim de que todos honrem o
Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que
o enviou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra
e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem a julgamento,
mas passou da morte à vida. (Jo 5, 22-24)

LEITOR 2: São Pedro acreditou em Deus e seguiu Jesus até os últimos


passos. Assistiu sua condenação e professou que amava Cristo:

TODOS: “POIS NÃO HÁ, DEBAIXO DO CÉU, OUTRO NOME DADO AOS
HOMENS PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS.” (At 4, 12).

LEITOR 1: “Ó nome da cruz, mistério arcano! Ó graça inefável que direi


sobre a cruz! Ó mistério escondido desde o princípio e que agora se
manifestou por meio do corpo do meu Salvador! Possa eu agora ser
digno de caminhar para ti, pois chegou o tempo. Ó cruz santa, desde o
princípio escondida no meu coração! E vós, que acreditastes na cruz de
Cristo, fazei que a cruz na seja para vós somente uma imagem. Ouvi, vós
que sabeis ouvir.

TODOS: Ó Palavra de Vida... eu te agradeço os lábios pregados...


agradeço-te, ó Rei, com aquela voz que é compreendida pelo
silêncio... que não está escrita em livros e não pertence a uns com
exclusão dos outros. É com esta voz, ó Jesus Cristo, que eu te
agradeço, com o silêncio desta voz com a qual o Espírito que está
em mim te ama, te fala, te vê, te suplica. Tu és compreensível
somente através do Espírito, tu és para mim um pai, tu és para mim
uma mãe, tu és para mim um irmão, um amigo, um servo, um
patrão, tu és o tudo, e o tudo está em ti, tu és o ser e não existe
outro além de ti. Assim seja”.
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ORAÇÃO A SÃO PEDRO
Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL: Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

8. OITAVO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso.
Amém!

ANUNCIAR AOS CONFINS DA TERRA


LEITOR 1: Dos Atos dos Apóstolos: Pedro estava ainda falando estas
coisas, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a
Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro,
ficaram estupefatos ao ver que também sobre os gentios se derramara o
dom do Espírito Santo, pois ouviam-nos falar em línguas e engrandecer a
Deus. Então disse Pedro: ‘Poderia alguém recusar a água do batismo para

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estes, que receberam o Espírito Santo assim como nós?’. E determinou que
fossem batizados em nome de Jesus Cristo” (At 10, 44-48).

TODOS: Pedro anunciava a palavra de Deus por toda a terra.


Anunciava com amor, com obras e palavras. Foi perseguido, mas
não se entregou. Anunciava que Jesus desceu dos céus, se tornou
humano, era o filho de Deus vindo a nós por amor à humanidade.
Dizia Pedro:
“GRAÇA E PAZ VOS SEJAM ABUNDANTEMENTE CONCEDIDAS PELO
CONHECIMENTO DE NOSSO SENHOR.” (2 Pd 1-2)

LEITOR 2: As viagens de Pedro para anunciar o Senhor tiveram uma


grande relevância na história da Igreja. Desde o início, são recordadas
como principais e tradicionais sedes do apóstolo, fora de Israel,
Antioquia e Roma. Pedro teve provavelmente em Antioquia, pela
primeira vez, a ocasião de ver de perto uma sociedade pagã não mais
somente em algum centro menor de província, mas no mesmo coração
do helenismo.

TODOS: Com certeza ficou tristemente impressionado com os


traços característicos de todas as sociedades metropolitanas
decadentes e ateias: consumismo e agitação comercial,
imoralidade nas roupas femininas e nos relacionamentos entre os
sexos, libertinagem e prostituição, superficialidade dos valores e
desorientação ética e espiritual.

LEITOR 1: Ao mesmo tempo, porém, dentro desse vazio religioso e


dessa falta de pontos de referência, Pedro pôde observar uma
insatisfação de fundo, uma inquietude, uma procura de verdade: viu-o,
sobretudo, quando foi levado à comunidade cristã local, fundada
poucos anos antes por Paulo e Barnabé.

