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PIRÂMIDES

ECOLÓGICAS

MÓDULO 9 | ECOLOGIA
PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
As pirâmides ecológicas são u lizadas para repre-
sentar graficamente a interação entre os diferentes
níveis tróficos em uma cadeia alimentar.

As pirâmides ecológicas podem ser divididas em


três pos: de número, de biomassa e de energia. Em
todos os três pos de pirâmide, cada degrau repre-
senta o nível trófico das cadeias alimentares. A base
representa os produtores, em seguida os consumido-
res primários, consumidores secundários e consumi-
dores terciários.

A pirâmide de números representa o número de


indivíduos presentes em cada nível trófico. De um A pirâmide de biomassa representa a quan dade
modo geral, as pirâmides de número são representa- de matéria orgânica presente em cada nível trófico.
das de forma direta, ou seja, a base, que cons tui o
nível trófico mais inferior, é mais larga que os níveis Assim como a pirâmide de número, também é re-
seguintes. Entretanto, em alguns casos pode ser re- presentada em sua maior parte na forma direta, mas
presentada de maneira inversa. Um exemplo de pirâ- uma exceção é a relação entre fito e zooplâncton, en-
mide de número inversa, é quando uma única árvore contrada em alguns ecossistemas aquá cos.
serve de alimento para diversos insetos. Os valores normalmente são expressos pela uni-
dade de massa por área do ecossistema (Ex: 1.000
kg/msup 2).

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vel trófico.
Na cadeia alimentar sempre há perda de energia,
estando disponível apenas cerca de 10% de ener-
gia de um nível trófico para o nível seguinte. Este
fato deve-se às Leis da Termodinâmica que, resumi-
damente, dizem que a energia não pode ser criada ou
destruída, apenas transformada.
No caso dos seres vivos, a energia ob da através
da cadeia alimentar é u lizada para a manutenção e
sobrevivência do organismo. Por esse mo vo, as pi-
râmides de energia não podem ser representadas de
forma inversa, pois sempre há perda de energia de um
nível trófico para o outro.
Os valores são expressos em unidade de energia
por área do ecossistema (Ex: 10.000 kcal/msup 2).
E por úl mo, a pirâmide de energia que repre- Uma limitação das pirâmides ecológicas é que elas
senta o fluxo de energia em uma cadeia alimentar, ou só podem ser aplicadas em cadeias alimentares, que
seja, a quan dade de energia disponível em cada ní- são mais simples que as teias alimentares.

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EXERCÍCIOS
PIRÂMIDES ECOLÓGICAS

1. (ENEM/2011) A charge ilustra a transferência de


matéria numa cadeia alimentar.

5-6.jpg

b)

c)

Considerando as setas indica vas de entrada e


saída de energia nos níveis tróficos, o esquema
que representa esse fluxo é

Legenda: P produtores; C1 consumidor primário;


C2 consumidor secundário e C3 consumidor ter-
ciário.

a) d)

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e)

2. (ENEM/2015)
O caramujo gigante africano, Acha na fulica, é
uma espécie exó ca que tem despertado o in-
teresse das autoridades brasileiras, uma vez que
tem causado danos ambientais e prejuízos econô-
micos à agricultura. A introdução da espécie no
Brasil ocorreu clandes namente, com o obje vo
de ser u lizada na alimentação humana. Porém,
o molusco teve pouca aceitação no comércio de
alimentos, o que resultou em abandono e libe- a) São animais herbívoros.
ração intencional das criações por vários produ- b) São animais detri voros.
tores. Por ser uma espécie herbívora generalista
(alimenta-se de mais de 500 espécies diferentes c) São animais de grande porte.
de vegetais), com grande capacidade reprodu va, d) Digerem o alimento lentamente.
tornou-se uma praga agrícola de di cil erradica-
ção. Associada a isto, a ausência de predadores e) Estão no topo da cadeia alimentar.
naturais fez com que ocorresse um crescimento
descontrolado da população. 4. (ENEM/2016) Um pesquisador inves gou o papel
O desequilíbrio da cadeia alimentar observado foi da predação por peixes na densidade e tamanho
causado pelo aumento da densidade populacional das presas, como possível controle de populações
de de espécies exó cas em costões rochosos. No ex-
perimento colocou uma tela sobre uma área da co-
a) Consumidores terciários, em função da elevada munidade, impedindo o acesso dos peixes ao ali-
disponibilidade de consumidores secundários. mento, e comparou o resultado com uma área ad-
b) Consumidores primários, em função da ausên- jacente na qual os peixes nham acesso livre. O
cia de consumidores secundários. quadro apresenta os resultados encontrados após
15 dias de experimento.
c) Consumidores secundários, em função da au-
sência de consumidores primários. O pesquisador concluiu corretamente que os pei-
d) Consumidores terciários, em função da elevada xes controlam a densidade dos(as)
disponibilidade de produtores.
e) Consumidores primários, em função do au- a) Algas, es mulando seu crescimento.
mento e produtores. b) Cracas, predando especialmente animais pe-
quenos.
3. (ENEM/2017) Os botos-cinza (Sotalia guianensis),
mamíferos da família dos golfinhos, são excelen- c) Mexilhões, predando especialmente animais
tes indicadores da poluição das áreas em que vi- pequenos.
vem, pois passam toda a sua vida — cerca de 30
d) Quatro espécies testadas, predando indivíduos
anos — na mesma região. Além disso, a espécie
pequenos.
acumula mais contaminantes em seu organismo,
como o mercúrio, do que outros animais da sua e) Ascídias, apesar de não representarem os me-
cadeia alimentar. nores organismos.

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5. (ENEM/2013) Estudos de fluxo de energia em
ecossistemas demonstram que a alta produ vi-
dade nos manguezais está diretamente relacio-
nada às taxas de produção primária líquida e à rá-
pida reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de
seres vivos encontrados nesse ambiente, temos:
aves, caranguejos, insetos, peixes e algas.

Dos grupos de seres vivos citados, os que contri-


buem diretamente para a manutenção dessa pro-
du vidade no referido ecossistema são

a) Aves.

b) Algas.

c) Peixes.
a)
d) Insetos.

e) Caranguejos.

6. (ENEM/2017) Dados compilados por Jeremy Jack-


son, do Ins tuto Scripps de Oceanografia (EUA),
mostram que o declínio de 90% dos indivíduos de
11 espécies de tubarões do Atlân co Norte, cau-
sado pelo excesso de pesca, fez com que a popu-
lação de uma arraia, normalmente devorada por
eles, explodisse para 40 milhões de indivíduos.
Doce vingança: essa horda de arraias é capaz de
devorar 840 mil toneladas de moluscos por ano,
o que provavelmente explica o colapso da antes
lucra va pesca de mariscos na Baía de Chesape-
ake (EUA). LOPES, R. J. Nós, o asteroide. Revista Unesp Ciência,
abr. 2010. Disponível em: h ps://issuu.com. Acesso em: 9 maio 2017
(adaptado).

Qual das figuras representa a variação do tama-


nho populacional de tubarões, arraias e moluscos
no Atlân co Norte, a par r do momento em que a
pesca de tubarões foi iniciada (tempo zero)? b)

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e)

7. (ENEM/2012) A figura representa um dos mode-


los de um sistema de interações entre seres vi-
c) vos. Ela representa duas propriedades, P1 e P2 ,
que interagem em I, para afetar uma terceira pro-
priedade, P3 , quando o sistema é alimentado por
uma fonte de energia, E. Essa figura pode simu-
lar um sistema de campo em que P1 representa as
plantas verdes; P2 um animal herbívoro e P3 , um
animal onívoro.
A função intera va I representa a proporção de

a) Herbivoria entre P1 e P2 .
b) Polinização entre P1 e P2 .
c) P3 u lizada na alimentação de P1 e P2 .
d) P1 ou P2 u lizada na alimentação de P3 .
e) Energia de P1 e de P2 que saem do sistema.

8. (ENEM/2016) Ao percorrer o trajeto de uma ca-


deia alimentar, o carbono, elemento essencial e
majoritário da matéria orgânica que compõe os in-
divíduos, ora se encontra em sua forma inorgânica,
ora se encontra em sua forma orgânica. Em uma
cadeia alimentar composta por fitoplâncton, zo-
oplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre
a transição desse elemento da forma inorgânica
para a orgânica.
Em qual grupo de organismos ocorre essa transi-
d) ção?

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a) Fitoplâncton.
b) Zooplâncton.
c) Moluscos.
d) Crustáceos.
e) Peixes.

9. (ENEM/2011) Escargot é um caramujo comes -


vel, especialmente u lizado na culinária francesa.
No Brasil, na década de 1980, empresários bra-
sileiros trouxeram uma espécie de caramujo afri-
cano, visando produzi-lo e vendê-lo como escar-
got. Porém, esses caramujos mostraram-se inú-
teis para a culinária e foram liberados no ambi-
ente. Atualmente, esse caramujo africano repre-
senta um sério problema ambiental em diversos
estados brasileiros. Caramujos africanos invadem casas em Ri-
beirão Preto. Disponível em: h p://g1.globo.com. Acesso em: 13 ago.
2008 (adaptado).

Além do clima favorável, que outro fator contribui


para a explosão populacional do caramujo africano
no Brasil?

a) Ausência de inimigos naturais.


b) Alta taxa de mortalidade dos ovos.
c) Baixa disponibilidade de alimentos.
d) Alta disponibilidade de áreas desmatadas.
e) Abundância de espécies na vas compe doras.

10. (ENEM/2013) A posição ocupada pela vaca, na in-


teração apresentada na rinha, a caracteriza como

a) Produtora.
b) Consumidora primária.
c) Consumidora secundária.
d) Consumidora terciária.
e) Decompositora.

Gabarito: 1-E, 2-B, 3-E, 4-C, 5-B, 6-C, 7-D, 8-A, 9-A, 10-B

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