TODOS: Agora Pedro começava a compreender verdadeiramente


que Deus ama os pagãos tanto quanto ama os judeus, embora a
tradição da Igreja seja unânime em atestar que Pedro pregou o
Cristo para os judeus, enquanto a Paulo foi confiada a
evangelização dos pagãos”.

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ORAÇÃO A SÃO PEDRO
Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL: Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

9. NONO DIA

CEL. Rezemos juntos:


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o
fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.

OREMOS
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

DAR A VIDA POR DEUS


LEITOR 1: Do Santo Evangelho de São João: (...) Jesus perguntou: Pedro
tu me amas? Pedro respondeu: Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo!
Disse Jesus: Apascenta minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo:
quando eras jovem, tu te cingias e andavas por onde querias; quando
fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde
não queres’. Disse isso para indicar com que espécie de morte Pedro daria
glória a Deus. Tendo falado assim, Jesus disse-lhe: ‘Segue-me’ (Jo 21, 17-
19).
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TODOS: Pedro conheceu Jesus, se apaixonou por seu projeto e deu
a vida por este. Deu a vida pelo ideal da salvação. Deu seu sangue
para anunciar às pessoas quão maravilhoso é Deus.

LEITOR 2: “AMADOS, NÃO VOS ALARMEIS COM O INCÊNDIO QUE


LAVRA ENTRE VÓS, PARA A VOSSA PROVAÇÃO, COMO SE ALGO DE
ESTRANHO VOS ACONTECESSE; ANTES, À MEDIDA QUE PARTICIPAIS
DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO, ALEGRAI-VOS, PARA QUE TAMBÉM
NA REVELAÇÃO DA SUA GLÓRIA POSSAIS TER ALEGRIA
TRANSBORDANTE. BEM-AVENTURADOS SOIS, SE SOFREIS INJÚRIAS
POR CAUSA DO NOME DE CRISTO, PORQUE O ESPÍRITO DE GLÓRIA, O
ESPÍRITO DE DEUS REPOUSA SOBRE VÓS.” (1 Pd 4, 12-14)

TODOS: Pedro viu o Senhor Jesus que entrava em Roma. Vendo-o,


Pedro lhe disse: ‘Senhor, por que tu estás aqui? Para onde vais
(quo vadis)?’. O Senhor respondeu a Pedro: ‘Entro em Roma para
lá ser crucificado’. Pedro perguntou ao Senhor: ‘Senhor, serás
crucificado novamente?’. O Senhor respondeu: ‘Sim, Pedro, vão me
crucificar novamente’.

LEITOR 1: Pedro então caiu em si e compreendeu que aquilo que o


Senhor lhe dissera: ‘Serei crucificado novamente’, devia realizar-se
nele. Deus lhe reservava a mais dilacerante e dolorosa das mortes: a
morte de cruz. Então Pedro voltou para Roma exultando e louvando o
Senhor. Depois disto, os soldados tomaram Pedro e, quando chegaram
ao lugar da crucificação, O bem-aventurado lhes disse:

TODOS: ‘Não sou digno de ser crucificado como o meu Senhor, a


minha cruz deve ser plantada com a cabeça para baixo, a fim de
que eu dirija os meus pés para o céu’. Eles então viraram a cruz e
pregaram os pés no alto. E Pedro, elevando os olhos para Deus,
disse: ‘Eu te agradeço, ó bom Pastor, porque me julgaste digno
desta hora’.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO


Ó São Pedro, amigo e companheiro de Jesus, intercedei ao Pai do
Céu, que eu possa, aqui na terra viver e anunciar tudo aquilo que
Cristo nos ensinou. Vós que estais com a chave do céu, abri meu
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coração para a mensagem de Cristo, dai à minha voz a delicadeza
e a firmeza de anunciar a toda terra a caridade e o amor de Jesus.
Intercede, ó São Pedro para que eu faça sempre a vontade de Deus
e nunca negue que Jesus é o Messias, aquele que veio para nos
salvar. Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

AÇÃO DE GRAÇAS
CEL. Nós vos agradecemos, Deus Todo-Poderoso, por todos os
benefícios que tendes concedido. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. TODOS: Amém!

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NOVENA PERPÉTUA

CELEBRA-SE TODO DIA 29 DE CADA MÊS


PEDIR A GRAÇA

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CÂNTICOS

I. Nós somos as pedras vivas, do templo do Senhor. (bis)


Povo sacerdotal, /Igreja Santa de Deus! Nós somos as
pedras vivas,
Do templo do Senhor!
(sl 24)
–1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
–2 porque ele a tornou firme sobre os mares, *
e sobre as águas a mantém inabalável.

–3 “Quem subirá até o monte do Senhor, *


quem ficará em sua santa habitação?” =4
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
†quem não dirige sua mente para o crime, *
nem jura falso para o dano de seu próximo.

–5 Sobre este desce a bênção do Senhor *


e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
–6 “É assim a geração dos que o procuram, *
e do Deus de Israel buscam a face”.

=7 “Ó portas, levantai vossos frontões! †


Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”
=8 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, *
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

=9 “Ó portas, levantai vossos frontões! †


Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”.
=10 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, *
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”

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– Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso,
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém

II. Ó São Pedro pedra forte, / rocha firme do


Senhor, / intercede pela gente / nosso
apostolo pastor! // Reza pela tua igreja / São
Pedro Protetor! (Bis)
1. Ajuda o povo / a caminhar / na tua Igreja /sem vacilar!

2. Rede na praia, / barco no mar / e a tua igreja /a navegar!

3. Ensina a gente 'evangelizar/ nova semente a semear!

(Rom 8, 34-39)
III. Quem nos separará? Quem vai nos separar/
Do amor de Cristo? Quem nos separará? /
Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós? /
Quem vai nos separar do amor de Cristo, quem será?

1. Nem a espada ou perigo, / nem os erros do meu irmão, /


Nenhuma das criaturas nem a condenação.

2. Nem a vida, nem a morte, a tristeza ou aflição. /


Nem o passado, nem o presente, o futuro, nem opressão.

3. Nem as alturas, nem os abismos, nem tampouco a perseguição. /


Nem a angústia, a dor ou a fome, nem a tribulação.

IV. Nesta prece, Senhor, venho te oferecer, o crepitar da chama, a


certeza do dar!
Eu te ofereço o sol que brilha forte, Te ofereço a dor do meu irmão. A
fé na esperança, e o meu amor!

Eu te ofereço as mãos que estão abertas, o cansaço do passo mantido.


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Meu grito mais forte de louvor!

Eu te ofereço o que vi de belo,


No interior dos corações,
A coragem de me transformar!!

V. Tu, te abeiraste na praia


Não buscaste nem sábios, nem ricos. Somente queres que eu te siga.
Senhor, Tu me olhaste nos olhos /A sorrir, pronunciaste meu
nome /Lá na praia, eu larguei o meu barco /Junto a Ti, buscarei
outro mar
Tu, sabes bem que em meu barco, Eu não tenho nem ouro, nem
espadas, Somente redes e o meu trabalho.

Tu, minhas mãos solicitas


Meu cansaço, que a outros descansem, Amor que almeja seguir
amando.

Tu, pescador de outros lagos


Ânsia eterna de almas que esperam. Bondoso amigo, que assim me
chamas.

VI. Há um barco esquecido na praia, Já não leva ninguém a pescar, É


o barco de André e de Pedro, Que partiram pra não mais voltar.
Quantas vezes partiram seguros
Enfrentando os perigos do mar
Era chuva, era noite, era escuro
Mas os dois precisavam pescar

De repente aparece Jesus


Pouco a pouco se acende uma luz
É preciso pescar diferente
Que o povo já sente que o tempo chegou
E partiram sem mesmo pensar
Nos perigos de profetizar
Há um barco esquecido na praia

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Um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia

Há um barco esquecido na praia


Já não leva ninguém a pescar
É o barco de João e Tiago
Que partiram pra não mais voltar.
Quantas vezes em tempos sombrios, enfrentando os perigos do mar;
barco e rede voltavam vazios, mas os dois precisavam pescar

De repente aparece Jesus...

Quantos barcos deixados na praia. Entre eles o meu deve estar. Era o
barco dos sonhos que eu tinha, mas eu nunca deixei de sonhar.
Quantas vezes enfrentei perigo
No meu barco de sonho a singrar. Jesus Cristo remava comigo. Eu no
leme, Jesus a remar!

De repente me envolve uma luz


E eu entrego o meu leme a Jesus
É preciso pescar diferente
Que o povo já sente que o tempo chegou
E partimos pra onde ele quis
Tenho cruzes mas vivo feliz
Há um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia

VII. Provai e vede quão suave é o Senhor, feliz é o homem que tem
Nele o seu refúgio. Temei o Senhor seus santos todos, porque
nada faltará aos que o temem.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre


em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor, que ouçam os
humildes e se alegrem.

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Celebrai ao Senhor Deus comigo, exaltemos todos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos, vosso rosto não se cubra de


vergonha. O Senhor escuta o pobre, ele o liberta de toda angustia.

VIII. Eis-me aqui, eis-me aqui! Senhor, eis que venho. Eis-me aqui,
eis-me aqui! Venho fazer Tua vontade.

1- No meu Senhor tenho esperado e Ele ouviu meu clamor, da morte


fui libertado. Cantam meus lábios seu louvor!

2- Vejam os povos e proclamem: “Quem ao Senhor se confia, segue


feliz seu caminho, prova em Deus toda alegria.”

3- “Para fazer tua vontade eis que eu vim” foi escrito: pois sacrifícios
não queres, mas me abriste os ouvidos!

VII. Hino a São Pedro (Jubilar)


1. A ti, santo portentoso, sempre devemos louvor, /Pois és o nosso
zeloso, vigilante protetor! / Por ti o céu nos tem dado, /sem conta,
inefáveis bens, / São Pedro, do céu amado, que poder no céu não
tens! (bis)

2.Glória a ti, da santa Igreja, fundamento e defensor/ Das almas que o


inferno almeja, / Diligente pescador, / Afastar-nos quer da glória; dos
perversos o parcel
São Pedro, dá vitória a quem te impetra fiel! (bis)

3.És pastor, de luz divina, o Senhor te iluminou, / Propagaste a sã


doutrina que das trevas nos livrou! / Vê as crenças em perigo, vê
corrompida a moral,
São Pedro, de Deus amigo, livrai-nos de todo o mal! (bis)

4. És pastor e pai supremo, da nova piedosa grei, / Jesus, a teu zelo


extremo, deixou defender a lei! / Pondo além lobos vorazes, que
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ameaçam teu redil, / São Pedro teus rogos eficazes, desarma o
infernal ardil! (bis)

5.Os teus ímbeles cordeiros, para o bem leva, pastor, / Que não fiquem
prisioneiros de pecado tentador! / Se Jesus te eleva tanto, manifesta o
teu poder,
Não deixando grande santo, teu rebanho se perder! (bis)

6.Luzeiro nas densas trevas, em que o mundo mergulhou, / Tu, Pedro,


nos elevas, teu exemplo iluminou. / Testemunho santo de existência,
quanta luz e elevação/ São Pedro, tua vivência, encoraja o teu povo
cristão! (bis)

7. Entregaste tua vida, tal como fez teu Senhor, / Ao teu povo, oferta
invicta, ensinando a fé e o amor! / Abraçou a cruz com coragem,
testemunho de pastor, / São Pedro, que não nos falte, persistência e
santo fervor! (bis)

SÃO PEDRO, ROGAI POR NÓS!

VIVA SÃO PEDRO!!!

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BIBLIOGRAFIA

TESSORE, Dag. São Pedro: Um homem à procura de Deus. São Paulo:


Paulinas, 2013.
LORENA, Isac. Vida de São Pedro. Aparecida, SP: editora Santuário,
2003.
BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
CATECISMO – Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 19ª ed.,
2017.

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